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O ex-líder do PSD Luís Marques Mendes afirmou hoje que espera que, assumindo o Governo, o partido «não substitua as empresas do regime actual pelas empresas do regime futuro» e pediu «seriedade» e uma «cultura do bom exemplo».
Luís Marques Mendes esteve esta noite em Almada, num jantar organizado pela concelhia do partido, para apresentar o seu segundo livro, O Estado em que Estamos, e alertou o partido para que «não faça, no poder, o que criticou aos outros».
Em Portugal, «ou mudamos de linguagem, de mentalidades e de políticas, ou não sairemos da cepa torta», disse, acrescentando depois: «Precisamos de uma cultura do exemplo. É uma questão de seriedade, que é uma coisa que nos dias de hoje anda muito desaparecida da vida política».
«Espero também que aproveitemos esta campanha eleitoral para prometer pouquíssimo aos portugueses», acrescentou, considerando que «as eleições [legislativas de 5 de Junho] já serviram para que o Governo tivesse finalmente chegado à conclusão de que tem que parar o projecto do TGV».
Marques Mendes defendeu que «investimentos como o TGV têm que ter um ponto final» porque «quem não tem dinheiro não tem vícios».
O ex-líder considerou ainda que a existência de um governo minoritário em Portugal depois das eleições seria um «crime político». Disse ainda não considerar «prioritária» uma revisão da Constituição.
Para terminar, pediu «um Governo que não se resigne»: «Espero que possamos ter um Governo que seja claro nos objectivos, que seja verdadeiro no discurso, que tenha prioridades muito selectivas e a preocupação de governar (a pensar) em resolver os problemas e não em ganhar eleições», concluiu.
Lusa/SOL