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O presidente do PS/Açores, Carlos César, afirmou esta noite que o FMI «é a única organização que já ganhou as eleições» de 5 de Junho, restando apenas saber qual o partido com quem irá formar coligação.
Carlos César, que falava aos jornalistas na Horta, Faial, no final da reunião do Secretariado Regional do PS que aprovou a lista de candidatos do partido pelo círculo eleitoral dos Açores, frisou que «a grande dúvida» é saber quem irá governar o país ao lado do FMI.
«A única organização que ganhou estas eleições foi o FMI», afirmou, acrescentando que os portugueses devem agora «pensar» que, «com o FMI, devem ter alguém no governo que possa puxar pelos direitos sociais, possa defender mais o estado social, e isso é com o PS».
Para Carlos César, «o melhor é uma coligação FMI com PS e não FMI com PSD».
Questionado sobre a possibilidade de uma coligação entre o PS e PSD a nível nacional, mas sem José Sócrates, o líder dos socialistas açorianos considerou que essa solução seria tão natural como «uma coligação PSD/PS sem Passos Coelho».
A lista do PS pelo círculo eleitoral dos Açores nas eleições de 05 de Junho será liderada por Ricardo Rodrigues, seguindo-se Carlos Enes, professor do ensino secundário, Vera Lacerda, jurista da Inspecção Regional de Trabalho, Piedade Lalanda, deputada na Assembleia Legislativa Regional, e Jorge Pereira, engenheiro zootécnico.
Relativamente à lista que o PS apresentou nas anteriores legislativas, apenas se mantém o cabeça de lista, tendo Carlos César salientado o «sinal de renovação» que o PS procura incutir na sociedade açoriana, no sentido de cativar novas pessoas e novas ideias, para garantir «mais inovação e mais criatividade».
«Tenho dito muitas vezes dentro do PS que, se nós não nos mudarmos a nós próprios, acabarão por nos mudar», frisou.
Carlos César considerou ainda ser «merecido que o PS ganhe estas eleições», salientando que o partido tem um «património» de defesa dos interesses da Região.
Nesse sentido, recordou que os socialistas açorianos nunca deixaram de defender os Açores, «fosse quem fosse que estivesse no Governo da República».
Lusa/SOL