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Marrocos: Milhares de manifestantes em Rabat e Casablanca pedem reformas democráticas

florindo

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Out 11, 2006
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Milhares de marroquinos saíram este domingo para as ruas da capital do país, Rabat, e da segunda maior cidade, Casablanca, para reclamar reformas democráticas, como mudança da constituição e dissolução do Governo e do Parlamento.

A agência EFE relata que duas mil pessoas se concentram na praça Bab Alhad, em Rabat, enquanto mais um milhar de manifestantes estão no centro de Casablanca, num protesto marcado por forte chuva e mau tempo.

O "Dia da Dignidade", a designação das manifestações convocadas para hoje em Marrocos, promovidas por várias associações da sociedade civil e pequenos partidos de esquerda, vão integrar o Justiça e Espiritualidade, o principal movimento islamista do país.

Definido como a formação da oposição com maior capacidade de mobilização, o Justiça e Espiritualidade (Al Adl Wal Ihsane) integra islamistas políticos marroquinos de inspiração sufí, proibidos mas tolerados, e decidiu aderir às "manifestações pacíficas pela mudança" previstas para pelo menos seis cidades marroquinas.

Os islamistas vão assim desfilar lado a lado com diversas ONG's de defesa dos direitos humanos, associações de mulheres, sindicalistas da UMT e GDT e pequenas formações de esquerda.

À semelhança do que tem sucedido em diversos países do mundo árabe e muçulmano confrontados com amplas mobilizações sociais, a rede social Facebook foi um dos principais instrumentos para a convocatória do protesto do "movimento 20 de Fevereiro" liderado por jovens desempregados, que reivindica uma "Constituição democrática" e a dissolução do governo e parlamento.

Os partidos do poder, ou com representação parlamentar, demarcaram-se do protesto, apesar de reconhecerem o direito a "manifestações pacíficas". A juventude do nacionalista Istiqlal, o partido do primeiro-ministro Abas el Fasi, exprimiu "reservas" sobre a iniciativa e alertou para os "perigos de entrar num abismo de desespero que poderá originar tensões religiosas, étnicas, raciais, linguísticas e regionais".

Jornal de Notícias
 
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