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Desalojados da Madeira dividem Euromilhões

Rotertinho

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Jackpot de 45,3 milhões foi para 20 apostadores do Funchal
Desalojados da Madeira dividem Euromilhões

É um misto de felicidade e de mágoa. Joana Silva viu ontem a sua pequena papelaria, a loja 5 do Mercado da Penteada, na freguesia de São Roque, Funchal, receber dezenas de clientes e curiosos, que quiseram saber novidades sobre os novos euromilionários portugueses.

Felicidade, porque Joana conhece-os a todos, são amigos; mágoa, porque há três anos que costuma jogar com eles na ‘sociedade'. Contudo, desta vez, decidiu não apostar. Poupou 18 euros, mas não ganhou os 2,6 milhões que cada um dos felizardos vai levar para casa.

Alguns dos mais recentes milionários portugueses foram vítimas das enxurradas de 20 de Fevereiro. "São pessoas que precisam. Toda esta gente é carenciada. Pessoas do povo, algumas foram até desalojadas com o temporal de Fevereiro", conta a proprietária da papelaria.

A felicidade estendeu-se até ao presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim: "Foi a minha alegria de hoje. Estou feliz como se me tivesse saído a mim", disse.

Aos 45,3 milhões do 1º prémio, acumulam-se 436 mil euros do 2º prémio e mais alguns milhares de euros, relativos a outros prémios menores. Tudo junto, dará cerca de 52 milhões de euros, 2,6 milhões para cada um.

Se colocarem o valor do prémio numa conta de poupança, a juros de três por cento/ano, vão lucrar 78 mil euros em doze meses (6500 euros por mês, mais de 200 euros por dia). Nalguns casos, uma semana de juros equivalerá ao ordenado de um mês de trabalho. Mas decerto que qualquer gerente bancário negociará uma taxa de juros superior, só para garantir o depósito dos 2,6 milhões de euros.

Entre os 20 vencedores, quatro têm cerca de 30 anos e há um septuagenário. Todos trabalham, a maior parte na construção civil. E alguns conheceram a infelicidade, quando em Fevereiro ficaram desalojados. "Já todos sabem que ganharam, mas querem ficar no anonimato", explicou Joana Silva.

A ‘sociedade' da vintena de apostadores foi constituída há três anos. Na última semana, três desistiram e deram lugar a outros tantos, que, decerto, agradecem a sorte divina. Todas as semanas, cada jogador ‘entra' com 18 euros: dá para 30 boletins de apostas, com desdobramentos de 15 números e cinco estrelas. No total, os 20 amigos jogam 360 euros por semana.

94 MILHÕES PARA EUROMILIONÁRIOS DESDE JANEIRO

Cinco boletins registados este ano em Portugal renderam fortunas, num total de 93,9 milhões de euros. O primeiro foi em Oeiras: 15 milhões de euros, em 4 de Junho. Em Agosto, numa sexta-feira 13, um apostador ganhou cinco milhões, com uma aposta no portal de jogos (internet). Dois totalistas do distrito de Aveiro (Castelo de Paiva e Santa Maria da Feira) arrecadaram, cada um, 14,3 milhões de euros, em Setembro. Agora, a sorte saiu na Madeira.

SOCIEDADE DE NAMORADOS ACABA NA JUSTIÇA

A mais conhecida sociedade de jogadores do Euromilhões terminou da pior maneira. Um casal de namorados de Barcelos ganhou, em 2007, um primeiro prémio, de 15 milhões de euros. Não se entenderam na gestão do dinheiro e, rompido o noivado, viriam a disputar a fortuna no Tribunal de Barcelos. Cristina Simões e Luís Ribeiro aguardam agora a sentença do juiz Jorge Teixeira sobre como será repartido o dinheiro, que, entretanto, permanece congelado numa instituição bancária.

TEMPORAL EM 20 DE FEVEREIRO FEZ 42 MORTOS E 252 FERIDOS

O forte temporal que se abateu sobre a ilha da Madeira em 20 de Fevereiro provocou a morte e destruição naquela que os guias turísticos intitulam como a Pérola do Atlântico. Chuvas torrenciais fizeram as ribeiras saltar as margens e provocaram derrocadas nas encostas da parte Sul da ilha. As autoridades locais registaram 42 mortos e 252 feridos. Cerca de 600 pessoas ficaram desalojadas, pois a força das águas e a queda de pedras das encostas arrastaram consigo as habitações. As estimativas apontam para um prejuízo total de 1080 milhões de euros.

O Estado assumiu a responsabilidade por 740 milhões de euros e o Governo Regional, juntamente com donativos privados e seguradoras, suportou 309 milhões. Acrescem ao valor total estimado os 31 milhões de euros do Fundo de Solidariedade da União Europeia.

A Madeira tem registos de enxurradas desde 1611. As mais devastadoras ocorridas antes de 20 de Fevereiro foram em 6 de Março de 2001, com duas vítimas mortais, e em 29 de Outubro de 1993, com oito.


Correio da Manhã
 
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