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Egipto e Tunísia depositam esperanças na cimeira com G8

florindo

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Egipto e Tunísia vão estar presentes na cimeira do G8 que decorrerá a 26 e 27 de Maio em Deauville, França, onde em cima da mesa estarão as possíveis soluções para recuperar os países do revés económico causado pelas revoluções que espoletaram a 'Primavera Árabe'.

«O que precisamos é de dinheiro». A frase de Jaloul Ayed, Ministro das Finanças tunisino, caracteriza o actual panorama de ambos os países, onde «assegurar a prosperidade é a melhor maneira de consolidar a democracia».

O êxtase sentido com o sucesso das manifestações foi seguido pelo reconhecimento das consequências que, em paralelo, as revoluções trouxeram: um abalo no negócio do turismo, sector no qual tanto o Egipto como a Tunísia assentam a sua economia.

As enchentes nas ruas do Cairo e Tunis afastaram os milhares de turistas para países vizinhos, e a estratégia de ambas as nações passa agora por voltar a erguer uma imagem de confiança sob o olhar estrangeiro.

Para restabelecer a confiança dos mercados e investidores internacionais será decisiva a cimeira com o G8, onde poderá estar em cima da mesa um conjunto de medidas de apoio financeiro, semelhantes ao Plano Marshall com o qual os EUA ajudaram a reconstruir a Europa no pós-Segunda Guerra Mundial.

Representantes do Egipto e Tunísia vão reunir-se com os membros do G8 em Deauville, França ©AP

G8 discutirá planos de ajuda económica

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, revelou esta terça-feira a formação de um plano no valor de 4,2 mil milhões de euros destinado a combater os défices orçamentais de ambos os países. Desse montante, cerca de 3,1 mil milhões são destinados à economia do Egipto que, antes da revolução, previa um crescimento na casa dos 6 por cento para 2011.

O Ministro das Finanças egípcio, Samir Radwan, apontou que agora a economia não deverá crescer mais de 1 por cento, estimando que o défice orçamental do país atinja os 21 mil milhões de euros, aproximadamente 11 por cento do PIB.

Os executivos de ambos os países já apontaram os valores necessários para revitalizar as suas economias: entre 7 e 8,5 mil milhões de euros para o Egipto, e cerca de 2,5 mil milhões na Tunísia.

Representantes de ambos os países árabes já apelaram à criação de uma entidade financeira de apoio às nações da região, ao justificarem que «ao Egipto e Tunísia vão provavelmente suceder outros países».

Um membro do executivo francês que vai estar presente na cimeira do G8, sugeriu até que o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento – organização criada para apoiar o crescimento das economias de mercado no pós-Guerra Fria -, pode eventualmente ser «recuperado» no âmbito da ajuda às nações que deram início à revolta árabe.

SOL/AP
 
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