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Mineiro chileno sonha com Portugal

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RoterTeufel

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Mineiro chileno sonha com Portugal
Chileno pediu uma frutaria quando foi retirado da mina de S. José. Empresa de Estarreja vai ajudar

Dário Segóvia, o vigésimo mineiro a ser retirado da mina de S. José, no Chile, após 69 dias de cativeiro, está em Portugal. Uma empresa de Estarreja dispôs-se a cumprir o sonho do chileno: abrir uma frutaria em Copiaco, onde vive. A loja vai ter nome português.

Os momentos de pesadelo permitiram concretizar um sonho ao mineiro chileno Dário Segóvia, 48 anos, um dos 33 trabalhadores que entre Agosto e Setembro do ano passado estiveram 69 dias presos numa galeria a 700 metros de profundidade. Dário revelou um sonho ao sair da mina: abrir uma frutaria.

O JN contou a história do vigésimo mineiro retirado e foi ao ler a reportagem que Rui Cruz, relações públicas do Grupo Frutas Ernesto, teve a ideia. "Vamos ajudar este homem a concretizar o sonho", lembrou ontem. A ideia, que inicialmente considerada "louca" pelo proprietário Ernesto Coura, está prestes a concretizar-se. Dário Segóvia esteve, ontem, em Aveiro e Estarreja, a visitar lojas e armazéns. Dentro de seis meses espera abrir a frutaria Monte Cristo (marca do Grupo Ernesto) em Copiapo, uma cidade com cerca de 30 mil habitantes, perto do deserto de Adakah, por onde passa o novo rally Dakar, a uma hora da mina onde começou esta aventura comercial.

Dário Segóvia ficou "incrédulo" quando o assessor, um jornalista chileno que o acompanhou a Portugal, lhe disse que havia uma empresa em Portugal que o queria ajudar a abrir uma frutaria. "De Portugal só conhecia o Cristiano Ronaldo, mais nada. Nem sabia que ficava na Europa, pensei que ficasse perto do Brasil", confessa ao JN.

A vida não deixou que Dário fosse muito tempo à escola. Apenas faz o terceiro ano do ensino básico. Ajudar a família na agricultura para sustentar dez irmãos foi mais importante até aos 17 anos. Foi aí que ganhou o gosto pelo negócio das frutas e legumes, que ficaram para segundo plano aos 17 anos quando se tornou mineiro, e depois, especialista em perfuração.

Segóvia já não tem uma dezena de irmãos para cuidar mas tem seis filhos de dois casamentos, gente dos seis aos 23 anos, e é por eles que agora jura que nunca mais entra numa mina. " Quem tem família não pode voltar para um sítio onde quase morreu. Tenho de os sustentar mas para isso faço tudo, até varrer o chão, menos voltar a ser mineiro".


J.Noticias
 
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