Suíços recusaram hoje maior controlo sobre armas privadas

A maioria (70%) dos 26 cantões da Suíça rejeitou este domingo a proposta legislativa que pretendia proibir a posse privada de armas por parte dos reservistas do exército. A proposta de lei foi apresentada pela esquerda e pelas organizações pacifistas, mas a população mais arreigada aos costumes e valores tradicionais optou pelo «não» no referendo.

A mesma opinião é partilhada pelo governo helvético, que argumento que quem cumpre o serviço militar já é obrigado a deixar as munições nas casernas quando abandona o Exército. «As armas pessoais fazem parte da disponibilidade básica de um Exército credível», assim como constituem «a expressão da confiança e ligação entre o Estado e os seus cidadãos», defende.

O actual sistema, que será mantido, admite que as pessoas tenham em sua casa armas que lhes foram atribuídas pelo Exército, sendo que, actualmente, estima-se que existam entre dois a três milhões de armas deste tipo no país, uma por cada três habitantes. No entanto, o seu registo não é obrigatório, pelo que o Ministério da Defesa suíço reconhece que existam, para além das já referidas, mais de 240 mil armas no país, entre espingardas semi-automáticas, espingardas de caça e pistolas de pequeno porte.



lusa