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Idosos e jovens têm medo de sair à rua à noite

florindo

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Um estudo ao sentimento de (in)segurança de empresas e residentes na zona urbana de Viseu, revelou que a preocupação é maior entre os mais velhos e os mais jovens. Uns e outros, temem andar em certas ruas, sobretudo à noite. A videovigilância é bem-vinda.


Elaborado pelo Centro de Estudos em Educação, Tecnologia e Saúde do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), no âmbito do Contrato Local de Segurança (CLS) que vigora no centro histórico desde Maio de 2009, o estudo identificou quatro grupos de residentes em função dos níveis de preocupação com as questões do crime e da segurança: "algo preocupados", "preocupados", "extremamente preocupados" e "muito preocupados".

A partir daquela bitola, o documento revelou que os residentes na zona urbana de Viseu e nas freguesias de S. José e Santa Maria, que se mostraram "extremamente preocupados" (33,2%), integram o grupo das pessoas mais idosas e com menor grau de instrução.

No segmento dos "muito preocupados" (11,8%) com as questões do crime e da segurança, curiosamente, estão os indivíduos mais jovens, com um nível de escolaridade mais elevado e de rendimentos mais baixos.

"Foi uma surpresa", reconhece José Luís Abrantes, professor do IPV e coordenador do estudo apresentado, anteontem, no Governo Civil de Viseu, na presença de Dalila Araújo, secretária de Estado da Administração Interna.

A justificação para o receio dos mais jovens poderá radicar, segundo José Luís Abrantes, no facto de serem eles os que mais frequentam o centro histórico da cidade, também a zona onde há uma maior concentração de espaços de diversão nocturna.

"Provavelmente tem a ver com os hábitos diários que esta população segue, nos quais se apercebe que há questões de segurança a melhorar", declarou o docente.

Apesar da preocupação, o estudo confirmou que esta não influencia alterações nas rotinas diárias dos residentes.
As organizações, que incluem os comerciantes com porta aberta na zona urbana, foram divididas em dois segmentos: os gestores "extremamente preocupados" com as questões do crime e da segurança (68%) e os "muito preocupados" (32%). Em ambos os casos, a sensação de insegurança aumenta no período nocturno.

Residentes e organizações têm opinião diversa quanto à actuação da PSP na área sob a sua jurisdição. Enquanto a maioria dos moradores tem "um grau de satisfação positivo, bom ou muito bom", já os gestores das organizações ficam-se pelo "grau médio". Defendem, como itens a melhorar, solução para os crimes, bairros mais seguros, mais informação e aplicação das leis da propriedades e segurança.

O governador civil de Viseu, Miguel Ginestal, recordou que o estudo que levou a estas conclusões, realizado no terreno entre 21 de Março e 6 de Maio deste ano, foi desenvolvido antes do reforço de recursos humanos e materiais na zona abrangida pelo CLS. "Uma situação que reforçou o policiamento de proximidade e o sentimento de segurança nas populações".

A instalação de sistemas de videovigilância e o reforço da iluminação pública e do policiamento de proximidade na zona urbana de Viseu são medidas defendidas por todos os inquiridos.
"Cada uma destas medidas foi assinalada por mais de 50% quer dos residentes, quer de gestores", enfatizou José Luís Abrantes.

JN
 
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