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O Irão reafirmou hoje a sua oposição ao aumento das quotas de produção por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), depois dos países industrializados terem decidido recorrer às reservas estratégicas para baixar o preço do crude.
"Tendo em conta a situação da oferta e da procura, o Irão vai opor-se a um aumento das quotas da OPEP na próxima reunião" do cartel petrolífero a que este país preside actualmente, declarou o ministro iraniano interino do Petróleo, Mohammad Aliabadi, citado pela agência Mehr.
Seguindo o Irão, a maioria dos países membros desta organização recusou, no início de Junho, aumentar a produção de petróleo, fixada desde Janeiro de 2009 nos 24,85 milhões de barris por dia, apesar das pressões dos países industrializados que temem que a manutenção dos elevados preços do crude ameace o crescimento mundial.
Estes países, reunidos na Agência Internacional de Energia, decidiram esta semana, pela terceira vez na sua história, recorrer às suas reservas estratégicas para colocar no mercado "60 milhões de barris de petróleo por um período de um mês".
Este anúncio provocou uma forte descida dos preços do crude nos mercados internacionais.
"Estabilizar as quotas de produção da OPEP vai permitir estabilizar os preços", afirmou Aliabadi, afirmando que o cartel "não está a tentar fazer subir os preços do petróleo".
Criticou igualmente a posição da Arábia Saudita a favor do aumento das quotas, considerando que a posição do principal produtor e tradicional rival do Irão na OPEP respondia às "exigências dos Estados Unidos da América".
Lusa/SOL