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Muçulmano condenado à morte pelo assassínio de seis cristãos coptas no Egipto

florindo

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Crime aconteceu em Janeiro de 2010, quando fiéis abandonavam igreja depois das cerimónias natalícias

O homem responsável pela morte de seis cristãos coptas e um agente da polícia, num ataque a uma igreja da cidade de Nagaa Hamady em Janeiro de 2010, foi condenado à morte por um tribunal de segurança do Egipto. Este ano, mais 23 cristãos coptas morreram durante as celebrações da véspera de Natal (que, na sua tradição, se assinala a 7 de Janeiro), num ataque de um bombista suicida a uma igreja de Alexandria.

Mohmamed Ahmed Hussein, um muçulmano de 39 anos, também conhecido por Hamam Kamouni, foi acusado de "assassínio premeditado", "danos na propriedade pública e privada" e "intimidação" da população de Nagaa Hamidy, a cerca de 60 quilómetros da cidade arqueológica e turística de Luxor, no Sul do Egipto. A sentença, que não permite recurso, será agora confirmada pelo Grande Mufti, a autoridade religiosa do país, que tem a responsabilidade de avaliar a execução da pena capital.

O ataque a tiro de Janeiro de 2010 foi apresentado como um acto de vingança pela alegada violação de uma menina muçulmana de 12 anos por um homem cristão. Quando os coptas saíam da missa, três homens passaram de automóvel e dispararam sobre eles. Hussein foi considerado o cabecilha do grupo pelo tribunal; a sentença dos seus dois cúmplices, Qorshi Abul Haggag e Hendawi Sayyed, acusados pela participação no assassínio e posse de armas, será lida em Fevereiro. Os três declararam-se inocentes.

O bispo copta de Nagaa Hamady, Anba Kirolos, declarou-se satisfeito com a sentença do tribunal, que, na sua opinião, fez justiça às vítimas do ataque. No entanto, a defesa de Mohamed Hussein considerou que o arguido foi prejudicado na decisão, que terá sido influenciada pela reacção nacional de choque e repulsa, na sequência do recente ataque contra os cristãos coptas de Alexandria.

A tensão entre a maioria muçulmana e os cristãos no Egipto - cerca de 10 por cento do total da população do país, de 80 milhões de pessoas - tem vindo a exacerbar-se. Apesar de a violência sectária ser rara, as disputas por direitos de terrenos ou por questões pessoais são frequentes. Na semana passada, um polícia muçulmano foi acusado de assassínio premeditado por ter matado a tiro um cristão num comboio na cidade de Samalut, também no Sul do país.

Os dois ataques natalícios geraram veementes protestos por parte dos líderes religiosos coptas, que acusam Cairo de discriminação. A condenação do Papa Bento XVI do ataque suicida de Janeiro, o mais violento de sempre contra a comunidade cristã, levou o Egipto a retirar o seu representante diplomático do Vaticano.

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