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helldanger1
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Este tipo de cooling é aquele que quase todas as pessoas usam e resume-se ao recurso a ventoinhas.
Dissipador
Como o esforço de uma ventoinha para arrefecer 60 ou 70 Watts de energia a sair de cerca de 1 cm^2 (núcleo/core do processador) seria dantesco, torna-se necessário o recurso a um dissipador de calor. Um dissipador serve para desconcentrar/desmultiplicar o calor da sua pequena fonte, numa superfície com uma área muito, muito superior. Desta forma, torna-se muito mais fácil fazer com que o calor gerado pelo processador seja transferido para o ambiente.
Um bom dissipador de calor deve ter algumas características:
Ser feito em cobre. O cobre é de longe o material de eleição para uma solução de topo porque é dos que melhor conduz o calor e não é muito caro. No entanto, as ligas de alumínio são as mais usadas porque são mais baratas, resistentes e leves.
Ter um bom mecanismo de retenção. Um dissipador de calor feito em cobre pode ser terrivelmente pesado e como tal, prendê-lo apenas a duas miseráveis patilhas presentes no SocketA é colocar em risco o Socket, motherboard e o processador. Assim sendo, deve-se escolher um dissipador que use as 3 patilhas (de cada lado) do SocketA. É claro que o ideal seria usar os 4 furos em torno do SocketA presentes na maioria das boards, mas dissipadores assim são (c/r)aros.
Felizmente nos PIV (Socket423 e Socket478) este problema não existe porque o mecanismo de retenção é universal e de muito boa qualidade.
Base perfeitamente plana. O contacto entre o dissipador e a CPU é o ponto mais crítico para um eficiente arrefecimento da última. É por isso que a base do dissipador deve ser 100% plana de forma a garantir que a totalidade da zona quente da CPU esteja em contacto com o dissipador. Além de plana, a base deve ser suave e é por isso que se faz o chamado lapping (lixar).
Com o auxílio de uma lixa e/ou um abrasivo, tenta-se reduzir ao mínimo as micro-irregularidades que existem sempre na base do dissipador. O problema, é que lentamente se começa a perceber que o objectivo de ter uma base espelhada (super lisa) é mais um mito que outra coisa. Como este artigo fundamenta, não é a melhor ideia do mundo usar lixas mais finas que a 600 (800, 1200, ...) nem abrasivos para dar um acabamento espelhado.
Grande área de dissipação. Quanto maior for a área do dissipador em contacto com o ar, mais fácil é que este seja transferido para o ambiente. O dissipador deve portanto ter uma base grande a suportar uma estrutura elaborada.
Algo absolutamente indispensável na montagem do dissipador é o uso de pasta térmica entre ele e a CPU. A pasta térmica tem como função substituir o ar que poderia ficar nos micro-buracos entre o dissipador e a CPU, algo que a acontecer seria bastante mau já que o ar tem 1/17000 da condutividade térmica do cobre. No entanto, o uso de pasta térmica deve ser encarado como um mal menor (o mal maior é não a usar) já que mesmo a melhor pasta térmica que anda para aí, a Artic Silver II, só tem 1/50 da condutividade térmica cobre (mesmo assim já é muito melhor que o ar).
Assim sendo, ela deve ser aplicada numa quantidade pequena suficiente apenas para criar uma fina película sobre a CPU, película essa que vai então funcionar como o mal menor.
É muito, muito, muito má ideia usar aquelas nhanhas que vêm de origem coladas à base de alguns dissipadores. Deve-se usar sempre uma boa aplicação de pasta térmica de qualidade.
Ventoinhas & Ruído
Como seria necessário um dissipador imenso para dissipar sozinho todo o calor gerado pela CPU mantendo-a a temperaturas aceitáveis, torna-se necessário forçar a passagem de ar por ele. E é aqui que entra a ventoinha que sendo fundamental em aircooling, é também a responsável pela sua maior desvantagem –> BARULHO.
Hoje em dia há ventoinhas capazes de movimentar impressionantes quantidades de ar, no entanto, associada a essa vantagem, está também um grande barulho. E só quem já ouviu uma Delta Screamer (52.2dB) a trabalhar é que sabe como o seu barulho é impressionante elevado, elevado ao ponto de não haver muitas pessoas capazes de a suportar durante usos prolongados. É precisamente para evitar o barulho que se deve escolher um bom dissipador de calor, já que assim é possível acoplar-lhe uma ventoinha de potência mais modesta (menos barulhenta) mantendo bons níveis de arrefecimento. A escolha da ventoinha é portanto um compromisso pessoal entre nível de arrefecimento e nível de ruído.
Pessoalmente, não seria capaz de trabalhar num ambiente sossegado tendo como companhia uma ventoinha de mais de 32dB.
Desabafo: Os níveis de ruído (em dB) dados pelos fabricantes de dissipadores são algo que escapa à minha compreensão. Isto porque já tenho ouvido coolers supostamente menos barulhentos (de menos dB) a fazer mais barulho que outros supostamente mais barulhentos (de mais dB). Por isso é capaz de ser boa ideia ouvir o cooler a trabalhar antes de o comprar.
Formas de reduzir o ruído:
Reduzir a voltagem dos normais 12V para uns mais silenciosos 7V, lertutorial
O problema é que nem todas as ventoinhas conseguem arrancar a 7V (a da Orange Orb é um exemplo) pelo que pode ser necessário recorrer a algo um bocado mais elaborado como uma resistência ou potenciómetro para baixar a voltagem para 8, 9 ou 10V.
Montar uma ventoinha de maiores dimensões e menos RPM (logo, menos barulho). Mesmo que o dissipador esteja feito para acomodar ventoinhas pequenas (6 ou menos cm), é possível montar-lhe uma ventoinha grande (8 ou 12cm) através do recurso a algo do estilo de um funil que funciona como conversor entre o dissipador e a ventoinha. Apesar de haver soluções comerciais destes funis, não é complicado fazer um em casa, só é preciso um bocado de habilidade e imaginação.
Forrar o interior da caixa com um material qualquer que sirva para a insonorizar. No meu caso, usei o cartão da caixa onde vinha a minha televisão e uma espuma porreira que encontrei na garagem. Tanto o cartão como a espuma são extremamente densos e fazem um trabalho muito bom na redução de ruído.
Nota: os materiais de que são feitas as caixas são, ou pelo menos deviam ser, não inflamáveis para que em caso de incêndio este não se propague. No entanto, a maioria das espumas e os cartões são inflamáveis, por isso fica o aviso. Não que PCs a incendiar sejam comuns, mas...
Caixa
Como de nada adianta ter um dissipador de 50 Kg com uma ventoinha de 20cm e 6400rpm a tentar arrefecer uma CPU se a temperatura dentro da caixa for de 50ºC, é importante ter a caixa bem ventilada.
Antes de mais nada, convém verificar se a ventoinha da fonte de alimentação (PSU) está a tirar ar de dentro da caixa e não ao contrário.
Há inúmeras maneiras de arrefecer uma caixa, mas o básico passa por ter uma entrada de ar à frente numa zona baixa e uma saída de ar atrás numa zona elevada. Desta forma, cria-se uma corrente de ar dentro da caixa em que o ar quente que se acumularia no topo (“o ar quente sobe”) é expelido para o exterior.
Pessoalmente uso uma variação desta regra geral que consiste em ter duas ventoinhas atrás a tirar ar (a da PSU e uma extra) e nenhuma a introduzir ar. Ora, como toda a caixa é estanque (não era de origem mas depois de algum trabalho passou a ser), a saída de ar quente pelas traseiras obriga ar frio do exterior a entrar por um buraco na frente da caixa não havendo por tanto necessidade de uma ventoinha a introduzir ar até porque ela estaria a ser redundante. Por pouco natural que possa parecer, a temperatura no interior da minha caixa é mais baixa com ela fechada (tampa lateral no sítio) do que com a caixa destapada. Isto é assim porque com a caixa destapada a corrente de ar deixa de existir formando-se bolsas de ar quente e parado no interior da caixa.
Manutenção
Uma maneira fácil e altamente negligenciada de aumentar as performances em aircooling consiste na simples limpeza do dissipador de tempos a tempos. É que com o acumular dos dias, vai-se formando uma camada de pó na superfície do dissipador que vai ser responsável pela sua diminuição de eficácia.
É tão simples como isto => de tempos a tempos, limpe o seu dissipador de calor.
Muito mais haveria a dizer sobre aircooling, mas como a maior parte das coisas até são intuitivas, e como aircooling não é a minha paixão, esta secção do artigo termina aqui.
cumpts
hell
Dissipador
Como o esforço de uma ventoinha para arrefecer 60 ou 70 Watts de energia a sair de cerca de 1 cm^2 (núcleo/core do processador) seria dantesco, torna-se necessário o recurso a um dissipador de calor. Um dissipador serve para desconcentrar/desmultiplicar o calor da sua pequena fonte, numa superfície com uma área muito, muito superior. Desta forma, torna-se muito mais fácil fazer com que o calor gerado pelo processador seja transferido para o ambiente.
Um bom dissipador de calor deve ter algumas características:
Ser feito em cobre. O cobre é de longe o material de eleição para uma solução de topo porque é dos que melhor conduz o calor e não é muito caro. No entanto, as ligas de alumínio são as mais usadas porque são mais baratas, resistentes e leves.
Ter um bom mecanismo de retenção. Um dissipador de calor feito em cobre pode ser terrivelmente pesado e como tal, prendê-lo apenas a duas miseráveis patilhas presentes no SocketA é colocar em risco o Socket, motherboard e o processador. Assim sendo, deve-se escolher um dissipador que use as 3 patilhas (de cada lado) do SocketA. É claro que o ideal seria usar os 4 furos em torno do SocketA presentes na maioria das boards, mas dissipadores assim são (c/r)aros.
Felizmente nos PIV (Socket423 e Socket478) este problema não existe porque o mecanismo de retenção é universal e de muito boa qualidade.
Base perfeitamente plana. O contacto entre o dissipador e a CPU é o ponto mais crítico para um eficiente arrefecimento da última. É por isso que a base do dissipador deve ser 100% plana de forma a garantir que a totalidade da zona quente da CPU esteja em contacto com o dissipador. Além de plana, a base deve ser suave e é por isso que se faz o chamado lapping (lixar).
Com o auxílio de uma lixa e/ou um abrasivo, tenta-se reduzir ao mínimo as micro-irregularidades que existem sempre na base do dissipador. O problema, é que lentamente se começa a perceber que o objectivo de ter uma base espelhada (super lisa) é mais um mito que outra coisa. Como este artigo fundamenta, não é a melhor ideia do mundo usar lixas mais finas que a 600 (800, 1200, ...) nem abrasivos para dar um acabamento espelhado.
Grande área de dissipação. Quanto maior for a área do dissipador em contacto com o ar, mais fácil é que este seja transferido para o ambiente. O dissipador deve portanto ter uma base grande a suportar uma estrutura elaborada.
Algo absolutamente indispensável na montagem do dissipador é o uso de pasta térmica entre ele e a CPU. A pasta térmica tem como função substituir o ar que poderia ficar nos micro-buracos entre o dissipador e a CPU, algo que a acontecer seria bastante mau já que o ar tem 1/17000 da condutividade térmica do cobre. No entanto, o uso de pasta térmica deve ser encarado como um mal menor (o mal maior é não a usar) já que mesmo a melhor pasta térmica que anda para aí, a Artic Silver II, só tem 1/50 da condutividade térmica cobre (mesmo assim já é muito melhor que o ar).
Assim sendo, ela deve ser aplicada numa quantidade pequena suficiente apenas para criar uma fina película sobre a CPU, película essa que vai então funcionar como o mal menor.
É muito, muito, muito má ideia usar aquelas nhanhas que vêm de origem coladas à base de alguns dissipadores. Deve-se usar sempre uma boa aplicação de pasta térmica de qualidade.
Ventoinhas & Ruído
Como seria necessário um dissipador imenso para dissipar sozinho todo o calor gerado pela CPU mantendo-a a temperaturas aceitáveis, torna-se necessário forçar a passagem de ar por ele. E é aqui que entra a ventoinha que sendo fundamental em aircooling, é também a responsável pela sua maior desvantagem –> BARULHO.
Hoje em dia há ventoinhas capazes de movimentar impressionantes quantidades de ar, no entanto, associada a essa vantagem, está também um grande barulho. E só quem já ouviu uma Delta Screamer (52.2dB) a trabalhar é que sabe como o seu barulho é impressionante elevado, elevado ao ponto de não haver muitas pessoas capazes de a suportar durante usos prolongados. É precisamente para evitar o barulho que se deve escolher um bom dissipador de calor, já que assim é possível acoplar-lhe uma ventoinha de potência mais modesta (menos barulhenta) mantendo bons níveis de arrefecimento. A escolha da ventoinha é portanto um compromisso pessoal entre nível de arrefecimento e nível de ruído.
Pessoalmente, não seria capaz de trabalhar num ambiente sossegado tendo como companhia uma ventoinha de mais de 32dB.
Desabafo: Os níveis de ruído (em dB) dados pelos fabricantes de dissipadores são algo que escapa à minha compreensão. Isto porque já tenho ouvido coolers supostamente menos barulhentos (de menos dB) a fazer mais barulho que outros supostamente mais barulhentos (de mais dB). Por isso é capaz de ser boa ideia ouvir o cooler a trabalhar antes de o comprar.
Formas de reduzir o ruído:
Reduzir a voltagem dos normais 12V para uns mais silenciosos 7V, lertutorial
O problema é que nem todas as ventoinhas conseguem arrancar a 7V (a da Orange Orb é um exemplo) pelo que pode ser necessário recorrer a algo um bocado mais elaborado como uma resistência ou potenciómetro para baixar a voltagem para 8, 9 ou 10V.
Montar uma ventoinha de maiores dimensões e menos RPM (logo, menos barulho). Mesmo que o dissipador esteja feito para acomodar ventoinhas pequenas (6 ou menos cm), é possível montar-lhe uma ventoinha grande (8 ou 12cm) através do recurso a algo do estilo de um funil que funciona como conversor entre o dissipador e a ventoinha. Apesar de haver soluções comerciais destes funis, não é complicado fazer um em casa, só é preciso um bocado de habilidade e imaginação.
Forrar o interior da caixa com um material qualquer que sirva para a insonorizar. No meu caso, usei o cartão da caixa onde vinha a minha televisão e uma espuma porreira que encontrei na garagem. Tanto o cartão como a espuma são extremamente densos e fazem um trabalho muito bom na redução de ruído.
Nota: os materiais de que são feitas as caixas são, ou pelo menos deviam ser, não inflamáveis para que em caso de incêndio este não se propague. No entanto, a maioria das espumas e os cartões são inflamáveis, por isso fica o aviso. Não que PCs a incendiar sejam comuns, mas...
Caixa
Como de nada adianta ter um dissipador de 50 Kg com uma ventoinha de 20cm e 6400rpm a tentar arrefecer uma CPU se a temperatura dentro da caixa for de 50ºC, é importante ter a caixa bem ventilada.
Antes de mais nada, convém verificar se a ventoinha da fonte de alimentação (PSU) está a tirar ar de dentro da caixa e não ao contrário.
Há inúmeras maneiras de arrefecer uma caixa, mas o básico passa por ter uma entrada de ar à frente numa zona baixa e uma saída de ar atrás numa zona elevada. Desta forma, cria-se uma corrente de ar dentro da caixa em que o ar quente que se acumularia no topo (“o ar quente sobe”) é expelido para o exterior.
Pessoalmente uso uma variação desta regra geral que consiste em ter duas ventoinhas atrás a tirar ar (a da PSU e uma extra) e nenhuma a introduzir ar. Ora, como toda a caixa é estanque (não era de origem mas depois de algum trabalho passou a ser), a saída de ar quente pelas traseiras obriga ar frio do exterior a entrar por um buraco na frente da caixa não havendo por tanto necessidade de uma ventoinha a introduzir ar até porque ela estaria a ser redundante. Por pouco natural que possa parecer, a temperatura no interior da minha caixa é mais baixa com ela fechada (tampa lateral no sítio) do que com a caixa destapada. Isto é assim porque com a caixa destapada a corrente de ar deixa de existir formando-se bolsas de ar quente e parado no interior da caixa.
Manutenção
Uma maneira fácil e altamente negligenciada de aumentar as performances em aircooling consiste na simples limpeza do dissipador de tempos a tempos. É que com o acumular dos dias, vai-se formando uma camada de pó na superfície do dissipador que vai ser responsável pela sua diminuição de eficácia.
É tão simples como isto => de tempos a tempos, limpe o seu dissipador de calor.
Muito mais haveria a dizer sobre aircooling, mas como a maior parte das coisas até são intuitivas, e como aircooling não é a minha paixão, esta secção do artigo termina aqui.
cumpts
hell