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Frajola o Abridor de Latas

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Fev 29, 2008
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Certo dia, Frajola acordou com o barulho de partida de um
automóvel. Ele foi até a janela e viu seus donos saindo com o carro
lotado de bagagens. Em frente à porta havia algumas garrafas deleite
vazias com um bilhete: “Sr. Leiteiro, estamos em férias. Por favor, não
entregue leite nos próximos 15 dias”.
– Quinze dias! — pensou Frajola. — Vou morrer de fome!
Desesperado, ele correu pela casa à procura de comida até que,
finalmente, encontrou um armário lotado de latas de atum e salmão.
– Estou salvo! — disse Frajola, aliviado. — Tem comida
suficiente para alimentar um gato faminto por mais de um mês. Eu só
preciso de um abridor de latas.
Ele procurava o abridor por toda a cozinha quando ouviu um assobio.
Frajola virou-se e viu um ratinho segurando o abridor novinho em folha.
– Me dê isso, rato! Vamos lá, seja bonzinho e me dê isso… Venha
aqui, seu roedor, e me dê esse maldito abridor!
Sem dar a menor bola para o que Frajola dizia, o rato virou as
costas e se enfiou num buraco na parede.
Frajola tentou abrir a lata de várias maneiras e… nada. Ele
concluiu que precisava do abridor e, para pôr as mãos nele, teria de
pegar o rato. Frajola montou uma armadilha, usando roldanas e uma corda
para erguer o piano até o teto.
De repente, ele ouviu de novo o assobio. Era o rato oferecendo,
com um sorriso, o abridor a Frajola. O ratinho saiu em disparada e,
para poder ir atrás do abridor, Frajola soltou a corda. O piano
despencou e acertou em cheio sua cabeça.
Frajola não ia desistir facilmente. Ele pegou um pedaço de arame,
fez um gancho e tentou pescar o abridor que o rato tinha colocado dentro
do buraco na parede. O rato, esperto, pegou o arame e enganchou em uns
fios elétricos que passavam por dentro da parede. Frajola pensou que havia
fisgado o abridor delatas e puxou cada vez mais forte até que os fios
elétricos se encostassem e… PZZZZZZ!!! Um tremendo choque tostou nosso
amigo.
– Ok, rato. Se é guerra que você quer, então vai ter — ameaçou
Frajola. — Chega de brincadeiras. Não vou mais ser bonzinho.
Frajola pegou um punhado de fogos de artifício, bananas de dinamite,
pólvora e colocou tudo no buraco da parede. Ao ver toda aquela confusão,
o ratinho fugiu do buraco, deixando o abridor delatas para trás.
– Sua hora chegou, rato — disse Frajola ao acender o fósforo. –
Isso vai ser um estouro!
Ao acender o pavio, todos os fogos explodiram de uma só vez.
Pedaços de móveis e do teto caíram sobre o pobre Frajola. Porém, em meio
à chuva de destroços, o abridor de latas foi parar bem na mão de
Frajola.
– Consegui! Consegui! — gritou Frajola, dançando com o abridor de
latas nas mãos.
Ele correu até a cozinha, mas uma surpresa o esperava. o armário com
aslatas de comida estava trancado com um enorme cadeado. Mais uma vez,
ele ouviu o assobio.
– Oh, não! — suspirou Frajola, desanimado. — Vida ingrata! De
novo, não!
Lá estava o rato, com a chave nas mãos, pronto para recomeçar a
brincadeira!
 
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