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A circulação do metro em Lisboa está hoje totalmente paralisada, devido à greve dos trabalhadores contra o congelamento dos salários decretados pelo Governo, disse o dirigente sindical Diamantino Lopes.
«Todos os trabalhadores que estavam a trabalhar de noite, chegadas as 5h30, picaram o cartão e saíram. Entre todos aqueles que deveriam ter entrado depois das 5h30, ninguém entrou ao serviço», disse Diamantino Lopes, Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS).
De acordo com o sindicalista, «é garantido que até às 11h não vai haver circulação de comboios», nem estão garantidos serviços mínimos ou alternativos.
Diamantino Lopes ressalvou, no entanto, que os trabalhadores a que se referiu são das áreas operacionais, ligadas à circulação de comboios.
«O pessoal dos administrativos e serviços só entra às 9h», acrescentou.
Contactado pela Lusa, o porta-voz do Metropolitano de Lisboa (ML) confirmou que «não há circulação do metro» em Lisboa neste momento. «As estações estão encerradas», acrescentou.
O porta-voz ressalvou que «isto não implica que a adesão seja de 100 por cento. Apenas é num número que não permite ter as estações guarnecidas e todos os requisitos de segurança garantidos para avançar com a exploração».
«Estaremos a falar de uma adesão próxima da anterior, um pouco abaixo dos 60 por cento», indicou.
Miguel Rodrigues disse ainda que a greve termina às 10h30, pelo que «cerca das 11h a situação estará normalizada».
A greve dos trabalhadores do ML segue-se à paralisação dos maquinistas da CP (entre as 5h e as 9h) e dos trabalhadores da Transtejo e da Soflusa (três horas por turno), ambas na quarta-feira, e antecede uma paralisação de 24 horas das empresas do sector ferroviário - CP, CP Carga e Refer -, agendada para sexta-feira.
Os trabalhadores do ML já estiveram em greve parcial nos dias 7 de Fevereiro e 15 de Março, paralisações que provocaram, em conjunto, prejuízos na ordem dos 80 mil euros.
Os trabalhadores voltam a parar nos dias 29 de Março, 5 e 7 de Abril.
Lusa/SOL