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Juros da dívida a 10 anos continuam a descer

florindo

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Os juros exigidos pelos investidores no mercado secundário pelos títulos de dívida soberana portuguesa com maturidade a 10 anos estão hoje, quinta-feira, a descer pela quarta sessão consecutiva, para os 6,741%. Na próxima semana, o Estado fará uma nova emissão da dívida.

Os investidores estão a exigir um juro de 6,741%, contra os 6,789% registados no final da sessão de quarta-feira, pelos títulos com maturidade a dez anos.

O spread face à dívida alemã com a mesma maturidade situava-se pouco antes das 10 horas de hoje nos 393,5 pontos base.

Também nos títulos de dívida portugueses com maturidade a cinco anos os juros exigidos pelos investidores estão a aliviar ligeiramente, para os 5,532%, contra os 5,662% registados no final de quarta-feira. Nesta maturidade, o spread face à dívida alemã situava-se nos 363,3 pontos base.

Os juros já aliviam à quatro sessões consecutivas, desde que atingiram nestes dois prazos máximos históricos, tendo no caso da dívida com maturidade a dez anos voltado a superar os 7%.

Este aligeirar da pressão dos mercados sobre a dívida portuguesa surge novamente um dia após Portugal ter emitido dívida com maturidade em 2014 e 2020, com juros ligeiramente abaixo dos registados no último leilão com semelhantes maturidades e abaixo dos valores praticados no mercado secundário.

Os responsáveis governamentais, como o ministro das Finanças e o primeiro-ministro, consideraram a emissão como um "sucesso" dadas as actuais condições do mercado, enquanto a imprensa internacional qualificou o resultado como um alívio, numa altura em que muito se especula sobre uma possível ajuda financeira a Portugal de Bruxelas e do Fundo Monetário Internacional.

Por sua vez, alguns economistas apresentaram os seus argumentos contra estas considerações, com a mais sonante a sair do Nobel da Economia Paul Krugman, que qualificou a taxa a que se colocou a dívida portuguesa como "pouco menos que ruinosa". Krugman afirmou mesmo que "mais alguns sucessos [como este] e a periferia europeia será destruída".

Nova emissão da dívida na próxima semana

De acordo com o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), o Estado volta ao mercado para emitir uma nova linha de Bilhetes do Tesouro no próximo dia 19 de Janeiro, que terá maturidade em 20 de Janeiro de 2020. O montante indicativo fixado é de 750 milhões de euros.

Desde o início do ano o Estado tem recorrido ao mercado todas as semanas para emitir dívida. Na primeira semana do ano o Estado emitiu Bilhetes do Tesouro e ainda esta semana com a reabertura de linhas de Obrigações do Tesouro, a primeira do ano.

O Estado já recorreu também à colocação privada de dívida, fora do mercado, vendendo 1,1 mil milhões de euros alegadamente à China, de acordo com notícias publicadas quarta-feira pela "Dow Jones Newswires".

Jornal de Notícias
 
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