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Abate de árvores põe povo contra padre

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RoterTeufel

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Viseu - abatidos 18 cedros e freixos de grande porte junto a capela
Abate de árvores põe povo contra padre

Há um ano, o povo manifestou-se contra o corte das árvores existentes no recinto da Capela de Nossa Senhora do Freixo, em Sanguinhedo de Côta, Viseu. Agora, estalou a revolta contra o padre e a comissão fabriqueira, por ordenarem o abate de 18 árvores, algumas delas centenárias, consumado na segunda-feira.

A população foi apanhada de surpresa pelo barulho das motosserras a derrubarem os cedros e os freixos, "muito estimados". "Há um ano, o padre e a comissão fabriqueira quiseram saber a opinião do povo. A maioria mostrou-se contra, e nunca mais se falou no assunto. Agora, ficámos surpreendidos com o abate", afirmou ao CM Nelson Fernandes, um dos moradores da aldeia.

A maioria dos habitantes não se conforma com o "atentado à natureza" e critica a falta de informação sobre o assunto. "O espaço é da Igreja, logo, é do povo. Queremos saber o que está por detrás disto e por quanto foi vendida a madeira", adianta Marciana Almeida, outra residente. Já Cristo Pedrinho afirma que as árvores tinham "o destino marcado há muito tempo, porque algumas entretanto secaram. Foi veneno que lhe deitaram", acusa o jovem. A população, que aguarda uma explicação do pároco, está revoltada com a forma como decorreu o processo, mas garante saber separar "questões de fé" de "questões terrenas".

"ÁRVORES AMEAÇAVAM SEGURANÇA"

Ao CM, o padre de Sanguinhedo de Côta, António de Carvalho, minimiza os protestos de "parte da população" e garante que o abate das árvores "já estava decidido há muito tempo por questões de segurança". "As árvores viveram o seu tempo mas agora já estavam a pôr em causa a segurança das pessoas e da capela, onde há património muito valioso. Já tinham derrubado um muro", justifica-se António de Carvalho, salientando que a venda e o abate das árvores "foi feita de uma forma transparente". O pároco garante que a venda das árvores "foi realizada em leilão" e rendeu 1370 euros aos cofres da paróquia.


C. da Manha
 
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