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O Conselho de Segurança da ONU condenou a violência exercida pelas autoridades da Líbia contra civis, que causou "centenas" de vítimas mortais, e apelou à ajuda humanitária internacional à população líbia.
A declaração à imprensa foi lida pela presidente em exercício do Conselho, a embaixadora brasileira Maria Luiza Ribeiro Viotti, após um briefing do subsecretário geral para os Assuntos Políticos, Lynn Pascoe, e de consultas à porta fechada entre os países-membros sobre a situação na Líbia.
Expressando "séria preocupação" com a situação, a declaração condena "a violência e o uso de força contra civis, deplora a repressão contra manifestantes pacíficos e lamenta profundamente a morte de centenas de civis".
À saída do briefing, o subsecretário geral Lynn Pascoe disse que a situação na Líbia pode ficar "muito pior" nos próximos dias, pelo que a ONU está a preparar a evacuação dos quase 30 elementos que tem no terreno.
Durante a tarde, foi também ouvido o representante permanente da Líbia na ONU, que, ao contrário dos restantes diplomatas líbios, mantém o seu apoio a Muammar Khadaffi, embora apele ao fim da violência contra civis.
Na declaração divulgada no final, os países membros apelam ao "imediato fim da violência e a que sejam dados passos para lidar com as legítimas exigências da população, incluindo através do diálogo nacional".
O governo da Líbia deve assegurar a liberdade de imprensa e respeitar os direitos humanos e a lei humanitária internacional, permitindo o acesso à população por agências humanitárias e observadores, adianta.
A declaração apela ainda à assistência humanitária internacional aos líbios e expressa preocupação com relatos de falta de meios de tratamento para os feridos.
Os membros do Conselho de Segurança manifestam ainda preocupação com a situação dos estrangeiros no país e afirmam que a situação na Líbia continuará a ser seguida "de perto".
Rosemary diCarlo, número dois norte-americana na ONU, sublinhou aos jornalistas que, com esta declaração, a comunidade internacional "disse com uma voz clara e única que condena a violência contra civis e que a violência tem de parar imediatamente".
Ibrahim Dabbashi, número dois da missão líbia junto das Nações Unidas, que vem defendendo que Khadaffi deve abandonar o poder, disse que a declaração é um passo positivo, mas não "suficientemente forte
É uma boa mensagem para o regime, para acabar com o derrame de sangue do povo líbio", afirmou.
Também a organização não governamental Human Rights Watch defendeu que é necessária uma resposta "mais forte" do Conselho de Segurança, "no mínimo" proibindo a liderança política e militar líbia de viajar e congelando os seus bens no estrangeiro.
A organização defende ainda um imediato embargo à venda de armas à Líbia e o apoio à proposta da Alta Comissária para os Assuntos Humanitários, Navi Pillay, para o lançamento de uma investigação aos ataques contra civis.
JN
A declaração à imprensa foi lida pela presidente em exercício do Conselho, a embaixadora brasileira Maria Luiza Ribeiro Viotti, após um briefing do subsecretário geral para os Assuntos Políticos, Lynn Pascoe, e de consultas à porta fechada entre os países-membros sobre a situação na Líbia.
Expressando "séria preocupação" com a situação, a declaração condena "a violência e o uso de força contra civis, deplora a repressão contra manifestantes pacíficos e lamenta profundamente a morte de centenas de civis".
À saída do briefing, o subsecretário geral Lynn Pascoe disse que a situação na Líbia pode ficar "muito pior" nos próximos dias, pelo que a ONU está a preparar a evacuação dos quase 30 elementos que tem no terreno.
Durante a tarde, foi também ouvido o representante permanente da Líbia na ONU, que, ao contrário dos restantes diplomatas líbios, mantém o seu apoio a Muammar Khadaffi, embora apele ao fim da violência contra civis.
Na declaração divulgada no final, os países membros apelam ao "imediato fim da violência e a que sejam dados passos para lidar com as legítimas exigências da população, incluindo através do diálogo nacional".
O governo da Líbia deve assegurar a liberdade de imprensa e respeitar os direitos humanos e a lei humanitária internacional, permitindo o acesso à população por agências humanitárias e observadores, adianta.
A declaração apela ainda à assistência humanitária internacional aos líbios e expressa preocupação com relatos de falta de meios de tratamento para os feridos.
Os membros do Conselho de Segurança manifestam ainda preocupação com a situação dos estrangeiros no país e afirmam que a situação na Líbia continuará a ser seguida "de perto".
Rosemary diCarlo, número dois norte-americana na ONU, sublinhou aos jornalistas que, com esta declaração, a comunidade internacional "disse com uma voz clara e única que condena a violência contra civis e que a violência tem de parar imediatamente".
Ibrahim Dabbashi, número dois da missão líbia junto das Nações Unidas, que vem defendendo que Khadaffi deve abandonar o poder, disse que a declaração é um passo positivo, mas não "suficientemente forte
É uma boa mensagem para o regime, para acabar com o derrame de sangue do povo líbio", afirmou.
Também a organização não governamental Human Rights Watch defendeu que é necessária uma resposta "mais forte" do Conselho de Segurança, "no mínimo" proibindo a liderança política e militar líbia de viajar e congelando os seus bens no estrangeiro.
A organização defende ainda um imediato embargo à venda de armas à Líbia e o apoio à proposta da Alta Comissária para os Assuntos Humanitários, Navi Pillay, para o lançamento de uma investigação aos ataques contra civis.
JN