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Jovens europeus correm menos riscos online do que se pensava

florindo

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Não será razão para reduzir os esforços aplicados na melhoria dos sistemas de protecção dos jovens online, mas um estudo realizado em 25 países europeus garante que o número de crianças confrontadas com problemas na Internet é pequeno, e que poucos se confessam afectados com situações de conteúdo inadequado ou bullying.

A investigação foi conduzida pela London School of Economics e abrangeu mais de 25 mil jovens com idades entre os 9 e os 16 anos, entrevistados nas suas casas e na presença dos pais. A análise inclui Portugal, que é apontado como um dos países onde se registam menos incidências de ameaças online, juntamente com a Itália e Turquia. Mas também é verdade que aparece entre aqueles onde as crianças se sentem menos à vontade para reportar casos de risco.

O relatório detalha que o acesso a conteúdo de mensagens de ódio, incentivo à anorexia, uso de medidas e drogas ou suicídio estão no top da informação com que os jovens foram confrontados online, mas numa percentagem reduzida, que não ultrapassa a média de 21%, no total.

A classificação dos adultos para situações problemáticas pode também não corresponder à visão dos jovens. Como exemplo o estudo indica que 14% dos inquiridos já viu mensagens sexualmente explícitas na Internet mas apenas um terço dos jovens considera a experiência desconfortável.

Apesar do reduzido número de ocorrências relatadas, a confrontação com mensagens desagradáveis na Internet é identificada como uma situação dolorosa pelos jovens, que se dizem incomodados, mas não por muito tempo. 62% esquecem rapidamente o problema e apenas 2% se lembram dele vários meses depois do acontecimento.

Entre os entrevistados a Internet faz parte integrante dos hábitos, com 93% a navegar online pelo menos uma vez por semana, enquanto 60% se ligam à Internet diariamente. A média de tempo gasto na Internet fica entre meia hora e uma hora.

A utilização da Internet começa cada vez mais cedo: aos 7 anos na Dinamarca e na Suécia, comparado com 8 anos na maior parte dos países do norte da Europa. A grande maioria dos entrevistados usa a Internet em casa (87%), verificando-se que 63% acede em casa, 53% com amigos e apenas 42% com outros membros da família.

49% dos entrevistados usa a ligação a partir do seu quarto e 39% num espaço partilhado, uma prática recomendada pelos especialistas como mais favorável à identificação de situações problemáticas.

A maioria dos jovens europeus usa a Internet para se ligar a redes sociais, uma prática que se intensifica entre os mais velhos. 59% dos inquiridos tem um perfil em redes sociais, dos quais 26% são públicos. O número de utilizadores de redes sociais sobe para 81% entre os que têm 15 e 16 anos.

Mas os jovens são cada vez mais cuidadosos, sobretudo as raparigas, que têm mais tendência para proteger os seus perfis em redes sociais e em manter o círculo de amigos restrito aos conhecidos fora do ciberespaço.

As pessoas conhecidas, ou que têm ligações aos amigos, são também as mais frequentemente contactadas online, e só 25% dos jovens se envolvem em comunicações com estranhos, especialmente em chats, jogos ou mundos virtuais.

Entre os resultados consta ainda a conclusão que os pais e filhos se entendem melhor quanto à utilização da Internet do que da televisão, mostrando algum conhecimento das actividades online. Mesmo assim, metade dos educadores de crianças que encontraram ameaças na Internet não tinham conhecimento das mesmas.

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