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Porto: Procuradora alertada sobre ligações da PJ à criminalidade

florindo

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Um inspector-chefe da Polícia Judiciária transmitiu em 2008 à procuradora Helena Fazenda, que liderou parte da investigação aos crimes da noite portuense (processo Noite Branca), a sua desconfiança em "alguns sectores da PJ/Porto" por alguns funcionários "terem notoriamente ligações ao mundo criminal".

A comunicação, que foi conhecida esta quarta-feira através da leitura de um despacho do Ministério Público, ocorreu exactamente em 24 de Junho de 2008 e foi assumida pelo próprio inspector-chefe no âmbito de um de dois inquéritos-crime que puseram polícias contra polícias dentro da PJ/Porto e que tiveram como destino comum o arquivamento, um dos quais no último mês.

A condução da investigação da espiral violenta associada à noite do Porto de 2007 começou por ser da responsabilidade do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto, mas o procurador-geral, Pinto Monteiro, determinou que passasse para a alçada de uma equipa do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) dirigida por Helena Fazenda.

O inspector-chefe que desconfiava de colegas do Porto precisou que se apoiava em "informações anónimas de pessoas ligadas ao mundo da noite", que "não quiseram prestar declarações formais por receio de represálias".

Um dos agentes da PJ/Porto era mesmo associado, pelas fontes invocadas pelo inspector-chefe, a "esquemas ilícitos de segurança nocturna, lenocínio, comer e beber à borla em locais de diversão nocturna e colaborar com organizações que praticariam 'banhadas' de ouro ou de droga".

O polícia visado acabou por ser investigado durante ano e meio, mesmo com recurso a escutas telefónicas, mas o DCIAP, face à inexistência de provas, arquivou o processo.

O investigador reagiu, denunciando ao DIAP/Porto sete pessoas da PJ, incluindo chefes e coordenadores, que terão contribuído, em diferentes graus, para que a sua vida privada fosse "devassada". Mas o Ministério Público achou, face à prova recolhida, que ninguém o investigou à margem da lei, pelo que determinou o arquivamento dos autos.

Jornal de Notícias
 
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