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Politólogos: Passos escolheu Governo 'equilibrado'

florindo

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O primeiro-ministro indigitado escolheu para o novo Governo uma equipa equilibrada com figuras de perfil técnico vincado e outras que asseguram uma experiência política significativa, apontam politólogos ouvidos pela agência Lusa.

"Em governos de coligação aumenta o número de ministros com experiência política", diz António Costa Pinto, destacando que PSD e CDS-PP têm no Executivo algumas das figuras do seu "núcleo duro", casos de Miguel Macedo e Miguel Relvas (PSD) e Pedro Mota Soares e Assunção Cristas (CDS-PP), que se juntam aos líderes Pedro Passos Coelho e Paulo Portas.

O politólogo do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa destaca ainda Paula Teixeira da Cruz, na Justiça, como exemplo de uma figura partidária "com uma competência específica", frisando o papel dos "independentes do centro direita com fortíssima competência técnica" que integrarão o novo Governo.

António Costa Pinto diz que Nuno Crato, novo responsável pela Educação, tem uma "longa carreira como independente com posições fortes" sobre o tema, e realça os perfis dos novos ministros da Economia e Finanças.

Vítor Gaspar, ministro de Estado e das Finanças, e Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia e do Emprego são pessoas "pouco conhecidas da opinião pública" mas que asseguram uma "fortíssima competência técnica" ao Governo, acredita.

Também André Azevedo Alves, professor de Ciência Política da Universidade de Aveiro, assinala que foi "privilegiado o perfil técnico e profissional do que peso e a experiência política" nalgumas pastas, como as da Economia e Finanças.

"O papel político do primeiro-ministro terá de ser mais central" do que o representado por José Sócrates, assinala o politólogo, destacando o "papel decisivo" que Miguel Relvas terá no Executivo.

"A coordenação política do Governo estará muito centrada em Pedro Passos Coelho e Miguel Relvas", diz André Azevedo Alves, para quem o papel dos secretários de Estado "sairá reforçado" com a redução ministerial futura.

José Adelino Maltez, professor de ciência política do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, destaca a simbiose entre "tarimbeiros" dos dois partidos que formam o Governo e a "aposta" em novos nomes que obrigarão a esquerda a "responder com melhores alternativas" na oposição.

"Este é um Governo pacifista que revela o estilo de Passos Coelho", sustenta o politólogo.

O novo Governo, resultante de uma coligação entre o PSD e o CDS-PP, foi anunciado hoje e tomará posse na próxima terça-feira.

O XIX Governo Constitucional é o executivo com menos ministros desde o 25 de Abril, com 11 ministros, dos quais três pertencem ao CDS-PP, quatro são do PSD e quatro são apresentados como independentes.

Lusa / SOL
 
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