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O défice de 2009 foi de 10% e no ano passado de 8,6%, em ambos os casos bem acima das metas do Governo, anunciou hoje o INE. Ministro das Finanças prepara-se para explicar as diferenças.
O défice de 2009 foi de 10% e no ano passado de 8,6%, em ambos os casos bem acima das metas do Governo, anunciou hoje o INE.
No caso do défice do ano passado, que o Governo esperava que fosse de 7% depois de ter prometido 7,3% a Bruxelas, a revisão em alta deve-se fundamentalmente à integração nas contas públicas das transferências para algumas empresas públicas de transporte e à contabilização do "buraco" de dois mil milhões decorrente da nacionalização do BPN.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que hoje os enviará a Bruxelas ao abrigo do reporte semestral das contas públicas, mostram ainda que, no ano passado, a dívida pública se elevou a 92,4%, ultrapassando, pela primeira vez, a barreira dos 90%.
Para este ano, o INE mantém a previsão de um défice de 4,6%, como prometido pelo Governo, mas increve uma previsão de dívida pública de 97,3%.
O INE faz ainda uma revisão em alta dos défices e dívidas públicas de 2008 e de 2007, designadamente devido a alterações no valor do PIB, que deitam também por terra a ideia de que Portugal tinha conseguido, antes da crise financeira, cumprir os critérios do euro.
Em 2007, o valor agora definitivo do défice orçamental é estabelecido em 3,1% do PIB, e o de 2008 sobe para 3,5% – em ambos os casos acima do limite de 3% estabelecido pelas regras do euro.
Jornal de Negócios