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Há "uma felicidade imensa nas pessoas", constata embaixador português

florindo

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Out 11, 2006
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Uma "felicidade imensa das pessoas" e a confirmação de uma mudança profunda no Egipto são os aspetos sublinhados pelo embaixador de Portugal no Cairo, Aristides Vieira Gonçalves na sequência da demissão de Hosni Mubarak. o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, lembra que a situação continua "muito complexa".

"O que vejo é a felicidade imensa das pessoas que estão na praça da Libertação (praça Tahrir), é a História com H maiúsculo, e que acontece depois de 18 dias de protestos. Estão naturalmente com uma alegria imensa, os carros a circular e a buzinar, as pessoas a cantar...", disse Vieira Gonçalves, citado pela Agência Lusa em declarações por telefone partir da capital egípcia.

O representante diplomático considera que o Egipto vai evoluir "por decisão própria" e prevê o início de conversações sérias entre todas as forças políticas e sociais.

"Vão ser convocadas eleições após a dissolução do actual parlamento, anunciado o fim da lei de emergência e a formação de uma nova assembleia. Vão registar-se grandes alterações, que demoram tempo. Será um processo longo que demorará vários meses", sugere.

Na perspectiva de Aristides Vieira Gonçalves, o processo de transição que agora se inicia será liderado pelas Forças Armadas, através do seu conselho supremo.

"Até ao momento a relação das Forças Armadas com a população é muito boa, as pessoas sentem-se protegidas, em segurança, e consideram que as Forças Armadas são a única instituição que poderá voltar a trazer estabilidade ao país", frisa.

As profundas transformações políticas no Egito, como antes na Tunísia, são interpretadas pelo diplomata como um processo de transição "para uma vida democrática normal", semelhante à existente na Europa.

Situação ainda "muito complexa"

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, lembrou também a importância que os militares deverão assumir no desenrolar da situação, que diz ser ainda "muito complexa".

"A nossa expectativa é de que esta decisão contribua para definitivamente ultrapassar uma situação muito difícil como a que o Egipto vem vivendo, que as forças políticas internas se entendam o mais rapidamente possível em relação ao processo de transição", afirmou Luís Amado à margem de uma reunião no Conselho de Segurança da ONU.

"É uma situação muito complexa, os factores de instabilidade são muito grandes, as forças em confronto são difíceis de identificar em toda a sua visibilidade e por isso vamos ter de esperar mais algum tempo para ver qual é a dinâmica dos acontecimentos", adiantou.

Jornal de Notícias
 
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