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Banif tópico geral

Matapitosboss

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Analistas divergem na justificação para subida de 36% do Banif em bolsa

O banco do Funchal tem estado sob pressão nas últimas sessões devido ao aumento de capital que está a realizar. Os títulos têm vindo a aproximar-se de 1 cêntimo, preço a que estão a ser vendidas as novas acções. Contudo, esta quarta-feira, a sessão foi de ganhos expressivos.

Depois das quedas acentuadas, veio a valorização expressiva. O Banif disparou mais de 35% na sessão desta quarta-feira. Os analistas contactados pelo Negócios não conseguem encontrar uma razão lógica que justifique o movimento de subida. Um dos especialistas considera que a especulação do sucesso do aumento de capital possa ser o motivo, outro olha para o discurso de Bernanke como motor da valorização.

As acções do Banif encerraram hoje nos 5,6 cêntimos, o que representa um ganho de 36,59% (1,5 cêntimos) em relação ao fecho do dia anterior. O movimento de subida contraria aquele que foi o desempenho do banco sob comando de Jorge Tomé (na foto) na semana anterior, onde se verificaram descidas superiores a 10%.

Até aqui, os títulos da instituição financeira do Funchal cotados na Bolsa de Lisboa têm vindo a perder terreno para se aproximarem do preço a que as acções estão a ser vendidas nos balcões. No seio da segunda fase do processo de capitalização do banco, o Banif iniciou um aumento de capital onde colocou à venda 10 mil milhões de acções no retalho a um cêntimo. Antes do arranque do aumento de capital, o Banif negociava acima de 8 cêntimos por acção, o que levou a uma convergência face ao preço de venda das novas acções.

Contudo, apesar de cair para mínimos nunca antes registados (o banco encerrou a sessão de ontem a valer 4,1 cêntimos, um preço inédito), as acções nunca chegaram a aproximar-se de 1 cêntimo. E hoje subiram.

“O comportamento da cotação do Banif na última sessão e meia (desde o meio da sessão de ontem), está mais relacionado com a expectativa de que as subscrições possam ter já superado a oferta”, afirma João Queiroz, director de negociação da GoBulling.

O aumento de capital de 100 milhões de euros está condicionado pelo sucesso da venda de obrigações a 1 euro cada uma, no montante total de 225 milhões de euros. “Porém, continua a incerteza sobre a apetência pela obrigações que estão associadas a esta operação e se este incremento do capital social será suficiente atendendo que o rácio de transformação de depósitos em crédito é o mais elevado do sector no mercado doméstico (141% face aos 128% do Millennium)”, acrescenta o mesmo especialista.

O prazo de subscrição das acções estende-se desde 8 de Julho até esta sexta-feira, 19 de Julho. A 22 de Julho são conhecidos os resultados da operação. Depois, a 26 do mesmo mês, inicia-se o período de subscrição de obrigações, que se prolonga até 29 de Julho.

“A operação de aumento de capital do Banif (com acções a 1 cêntimo) ainda está a decorrer nas agências do banco, pelo que os investidores recorreram às acções no mercado secundário para se expor à subida do sector financeiro”, opina Steven Santos, da XTB, falando nas declarações desta quarta-feira do presidente da Reserva Federal norte-americana, que veio garantir a continuação de políticas de estímulo monetário. “Muitos investidores particulares sentem-se atraídos por acções com baixo valor nominal, apesar dos riscos do banco”, indica.

Irracionalidade

Pedro Oliveira, da sala de mercados da GoBulling, admite que não consegue encontrar uma justificação lógica para o comportamento da última sessão. Um dos motivos que avança, embora acrescente que não acredita muito na sua razoabilidade, está relacionado com eventuais mais-valias por parte de accionistas do Banif. Aproveitando a queda dos últimos dias, podem estar a comprar, na expectativa de que haja espaço para subidas. “Mas o risco é muito elevado”, diz Pedro Oliveira, já que há acções que continuam a ser vendidas a um cêntimo nos balcões da instituição e a convergência de preços de acções em bolsa e no retalho não se verificou.

Posteriormente, há um elemento que não se pode esquecer, segundo o especialista da GoBulling, que é o facto de os últimos aumentos de capital realizados na bolsa nacional terem sido diferentes do Banif. Quanto mais não seja porque os accionistas tinham, noutros aumentos de capital, direito de preferência para subscrever as novas acções, o que não ocorre neste caso.

“Pura irracionalidade”, é como caracteriza Pedro Lino, CEO da DifBroker, que tinha já alertado na semana passada que a recuperação do Banif - e subsequente risco para os accionistas - poderia ser dificultada pelo aumento do risco político em Portugal.

Na sessão desta quarta-feira, trocaram de mãos mais de 26 milhões de títulos do Banif, o que mais do que duplica as acções negociadas ontem e que fica acima das cerca de 1,7 milhões de acções que foram transaccionadas, em média, nas sessões dos últimos seis meses.

O que falta

Depois de ter conseguido 100 milhões de euros junto dos investidores de referência (Açoreana Seguros e pela Auto-Industrial SGPS), o banco iniciou a venda de 10 mil milhões de acções nos seus balcões e vai seguir para a emissão de obrigações.

Faltam, contudo, ainda 250 milhões de euros para que o Banif concretize o aumento de capital de 450 milhões de euros que tem de empreender - que levará o Estado a ter uma posição de apenas 60% no banco. 200 milhões deverão ser conseguidos com a negociação de uma parceria estratégica com um novo investidor de referência. A colocação de 50 milhões junto de investidores com ligações ao grupo seria outro objectivo.

Por decidir está ainda o plano de reestruturação do banco português, a ser negociado com a Comissão Europeia.



In' Jornal de Negócios
 

Matapitosboss

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Banif acaba aumento de capital com acções a 4,8 cêntimos

Os títulos do banco terminaram a sessão de sexta-feira com uma queda de 9%, acumulando um deslize de 44% desde o arranque da operação. Títulos valem 4,8 cêntimos em bolsa mas as novas acções foram vendidas até hoje a 1 cêntimo nos balcões.


Terminou a segunda fase do aumento de capital do Banif. Com ela, os preços das acções deslizaram 44%. Contudo, não chegaram ao preço a que estiveram a ser vendidos os novos títulos.



Na sessão desta quinta-feira, as acções da instituição sob o comando de Jorge Tomé (na foto) foram negociadas por 4,8 cêntimos, resultado de uma descida diária de 9,43%. Quando se deu o arranque da operação, os títulos estavam a negociar nos 8,5 cêntimos, o que conduz à desvalorização acumulada de 44%.



As novas 10 mil milhões de acções foram subscritas a 1 cêntimo cada. Não houve um ajustamento do preço no imediato mas o preço ainda não é directamente comparável, já que as novas acções não vão entrar já em bolsa na próxima sessão.



Os resultados do aumento de capital serão conhecidos a 22 de Julho (definitivos a 29 de Julho) e, a acontecer, as novas acções só entram em bolsa a 31 de Julho. A acontecer porque o aumento de capital pode vir a ser revertido. A subscrição das novas acções só se irá concretizar se o Banif realizar uma oferta de obrigações. A realização é essencial para que o aumento de capital se efective mas este não está dependente do sucesso da oferta de obrigações. Ou seja, o banco precisa de realizar a operação, mas não precisa de colocar as 225 milhões de obrigações.



As obrigações serão comercializadas entre 24 e 26 de Julho a um euro cada. Só no dia 29 é que se deverão conhecer os resultados definitivos das duas operações. A 31 de Julho deverão entrar ser admitidas à cotação as novas acções.



Steven Santos, operador da XTB, acredita que, até 31 de Julho, o preço das acções vai ajustar-se até ao valor a que os títulos estiveram a ser vendidos nos balcões, um cêntimo.



A operação que agora termina foi protagonizada por uma forte volatilidade do Banif. Desde descidas de 16 e 18%, a uma subida de 36%, passando por sessões inalteradas. Ao mesmo tempo, o elevado volume também se evidenciou. Nas 10 sessões em que aconteceu a operação, foram trocados mais de 10 milhões de títulos em oito delas. Um volume que compara com a média diária nos últimos seis meses de 1,6 milhões.



O aumento de capital de 100 milhões de euros, concretizado através da subscrição de 10 mil milhões de novas acções, é a segunda fase do processo de capitalização em curso. A primeira foi protagonizada por um aumento de capital de 100 milhões assegurado pelos accionistas de referência do banco fundado por Horácio Roque (grupos Rentipar e Auto-Industrial). De seguida, segue-se a procura de investimento internacional de 200 milhões de euros enquanto 50 milhões de euros serão assegurados com uma operação de gestão do passivo. Ao todo, a operação de capitalização envolve 450 milhões de euros.


Neste contexto, o Banif continua à espera de decisões da Direcção-Geral da Concorrência, da Comissão Europeia, relativas aos “remédios” que têm de ser implementados no banco, através de um plano de reestruturação, como forma de compensação pela injecção estatal de 1,1 mil milhões de euros.



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Hyd3

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Não sei se será mais um BPN, mas é sem dúvida mais um caso de má gestão bancária em pt.

Temos de ter em consideração que a banca (no seu todo) teve uma alteração profunda na abordagem de gestão e na imagem que as pessoas em geral têm desde 2008. Nada disto esta esperado e vivemos o efeito de bola de neve...

A minha opinião e´que ainda não há uma estabilidade que permita haver um crescimento sustentado, mesmo que pequeno, do sector.

Os próximos 2/3 anos serão determinantes para a vida de todos nós, e o desempenho do país vai ditar se bancos como o Banif se aguentam ou vão cair.

Cumprimentos
 

Matapitosboss

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Banif reembolsa Estado em 150 milhões de euros

O Banif reembolsou esta quinta-feira o Estado no montante de 150 milhões de euros, através da recompra de obrigações subordinadas.

O Banif, que recebeu fundos estatais para conseguir cumprir com as exigências de capital, anunciou esta quinta-feira que reembolsou o Estado no valor de 150 milhões de euros, após ter recomprado “subordinadas de conversão contingente (CoCo’s), depois de obtida a autorização do Banco de Portugal, dado que o Banif mantém, após este pagamento, rácios de capital acima do exigido pelo regulador”, segundo um comunicado emitido pelo banco.

“Com este reembolso, o montante de CoCo’s que se encontram na titularidade do Estado Português foi reduzido de 400 milhões de euros para 250 milhões de euros”, adianta o comunicado.

Esta operação foi possível, depois da instituição ter realizado três operações de aumento de capital: 100 milhões subscritos por accionistas de referência (Rentipar, dos herdeiros do fundador Horácio Roque, e a Auto-Industrial), em Junho, mais 100 milhões, em Julho, através de uma operação aberta ao público e, em Agosto, entraram mais 40,7 milhões de euros, através da entrada de novos accionistas como Ilídio Pinho ou Dionísio Pestana.

“As CoCo’s agora objecto de reembolso pagam uma taxa de juro anual efectiva de 9,50% ao ano e geraram um ganho para o Estado de 8,3 milhões de euros. Recorde-se que o Banif já procedeu, a 25 de Julho de 2013, ao pagamento dos juros do empréstimo total de 400 milhões de euros, que ascendeu a 18,6 milhões de euros”, adianta a mesma fonte.

Estas operações foram realizadas no âmbito do programa de recapitalização da instituição liderada por Jorge Tomé. Antes de ter realizado estes aumentos de capitais, que permitiram o reembolso de parte da ajuda estatal, o Banif teve uma entrada entrada directa de dinheiro do Estado, através de uma injecção de 1,1 mil milhões de euros. Deste valor, 400 milhões de euros foram realizados através instrumentos subordinados e convertíveis, os restantes 700 milhões foram realizados através de um aumento de capital, onde foram emitidas 70 mil milhões de novas acções.



Fonte: Jornal de Negócios
 

Matapitosboss

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Banif quer arrecadar cerca de 137 milhões junto de investidores estrangeiros

O Banif quer angariar junto de investidores institucionais internacionais os cerca de 137 milhões de euros que faltam para que o Estado deixe de ser accionista maioritário do banco, disse esta segunda-feira o seu presidente executivo.


O Banif recebeu, em Janeiro, 1.100 milhões de euros de dinheiros públicos (700 milhões em acções e 400 milhões em instrumentos de dívida convertíveis em acções [as chamadas 'CoCo' bonds]), no âmbito do processo de recapitalização que deixou o Estado com o controlo de cerca de 99% da instituição.

Na sequência desta operação, o banco ficou obrigado a realizar um aumento de capital de 450 milhões de euros, para que o Estado veja a sua participação reduzida a 60,57% do capital e 49,41% dos direitos de voto.

"Do nosso desafio dos 450 milhões de euros, falta-nos cerca de 137 milhões de euros", disse o presidente executivo do Banif, Jorge Tomé, durante a apresentação dos resultados da oferta pública de troca de obrigações por acções, que permitiu ao banco aumentar o capital em cerca de 71 milhões de euros.

Jorge Tomé avançou que a operação para arrecadar os cerca de 137 milhões de euros vai realizar-se nas "próximas semanas" e que a procura vai ser feita junto de investidores institucionais internacionais, admitindo a possibilidade de surgir um investidor estratégico.

Será "uma operação para mercado, abordando basicamente os investidores institucionais internacionais. No conjunto desses contactos, poderá surgir um investidor que queira ficar com os 130 ou 140 milhões, mas esse não é objectivo principal", disse o presidente executivo do banco, em declarações aos jornalistas no final da sessão de apresentação da oferta pública de troca.

Questionado sobre as negociações com a Comissão Europeia para fechar o plano de reestruturação do banco, Jorge Tomé disse que "tem havido muita interacção" com o executivo comunitário e escusou-se a avançar uma data para a conclusão do processo.

"Não gostaria de fazer previsões nessa matéria", disse.



Fonte: Jornal de Negócios
 

Matapitosboss

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Banif inicia programa para reduzir 300 postos de trabalho

O Banif vai antecipar a reestruturação, prevista para 2016, e vai iniciar um programa de redução de postos de trabalho. No total serão menos 300 funcionários.

O Banif vai antecipar o programa de reestruturação, previsto para ser executado até ao final de 2016 para este ano, o que implicará o encerramento de mais 66 balcões e a redução de 300 postos de trabalho através de um programa de rescisões amigáveis, reformas antecipadas e pré-reformas.

Este programa vai iniciar-se esta terça-feira, 18 de Março, e termina a 28 de Março.

O banco propõe-se oferecer entre 1.1 a 1.5 de salários de indemnização, sendo o que o número de salários vai depender do valor total da indemnização. O salário pago será tanto maior quanto menor for o valor total da indeminização.

De acordo com o comunicado do banco , esta antecipação visa “garantir de forma estrutural a rentabilidade do grupo”. Assim, “o banco abrirá um programa de rescisões voluntárias e amigáveis aos colaboradores que assim o desejarem.”


In' Jornal de Negócios
 

Matapitosboss

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Banif diz que mais de 300 trabalhadores propuseram-se para sair do banco com rescisões amigáveis

Mais de 300 trabalhadores propuseram-se sair do Banif no âmbito do novo programa de rescisões voluntárias e reformas antecipadas que o banco abriu em meados deste mês, segundo a instituição liderada por Jorge Tomé.

"Os pedidos excederam o objectivo, o programa correu muito bem. O banco não aceitou todos os pedidos porque há pessoas que são consideradas chave" e que o Banif não tem interesse em que saiam, disse à Lusa fonte oficial.

Já o dirigente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, Paulo Alexandre, que hoje se reuniu com a direcção de recursos humanos do Banif, disse que não lhe foram fornecidos os dados definitivos e que só em meados desta semana os deverá ter.

O Banif anunciou a 17 de Março a antecipação do plano de reestruturação do banco e a abertura imediata de um programa de rescisões voluntárias e reformas antecipadas com o objectivo de reduzir em 300 o número de funcionários. A concretizarem-se, estas saídas juntam-se aos mais de 600 colaboradores que deixaram o Banif entre 2012 e 2013.

A instituição propôs-se oferecer aos funcionários entre 1,1 a 1,5 salários por cada ano de antiguidade (os trabalhadores com menos anos de empresa terão uma maior majoração da indemnização, ou seja, o salário a pagar será maior se o valor total da indemnização for menor), a manutenção das condições do crédito à habitação e seguro de assistência à saúde ao longo de pelo menos um ano.

A saída de pessoal vai ser acompanhada pelo fecho de mais 60 balcões, concluindo assim o processo de encerramento de 120 balcões definido no início de 2012.

Quando as saídas e o fecho de balcões estiverem concluídos, o banco fundado por Horácio Roque fica com cerca de 2.000 colaboradores e 226 balcões.

Com este processo, em que o banco liderado por Jorge Tome prevê gastar 12 milhões de euros, são esperadas poupanças futuras de 15 milhões de euros por ano.

O Banif, que está em processo de reestruturação desde 2012 e que em Janeiro de 2013 recebeu 1.100 milhões de euros de dinheiro público para se recapitalizar - tendo agora o Estado como accionista maioritário -, tem sido nas últimas semanas notícia pelo entendimento feito com a Guiné Equatorial com vista à entrada de uma empresa daquele país africano no capital do banco, um acordo visto por algumas forças como ajuda à entrada da Guiné Equatorial na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O ano passado, banco teve prejuízos de 470,3 milhões de euros, naquele que foi o terceiro ano consecutivo de resultados negativos, ainda assim menos 19,5% do que os 584,2 milhões de euros de 2012.



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Matapitosboss

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Banif amortiza 280 milhões de empréstimos garantidos e reduz apoios públicos

A operação de amortização das obrigações garantidas pelo Estado, emitidas em 2011, faz parte do plano de reestruturação que o banco está a implementar.
"O Banif prossegue o caminho de redução dos apoios públicos". É desta forma que o banco liderado por Jorge Tomé (na foto) revela, por comunicado, a amortização de 280 milhões de euros em obrigações garantidas pelo Estado português.

"O Banif procedeu à amortização, no montante de 280 milhões de euros, da totalidade das obrigações emitidas no dia 19 de Julho de 2011, no âmbito dos Empréstimos Obrigacionistas garantidos pela República Portuguesa à banca nacional", aponta o comunicado enviado às redacções. Num outro documento, emitido através do site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, é assinalado que a operação ocorreu a 21 de Julho.

O que aconteceu é que o Banif recomprou as obrigações emitidas sob essa garantia estatal. Depois de readquiri-las, amortizou-as. E, assim, extinguiu-as. A instituição financeira fundada por Horácio Roque já solicitou à Direcção Geral do Tesouro e Finanças o cancelamento da garantia estatal prestada para que o banco conseguisse vender dívida.

Dos 280 milhões de euros amortizados, 200 milhões dizem respeito a uma emissão do Banif – Banco Internacional do Funchal, 55 milhões são relativas ao Banif – Banco de Investimento e os restantes 25 milhões foram colocadas pelo Banif Banco Mais. As obrigações tinham uma maturidade de três anos e uma taxa variável indexada à taxa Euribor a três meses.

A operação de amortização das obrigações garantidas pelo Estado faz parte do plano de reestruturação que o banco está a implementar. Desta forma, eliminando as obrigações garantidas, o banco diminui a relação com o Estado. Ainda assim, o Estado ainda é seu accionista. O Banif recebeu 1.100 milhões de euros de injecção de dinheiros públicos, 700 milhões através de acções e 400 milhões sob a forma de instrumentos híbridos (os chamados CoCos). Já foram reembolsados 275 milhões de euros destes instrumentos de capital continente, sendo que está pendente a devolução dos restantes 125 milhões de euros em CoCos. A devolução das acções, espera a administração de Jorge Tomé, deverá começar no prazo de um ano.



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