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Scut: PSP da Guarda intervém para afastar manifestantes do primeiro-ministro
Cordão policial defende Sócrates
O primeiro-ministro enfrentou ontem os protestos de uma centena de manifestantes, que o aguardavam no acesso ao Hospital da Guarda para contestar a introdução de portagens na A23, A24 e A25. Os ânimos exaltaram-se e a polícia foi forçada a intervir. José Sócrates lembrou que foi "obrigado a negociar" com o PSD a aplicação das portagens.
A manifestação espontânea foi convocada pelas redes sociais e a ela juntaram-se as pessoas que participaram num buzinão convocado pela comissão de utentes contra a introdução das portagens nas referidas auto-estradas.
No momento da chegada da comitiva de Sócrates ouviram-se muitos assobios e palavras de desagrado contra o primeiro-ministro pelo anúncio da introdução de portagens nas Scut daquela região. As viaturas entraram na área do hospital a grande velocidade e os manifestantes tentaram furar o cordão policial e aproximar-se do local onde a comitiva do primeiro-ministro parou para visitar as obras do hospital, mas foram impedidos pelos agentes da PSP no local.
"Estamos no Interior, longe de tudo, e a existirem portagens, tudo vai ser agravado nesta zona, votada ao ostracismo", queixou-se Zulmiro Almeida, porta-voz da Comissão de Utentes das Auto-Estradas da Beira Interior, presente no protesto. Segundo este responsável da comissão de utentes, caso o Governo não suspenda a aplicação de portagens nas Scut (auto-estradas sem custos para o utilizador) - que deverão ser introduzidas até 15 de Abril -, os protestos podem endurecer e levar ao encerramento de estradas.
José Sócrates reiterou que a introdução de portagens nestas auto-estradas não foi uma vontade do seu Governo. "Toda a gente sabe qual é a posição do Governo. A posição do Governo era a de que as auto--estradas no Interior não pagassem portagem", sustentou o primeiro-ministro, adiantando que "todas as pessoas de boa-fé sabem que o Governo foi obrigado a negociar e a obter um compromisso".
MAIORIA CHUMBA RESOLUÇÃO DO BE E DOS COMUNISTAS
A Assembleia da República chumbou, no final desta semana, os projectos de resolução do Bloco de Esquerda (BE) e PCP para travar a introdução de portagens na A23, que liga Torres Novas à Guarda, precisamente uma das Scut cujo pagamento está a ser contestado pela comissão de utentes das auto--estradas da Beira Interior. Os projectos foram rejeitados com os votos do PS e do PSD (abstenção do CDS-PP) e contaram com cinco abstenções, três de deputados do PS e duas de deputados sociais-democratas.
C. da Manha
Cordão policial defende Sócrates
O primeiro-ministro enfrentou ontem os protestos de uma centena de manifestantes, que o aguardavam no acesso ao Hospital da Guarda para contestar a introdução de portagens na A23, A24 e A25. Os ânimos exaltaram-se e a polícia foi forçada a intervir. José Sócrates lembrou que foi "obrigado a negociar" com o PSD a aplicação das portagens.
A manifestação espontânea foi convocada pelas redes sociais e a ela juntaram-se as pessoas que participaram num buzinão convocado pela comissão de utentes contra a introdução das portagens nas referidas auto-estradas.
No momento da chegada da comitiva de Sócrates ouviram-se muitos assobios e palavras de desagrado contra o primeiro-ministro pelo anúncio da introdução de portagens nas Scut daquela região. As viaturas entraram na área do hospital a grande velocidade e os manifestantes tentaram furar o cordão policial e aproximar-se do local onde a comitiva do primeiro-ministro parou para visitar as obras do hospital, mas foram impedidos pelos agentes da PSP no local.
"Estamos no Interior, longe de tudo, e a existirem portagens, tudo vai ser agravado nesta zona, votada ao ostracismo", queixou-se Zulmiro Almeida, porta-voz da Comissão de Utentes das Auto-Estradas da Beira Interior, presente no protesto. Segundo este responsável da comissão de utentes, caso o Governo não suspenda a aplicação de portagens nas Scut (auto-estradas sem custos para o utilizador) - que deverão ser introduzidas até 15 de Abril -, os protestos podem endurecer e levar ao encerramento de estradas.
José Sócrates reiterou que a introdução de portagens nestas auto-estradas não foi uma vontade do seu Governo. "Toda a gente sabe qual é a posição do Governo. A posição do Governo era a de que as auto--estradas no Interior não pagassem portagem", sustentou o primeiro-ministro, adiantando que "todas as pessoas de boa-fé sabem que o Governo foi obrigado a negociar e a obter um compromisso".
MAIORIA CHUMBA RESOLUÇÃO DO BE E DOS COMUNISTAS
A Assembleia da República chumbou, no final desta semana, os projectos de resolução do Bloco de Esquerda (BE) e PCP para travar a introdução de portagens na A23, que liga Torres Novas à Guarda, precisamente uma das Scut cujo pagamento está a ser contestado pela comissão de utentes das auto--estradas da Beira Interior. Os projectos foram rejeitados com os votos do PS e do PSD (abstenção do CDS-PP) e contaram com cinco abstenções, três de deputados do PS e duas de deputados sociais-democratas.
C. da Manha