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Carlos Castro morto e mutilado em Nova Iorque

florindo

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Morte Carlos Castro deve servir para mostrar aos jovens os "alçapões" da fama

O psiquiatra Afonso Albuquerque disse hoje esperar que a morte do cronista Carlos Castro sirva para alguns jovens, "dispostos a tudo para subirem nos meios de grande visibilidade social", perceberem que "esta sub-cultura tem alçapões".

"Espero que [o caso] alerte alguns jovens que este tipo de carreira, este meio sócio cultural, tem alçapões", disse à Lusa o antigo director do Serviço de Psicoterapia Comportamental do Hospital Júlio de Matos.

Para Afonso Albuquerque, este caso mostra "o que pode acontecer numa sociedade que crescentemente tem vindo, em alguns dos seus meios, a valorizar muito a beleza, o aspecto físico".

O especialista refere-se, nomeadamente, aos concursos televisivos que "são dirigidos essencialmente a jovens inexperientes que se sentem seduzidos pelos 15 minutos de glória".

"Se por um lado estes concursos têm coisas positivas para quem quer uma carreira na moda, também têm a face negativa de imbuir os jovens desta mentalidade e torná-los dependentes, escravizados mesmo, por este tipo de cultura", disse.

"Beleza, dinheiro, fama, tudo isto parece muito fácil. Basta ter bons genes, ser bonito, fazer ginástica. E não faltam jovens ansiosos por entrarem neste tipo de carreira", acrescentou o especialista.

Afonso Albuquerque acredita que esta é uma "indústria poderosíssima que não vai recuar perante um crime destes". O resultado, disse, são "situações de grande exploração psicológica e emocional dos jovens, que se passam".

Rui Abrunhosa Gonçalves, especialista em psicologia da justiça, defende que em "situações de grandes saltos da condição em que a pessoa vivia para uma notoriedade até então inexistente", esta deve ser acompanhada por alguém que sirva de "elemento de segurança".

Portugal já assistiu a casos de estrelas efémeras -- feitas em programas televisivos, como o famoso Big Brother, transmitido pela TVI -- que se "passaram".

Um desses participantes "já se tentou suicidar e destrambelhou completamente. A notoriedade afectou-o extraordinariamente", disse.

O mestre em psicologia do comportamento desviante defende um crescimento "progressivo". "Quando saltamos de uma linha de ação, de um padrão de funcionamento, para um outro de grande exposição social, é evidente que, se não formos acompanhados, esta exposição pode ser dramática".

Segundo Rui Abrunhosa Gonçalves, é longo o caminho para um lugar ao sol e exige grande persistência, trabalho e vontade. "O problema pode chegar se não se souber gerir a fama, quando esta cai nos braços", disse, referindo-se ao perigo de as "vulnerabilidades psicológicas poderem vir ao de cima".

O psicólogo ressalva, contudo, que o crime de que foi vítima o cronista Carlos Castro é "um caso extremo".

"Este é um crime de ódio, com violência extrema, uma procura de eliminar fisicamente alguém e de o deixar eliminado de uma maneira que não deixe dúvidas sobre o que se pensava sobre essa pessoa", concluiu.

Jornal de Notícias
 

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Juiz recusa fiança a Renato Seabra em audiência que durou 55 segundos

Modelo continua sob observação médica e volta a tribunal a 1 de Fevereiro

Durante 55 segundos, os jornalistas portugueses e americanos que encheram a pequena sala do Tribunal Criminal de Manhattan, em Nova Iorque, puderam hoje ver Renato Seabra, pela primeira vez desde que foi detido pela polícia, e exactamente uma semana após o homicídio do cronista social Carlos Castro, do qual é acusado.

Seabra - farda branca, olhos no chão, imóvel, inexpressivo - teve uma audiência no Tribunal Criminal por videoconferência, por se encontrar no Bellevue Hospital, sob observação psiquiátrica. Nestes casos, a justiça americana prevê que os arguidos não têm de se deslocar ao tribunal por razões de saúde.

O juiz deliberou que Seabra ficará a aguardar uma próxima audiência no Supremo Tribunal do estado de Nova Iorque sob custódia policial e sem direito a fiança. O caso será levado ao Supremo Tribunal no próximo dia 1 de Fevereiro, altura em que Seabra deverá declarar-se culpado ou não culpado. A audiência de ontem destinava-se apenas a determinar as condições em que Seabra ficaria a aguardar a acusação formal em tribunal.

Os jornalistas puderam ver Renato Seabra através de uma tela de projecção, sentado ao lado do seu advogado de defesa, o americano David Touger, cuja identidade não era conhecida até ontem. Não foram permitidos fotógrafos na sala, a pedido de Tauger, argumentando que isso poderia "pôr em risco o direito" do seu cliente "a um julgamento justo".

A confissão
Numa audiência que durou menos de um minuto, a procuradora Maxine Rosenthal referiu-se ao caso como "um crime muito grave e violento". Um resumo da acusação da procuradoria entregue aos jornalistas confirma que Renato Seabra confessou à polícia que matou Carlos Castro, atacando-o "por vários meios, incluindo": "asfixiou-o", "apunhalou-o com um saca-rolhas", "pisou-o", "bateu a cabeça de Castro contra um monitor de televisão" e "cortou-lhe os testículos".

O mesmo documento contém mais detalhes sobre os resultados da autópsia, notando que o rosto de Carlos Castro apresentava marcas de sapato, um osso hióide fracturado (osso em forma de U que suporta os músculos da língua), evidência de compressões do pescoço, cortes, trauma na cabeça causado por forte impacto e castração dos testículos.

Contactado pelo PÚBLICO, David Touger respondeu que "o público não conhece todos os factos importantes" sobre o caso e que "Renato Seabra é presumível inocente". "Ninguém deve assumir erradamente o contrário ou especular sobre o que aconteceu", diz, notando a intensa cobertura mediática do caso. "Apelamos aos media e ao público para esperarem pelo desfecho do processo de justiça criminal."

Segundo a lei do estado de Nova Iorque, em quase todos os casos de justiça criminal a acusação da procuradoria tem de ser validada por um tribunal de júri (grand jury). Este júri é composto por 23 cidadãos a quem são apresentados os argumentos e provas da acusação e devem decidir, mediante votação, a acusação formal contra o arguido. Pelo menos 16 dos 23 jurados têm de estar presentes para tomar conhecimento das provas e votar. E pelo menos 12 deles têm de concordar numa acusação antes da audiência no Supremo Tribunal.

Segundo a porta-voz do gabinete da procuradoria de Nova Iorque, o tribunal de júri votou uma acusação na quinta-feira, mas o conteúdo é confidencial até à audiência no Supremo. Se Renato Seabra se declarar culpado na audiência, não irá a julgamento. Nesse cenário, defesa e acusação poderão acordar uma sentença (pena atenuada em troca da declaração de culpa) ou o juiz determinará a sentença.

Esta tarde em Newark, New Jersey, realiza-se a cerimónia fúnebre de Carlos Castro, com a participação da comunidade portuguesa que ali reside. Também em Lisboa, na Basílica da Estrela, é celebrada uma missa às 19h.

Público
 

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Renato Seabra vai declarar-se inocente

O modelo português Renato Seabra vai declarar-se inocente na terça-feira no caso do homicídio do jornalista Carlos Castro.

«Vamos declarar inocência e planeamos fazer uma defesa vigorosa», disse o advogado David Touger, em Nova Iorque.

Acusado de homicídio em segundo grau, Seabra mantém-se em detenção no hospital Bellevue e comparece na terça-feira perante o Supremo Tribunal de Nova Iorque.

Joan Vollero, directora adjunta de comunicações do gabinete do procurador de Manhattan, disse hoje à agência Lusa que a audiência terá lugar a partir das 9h30 locais (14h30 de Lisboa).

Ao declarar-se culpado perante o Supremo, Seabra não chegaria a ir a julgamento.

Um juiz do Tribunal Criminal nova-iorquino ouviu o caso de Seabra a 14 de Janeiro, tendo decidido acatar o pedido da procuradora Maxine Rosenthal para que o jovem português permanecesse em detenção até nova audiência judicial, devido à «seriedade e violência do crime», cometido a 7 de Janeiro.

Seabra não prestou declarações durante a audiência por videoconferência e o seu advogado pediu ao juiz que não autorizasse que fossem recolhidas imagens.

Segundo o depoimento ao tribunal do detective John Mongiello, da Polícia de Nova Iorque, o crime aconteceu às 14h, cinco horas antes de o corpo ser encontrado no Hotel Intercontinental, e Seabra «declarou em substância que matou Castro e que o agrediu através de numerosos meios».

Seabra é acusado de homicídio em segundo grau, mas a acusação poderá ainda ser agravada para primeiro grau ou até atenuada.

Na audiência no Supremo Tribunal será conhecida a acusação, que já foi votada por um comité de jurados (grand jury).

O assassínio em 2.º grau, o mais comum, prevê uma pena que vai de 25 anos a prisão perpétua, permitindo o pedido de liberdade condicional ao fim dos 25 anos.

Castro e Seabra passavam férias juntos em Nova Iorque desde o final de Dezembro passado e estavam instalados no Hotel Intercontinental, onde o colunista social foi encontrado morto pela Polícia, com sinais de agressões violentas e mesmo mutilação nos órgãos genitais.

O relatório do médico legista apontou estrangulamento e traumatismo violento na cabeça como causa de morte.

O depoimento do detective Mongiello refere pormenorizadamente as agressões e mutilações e identifica como armas do crime um saca-rolhas e um monitor de televisão.

O jovem modelo terá também estrangulado e pisado Castro, de acordo com a acusação policial

Sol/Lusa
 

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Renato Seabra, acusado de homicídio simples, declarou-se inocente

Terminou há instantes a audição de Renato Seabra no caso do homicídio do cronista Carlos Castro. O jovem declarou-se inocente, como já tinha anunciado o seu advogado. Renato Seabra está acusado de homicídio simples, o que significa uma pena de 25 anos a prisão perpétua.

O tribunal manteve assim a acusação de homicídio em segundo grau, o equivalente a homicídio simples em Portugal. A audição durou apenas cinco minutos e Renato Seabra apenas falou para se declarar "inocente".

De acordo com os documentos hoje divulgados pelo tribunal, um comité de jurados ("grand jury") entendeu que Renato Seabra agiu com intenção de matar Carlos Castro e propõe que o jovem vá a julgamento.

A próxima sessão está marcada para dia 4 de Março. Até esta data o advogado de Renato poderá apresentar várias moções para tentar anular o mais possível os argumentos da acusação. Uma das prioridades será anular a confissão que Renato Seabra fez à polícia e que constava nos documentos divulgados hoje em tribunal e entregues ao "grand jury".

Nessa confissão Renato Seabra faz novamente a descrição de tudo o que aconteceu no hotel Intercontinental no dia da morte de Carlos Castro. Renato diz que depois de ter estrangulado Carlos Castro e depois de ter percebido que este estava morto, tirou a roupa que tinha suja de sangue, tomou um banho, vestiu um fato e saiu.

Dada a gravidade destas declarações, a estratégia da defesa passará por alegar que na altura da confissão, Renato não estava na posse de todas as capacidades mentais.

Nesta sessão, o jovem de 21 anos apareceu na sala cabisbaixo, algemado, vestido com um fato-de-treino e casaco grosso, sentou-se no banco reservado aos réus e respondeu apenas à pergunta do oficial de justiça dizendo-se "inocente".

Esta declaração de inocência poderá mudar na próxima audiência. Renato poderá, por exemplo, declarar-se culpado do crime de homicídio involuntário.

Renato Seabra aguardará detido a nova audiência.

Sic
 

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Renato Seabra "não tem consciência" do caso

Renato Seabra, o modelo acusado de ter assassinado o cronista Carlos Castro, está muito doente e, neste momento, sem consciência do crime de que é suspeito

Quem o diz é uma amiga, que faz parte da direcção da Associação Estrela d"Afecto, constituída com o objectivo de ajudar a mãe do modelo a pagar a defesa do jovem de 21 anos. A amiga, que pede para não ser identificada, explica que Renato está num estado psicótico do qual ainda não se sabe se recuperará.

E conta que nas conversas telefónicas que familiares e amigos têm mantido com o jovem, este mostra não ter consciência do que se está a passar. "Ele só pergunta quando pode regressar e diz que não percebe por que não o deixam voltar a Portugal", conta a amiga, que está extremamente preocupada com a saúde de Renato. E acrescenta: "Ele está muito doente e numa tristeza profunda, sem perceber por que está detido". Por isso, continua internado no Hospital de Bellevue, em Nova Iorque. Nas conversas com o modelo, a principal mensagem é de força e ânimo, tentando os familiares e amigos convencer o jovem a realizar tarefas tão básicas como comer ou barbear-se.

A Associação Estrela d"Afecto está a tentar apoiar financeiramente a defesa de Renato, mas, até ao momento, não recolheu mais de mil euros. "É uma gota no oceano", reconhece a dirigente, que precisa que só para pagar ao advogado do modelo serão necessários pelo menos 150 mil euros, uma estimativa apresentada à mãe durante a sua estadia em Nova Iorque.

Os amigos do jovem Renato Seabra têm consciência da dificuldade da tarefa e, por isso, já puseram mãos à obra. Além da criação formal da associação, foi feito um site (Estrela D'Afecto), onde se podem encontrar os números das duas contas de angariação de fundos, uma em euros e outra em dólares. Estão também a tentar arranjar prémios para lançar rifas e um pavilhão para realizar um concerto de angariação de fundos, em Cantanhede.

Anteontem, Renato deslocou-se pela primeira vez ao tribunal de Nova Iorque que o vai julgar, tendo-se declarado "não culpado". A próxima sessão está marcada para 4 de Março.

Público
 

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Confrontos nas cerimónias fúnebres de Carlos Castro em Oeiras

Confrontos entre familiares e amigos de Carlos Castro e uma popular marcaram hoje, sábado, as cerimónias fúnebres do cronista no Cemitério de Oeiras.

O conflito, que envolveu insultos, puxões e pontapés, aconteceu no momento em que familiares e amigos do Carlos Castro, assassinado em Nova Iorque, se despediam dos restos mortais do cronista.

Uma popular, que não se quis identificar, mas que alega ser amiga da família de Renato Seabra, acusado da morte de Carlos Castro, começou a insultar o cronista, chamado-lhe "bandido" e dizendo que ele tinha enganado o jovem de Cantanhede. Nesse momento, amigos e familiares de Carlos Castro viraram-se contra a senhora.

Uma sobrinha do cronista, Sónia Antão, e mais familiares, envolveram-se com a mulher em confrontos físicos.

A mulher acabou por sair da zona, mantendo, no entanto, a troca de insultos, após o que se dirigiu para a campa do marido, também no cemitério de Oeiras.

A popular, confrontada pelo JN, adiantou que vai apresentar queixa contra os alegados agressores.

Jornal de Notícias
 

florindo

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Os pormenores da confissão de Renato Seabra

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Na confissão,Renato afirmou ter agarrado Carlos Castro pelo pescoço, por trás, empurrando-o depois contra o chão, enquanto comprimia a traqueia. Em seguida, apunhalou-o na virilha e na face com um saca-rolhas.

A mesma arma foi usada para cortar os testículos de Castro, segundo a confissão. Mas a violência, que durou cerca de uma hora, não ficou por aí. Renato agrediu Castro na cabeça com um monitor de computador e pisou a cara do colunista social com os seus sapatos.

O relatório da autópsia aponta as 14h como hora provável de morte - cinco horas antes de o cadáver ser encontrado pelo pessoal do hotel e pela polícia. Indica ainda a existência de marcas do calçado de Renato na face da vítima. O modelo disse também à polícia ter-se despido e tomado um duche depois de consumado o crime, tendo posto um fato, antes de sair do quarto.

À saída do hotel, o jovem modelo encontrou na recepção Vanda Pires e a filha, duas amigas de Castro que tinham vindo ao Intercontinental, alarmadas por o colunista social não atender o telemóvel. Renato afirmou ter sido questionado insistentemente por ambas acerca do paradeiro de Castro, enquanto tentava sair. Foi então que lhes disse que Carlos estava no quarto, deu-lhes o número do mesmo e saiu do Hotel.

Terá depois vagueado e entrado num táxi no terminal de Penn Station, não muito longe do local do crime. Pediu ao taxista que o levasse até ao Roosevelt Hospital. Foi aqui que a polícia o veio a encontrar, antes de o conduzir a Bellevue para «avaliação psiquiátrica».

A intenção não terá sido a fuga do país, uma vez que deixou para trás o passaporte e outros documentos de identificação, dinheiro e até telemóvel. No quarto, a polícia encontrou também as alegadas armas do crime: um saca-rolhas, uma garrafa de vidro e cacos, um monitor de computador e um par de ténis. No número 3416 ficaram ainda um computador portátil, um iPod, uma máquina fotográfica, roupa e relógios, entre outros objectos.

A acusação contra Renato tem ainda na sua posse fotografias do local do crime, gravações que pretende apresentar em tribunal, possivelmente da confissão e outros depoimentos de testemunhas, bem como o relatório do médico legista e o relatório de biologia forense e de impressões digitais.

Acordo mais provável que julgamento

Renato Seabra recebeu ordem de prisão no domingo, 8 de janeiro, às 23h30, poucas horas _depois da confissão. _A lei nova-iorquina determina que a validade desta seja discutida numa audiência paralela. Para ser considerada válida, o acusado tem de ter recebido os seus Miranda warnings - direito à presença de um advogado -, e provar-se que a decisão de falar foi «informada, inteligente e voluntária».

Renato teria evitado a ida a julgamento ao declarar-se culpado perante o Supremo. Mas um acordo entre o seu advogado e a procuradora ainda é possível. E, segundo juristas norte-americanos, mesmo o mais provável. Ambos irão apresentar moções sobre aspectos legais do processo, como a validade da confissão. Mas o réu poderá ainda - em troca de uma pena menos pesada -, declarar-se «guilty» (culpado).

Sol
 

Silva51

GF Platina
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coitado de quem é pai e mãe,ter um filho assassino, desses eu sinceramente tenho muita pena,pois é niguem sabe para o que nasce ,agora Seabra paga o mal que fizeste.
 

florindo

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Carlos Castro deixou carta para ser lida no funeral

Cronista deu carta a amigo há um ano para ser aberta e lida no funeral

Carlos Castro escreveu uma carta que, por vontade sua, só devia ser aberta no dia do funeral. A missiva, deixada a um amigo, foi ontem, sábado, lida, na igreja de Linda-a-Velha, em Oeiras, nas cerimónias fúnebres. Na carta, Carlos Castro dizia: "Sinto que o meu tempo acaba".

A folha A4, com a assinatura do cronista, foi entregue a Miguel Villa - "um amigo que considero, tal como eu, amigo das boas gentes", refere o documento. A carta de Carlos Castro, lida entre lágrimas, a quantos assistiam à cerimónia no templo de Linda-a-Velha, determina ainda a entrega a Miguel Villa de um espólio com dez mil slides com muitas figuras portuguesas. O cronista revela uma enorme alegria e orgulho em ter conhecido tanta "gente notável", mas fala também em "ódio", "inveja", a amargura de um "país de gente tão cinzenta".

A carta tem por título "Para um dia..." e no final Carlos Castro vaticina a morte - "Sinto que o meu tempo acaba. Dentro em breve..."

Foi lida um ano menos dois dias depois de ter sido escrita, no dia 7 de Fevereiro de 2010. Miguel Villa associa este prenúncio de morte de Carlos Castro não a qualquer inimizade, mas a uma questão de saúde.

Irmão lamenta má relação

Na cerimónia religiosa estiveram presentes amigos e figuras conhecidas, como Lili Caneças, Eládio Clímaco e Carlos Valdez, mas também um dos irmãos de Carlos Castro, João Castro.

Visivelmente transtornado, João Castro, de 73 anos, lamentou o facto de não ter convivido muito com o irmão: "Estou arrependido de não me dar bem com o meu irmão".

A última vez que estiveram junto foi em 2004, durante o funeral da mãe. João Castro quis falar sobre Renato Seabra. "Ele não era uma criança, ele estava consciente", salientou.

Apesar de afirmar nunca ter visto Renato, João Castro disse acreditar na "Justiça americana".

"O meu tio era bom, tinha a vida dele, mas era bom", disse ao JN uma filha de João Castro.

Jornal de Notícias
 

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Família de Renato Seabra apela a Oprah e Obama

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Uma amiga da família de Renato Seabra escreveu uma carta à famosa apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, para que esta faça um programa alusivo ao caso do homicídio de Carlos Castro. Também um tio do jovem fez um apelo ao presidente Barack Obama, avança o Jornal de Notícias.

A carta dirigida a Oprah foi publicada na página de Facebook de Heleno Pereirinha, irmão da mãe do jovem de Cantanhede. Foi também nesta rede social que o tio apelou às mais altas instâncias, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: «Mr. Barak Obama, sua Exa. Sr. Presidente da Republica Cavaco Silva, Sr. primeiro-ministro peço encarecidamente para verem a situação do Renato», cita o JN.

Os familiares e amigos de Renato Seabra pretendem atenuar o peso do processo judicial de que o jovem é alvo, devido aos custos associados.

A mãe de Renato já voltou para Nova Iorque, para onde tenciona mudar-se definitivamente para acompanhar o filho.

SOL
 

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Homicídio de Carlos Castro volta amanhã ao tribunal de Nova Iorque

O caso do homicídio do colunista social português Carlos Castro, de que é acusado o jovem modelo Renato Seabra, volta a tribunal na sexta-feira, numa audiência pré-julgamento em que serão discutidas questões processuais.

De acordo com a porta-voz do gabinete do procurador de Nova Iorque, sessões «standard e pré-julgamento» como a de sexta-feira servem normalmente para a apresentação de moções, nomeadamente da defesa pedindo a anulação de provas ou rejeição de acusações.

Na sessão seguinte em tribunal será apresentada resposta a essas moções e possivelmente numa terceira data o juiz irá tomar uma decisão em relação às posições das partes, adiantou a porta-voz Joan Vollero.

A mesma fonte disse não ter informação se Seabra, que se mantém há mais de um mês em detenção numa unidade hospitalar da cidade de Nova Iorque, estará ou não presente na sessão de sexta-feira.

A Lusa contactou o advogado de Renato Seabra, David Touger, que não respondeu em tempo útil acerca das moções a apresentar.

A procuradora responsável pelo caso, Maxine Rosenthal, escusou-se a prestar declarações.

Seabra compareceu pela primeira vez no Supremo Tribunal de Nova Iorque a 1 de Fevereiro, onde se declarou inocente do crime de homicídio em segundo grau.

A acusação, divulgada pelo gabinete do procurador de Nova Iorque Cyrus Vance Jr., alega que Seabra «matou intencionalmente a sua vítima», facto relatado numa confissão de Seabra à Polícia logo após o homicídio, a 7 de Janeiro.

O assassínio em 2.º grau, o mais comum, prevê uma pena que vai de 25 anos a prisão perpétua, permitindo o pedido de liberdade condicional ao fim dos 25 anos.

O homicídio teve lugar no Hotel Intercontinental, onde ambos passavam férias juntos desde 29 de Dezembro passado.

O relatório do médico legista apontou estrangulamento e traumatismo violento na cabeça como causa de morte e o colunista social foi encontrado morto pela Polícia com sinais de agressões violentas e mesmo mutilação nos órgãos genitais.

Lusa/SOL

 

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Renato Seabra faz prova de que não é gay

A defesa e a acusação no caso de Renato Seabra podem chegar já hoje a acordo quanto a uma pena, na audiência que vai decorrer no Tribunal Criminal de Nova Iorque, apurou o SOL junto de fontes ligadas ao processo.

O advogado do jovem, David Touger, tem estado a recolher elementos e no encontro deverá deixar claro que tem provas suficientes de que Renato foi coagido, obrigando a acusação, liderada pela procuradora Maxine Rosenthal, a aceitar uma pena inferior a 15 anos.

Se se chegar a um acordo, o caso é resolvido sem ser necessário haver um julgamento.

Neste momento, a defesa aguarda o resultado de exames médico-legais para tentar provar que o jovem foi vítima de coacção e chantagem. O objectivo é demostrar que, a haver relações sexuais, estas só aconteceram depois de o modelo e o cronista chegarem a Nova Iorque.

Hoje, na audiência, Touger vai defender a tese de que o jovem, de 21 anos, estava debaixo de forte pressão psicológica. A defesa acredita que tem elementos que mostram que o modelo foi para Nova Iorque com promessas de ir a castings de várias marcas de moda, incluindo a Armani. Promessas estas que nunca terão sido concretizadas. Além dos exames a Renato, foram ainda requeridas análises ao cadáver do cronista, para perceber se este teria ou não uma doença sexualmente transmissível.

SOL
 

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Cidadãos de Lisboa querem rua com nome de Carlos Castro



A Câmara de Lisboa já recebeu o grupo de cidadãos que quer ver o nome do cronista Carlos Castro atribuído a uma rua e informou que, como é habitual, vai submeter a proposta à comissão municipal de Toponímia.

A autarquia refere que «submete à análise e parecer» da comissão «todas as propostas apresentadas», sobre as quais este organismo se deverá pronunciar.

O município adianta, contudo, que um dos princípios orientadores desse trabalho é a atribuição de topónimos «após o decurso de cinco anos sobre a morte da personalidade a homenagear».

«De entre os diversos critérios, destacam-se a consagração toponímica de personalidades com relevância para a cidade, com prestígio nacional e internacional ou de personalidades com relevância para a cidade ou personalidades de relevo mundial inquestionável», explica a câmara.

A reunião com representantes do grupo de amigos de Carlos Castro com a vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, decorreu na semana passada.

Segundo Aristides Teixeira, o mentor da proposta, a iniciativa não está relacionada com a forma como o cronista social morreu.

«Achamos que é de toda a legitimidade e justifica-se plenamente que a cidade de Lisboa preste homenagem ao Carlos Castro pelo seu passado profissional. Foi um homem que acrescentou alguma coisa de positivo na comunicação social, nomeadamente na crónica social», referiu Aristides Teixeira no mês passado.

Filipe La Féria, Vítor de Sousa, Eládio Clímaco, João Rolo e João Baião são alguns dos subscritores da proposta.

Nascido em Angola em 1945, Carlos Castro mudou-se para Portugal em 1975.

Em Janeiro, foi encontrado morto num quarto de um hotel em Nova Iorque, onde passava férias com o jovem modelo Renato Seabra, acusado do crime.

Lusa/SOL
 

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EUA: Procuradoria exige clarificação de defesa psiquiátrica no caso de Renato Seabra

A acusação no caso do jovem modelo português Renato Seabra quanto ao homicídio de Carlos Castro exigiu hoje em tribunal que a defesa clarifique se pretende recorrer à «defesa psiquiátrica», alegando perturbação psicológica ou emocional.

O novo requerimento foi hoje apresentado, juntamente com a resposta aos vários pedidos da defesa, no Tribunal Supremo do Estado de Nova Iorque, em mais uma audiência preliminar do caso do homicídio do colunista social português em Nova Iorque a 7 de Janeiro.

«Mais de 30 dias passaram desde que o réu se declarou inocente da acusação e não apresentou uma notificação da intenção da apresentar provas psiquiátricas em tribunal», refere a procuradora Maxine Rosenthal.

«O tribunal deu ao réu tempo adicional para apresentar essa notificação. Deve ser ordenado ao réu a apresentação da notificação de forma atempada ou ser impedido de apresentar tais provas», adianta.

Após a sessão de hoje, o advogado de defesa disse que ainda não decidiu se vai recorrer à defesa psiquiátrica, o que a ser aceite permitiria reduzir a moldura penal que enfrenta Seabra, para homicídio involuntário, com uma pena de prisão de 5 a 25 anos.

Pelo homicídio em segundo grau, o jovem pode ser condenado a prisão perpétua, com um mínimo de 25 anos de cadeia.

A procuradora apresentou também hoje resposta aos requerimentos da defesa, sustentando que a confissão à polícia do homicídio de Carlos Castro foi «legalmente obtida» e deve ser considerada em tribunal, ao contrário do que pretende a defesa, que argumenta que foram prestadas em detenção ilícita.

«As declarações foram obtidas legalmente e [a Procuradoria] nega todas as alegações em contrário», refere a resposta hoje entregue pela procuradora.

Em relação a outro requerimento entregue no início de Março pelo advogado de defesa, David Touger, a procuradoria consente que sejam revistas 'in camera' pelo Tribunal as actas do comité de jurados ('Grand Jury'), de onde saiu a acusação de homicídio em segundo grau para Seabra, mas rejeita a anulação desta.

«A inspecção [das actas] revelará que as provas perante o Grand Jury suportam amplamente a acusação, que o comité foi apropriadamente instruído sobre a lei e que a integridade dos procedimentos não foi comprometida», sustenta a procuradora.

A acusação rejeita que as actas sejam reveladas à defesa, e o facto de a revisão ser feita 'in camera' significa que o juiz terá acesso ao conteúdo, mas não o público.

A procuradora rejeita ainda a submissão à defesa de uma 'Bill of Particulars', uma declaração formal escrita que detalha acusações ou alegações, habitual em fases pré-julgamento nos Estados Unidos.

Em relação a elementos pedidos pela defesa, a procuradora sustenta que as declarações do réu a outras pessoas além dos polícias não estão disponíveis, bem como declarações anteriores de testemunhas apresentadas pela acusação.

Igualmente não estão acessíveis «numerosos relatórios policiais» pedidos pelo advogado David Touger.

A decisão do juiz será conhecida na próxima sessão, a 29 de Abril.

Lusa/ SOL
 

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EUA: Renato Seabra transferido para principal prisão de Nova Iorque



O jovem modelo português Renato Seabra, acusado do homicídio do colunista Carlos Castro, foi transferido esta quarta-feira para Rikers Island, o principal complexo prisional de Nova Iorque, confirmou o seu advogado.

David Touger disse à Lusa que o departamento penal não adiantou as razões para a transferência de Seabra, que estava desde Janeiro no Hospital de Bellevue, mais recentemente numa ala prisional.

"Não teve nada a ver com a avaliação" psiquiátrica mais recente a Seabra, adiantou.

Touger não adiantou mais pormenores sobre as condições de detenção e de visitas do modelo português.

De acordo com a SIC, Seabra vai aguardar a decisão do tribunal numa ala da cadeia destinada aos suspeitos cujos casos ainda estão em trânsito na Justiça.

A próxima sessão do caso terá lugar a 29 de Abril, no Tribunal Supremo do Estado de Nova Iorque, onde a teve lugar na última sexta feira a mais recente audiência.

Situado próximo do aeroporto de LaGuardia, Queens, a ilha de Rikers é o principal complexo prisional do Estado de Nova Iorque, com perto de 1.700 metros quadrados.

Tem uma população prisional de perto de 14 mil reclusos, e um orçamento anual de 860 milhões de dólares.

O advogado de Seabra ainda aguarda por elementos da Procuradoria para decidir de vai optar pela chamada defesa psiquiátrica: o facto de o crime ter sido cometido sob "perturbação emocional extrema".

Se for admitida, a moldura penal de Seabra baixaria de homicídio em segundo grau, de que Seabra está acusado, para homicídio involuntário ("manslaughter") em primeiro grau.

O jovem português tem visitas três dias por semana, habitualmente de família e amigos, e contacto regular com o advogado.

Como outros reclusos em Bellevue, onde se encontra desde o crime de 7 de Janeiro, Seabra estava a ser vigiado por possibilidade de suicídio, adiantou Touger.

Na próxima audiência, o caso pode então seguir para audições pré-julgamento, dependendo de os elementos ainda não facultados pela procuradoria estarem todos na posse da defesa e do juiz.

Jornal de Notícias
 
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Renato quer ser julgado

Nova Iorque: Advogado projecta julgamento para o início de 2012
Renato quer ser julgado

Renato Seabra quer ir a julgamento, que segundo o seu advogado "deverá começar no início de 2012", pelo homicídio em segundo grau do cronista social Carlos Castro. Isto porque defesa e acusação não conseguiram ontem, mais uma vez, chegar a acordo quanto ao estabelecimento de uma pena. E David Touger, que representa o modelo português, disse ontem à saída do Supremo Tribunal de Manhattan que nunca aceitará qualquer proposta que não seja a de Renato ser considerado como "não culpado devido a insanidade" momentânea.

Apesar de não haver decisão do juiz sobre a marcação da data do início do julgamento, David Touger mostrou-se pouco esperançado num acordo com a procuradora Maxine Rosenthal. Foi recusado à defesa, na sessão de ontem de pré-julgamento, o acesso aos relatórios finais e à gravação da avaliação psicológica antes da próxima audiência.

A procuradora declarou que ainda não está pronto o relatório final da análise psiquiátrica. E que não teve tempo de analisar o relatório preliminar dos testes efectuados em laboratório às provas do local do crime. David Touger levou então os braços ao ar por não lhe ser facilitado o acesso a estes documentos.

O juiz mostrou--se insatisfeito com o desentendimento entre defesa e acusação: "Não me agrada o que se está a passar, está em causa um assassinato. Tudo se passou em Janeiro passado e, por este andar, chegamos a julgamento daqui a um ano." A procuradora pediu desculpa, e o advogado insistiu ainda que lhe fosse facilitado o acesso à gravação da entrevista feita ao seu cliente. Maxine Rosenthal recusou.

A próxima audiência ficou assim marcada para o dia 28 de Outubro, deixando o juiz a promessa de que, "se defesa e procuradoria não se entenderem em relação ao acesso a todos os relatórios, teremos audiências todas as semanas".


C.da Manha
 

florindo

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Procuradora e advogado de Renato Seabra discutem em tribunal

Procuradora e advogado de Renato Seabra discutem em tribunal

O advogado de Renato Seabra e a procuradora responsável pelo caso 'Carlos Castro' envolveram-se hoje em nova discussão em tribunal, a propósito de novo teste psicológico ao jovem português, que vai atrasar ainda mais o processo.

Depois de ter sido interrogado duas vezes por um psicólogo contratado pela procuradoria, com recurso a um intérprete, Renato Seabra, que está acusado da morte do cronista social Carlos Castro, será sujeito, no próximo dia 14 de Dezembro, a um teste escrito em português, e a demora na conclusão da avaliação do estado mental do jovem irritou o advogado David Touger.

«Estamos a aproximar-nos muito rapidamente do primeiro aniversário do caso [7 de Janeiro 2012] e quero que chegue a julgamento.

Percebo que [a procuradora] tenha encontrado este teste em português, que tem de ser feito, mas podíamos andar mais rapidamente e por isso me zanguei», adiantou após a audiência preliminar de hoje em tribunal, onde esteve Seabra e, na assistência, a sua mãe, Odília Pereirinha.

A avaliação do psicólogo contratado pela procuradoria «não deverá estar pronta» na data da próxima audiência, a 6 de Janeiro, e mesmo que esteja o caso só deverá entrar na fase de pré-julgamento em Março, novo atraso face à anterior previsão de meados de Fevereiro.

A intensa discussão na sala de audiências, que já se verificou em anteriores sessões, surgiu de uma queixa de Touger ao juiz por a procuradora novamente adiar a entrega do relatório e também por não lhe facultar antecipadamente uma cópia e as normas do novo teste.

Numa troca de argumentos de perto de 40 minutos, procuradora defendeu-se dizendo que o examinado não deve ter acesso prévio às perguntas do exame e devolveu as acusações pelo atraso, por vezes exaltada e levando Touger a mostrar a sua irritação, levando as mãos à cabeça e caminhando em torno da sua secretária.

«Não discutam! Não quero discussões», interveio o juiz Charles Solomon, que acabou por decidir que Touger terá direito a uma cópia do teste após Seabra o fazer, e a adiar para mais tarde a decisão sobre o acesso às normas.

Face ao desentendimento entre advogado e procuradora, o juiz disse até ter «medo de perguntar» sobre o outro assunto pendente, as provas de ADN da cena do crime que ainda não foram entregues à defesa, e viu confirmado pela procuradora que também neste ponto não houve evolução em relação à última audiência.

Quanto a Seabra, continua na prisão de Rikers Island, por decisão do departamento penal de Nova Iorque, medicado e sujeito a vigilância médica.

«Ele quer ir a julgamento. É isso que ele quer. É difícil para qualquer pessoa entender.

Eu tenho problemas em entender porque demora tanto. Ele não é diferente nesse sentido», disse Touger após a audiência.

De fato cinzento e gravata, magro e pálido, o jovem português mostrou-se muito concentrado nas palavras do tradutor durante a sessão e ao sair da sala escoltado pela polícia demorou-se a olhar para a mãe no público.

O relatório da procuradoria deverá contrariar um outro apresentado pela defesa, que sustenta o argumento de que o jovem português sofria de «doença ou debilidade mental» quando cometeu o crime, e que poderá conduzir a uma sentença mais ligeira.

Seabra está acusado de homicídio em segundo grau pela procuradoria de Nova Iorque.

O caso remonta a 7 de Janeiro, quando Carlos Castro, de 65 anos, foi encontrado nu e com sinais de agressões violentas e mutilação nos órgãos genitais no quarto de hotel que partilharam em Manhattan.


Lusa/SOL
 

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Acusação rejeita que Renato Seabra tenha cometido o crime por problemas mentais

Acusação rejeita que Renato Seabra tenha cometido o crime por problemas mentais


Uma avaliação psiquiátrica de Renato Seabra hoje entregue pela procuradoria de Nova Iorque rejeita que problemas mentais do jovem português estejam na origem do homicídio de Carlos Castro, em Janeiro de 2011.

Contrariando a tese da defesa do jovem acusado de homicídio em segundo grau, o relatório, de 22 páginas, determina que Seabra «tinha a capacidade mental para perceber a natureza e consequências dos seus actos e de saber que os seus aptos eram errados».

Mas o advogado de defesa, David Touger, que recebeu o relatório em tribunal das mãos da procuradora encarregada do caso, Maxine Rosenthal, dispõe de outra avaliação que sustenta que o jovem deve ser considerado «não culpado por razões de doença ou distúrbio mental» e mostra-se confiante que esta tese vai prevalecer perante um júri, quando o julgamento arrancar.

«Este relatório significa que vamos a tribunal e que o júri vai decidir esse assunto», disse Touger após uma curta sessão preliminar em que esteve presente Renato Seabra e a sua mãe.

«A nossa defesa vai ser que ele não sabia o que fazia. Que não tinha capacidade mental para saber que o que estava a fazer era errado», adiantou o advogado.

O relatório apresentado pela defesa aponta para «doença ou debilidade mental» como motivo do crime, o que pode mesmo conduzir a uma absolvição e a uma posterior audiência sobre se Seabra está em condições de ser libertado.

A próxima sessão ficou agendada para o próximo dia 9 de Março, e servirá para «discutir inteligentemente a marcação da data do julgamento», nas palavras do juiz Charles Solomon.

O juiz do caso apontou mesmo Abril ou Maio como horizonte para que o julgamento arranque.

Alguns elementos ainda terão de ser facultados à defesa até à audiência, em primeiro lugar os relacionados com o relatório psiquiátrico da acusação, que sustentam a conclusão e os resultados dos exames feitos a Seabra.

Seabra foi interrogado duas vezes pelo psiquiatra contratado pela procuradoria, com recurso a um intérprete, e sujeito a um teste escrito em português.

Touger aguarda ainda que lhes sejam entregues testes de ADN do quarto de hotel, que vão servir para determinar a quem pertencem as amostras de sangue recolhidas no local do crime.

A defesa quer também ter acesso a um vídeo do acusado e da vítima [Carlos Castro] no lobby do hotel Intercontinental, no dia do crime.

A demora na entrega destes elementos e no arranque do julgamento tem motivado acesas discussões na sala de audiências entre defesa e acusação, levando o juiz a declarar-se «frustrado» com o processo.

Seabra está acusado de homicídio em segundo grau pela procuradoria de Nova Iorque.

O caso remonta a 7 de Janeiro de 2011, quando Carlos Castro, que tinha 65 anos, foi encontrado nu e com sinais de agressões violentas e mutilação nos órgãos genitais no quarto de hotel que partilhava com Renato Seabra em Manhattan.

O jovem continua na prisão de Rikers Island, por decisão do departamento penal de Nova Iorque, medicado e sujeito a vigilância médica.


Lusa/SOL
 

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Juiz critica evolução do processo de Renato Seabra

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Juiz critica evolução do processo de Renato Seabra

O julgamento de Renato Seabra, acusado do homicídio do colunista Carlos Castro em Nova Iorque, continua sem data de início e, criticou hoje o juiz Charles Solomon, está «muito atrás dos padrões e objectivos do tribunal».
Em nova audiência do caso no Tribunal de Nova Iorque, a procuradora Maxine Rosenthal voltou a alegar ter dois outros casos em mãos – um homicídio e outro de violação – com precedência sobre o de Renato Seabra, para escusar-se a avançar hoje com a marcação da data de início do julgamento, conforme estava previsto.
Após a exposição da procuradora e vários alertas do juiz, Solomon acabou por marcar para 04 de Junho nova sessão em que deverá ser agendado o início do julgamento, determinando que, se entretanto algum dos outros dois casos não chegar a julgamento, a procuradora deve notificar o tribunal e a defesa de imediato.
«Não posso, nesta fase, forçá-la a estar preparada», disse o juiz, perante a insistência do advogado de defesa, David Touger, que afirma há meses estar preparado para o julgamento.
O caso de homicídio do colunista português, em Janeiro de 2011, está «muito atrás dos padrões e objectivos do tribunal», em termos de conclusão, afirmou Solomon.
O juiz adiantou que quer que o julgamento arranque «pouco depois» da próxima audiência, mas é possível que a procuradora volte a alegar falta de tempo para se preparar convenientemente.
Com as férias judiciais, normalmente em Agosto, a aproximarem-se, aumenta o risco de que o julgamento só tenha lugar no Outono, quase dois anos depois dos factos.
Em anteriores audiências do caso, o juiz Solomon tinha apontado Abril ou Maio como horizonte para arranque do julgamento.
Uma das tarefas em mãos, depois das audiências sobre os materiais de prova, será a selecção do júri de 12 pessoas, de entre um lote de 160, por comum acordo entre os dois advogados e o juiz, processo que poderá demorar até uma semana.
O julgamento deverá durar entre 2 e 3 semanas, um período que o advogado de defesa considera longo, para o que é habitual.
A defesa sustenta que o jovem deve ser considerado «não culpado por razões de doença ou distúrbio mental» e mostra-se confiante que esta tese vai prevalecer perante um júri, quando o julgamento arrancar, escudando-se em relatórios psiquiátricos.
Todos os elementos pedidos pela acusação à defesa já estão na posse de Touger, incluindo os testes realizados pelo psiquiatra que concluiu que Seabra estava na posse das suas faculdades mentais no momento do crime, contrariando a tese da defesa.
O advogado de defesa recebeu da procuradora um disco externo com horas de imagens de Seabra e Castro, em vários pontos do hotel onde ficaram - lobby, elevador, recepção e até no restaurante.
Também nas mãos da defesa estão já os testes de ADN do quarto de hotel, que vão servir para determinar a quem pertencem amostras de sangue recolhidas no local do crime.
Seabra está acusado de homicídio em segundo grau pela procuradoria de Nova Iorque.
A demora na entrega de elementos e no arranque do julgamento motivou acesas discussões na sala de audiências entre defesa e acusação, levando o juiz a declarar-se «frustrado» com o andamento lento do processo.
O caso remonta a 7 de Janeiro de 2011, quando Carlos Castro, de 65 anos, foi encontrado nu e com sinais de agressões violentas e mutilação nos órgãos genitais no quarto de hotel que partilhara com Renato Seabra em Manhattan.
O jovem continua na prisão de Rikers Island, por decisão do departamento penal de Nova Iorque, medicado e sujeito a vigilância médica.
Segundo uma fonte ligada ao processo, o jovem português foi recentemente transferido de uma camarata para uma cela individual, dado o longo período, cerca de um ano, que já leva na prisão.

Lusa/SOL
 

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Carlos Castro: Juiz-chefe vai decidir se Renato Seabra é julgado em Julho

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Juiz-chefe vai decidir se Renato Seabra é julgado em Julho

O juiz-chefe do Tribunal de Nova Iorque vai decidir se o julgamento do jovem português Renato Seabra, acusado do homicídio do colunista social Carlos Castro, terá lugar já no próximo mês ou apenas depois das férias judiciais.
A procuradora do caso, Maxine Rosenthal, faltou à audiência de hoje em tribunal, por estar noutro julgamento, e a sua representante comunicou ao juiz Charles Solomon que, antes de poder dedicar-se ao caso de Renato Seabra, terá ainda outro a chegar a julgamento, que terá precedência.
Fixando como objectivo que o julgamento de Seabra seja em Julho, o juiz remeteu para o juiz-chefe Michael Obus a decisão sobre qual dos dois casos em que a procuradora está envolvida tem prioridade.
«A minha preferência é ter este julgamento primeiro. Mas não posso discutir com os meus colegas sobre advogados», afirmou o juiz Solomon, justificando a decisão de submeter a questão ao juiz-chefe.
A procuradoria afirma que é possível que o julgamento tenha lugar em Julho, mas alerta que, mesmo que o julgamento em que Rosenthal está agora envolvida termine nas próximas duas semanas, a procuradora ainda irá precisar de algum tempo para se preparar para o de Seabra, impedindo o agendamento antes das férias do juiz Solomon.
Em anteriores audiências do caso, Solomon tinha apontado Abril ou Maio como horizonte para arranque do julgamento.
A demora na entrega de elementos e no arranque do julgamento motivou acesas discussões na sala de audiências entre defesa e acusação, levando o juiz a declarar-se «frustrado» com o andamento lento do processo.
Após a audiência de hoje, o advogado de Seabra dizia acreditar que o julgamento só acontecerá depois do Verão.
«A procuradora tem muitos casos, tem de ir onde os juízes a mandam, por isso vamos perante o juiz-chefe e ele vai dizer-nos o que fazer», afirmou Touger.
Segundo o advogado, que vem dizendo há meses estar preparado para o julgamento, não é raro que o suspeito de um homicídio fique mais de um ano à espera, como acontece com Seabra, acusado de homicídio em segundo grau pela procuradoria de Nova Iorque.
O caso remonta a 7 de Janeiro de 2011, quando Carlos Castro, de 65 anos, foi encontrado nu e com sinais de agressões violentas e mutilação nos órgãos genitais no quarto de hotel que partilhara com Renato Seabra, em Manhattan.
O jovem continua na prisão de Rikers Island, por decisão do departamento penal de Nova Iorque, medicado e sujeito a vigilância médica.
O jovem português foi recentemente transferido de uma camarata para uma cela individual, dado o longo período - cerca de um ano - que chegou à prisão.
A defesa sustenta que o jovem deve ser considerado «não culpado por razões de doença ou distúrbio mental», e mostra-se confiante de que esta tese vai prevalecer perante um júri, quando o julgamento arrancar, escudando-se em relatórios psiquiátricos.
Todos os elementos pedidos à acusação já estão na posse de Touger, incluindo os testes realizados pelo psiquiatra que concluiu que Seabra estava na posse das suas faculdades mentais no momento do crime, contrariando a tese da defesa.
O advogado de defesa recebeu da procuradora um disco externo com horas de imagens de Seabra e Castro, em vários pontos do hotel onde ficaram - lobby, elevador, recepção e até no restaurante.
Também nas mãos da defesa estão já os testes de ADN do quarto de hotel, que vão servir para determinar a quem pertencem amostras de sangue recolhidas no local do crime.
O julgamento deverá durar entre 2 e 3 semanas, um período mais longo do que é habitual.

Fonte: Lusa/SOL
 
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