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Cuba deve ?de uma vez por todas? dar autonomia às empresas e acabar com o domínio do Estado sobre o seu funcionamento, defendeu hoje o diário do partido comunista cubano (PCC), Granma.
A posição é assumida a três dias do primeiro congresso do PCC desde há 14 anos.
«A empresa é uma coisa, o Estado é outra», titula o diário do partido único, sublinhando que «delimitar as responsabilidades das duas entidades permitirá reforçar as [respectivas] missões».
O Estado deve «concentrar-se na definição das políticas a seguir», sem intervir nas actividades das empresas, avança o periódico, abordando assim uma das principais reformas que o sexto congresso do PCC deve adoptar no próximo fim-de-semana.
A autonomia das empresas é uma dos eixos das reformas anunciadas pelo governo cubano, cujos detalhes deverão ser anunciados no congresso que se prolonga até terça-feira.
O «excessivo» controlo do Estado, «em pura posição paternalista», conduz as empresas a perder todo o sentido da competitividade, a funcionar produzindo prejuízos, a fazer um trabalho que não corresponde à sua tarefa e a perder toda a capacidade de reacção e mobilização, considera o jornal.
«As empresas, de uma vez por todas, devem avançar sozinhas», insiste o Granma, relativizando porém que «não se deve confundir autonomia com desregulação».
Lusa/SOL