TT - Todo o Terreno

Motard espanhol em estado estacionário


Cristobal Guerrero, o motard que se enconta em coma desde onteontem, na sequência de uma queda, permanece em estado estacionário, no Hospital de Copiapo no Chile:

"Passou bem a noite e não voltou a ter complicações. De qualquer forma, o prognóstico é ainda reservado.", referiu Omar Luz, director do hospital.

O motard espanhol, de 48 anos, sofreu um edema cerebral, e mantém-se nos cuidados intensivos. Será reavaliado ainda hoje, no sentido dos médicos perceberam a evolução da lesão.

Os recordistas de partipações


Ninguém tem mais participações no Dakar que estes dois sexagenários. Com 61 anos, Etienne Smulevici - aliás, "Semoule", como é mais conhecido no meio - é não só o recordista de presenças como também o de chegadas. A sua estreia foi há 27 anos, o que significa que apenas falhou quatro edições desde 1979.

À chegada à América do Sul, o experiente francês declarou-se "feliz como da primeira vez. Quando é que vou parar? Preveni a minha família e os meus amigos que não conto colocar um ponto final nesta aventura antes de alinhar em... 50 edições", avisou em tom solene, antes de se desfazer em risos. Quando conseguiu retomar o ar sério, explicou os seus objectivos: "Melhorar o meu recorde de 19 chegadas e terminar entre os 15 primeiros", atirou "Semoule", que este ano se faz à aventura num dos buggy SMG de Philippe Gache.

Pleno de humor e vitalidade, Yoshimasa Sugawara é outro dos nomes incontornáveis do pelotão. Com 67 anos e 25 edições cumpridas, o japonês volta a tentar a sua sorte na corrida dos camiões, onde se assume como "um sério candidato ao "top ten", mas só porque já me parece difícil aspirar a um pódio", adverte o piloto do "pequeno" Hino Ranger. Impaciente por chegar ao deserto de Atacama, garante que fez a preparação perfeita para esta prova: "Cerveja e tabaco". Nem mais...

AS

Já começa a parecer sina deste Dakar Argentina-Chile: nova etapa e nova alteração no traçado de uma especial.
Sebastien Coet na frente; lusos cautelosos -

Devido às recentes descobertas ecológicas na região de Fiambalá, as autoridades argentinas pediram à organização deste primeiro Dakar sul-americano que modificassem o percurso. Com isso, a tirada de hoje foi reduzida em cerca de 30 km.

Para piorar a tarefa dos pilotos, a chuva e o vento estão a marcar a tirada de hoje, com as últimas indicações meteorológicas a indicar fortes chuvadas em toda a região de Fiambalá.

Fazendo face a todas estas adversidades, Sebastien Coet foi o primeiro a passar ao km 137, com 3m30s de vantagem sobre Cyril Desprès. Em terceiro naquele ponto passou David Fretigné, já a 4m12s.

Entre os portugueses, o motard da equipa Repsol Honda, Paulo Gonçalves, era o melhor colocado, ocupando o 11º lugar, a 12m51s, ao passo que o motard da Lagos Team, Hélder Rodrigues, aparecia em 14º, a 16m14s. Quanto a Bianchi Prata, estava a efectuar uma boa etapa, ocupando o 28º lugar, a 23m57s do mais rápido.

Mark Miller lidera; Leal dos Santos é 10º


Numa especial que se está a revelar especialmente difícil devido ao mau tempo, o norte-americano Mark Miller, com um Volkswagen, foi o mais rápido a passar ao km 62, batendo o seu compatriota Robby Gordon, com um Hummer, por 15 segundos.
Mark Miller lidera; Leal dos Santos é 10º -

Sob um autêntico dilúvio, os pilotos dos automóveis estão a enfrentar grandes dificuldades para evoluir na 12ª etapa, com chuva e vento forte a marcar presença ao longo de toda a tirada.

Miller passou ao km 62 com escassos 15 segundos de avanço sobre Gordon e 43s sobre o líder da geral, o espanhol Carlos Sainz. Pouco mais atrás surge Guerlain Chichérit, em BMW, a 49s, logona frente de de Villiers.

Entre os portugueses, Ricardo Leal dos Santos vinha a efectuar uma excelente prestação, cotando-se como o 10º mais veloz, a 3m09s do mais rápido. Francisco Inocêncio era 30º, a 12m44s, ao passo que Adélio Machado estava em 49º, a 19m47s.

Carlos Sainz abandona Dakar


A 12ª etapa do Dakar Argentina-Chile foi madrasta para o espanhol Carlos Sainz, que se viu forçado a abandonar após um violento acidente.
Carlos Sainz abandona Dakar -

De acordo com as últimas informações, o Volkswagen Race Touareg no qual seguiam Sainz e o seu navegador Michel Perin caiu numa ravina, com este último a ficar ferido numa omoplata.

O francês foi já transportado para o bivuoc, onde deverá, depois, seguir para uma unidade hospitalar.

Termina, assim, de forma inglória a participação de Sainz nesta primeira edição do Dakar sul-americano, com o piloto espanhol a ter vencido seis das especiais disputadas até aqui e a cotar-se como o principal favorito de uma competição que estava praticamente resolvida a seu favor.

Cyril Desprès venceu; Rodrigues mantém 5º posto


Cyril Desprès venceu a 12ª tirada dedicada às motos, num dia em que as condições atmosféricas dificultaram ao máximo a tarefa dos concorrentes.
Cyril Desprès venceu; Rodrigues mantém 5º posto -

O piloto francês superiorizou-se ao líder da geral, o espanhol Marc Coma, que chegou em segundo lugar, a 1m23s de Desprès, ao passo que em terceiro ficou outro espanhol, Ferres Guell, já a 9m47s.

David Casteau e David Fretigné ocuparam a quarta e quinta posição, respectivamente, logo na frente de Francisco 'Chaleco' Lopez.

A intempérie que se abateu sobre as regiões de Fiambalá e La Rioja tornou a vida dos motards bem mais complicada, com chuva torrencial e ventos fortes a marcar a sua presença ao longo de quase toda a tirada.

Entre os portugueses, Hélder Rodrigues, da Lagos Team, foi o melhor, chegando em décimo posto, a 19m49s, ao passo que Paulo Gonçalves terminou duas posições depois, em 12º, a 26m51s. Bianchi Prata também esteve em bom plano, ao terminar em 33º, a 1h22m49s do mais veloz.

Na frente da classificação geral nada se alterou, com Coma a manter Desprès a cerca de hora e meia de distância, ao passo que Rodrigues mantém o quinto posto por apenas três segundos de diferença para Per-Anders Ullevalseter. Paulo Gonçalves, da Repsol Honda, é o décimo, a 3h53m16s, enquanto que Pedro Bianchi Prata ocupa o 29º lugar, a 12h38m11s.

Na competição destinada aos Quads, o argentino Marcos Patronelli foi o melhor, batendo o checo Josef Machacek, que continua a liderar a geral com uma confortável vantagem de 1h54m38s sobre o argentino.

AS

Azar de Sainz foi sorte de Giniel de Villiers


A 12ª etapa do Dakar Argentina-Chile fez jus não só à reputação de rali mais difícil do mundo, mas também ao factor de imprevisibilidade que sempre foi característica desta competição.
Azar de Sainz foi sorte de Giniel de Villiers -

Com a prova praticamente controlada, e quando já tudo apontava para a sua vitória, o espanhol Carlos Sainz foi vitima de um erro no road-book e acabou fora de prova, num aparatoso acidente que acabou por não ter consequências mais graves do que o seu abandono, deixando o comando da prova para outro Volkswagen, o de Giniel de Villiers.

Para a Volkswagen, apesar do abandono de Sainz, os estragos acabaram por ser minimizados já que a etapa foi ganha pelo sul-africano, com outro carro alemão no segundo posto, o de Mark Miller.

No final, e apesar da vitória na especial e de ter passado para a liderança na geral, de Villiers era o rosto da frustração, criticando ainda o modo como o road book foi construído: "Foi uma etapa muito dura. O road book é muito, muito mau. Realmente patético. Há grandes desfiladeiros, é muito perigoso e não se sabe como encontrar o caminho", disse o piloto sul-africano.

Em terceiro na etapa chegou o norte-americano Robby Gordon, com o seu Hummer H3, a 25m27s, logo na frente do VW de Dietter Depping e do BMW de Novitskiy.

O dia foi também muito nefasto para o único dos Mitsubishi em prova, o de Nani Roma, com o piloto espanhol a parar a meio da especial com problemas mecânicos no seu carro, não se sabendo ainda se irá continuar em prova ou se, pela primeira vez em muitos anos, nenhum Mitsubishi oficial chegará ao fim.

Quanto aos pilotos portugueses, ainda nenhum chegou à meta.

Na geral, a Volkswagen continua a estar em boa posição para alcançar a sua primeira vitória na prova, com Villiers a ter 2m35s de avanço sobre Miller, numa luta que até ao fim deverá ser apenas restrita aos VW, já que o terceiro, que agora é Robby Gordon, está já a 1h18m52s.

Hélder Rodrigues mantém quinta posição na geral


Hélder Rodrigues rubricou o 12º tempo na etapa de hoje, que marcou o regresso da competição a terras argentinas, o que lhe permitiu manter o quinto lugar na geral.

Num dia em que a chuva e o vento forte se fizeram de convidados no Dakar sul-americano, o motard da Lagos Team reduziu ainda a distância que o separa do quarto classificado, que é David Casteu.

Quarto motard a arrancar para a etapa, disputada entre Fiambala e La Rioga, o português passou no CP1 no nono posto, rodando em bom ritmo e batendo nesse check-point pilotos como José Hélio, David Casteu e ainda o norueguês Per-Anders Ullevalseter.

Empenhado em seguir uma estratégia ofensiva, o piloto de Sintra teve uma segunda parte menos feliz na especial, cortando o CP2 no 16º posto. Autor de uma bela recuperação de seis posições nos quilómetros finais do troço cronometrado, o piloto português melhor classificado no rali conserva o quinto posto na classificação geral.AS

Dificuldades no caminho de Leal dos Santos


A dupla composta por Ricardo Leal dos Santos e Pedro Pires de Lima foi uma das que sentiu imensas dificuldades para chegar ao final da 12ª etapa, entretanto neutralizada.

A dupla da equipa Pioneer Desert Team Delta Q ocupava esta tarde a 7ª posição absoluta ao km 137, mas a extrema dificuldade da etapa, com dunas de areia muito mole e diversos perigos obrigou a organização a interromper a corrida, neutralizando-a e permitindo assim a recuperação dos muitos concorrentes que estão parados no meio da especial cronometrada.

Bianchi Prata: "Foi um dia de sonho"


Num dia marcado pela visita inesperada da chuva, a 12ª etapa do Dakar foi descrita por Pedro Bianchi Prata como "um verdadeiro dia de rali". Visivelmente satisfeito com a etapa que contou com dunas de areia branca gigantes e muita navegação, o piloto da equipa Bianchi Prata/CIN, melhorou a sua classificação chegando ao fim da especial em trigésimo terceiro da geral.

"Foi um sonho de dia. Nunca vi dunas de areia tão branca. Choveu muito no início mas nem dei conta. Adorei...", começou por dizer o piloto, satisfeito pelo modo como a etapa correu.

"Foi o primeiro dia de rali a sério! A especial era técnica e com muita navegação com way-points bem escondidos! Na parte final havia uma passagem de um desfiladeiro em que a navegação era particularmente difícil. Mas em geral só posso dizer que foi um espectáculo de etapa. Deu-me muito gozo, acho que o que mais marca este Dakar é a variedade de paisagens e percursos que enfrentamos. São muitos dias mas todos diferentes e isso aumenta o desafio porque temos que nos adaptar aos diferentes terrenos. É fantástico. Arranco todos os dias com vontade de descobrir qual vai ser o desafio do dia, sempre com a bandeira de Portugal nas minhas costas!"

Amanhã a especial entre La Rioja e Cordoba prevista de 545km é a penúltima deste Dakar. Após tantos quilómetros percorridos, o dia vai ser longo com um total de 753km no menu. AS

Etapa problemática para pilotos portugueses


Depois de uma etapa difícil que acabou por ser neutralizada, os pilotos portugueses chegaram bastante atrasados ao final, com Ricardo Leal dos Santos a ser o melhor classificado, em 40º, a 7h07m05s.
Etapa problemática para pilotos portugueses -

De salientar que Leal dos Santos chegou precisamente antes do único Mitsubishi ainda em prova, o de Nani Roma, que hoje sentiu diversos problemas com o carro japonês, comprometendo as hipóteses de uma boa classificação.

Filipe Palmeiro, que navega o piloto holandês Rene Kuipers, foi o 42º, ao passo que Adélio Machado chegou em 56º, a 07h55m45s do mais veloz da etapa. A dupla composta por Nuno Inocêncio e Jaime Santos finalizou a etapa em 69º, já a 08h16m45s, enquanto que Francisco Pita e Humberto Gonçalves chegaram em 82º.

Martine Pereira e Teixeira Marques foram os 85º e numa etapa para esquecer Francisco Inocêncio e Paulo Fiúza foram apenas os 90º, já a mais de 11 horas.

Na geral, Palmeiro (com Kuipers) é o décimo, enquanto que em termos de pilotos, Adélio Machado continua a ser o melhor luso, em 37º, mas já a mais de 39 horas de distânica de Giniel de Villiers, que é agora o líder do Dakar.

Francisco Inocêncio ocupa o 46º lugar, enquanto que o seu irmão Nuno é o 65º. Mais atrasado, em 75º, surge Leal dos Santos, que vinha a efectuar uma boa recuperação na classificação. Francisco Pita é o 80º, logo na frente de Martine Pereira.

Apesar das posições estarem longe daquilo a que os pilotos aspiravam inicialmente, é de salientar o facto de todos eles estarem em prova num Dakar que se tem revelado tão duro e castigador para quase todos os pilotos, sendo que nem os mais experientes escapam, como se viu ontem com Carlos Sainz.

13ª Etapa encurtada de 544 para...220 kms


E vai mais uma! A exemplo do que já sucedeu por várias vezes, a etapa de hoje do Dakar, prevista entre La Rioja e Córdoba, vai perder grande parte do seu percurso devido, uma vez mais, às condições meteorológicas.
13ª Etapa encurtada de 544 para...220 kms -

Tendo em conta as chuvas torrenciais que se abateram sobre a região na noite passada a organização decidiu encurtar a etapa de hoje, retirando-lhe... 324 km. O percurso cronometrado far-se-á apenas em 220 km em vez dos 544 previstos para a tirada.

Etapa de ontem foi neutralizada

Entretanto, a etapa de ontem, a 12ª foi neutralizada pela organização devido à extrema dificuldade do percurso: "Tendo em conta o número de pilotos em dificuldades, na zona entre o km 140 e 170 da especial, a direcção de prova decidiu neutralizar a etapa de modo a permitir aos concorrentes que se dirigissem para La Rioja em ligação, a partir do km 175.

VIDEO: Carlos Sainz abandona Dakar 2009

Carlos Sainz, líder do Dakar 2009, que este ano se realiza entre a Argentina e o Chile, abandonou a prova na sequência de um acidente onde caiu por ravina de quatro metros. Veja o vídeo da RTVE.

Carlos Sainz: "Merecia ganhar o Dakar"

Carlos Sainz voltou a viver momentos como o que passou no final do Rali da Grã-Bretanha de 1998, quando a 300 metros da meta, e de ser Campeão do Mundo, viu o motor do seu Toyota Corolla WRC entregar a alma ao Criador e assim perder um título praticamente no bolso.

Desta feita, tudo parecia indicar que iria tornar-se o primeiro espanhol a vencer o Dakar nos automóveis, mas, mais uma vez, a sorte nada quis com o espanhol, que devido a um erro no road-book, caiu com o seu VW Touareg 2 por uma ravina de quatro metros, capotando, vendo o seu navegador partir a omoplata, terminando ali todas as esperanças de chegar à vitória.

"O piloto que seguia atrás de mim não nos caiu em cima por milagre. Havia um rio seco que não estava sinalizado e caímos no leito, que estava quatro metros abaixo do nível da estrada. A zona estava referenciada como perigosa, mas a nota do road-book deveria sinalizar extremamente perigoso, já que era uma autêntica ravina.", referiu Sainz.

Já o BMW do russo Leonid Novitskiy chegou a estar com duas rodas na ravina, ou seja a queda esteve apenas a alguns centímetros, com o plioto a lograr imobilizar o BMW no limite do acidente. É exactamente o piloto russo que se vê nas imagens a recolocar o carro de Sainz em cima das rodas.

Já Nani Roma esteve perto de lá cair também, mas a organização posicionou um carro no local, "avisando" assim os pilotos que se seguiam. Sainz disse que o carro poderia ter continuado em prova, mas os membros da organização não o permitiram devido à lesão de Michel Périn: "É uma grande decepção, mas as coisas são assim mesmo. Quando estamos mais tranquilos e quando menos esperas, apanhas um road-book errado que contribui para te mandar para casa. Não sei o que se vai passar para o ano, se a VW correr ou não corre, agora só quero voltar para casa e esperar que a Volkswagen ganhe a corrida porque trabalhámos muito para o conseguir.", referiu Sainz à Marca.

AS

Cristóbal Guerrero pode ficar com sequelas


O motard espanhol Cristóbal Guerrero, que sofreu um grave acidente no Argentina-Chile Dakar, permanece em estado grave no hospital de Copiapó. Não corre perigo de vida, mas pelos vistos o caso é bastante complicado.

De acordo com declarações do director do Hospital Regional de Copiapó, Omar Lutz: "quando for acordado do estado de coma induzido, é provável que fique com sequelas neurológicas resultantes do acidente que teve.", referiu Lutz, que revelou igualmente que o infortunado motard sofre dum inchaço no cérebro, que pode deixar alguma consequência mental ou física.

Ricardo Leal dos Santos: "Ficámos presos num buraco"


Ricardo Leal dos Santos, acompanhado por Pedro Pires de Lima ocupava ontem ao km 137 da 12ª etapa do Dakar, disputada entre Fiambala e La Rioja, na Argentina a 7ª posição absoluta, na competição dos automóveis. A extrema dificuldade da etapa, com dunas de areia muito mole e diversos perigos que causaram, entre outros, o abandono, após acidente, do líder da competição, Carlos Sainz, obrigaram a organização a interromper a corrida, neutralizando-a e permitindo assim a recuperação dos muitos concorrentes, parados no meio da especial cronometrada. Nessa altura já Ricardo Leal dos Santos se conseguira desenvencilhar de uma situação deveras complicada que obrigou o piloto do Pioneer Desert Team Delta Q a perder várias horas.

"Vínhamos a andar muito bem mas a certa altura ficámos presos num buraco. Como a maior parte dos concorrentes foram ficando pelo caminho que era extremamente difícil não surgia ninguém para nos ajudar e tentámos tirar o carro sozinhos", salienta Ricardo Leal dos Santos que acrescenta: "Numa manobra mais apertada, dois pneus saíram das jantes e o carro tombou de lado. A partir daí só mesmo com ajuda, mas demorou algum tempo. Não foram grandes os estragos. Percebemos que a prova estava neutralizada, pelo que procurámos uma saída mais directa e ainda terminámos antes de o controle de chegada fechar. Vínhamos logo atrás do Joan Roma, que também teve muitas dificuldades, mas acabámos por ficar à frente dele na classificação".AS

Sven Quandt critica organização do Dakar


Depois de tantos problemas e de tantas alterações nos traçados das etapas deste Dakar Argentina-Chile, era inevitável que as criticas não surgissem.
Sven Quandt critica organização do Dakar -

Sven Quandt, director da equipa X-Raid BMW, foi o último a tecer fortes criticas à organização por não ter conseguido antecipar os problemas que ontem se sentiram na etapa que ligou Fiambalá a La Rioja.

A etapa de ontem revelou-se como uma das mais complicadas da história do Dakar, apesar de ter sido encurtada e, posteriormente, neutralizada, já após o abandono de Carlos Sainz devido a um erro no road book, e diversos problemas com outros pilotos. Mark Miller, piloto da Volkswagen, chegou mesmo a questionar se os pilotos amadores alguma vez conseguiriam chegar ao fim da etapa.

"Julgo que o mais importante é que a organização deveria saber que o Verão é diferente do Inverno. E para além disso, após três etapas muito duras, poderiam ter prevenido a etapa de hoje [ontem]", referiu Quandt ao Autosport.com.

"Estou um pouco surpreendido, porque a organização deveria conhecer tudo isto um pouco melhor. Fizeram uma boa corrida, mas neste momento ainda há 90 carros e camiões atascados aos 170 km e isso é demais", continuou, referindo-se na altura a quase uma centena de competidores presos na etapa.

"Quando o tempo aquece, as dunas tornam-se muito difíceis de subir, tornam-se extremamente macias. De manhã, é quase como asfalto. À tarde, quando aquece, as dunas tornam-se muito difíceis de transpor, é difícil de acreditar no quão macia se torna a areia. É injusto para os pilotos que vão ser penalizados hoje", acrescentou, não sem antes partilhar que muitos dos pilotos acharam o road book "patético", como foi o caso de Giniel de Villiers.

"Alguns pilotos tiveram de seguir a sua própria rota e não o road book porque diziam que era estúpido", comentou Quandt, explicando, no entanto, que para si os problemas com o road book não têm sido demasiado graves. Para futuras provas, o responsável espera que a organização tenha aprendido com os problemas desta primeira edição na América do Sul.

"Julgo que eles aprenderam bastante este ano, e por certo que irão mudar. Espero que não vão no sentido oposto e tornem a prova demasiado fácil. Têm de encontrar o balanço correcto - ter um ou dois dias difíceis mas encontrar uma maneira para que todos possam terminar."

AS

Martine Pereira: "O dia de ontem foi talvez o mais difícil do rali"


A mais dura etapa do Dakar teve ontem o seu périplo pelas "dunas brancas" numa curta especial mas muito duro: "talvez a mais difícil do rali, tal foi o desgaste" afirmava desalentado Martine Pereira à chegada - tardia, ao bivouc em La Rioja, bastante agastado: "lutamos contra a sobrevivência pelo Dakar. Cheguei a passar mais de 20 carros e, depois perdemos uma tarde para desatascar. Voltamos à corrida e nova emboscada, até que soubemos que a etapa estava neutralizada. Assim nunca mais saímos da cauda da tabela. Por vezes chegamos a andar nos limites do carro para tentar recuperar alguns lugares, para nada... Esta 12ª etapa era muito perigosa, com dunas de areia mole e já muito escavacada. O perigo estava em qualquer esquina, qualquer curva, ou até mesmo em recta. Foi muito, muito complicado cá chegar, depois de quase três noites sem pregar olho", contou o piloto da Padock Competições.

Martine Pereira partiu às 11h54, hora de Portugal, para a penúltima etapa da prova todo terreno mais dura do mundo em solo sul-americano, tendo esta 13ª especial - La Rioja/Córdoba, sido encurtada devido às fortes chuvadas que caíram na região no decorrer de ontem, ficando a especial com 220 quilómetros em ritmo mais acelerado, sendo esta uma etapa composta por troços do rali da Argentina - pontuável para a jornada do campeonato do mundo: "vamos dar o nosso melhor, até porque a motivação começa a escoar-se, depois de tantas adversidades. Aproveitar o piso rápido para animar um, pouco pode ser vitaminado para estas duas ultimas especiais antes da chegada a Buenos Aires". AS

Cyril Desprès vence etapa; Rodrigues foi oitavo


Cyril Desprès venceu a 13ª etapa do Dakar Argentina-Chile, que ligou La Rioja a Córdoba, numa tirada que voltou a ser encurtada a exemplo do que já havia sucedido nos últimos dias.
Cyril Desprès vence etapa; Rodrigues foi oitavo -

O piloto francês aproveitou o facto de sair na frente da especial para se cotar como o mais rápido do dia, deixando o líder da geral, o espanhol Marc Coma, a 1m45s de distância, conquistando assim mais um triunfo em etapas.

Em terceiro ficou o francês David Fretigné, a 2m37s, uma posição adiante de Jordi Villadoms, a 3m52s. David Casteu e Alain Duclos ficaram em quinto e sexto lugar, completando um top 6 completamente dividido entre motards franceses e espanhóis.

Hélder Rodrigues chegou em oitavo lugar, a 4m58s de Desprès, cotando-se como o melhor português. Paulo Gonçalves foi o 14º da etapa, a 12m17s, ao passo que Bianchi Prata foi 30º, a 22m47s.

Na frente da geral nada mudou, já que Coma mantém uma confortável liderança de 1h28m sobre Desprès, enquanto que o terceiro continua a ser David Fretigné.

Entre os portugueses do top 10 também tudo se mantém idêntico, com Hélder Rodrigues e Paulo Gonçalves a manterem o quinto e o décimo lugares, respetivamente. Bianchi Prata é que deu mais um pequeno salto na classificação, sendo agora o 26º, a 12h59m13s.


AS

Vitória de Nani Roma, VW cautelosa


Nani Roma, o único Mitsubishi ainda em prova, venceu a 13ª etapa, os 220 km entre La Rioja e Cordoba. O piloto do Racing Lancer gastou 2h33m48s, 7m18s na frente do polaco Krzysztof Holowczyc (Nissan) e 7m27s sobre o francês Guerlain Chicherit (BMW).
Vitória de Nani Roma, VW cautelosa -

Não houve qualquer mudança no topo da classificação, num dia em que os homens da Volkswagen foram muito cautelosos, com Mark Miller a terminar na sétima posição, a 14m13s do líder, enquanto Giniel de Villiers, foi apenas oitavo, a 14m28s.

A estratégia da Volkswagen ficou clara, quando ao terceiro quilómetro da especial Giniel De Villiers e Mark Miller pararam à espera de Dieter Depping, para o que desse e viesse! Não vá o diabo tecê-las. Realizaram a especial juntos, e provavelmente o alemão, agora, até "testa" o road-book para ver se não há mais erros...

Só faltam duas etapas para a VW

Na geral, Giniel de Villiers lidera e tem Mark Miller apenas a 2m20s, com Robby Gordon (Hummer) na terceira posição, a 1h27m13s. Depois do abandono de Carlos Sainz, a VW, que nunca venceu um Dakar como equipa oficial, não vai arriscar um mílimetro que seja.

Entre os portugueses, Francisco Inocêncio foi hoje o mais rápido, na 30ª posição, enquanto Ricardo Leal dos Santos foi 34º. Adélio Machado foi 53º enquanto Francisco Pita foi 66º. Por fim, Campos Pereira, alcançou a 73ª posição. Na geral, Adélio Machado permanece como o melhor classificado, na 36ª posição, na frente de Francisco Inocêncio, na 44ª posição. Ricardo Leal dos Santos é 71º, enquanto Francisco Pita e Martine Campos Pereira são, respectivamente, 75º e 76º. Da geral.