- Entrou
- Set 26, 2006
- Mensagens
- 2,023
- Gostos Recebidos
- 0
... As mulheres se dividem em dois mundos: um mundo onde reina ainda a submissão e o machismo, com forte apelo pela ajuda das feministas, e o mundo onde se encontram mulheres independentes, que têm o homem como um coadjuvante e não como o dominador ou inimigo.
... Ao primeiro darei a denominação de mundo obscuro e ao segundo de iluminado. Dois mundos opostos, várias realidades distintas.
... Mundo iluminado
... As mulheres do mundo iluminado relacionam-se melhor com os homens, pois elas não os vêem como inimigos e eles não as vêem como ameaça a sua masculinidade. Elas não sabem o que é sofrer com preconceitos machistas, com desonestidades nos relacionamentos afetivos ou profissionais. Eles as enxergam horizontalmente e, dessa maneira, elas têm espaço para exercer seu lado feminino e masculino sem preconceitos. Com essa sensação de liberdade, elas retribuem e eles passam, então, a se sentirem mais seguros para também expressar seu lado feminino.
... Apesar de sexos opostos, eles se enxergam iguais como espécie, mas diferentes como gêneros.
... Mundo Obscuro
... Já as mulheres do mundo obscuro sofrem com a fúria masculina. Elas sentem diversos graus de violência física ou moral. Esse mundo se subdivide em várias classes, que variarão tanto no grau de violência como na confiabilidade entre ambos.
... Mundo Obscuro Fanático
... Na classe mais baixa, que chamarei de mundo obscuro fanático, a mulher é um objeto doméstico de prazer do homem, onde ela não tem opinião contrária ao seu homem, cuida da casa e dos filhos e quando não o obedece, sofre com violências físicas e morais. O relacionamento amoroso se resume a sexo no qual, na maioria das vezes, só ele tem prazer. No trabalho (quando trabalha), ela não se expressa, com receio de sofrer o que tem em casa e teve quando convivia com seus pais. Não é de se estranhar que na maioria dos casos, mulheres que se casam com homens violentos tiveram pais violentos também, crescendo e “acostumando-se” com a violência contra sua mãe. Elas não aprenderam a reagir.
... Elas não o atraem por medo, e eles, apesar disso, desconfiam intensamente de sua fidelidade. Como regra, são traidores e elas sabem, às vezes sofrendo em silêncio, às vezes suspirando de alívio.
... É nessa classe que as feministas mais atuam e precisam atuar.
... Mundo Obscuro de Insulamento
... Na classe média-baixa, que denominarei de mundo obscuro de insulamento, as mulheres reagem ao machismo isolando-se dos homens. Muitas delas já viveram no mundo obscuro fanático, mas conseguiram reagir. Ou elas viveram isso com seus pais e decidiram não seguir o modelo da mãe, ou sofreram na pele e depois do excesso de violência, tiveram forças para reagir, denunciando seus maridos ou simplesmente desaparecendo de suas vidas.
... A desconfiança contra o sexo masculino é regra. Para elas, confiar num homem é confiar sua cabeça na boca de um leão. Não é incomum que elas apenas tenham casos sexuais passageiros com eles, sem jamais pensar em colocá-los dentro de casa. Elas não sabem o sentido da expressão relacionamento amoroso. É bem freqüente acreditarem que amor não existe ou é coisa para tolos.
... Nesse segmento, o feminismo não tem muita atuação, já que elas não mais necessitam. Algumas podem até tornar-se feministas, mas não é a regra. Elas apenas isolam-se dos homens e convivem melhor com as amigas.
... Mundo Obscuro Transacional ou de Trânsito
... Na camada média-média, cujo nome darei de mundo obscuro transacional ou de trânsito, a violência física não é algo tão freqüente, sendo mais comum a moral. Sofrem preconceitos por ironias masculinas no círculo de amigos, no trabalho e no próprio relacionamento amoroso. Os homens não confiam em seu potencial, sua capacidade, em sua habilidade ou inteligência. Mas isso não é suficiente para impedi-las de lutar. Elas podem até conseguir bons cargos, mas ganharão menos do que um homem na mesma posição, com os mesmos conhecimentos. Seus pais, normalmente, têm um grau de machismo que exerceu em casa e isso pode afetar um pouco sua autoconfiança.
... Em seus relacionamentos amorosos, nos dias atuais, ela trabalha fora e cuida da casa e dos filhos, mas sem ter seu esforço reconhecido por seu marido. Conseguem se sentir amadas relativamente, sempre aspirando por um romance poético. Antigamente, as mulheres do mundo obscuro de transição não trabalhavam fora, mas tinham um papel mais expressivo dentro de casa, não eram tão submissas, mas também não chegavam a representar um papel de mulher forte.
... Elas transitam entre o machismo e o feminismo. Há uma confiança relativa entre os gêneros.
... Mundo Obscuro de Insubmissão
... Na camada média-alta, sob denominação de mundo obscuro de insubmissão, as mulheres sentem ou já sentiram na pele o machismo e a imposição masculina de qual é o papel da mulher na sociedade, mas revoltou-se, não só não aceitou como lutou drasticamente contra o preconceito, contra os conceitos dos papéis masculinos e femininos. São as feministas e muitas delas tiveram suas mães como pertencentes ao mundo obscuro de transição. Elas fizeram e fazem história como pessoas insubmissas, não aceitam o estratagema social imposto por séculos às mulheres. Elas querem mais espaço, querem seu espaço e o espaço masculino.
... No relacionamento amoroso, elas querem impor o seu papel como uma mulher moderna na relação, mas não é incomum que elas exijam dos homens comportamento tipicamente machista, como o pagamento de contas, restaurantes, presentes caros etc. Ela ainda quer o provedor e não quer se a provedora econômica do casal. Ela se coloca na cozinha, mas com o discurso de que está lá porque quer e não por imposição. Na verdade, muitas delas ainda estão presas aos conceitos antigos e machistas.
... Elas aceitam comportamentos machistas que lhes são convenientes na relação amorosa, só que mudam o nome: "gentilezas". No trabalho, elas conseguiram bons postos, bons salários e a aceitação de sua capacidade entre os homens. No plano social, continuam a lutar pelos direitos das mulheres ainda vítimas de etapas mais baixas do mundo obscuro.
... Mundo Obscuro Remanescente
... Por fim, na classe alta, nomeada de mundo obscuro remanescente estão as poucas mulheres que estão muito próximas do mundo iluminado, mas ainda presas a alguns conceitos machistas. Elas têm cargos de chefia, mas atua como se homens fossem, elas querem poder e agem como os homens tradicionais. Exercem muitos cargos ou profissões antes ocupadas exclusivamente pelos homens. São assim porque acreditam que assim poderão ser aceitas pelos homens.
... No relacionamento amoroso, não é incomum terem características socialmente tidas como masculinas, como a independência emocional e sexual.
... Elas não mais se preocupam tanto com o feminismo e nem com a luta feminista. Elas já passaram dessa fase de insubmissão e remanescem apenas em alguns conceitos machistas, sofrendo muito pouco com o machismo porque se adaptaram de alguma forma a ele e tirando proveito disso.
... Estão aí descritos os dois mundos femininos, de modo que a grande maioria das mulheres encontra-se em alguma fase do mundo obscuro e muito poucas no mundo iluminado. É de se esperar que em cada nova geração, mais mulheres encontrem-se no mundo iluminado pela evolução da nossa sociedade. Mas isso não depende só da sociedade, também delas mesmo.
... A nova ordem é voltar-se para a “luz”.
... Ao primeiro darei a denominação de mundo obscuro e ao segundo de iluminado. Dois mundos opostos, várias realidades distintas.
... Mundo iluminado
... As mulheres do mundo iluminado relacionam-se melhor com os homens, pois elas não os vêem como inimigos e eles não as vêem como ameaça a sua masculinidade. Elas não sabem o que é sofrer com preconceitos machistas, com desonestidades nos relacionamentos afetivos ou profissionais. Eles as enxergam horizontalmente e, dessa maneira, elas têm espaço para exercer seu lado feminino e masculino sem preconceitos. Com essa sensação de liberdade, elas retribuem e eles passam, então, a se sentirem mais seguros para também expressar seu lado feminino.
... Apesar de sexos opostos, eles se enxergam iguais como espécie, mas diferentes como gêneros.
... Mundo Obscuro
... Já as mulheres do mundo obscuro sofrem com a fúria masculina. Elas sentem diversos graus de violência física ou moral. Esse mundo se subdivide em várias classes, que variarão tanto no grau de violência como na confiabilidade entre ambos.
... Mundo Obscuro Fanático
... Na classe mais baixa, que chamarei de mundo obscuro fanático, a mulher é um objeto doméstico de prazer do homem, onde ela não tem opinião contrária ao seu homem, cuida da casa e dos filhos e quando não o obedece, sofre com violências físicas e morais. O relacionamento amoroso se resume a sexo no qual, na maioria das vezes, só ele tem prazer. No trabalho (quando trabalha), ela não se expressa, com receio de sofrer o que tem em casa e teve quando convivia com seus pais. Não é de se estranhar que na maioria dos casos, mulheres que se casam com homens violentos tiveram pais violentos também, crescendo e “acostumando-se” com a violência contra sua mãe. Elas não aprenderam a reagir.
... Elas não o atraem por medo, e eles, apesar disso, desconfiam intensamente de sua fidelidade. Como regra, são traidores e elas sabem, às vezes sofrendo em silêncio, às vezes suspirando de alívio.
... É nessa classe que as feministas mais atuam e precisam atuar.
... Mundo Obscuro de Insulamento
... Na classe média-baixa, que denominarei de mundo obscuro de insulamento, as mulheres reagem ao machismo isolando-se dos homens. Muitas delas já viveram no mundo obscuro fanático, mas conseguiram reagir. Ou elas viveram isso com seus pais e decidiram não seguir o modelo da mãe, ou sofreram na pele e depois do excesso de violência, tiveram forças para reagir, denunciando seus maridos ou simplesmente desaparecendo de suas vidas.
... A desconfiança contra o sexo masculino é regra. Para elas, confiar num homem é confiar sua cabeça na boca de um leão. Não é incomum que elas apenas tenham casos sexuais passageiros com eles, sem jamais pensar em colocá-los dentro de casa. Elas não sabem o sentido da expressão relacionamento amoroso. É bem freqüente acreditarem que amor não existe ou é coisa para tolos.
... Nesse segmento, o feminismo não tem muita atuação, já que elas não mais necessitam. Algumas podem até tornar-se feministas, mas não é a regra. Elas apenas isolam-se dos homens e convivem melhor com as amigas.
... Mundo Obscuro Transacional ou de Trânsito
... Na camada média-média, cujo nome darei de mundo obscuro transacional ou de trânsito, a violência física não é algo tão freqüente, sendo mais comum a moral. Sofrem preconceitos por ironias masculinas no círculo de amigos, no trabalho e no próprio relacionamento amoroso. Os homens não confiam em seu potencial, sua capacidade, em sua habilidade ou inteligência. Mas isso não é suficiente para impedi-las de lutar. Elas podem até conseguir bons cargos, mas ganharão menos do que um homem na mesma posição, com os mesmos conhecimentos. Seus pais, normalmente, têm um grau de machismo que exerceu em casa e isso pode afetar um pouco sua autoconfiança.
... Em seus relacionamentos amorosos, nos dias atuais, ela trabalha fora e cuida da casa e dos filhos, mas sem ter seu esforço reconhecido por seu marido. Conseguem se sentir amadas relativamente, sempre aspirando por um romance poético. Antigamente, as mulheres do mundo obscuro de transição não trabalhavam fora, mas tinham um papel mais expressivo dentro de casa, não eram tão submissas, mas também não chegavam a representar um papel de mulher forte.
... Elas transitam entre o machismo e o feminismo. Há uma confiança relativa entre os gêneros.
... Mundo Obscuro de Insubmissão
... Na camada média-alta, sob denominação de mundo obscuro de insubmissão, as mulheres sentem ou já sentiram na pele o machismo e a imposição masculina de qual é o papel da mulher na sociedade, mas revoltou-se, não só não aceitou como lutou drasticamente contra o preconceito, contra os conceitos dos papéis masculinos e femininos. São as feministas e muitas delas tiveram suas mães como pertencentes ao mundo obscuro de transição. Elas fizeram e fazem história como pessoas insubmissas, não aceitam o estratagema social imposto por séculos às mulheres. Elas querem mais espaço, querem seu espaço e o espaço masculino.
... No relacionamento amoroso, elas querem impor o seu papel como uma mulher moderna na relação, mas não é incomum que elas exijam dos homens comportamento tipicamente machista, como o pagamento de contas, restaurantes, presentes caros etc. Ela ainda quer o provedor e não quer se a provedora econômica do casal. Ela se coloca na cozinha, mas com o discurso de que está lá porque quer e não por imposição. Na verdade, muitas delas ainda estão presas aos conceitos antigos e machistas.
... Elas aceitam comportamentos machistas que lhes são convenientes na relação amorosa, só que mudam o nome: "gentilezas". No trabalho, elas conseguiram bons postos, bons salários e a aceitação de sua capacidade entre os homens. No plano social, continuam a lutar pelos direitos das mulheres ainda vítimas de etapas mais baixas do mundo obscuro.
... Mundo Obscuro Remanescente
... Por fim, na classe alta, nomeada de mundo obscuro remanescente estão as poucas mulheres que estão muito próximas do mundo iluminado, mas ainda presas a alguns conceitos machistas. Elas têm cargos de chefia, mas atua como se homens fossem, elas querem poder e agem como os homens tradicionais. Exercem muitos cargos ou profissões antes ocupadas exclusivamente pelos homens. São assim porque acreditam que assim poderão ser aceitas pelos homens.
... No relacionamento amoroso, não é incomum terem características socialmente tidas como masculinas, como a independência emocional e sexual.
... Elas não mais se preocupam tanto com o feminismo e nem com a luta feminista. Elas já passaram dessa fase de insubmissão e remanescem apenas em alguns conceitos machistas, sofrendo muito pouco com o machismo porque se adaptaram de alguma forma a ele e tirando proveito disso.
... Estão aí descritos os dois mundos femininos, de modo que a grande maioria das mulheres encontra-se em alguma fase do mundo obscuro e muito poucas no mundo iluminado. É de se esperar que em cada nova geração, mais mulheres encontrem-se no mundo iluminado pela evolução da nossa sociedade. Mas isso não depende só da sociedade, também delas mesmo.
... A nova ordem é voltar-se para a “luz”.