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BE: Louçã critica proposta de Passos Coelho para 'privatizar parte da Segurança Socia

florindo

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O líder do BE, Francisco Louçã, criticou na terça-feira a proposta do presidente do PSD para a «privatização de uma parte significativa das contribuições para a Segurança Social» e defendeu o actual modelo, que considerou mais solidário.

«Na versão Pedro Passos Coelho a ideia é a seguinte: o Estado só deve garantir, no serviço público de Segurança Social, uma parte da pensão. Quem tem muito - um juiz ou um oficial do exército, um professor universitário, um engenheiro bem colocado - deve ser forçado a descontar para a Segurança Social privada», disse.

«Deixamos de ter uma situação em que todos - os que têm menos e os que têm mais - são responsáveis por formar a sua própria pensão e ajudar a pagar as pensões dos que estão reformados. Isso desaparece», acrescentou o dirigente do BE.

Francisco Louçã, que falava a algumas dezenas de apoiantes do BE num comício realizado no Pinhal Novo, mostrou-se convicto de que o grande objectivo da proposta anunciada na terça-feira pelo líder do PSD é abrir caminho a uma «transferência para os privados de parte significativa dos cerca de 30 mil milhões de euros que todos os anos entram na Segurança Social».

O dirigente do BE lembrou que o montante em causa (30 mil milhões de euros) representa cerca de 20 por cento do PIB (Produto Interno Bruto) e advertiu para os perigos do mau funcionamento do sistema financeiro.

«Não se lembram de Madoff, não se lembram do Jardim Gonçalves, não se lembram do Dias Loureiro, não se lembram de nenhum escândalo financeiro, não há nenhum sino que lhes diga que aconteceu qualquer coisa no sistema financeiro? E que quem tinha dinheiro em tantos bancos, seguradoras, pacotes bolsistas, em tantas carteiras de acções, ficou arruinado, perdeu tudo?», perguntou Francisco Louça, convicto de que a proposta do líder do PSD não é uma boa solução.

Para Francisco Louçã, a proposta de Pedro Passos Coelho serviu, no entanto, para marcar alguma diferença entre os três maiores partidos - PS, PSD e CDS/PP - , que definiu como «os partidos do FMI».

«O que os partidos do FMI hoje têm de diferença é que Pedro Passos Coelho vive nesta excitação de entregar, o mais depressa possível, uma parte importante da Segurança Social ao jogo, e ao gozo dos mercados financeiros, para poderem usar o dinheiro, desperdiçá-lo, ganhar, perder», disse.

«E o primeiro-ministro José Sócrates está empenhado em, passo a passo, ir marcando as diferenças para a redução da Segurança Social ao mínimo elementar. Retirar da Segurança Social, diminuir as pensões, reduzir as pensões. E fazê-lo já», acrescentou.

No comício realizado no auditório dos Bombeiros Voluntários do Pinhal Novo, Francisco Louçã reafirmou a necessidade de uma auditoria às contas públicas e defendeu que as próximas eleições legislativas são também «um referendo», para decidir entre os partidos que aceitam submeter-se aos ditames da União Europeia e do FMI - PS, PSD e CDS/PP -, e os partidos de esquerda - BE e PCP -, que dizem não a essas políticas.

Lusa/SOL
 
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