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Agências têm de alertar governos três dias antes de mexerem no "rating"

Matapitosboss

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Set 24, 2006
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As agências de notação financeira poderão ver-se obrigadas a notificar os governos com três dias de antecedência quando alterarem o "rating" das suas dívidas soberanas. É assim que acontecerá, se a proposta for aprovada na UE.
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Uma das propostas que está a ser discutida no âmbito da União Europeia prevê um maior período de antecipação da advertência para uma alteração no “rating” da dívida pública – das actuais 12 horas para 72 horas.

Isto daria aos países a oportunidade de salientar “erros factuais” e “novos desenvolvimentos”, susceptíveis de poder influenciar a notação financeira, sublinhou a Comissão Europeia num relatório – citado pela Bloomberg – sobre as possíveis normas para as empresas de “rating”.

“Já introduzimos normas à escala de toda a UE, com vista a uma melhor supervisão e maior transparência no mercado do ‘rating’ da dívida”, comentou o comissário europeu dos Serviços Financeiros, Michel Barnier, em comunicado. “No entanto, temos de pensar no segundo passo – o papel dos próprios ‘ratings’ e o impacto que podem ter nos mercados”, acrescentou.

Recorde-se que a Comissão começou hoje a analisar a probabilidade de impor regras mais duras à notação de “rating”, depois de a Grécia ter visto a notação da sua dívida pública cortada para “junk” (lixo) em Abril passado. Esse corte apressou os planos de resgate de Atenas pela UE.

Na semana passada, relembra a Bloomberg, o Conselho de Estabilização Financeira, um grupo de reguladores a nível global, disse que a dependência dos bancos e investidores das agências de notação financeira tem de ser diminuída, uma vez que ameaça a estabilidade financeira.

“Os ‘ratings’ da dívida soberana desempenham um papel crucial para os países alvo dessa classificação, uma vez que um ‘downgrade’ tem efeito imediato – pelo facto de encarecer os juros cobrados pela compra de dívida desse país”, sublinhou a Comissão Europeia, citada pela Bloomberg.


In' Jornal de Negócios
Actualmente, a Standard & Poor’s tem um “rating” de ‘A-’ para a dívida soberana portuguesa, a Moody’s tem ‘A1’ e a Fitch ‘AA-’.
 
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