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Bombardeiros Ligeiros da II Guerra Mundial

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GF Platina
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Ao contrário dos bombardeiros estratégicos de grande porte, projectados para lançar grandes quantidades de bombas e munições em alvos distantes, os bombardeiros tácticos são usados na zona de batalha para atacar tropas e equipamento militar inimigo a curtas distâncias, ou com grande proximidade do alvo. Enquanto os Aliados usaram durante a II Guerra Mundial, bombardeiros pesados, as Forças do Eixo tiveram ao seu serviço, bombardeiros ligeiros, usados muitas vezes em voos picados. A Luftwaffe de Hitler parecia invencível com o seu ensaio na Guerra Civil Espanhola, e as suas tácticas de blitzkrieg conquistaram a maior parte da Europa no início da Segunda Guerra Mundial. Bombardeiros alemães da Luftwaffe com nomes como Junkers, Heinkel e Dornier trouxeram medo aos corações e mentes do mundo civilizado.
 

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Junkers Ju 87 Stuka

Um dos mais espectaculares bombardeiros ligeiros da II Guerra Mundial foi o célebre Junkers Ju 87, popularmente conhecido como Stuka. Foi um bombardeiro ligeiro utilizado pela Força Aérea Alemã (Luftwaffe) e pela Regia Aeronautica Italiana durante a Segunda Guerra Mundial.

A Alemanha utilizou o Stuka pela primeira vez na Guerra Civil Espanhola tripulados por pilotos voluntários da Legião Condor. Posteriormente, na invasão da Polónia (1939), contra alvos fixos, como as bases da Força Aérea Polaca. Além disso, a aeronave foi também utilizada para apoiar o avanço alemão, na função de apoio aéreo aproximado, e combater as tentativas polacas de resistência no sul do país. Conseguia carregar grande carga de bombas para o seu tamanho pequeno, porém mantendo formas agressivas que eram muito temidas pelos aliados. Em algumas versões, o Stuka era ainda acrescido de uma sirene de mergulho instalada na parte superior do trem de pouso, cujo único propósito era aterrorizar quem quer que estivesse no caminho de suas bombas.

O Stuka foi também utilizado contra navios na Operação Weserübung (invasão da Dinamarca e da Noruega), e contra a França, na Batalha da França em 1940. As posições fixas das defesas francesas na região de Sedan, foram alvos fáceis para os Stuka, embora a incapacidade dos comandantes franceses, demonstrada pela sua recusa em chamar os caças para atacar os Stukas tivesse ajudado os alemães. O Stuka no entanto, não foi muito útil contra as unidades de veículos blindados franceses, porque os tanques, em movimento, revelaram-se alvos difíceis de serem atingidos. Após o lançamento das bombas, a força G gerada durante a recuperação do mergulho podia causar a perda de consciência do piloto por alguns segundos.
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Ilyushin Il-2

Do lado dos Aliados, destaca-se o rústico e eficiente Ilyushin Il-2, criado para o ataque ao solo. O piloto era protegido por blindagem (Em algumas versões o artilheiro não era protegido, causando um índice de baixas elevadas) e contava com 2 canhões de 23 mm. Foi um dos aviões de maior produção na história, com mais de 36.000 em todas as versões. A blindagem era armada na própria armação da aeronave, garantindo uma defesa exclusiva e quase impenetrável. O único ponto fraco do Il-2 era o resfriador do motor. Esse ponto fraco foi explorado por ases como Otto Kittel. No campo de batalha, recebeu o apelido Schwarzes Tod (Morte Negra em alemão). Esta aeronave teve um papel crucial no Frente Oriental, e na opinião dos soviéticos, foi a aeronave de participação mais decisiva na história da guerra moderna. Estaline prestou grande tributo ao Il-2 em sua própria e inimitável maneira: quando uma fábrica em particular ficou atrasada em suas entregas, Estaline telegrafou para o gerente da fábrica, declarando que "Essas aeronaves são tão essenciais para o Exército Vermelho quanto o ar e o pão."
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Bombardeiros Ligeiros Japoneses

Os bombardeiros de mergulho japoneses foram a maior ameaça às forças americanas. Cada um deles vinha perfurando o céu no mergulho íngreme na direcção do alvo, e quando estava a apenas algumas centenas de metros do alvo, o piloto apertava o botão para libertar a bomba. Cada bomba era presa a um trilho ou suporte e era contida por um simples mecanismo de engate. Ao libertar o engate, a bomba deslizava no trilho ou caía do suporte. Se o piloto disparasse no momento certo, a bomba atingia o alvo momentos após o avião mudar de direcção. Quando ocorria o impacto da bomba com o alvo, uma cápsula de percussão na sua extremidade fazia o explosivo se incendiar. A pequena explosão resultante disparava o explosivo principal, presente na bomba e causava a detonação. Os bombardeiros japoneses de alto nível operavam de maneira bem diferente dos bombardeiros mergulhadores. Eles voavam muito acima do ponto de ataque e soltavam várias bombas de uma só vez, cobrindo toda a área. Mais uma vez, essas bombas usavam a gravidade como sistema de propulsão e não tinham sistema algum de orientação. Já as bombas libertadas por torpedeiros usavam tanto propulsão como sistema de orientação. Os torpedeiros são muito eficazes em combates contra objectos no mar. Assim como os bombardeiros de mergulho, os torpedeiros desciam na direcção do alvo, mas soltavam a bomba muito antes de o atingirem. Essas bombas, torpedos semelhantes aos disparados por submarinos, avançavam na água em direcção ao seu alvo.
 

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Aichi D3A Val

Talvez o mais famoso dos aviões japoneses da II Guerra Mundial. Depois do Zero, o Aichi D3A Val foi um bombardeiro de mergulho extremamente eficiente na sua função. Tinha soberba capacidade acrobática, não raro tendo enfrentado aviões de caça mais antigos, como o Brestel Búfalo com algum êxito. A contra propaganda aliada tentou identificá-lo como cópia do Stuka Alemão, mas apesar de este modelo japonês possuir um trem de pouso fixo, os projectos são completamente distintos. Apesar dos relatos dos Tigres Voadores - pilotos Americanos mercenários que voaram na guerra Sino-Japonesa - indicando a qualidade tanto dos aviões quanto do treino dos pilotos japoneses, havia um preconceito contra os projectos e projectistas japoneses por parte da inteligência americana, os quais acreditavam serem meras cópias inferiores dos projectos ocidentais. O Val foi o actor principal no afundamento de uma infinidade de navios aliados, tendo sido responsável pelo primeiro ataque a base americana de Pearl Harbor nas ilhas Havaianas, o que provocou a entrada dos E.U.A. na II Guerra Mundial. Além dos excepcionais resultados em afundamentos em Pearl Harbour, os Vals também participaram do afundamento de diversas unidades da então temida força inglesa da Royal Navy no oceano Índico. Foram ao fundo os Cruzadores pesados Cornwall e Dossertshire, o Porta Aviões Hermes, o Cruzador Leve Hector, os destroyers Tenedos e Vamipre, além de diversos navios transportes, num duro golpe complementar, que deixava esfacelada a força Aliada. Agora, os japoneses mandavam nos céus do Pacífico, e seus Aichi D3A Val pareciam inatingíveis. A sequência da historia todos sabem: após um revés de sorte dos americanos em Midway, o seu imenso poderio industrial despejou dezenas de porta aviões e milhares de aviões, revertendo o jogo em favor dos aliados. Os Aichi D3A Val terminaram os seus dias como aviões Kamikaze em voos suicidas contra as forças Aliadas.
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Nakajima B5N "Kate"

O Nakajima B5N apelidado pelos aliados de "Kate", foi um bombardeiro-torpedeiro fabricado pela empresa japonesa Nakajima Aircraft Company e utilizado pela Marinha Imperial Japonesa durante a Segunda Guerra Mundial. Foi sucedido pelo modelo Nakajima B6N. O Nakajima B5N foi projectado para atender uma solicitação da marinha de 1935 para substituir o bombardeiro Yokosuka B4Y e o primeiro protótipo voou em Janeiro de 1937. Teve importante papel no afundamento dos porta-aviões USS Yorktown, USS Lexington e USS Hornet da Marinha dos Estados Unidos. Também foi empregado em ataques kamikaze.
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Bristol 142M Blenheim

Do lado dos Aliados (à excepção dos russos, que usaram bombardeiros ligeiros de ataque ao solo), tinham ao serviço, o bombardeiro médio britânico Bristol 142M Blenheim, utilizado durante a Segunda Guerra Mundial. O Blenheim nasceu a partir de um avião ligeiro de transporte de passageiros desenvolvido pela Bristol a partir de 1934. A nova aeronave, denominada Bristol 142, voou pela primeira vez em Abril de 1935, estando equipada com dois motores radiais Bristol Mercury VIS de 650 hp (485 kW) de potência, causando sensação pela sua rapidez, superior a todos os caças britânicos em serviço na altura. Como tal, o Ministério do Ar britânico solicitou à Bristol a avaliação do aparelho como bombardeiro ligeiro, sendo então desenvolvido o protótipo Bristol 142M que voou pela primeira vez em Junho de 1936. A nova aeronave entrou em serviço como Bristol Blenheim em 1937, sendo construída em grandes quantidades, que combateram na Segunda Guerra Mundial.
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Grumman F6F-3 Hellcat

Os E.U.A. também tiveram os seus bombardeiros ligeiros para fins navais, tal como os japones: O Hellcat, que começou a ser produzido no final de 1942, foi o melhor caça naval aliado durante a II Guerra Mundial e o único caça norte-americano baseado em porta-aviões com velocidade e agilidade suficientes para enfrentar o caça japonês Zero, com a vantagem de oferecer mais protecção ao piloto. Graças a ele, a guerra aérea no Pacífico virou decisivamente a favor dos aliados a partir de 1943. Foram produzidos 12.272 unidades desse aparelho, que derrubaram 4947 aviões inimigos durante a guerra. A versão F6F-5 foi usada também como bombardeiro.
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Douglas SBD-3 Dauntless

Dauntless foi o bombardeiro padrão nos porta-aviões norte-americanos a partir de meados de 1940 – inclusive nas batalhas cruciais de Midway (Junho de 1942) e Guadalcanal (Novembro de 1942) – até Novembro de 1943, quando começou a ser substituído pelo Curtiss SB2C Helldiver que não mostrou, porém, um desempenho superior. O Dauntless também foi usado pelo corpo de marines em bases terrestres nas ilhas do Pacífico. Foram produzidas 5936 unidades desse aparelho. Conhecido entre os pilotos americanos como "a barca", o Douglas Dauntless SBD-2 e SBD-3 seria o responsável pelo afundamento de todos os quatro porta-aviões que os japoneses perderam na batalha de Midway. Era relativamente moderno quando foi tornado operacional na primeira metade de 1941. A sua especialidade era o bombardeamento em voo picado.
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Grumann TBF-1 Avenger ou Eastern TBM-1 Avenger

O torpedeiro TBF-1 Avenger ou Tarpon fabricado pela Grumman, voou pela primeira vez em Agosto de 1941. Foi fabricado também pela Eastern (divisão da General Motors), com o código TBM-1. Uma versão posterior, o TBF/TBM-3, foi produzida com asas reforçadas para transportar foguetes e radar. Foram produzidas 9.836 unidades desse avião, usado pelos E.U.A., Reino Unido e Nova Zelândia. Este avião-torpedeiro participou na II Guerra Mundial, entrando em acção em Junho de 1942 na Batalha de Midway, no Pacífico. O TDB Douglas Devastator, construído em 1935 e até então principal torpedeiro da marinha norte-americana, havia se tornado obsoleto mesmo antes dos Estados Unidos entrarem na guerra.

O governo contratou a empresa Grumman para desenvolver um avião mais moderno e o mesmo foi apresentado na fábrica na tarde de 7 de Dezembro de 1941, ironicamente, o dia em que os EUA sofreram o ataque a Pearl Harbor. Com a difusão da notícia, a fábrica foi selada para se proteger de algum ataque inimigo e os seus operários trabalharam em regime de urgência, fazendo com que seis meses depois, em Junho de 1942, cem destes aviões fossem enviados para o Pacífico. Seis deles participaram da defesa das Ilhas Midway e do ataque à esquadra japonesa mas devido a ainda pouca experiência dos pilotos com o avião, cinco deles foram destruídos na batalha. Pelo resto da guerra entretanto, o Avenger participaria com sucesso de diversas batalhas navais, como Guadalcanal e Ilhas Salomão (onde afundaram um porta-aviões japonês).

O Avenger teve duas versões mais modernas, TBF1-C e TBM3 (o de maior produção, com cerca de 4200 aeronaves), e além de sua função principal de torpedeiro, também se tornou um especialista em afundar submarinos inimigos, tanto no Pacífico como no Atlântico, afundando 30 deles, mas aos poucos a sua produção foi diminuindo, em detrimento do mais moderno F6F Hellcat, o caça que se tornaria o maior rival dos Zeros japoneses na Guerra do Pacífico.

O torpedeiro também tem a sua história ligada a personalidades famosas:

O ex-Presidente dos E.U.A., George H. W. Bush foi um piloto de Avenger durante a guerra e em Junho de 1943 era o mais novo aviador naval no conflito. Em Setembro de 1944 ele foi abatido num destes aviões sobre a ilha japonesa de Chichi Jima; seus dois companheiros de tripulação morreram no episódio, mas Bush conseguiu lançar suas bombas e atingir o alvo antes de ser abatido, o que lhe valeu mais tarde a condecoração Distinguished Flying Cross da Marinha dos Estados Unidos.

Outra personalidade que combateu na guerra num TBF Avenger foi o actor Paul Newman, que actuou como artilheiro de cauda num destes aviões. Newman esperava ser aceito como piloto, mas foi recusado por ser daltónico.

Após a II Guerra Mundial, o Avenger continuou a ser usado por vários anos pelas forças aéreas do Canadá e da Nova Zelândia, como apoio a alguns corpos de bombeiros nos Estados Unidos e para voos particulares na mão de coleccionadores de guerra.

Foi um esquadrão destes aviões, o Voo 19, que desapareceu misteriosamente num voo de patrulha sobre o Mar das Caraíbas, ao largo da Flórida (E.U.A.), em Dezembro de 1945, dando início à lenda sobre o Triângulo das Bermudas.

A Aviação Naval Brasileira operou três aeronaves TBM. Os aviões foram doados pela USN, vindo a bordo do porta-aviões "Minas Gerais" quando este foi adquirido em 1956 da Marinha Real Britânica. Devido as desavenças com a Força Aérea Brasileira sobre qual força deveria operar os aviões a partir do porta-aviões, estes ficaram baseados em terra. Com a proibição da Marinha de operar aeronaves de asa fixa os Avenger foram para a sucata em 1965.
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