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Manuel Godinho libertado

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Manuel Godinho, detido há um ano e quatro meses no âmbito do processo Face Oculta, foi hoje libertado às 10h30 do Estabelecimento Prisional de Aveiro.

À saída, Manuel Godinho acenou aos jornalistas que se encontravam frente à prisão e disse que estava «contente». Já no carro, afirmou apenas: «vou para casa».

Manuel Godinho tinha à sua espera dois filhos, um funcionário e um advogado das empresas, que se encontravam desde as 8h37 de hoje junto ao Estabelecimento Prisional de Aveiro.

O mandato de libertação de Manuel Godinho chegou às 10h15 ao Estabelecimento Prisional de Aveiro. Às 10h28 um dos filhos entrou no edifício, tendo saído dois minutos depois com o arguido.

Aparentemente mais magro, o empresário saiu sorridente, cumprimentou os familiares e acenou aos jornalistas, tendo depois entrado para uma viatura.

Uma fonte ligada ao processo adiantou que o juiz concordou com as medidas de coação propostas pelo Ministério Público para o arguido, que ficará proibido de se ausentar para o estrangeiro e de se ausentar da área da sua residência (Esmoriz).

Terá ainda de se apresentar diariamente às autoridades, além de não poder contactar os outros arguidos, à exceção daqueles que são seus familiares.

Desde o início deste processo, os advogados de Manuel Godinho pediram várias vezes a alteração da medida de coação da prisão preventiva em função das suas condições de saúde, mas o pedido foi sempre recusado, primeiro pelo juiz de instrução criminal de Aveiro, António da Costa Gomes, e, mais recentemente, pelo juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, Carlos Alexandre.

A própria família chegou a considerar que seria um «acto humanitário» rever a medida de coação que foi fixada ao arguido, argumentando que ele padece de diabetes e cardipoatia e tendo em conta a degradação do seu estado de saúde.

Manuel Godinho, preso preventivamente desde 28 de outubro de 2009, é o arguido mais incriminado no processo Face Oculta, estando acusado de 60 crimes (inicialmente estava indiciado de 30), de corrupção, associação criminosa e tráfico de influências, entre outros.

O juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal revelará a 14 de março se o caso Face Oculta irá a julgamento e quais dos arguidos serão julgados.

O Ministério Público acusou 34 pessoas e duas empresas no âmbito do processo Face Oculta, que está relacionado com alegados casos de corrupção e outros crimes económicos de um grupo empresarial de Ovar que integra a O2-Tratamento e Limpezas Ambientais, a que está ligado Manuel Godinho.

Entre os arguidos estão também Armando Vara, ex-administrador do banco Millenium BCP acusado de três crimes de tráfico de influências, e José Penedos, ex-presidente da REN (Redes Energéticas Nacionais), acusado de dois crimes de corrupção e dois de participação económica em negócio.

Lusa / SOL

 
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