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Petrolífera líbia faz lóbi junto dos rebeldes para manter negócio

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Petrolífera líbia faz lóbi junto dos rebeldes para manter negócio

A Eni, a maior petrolífera italiana, está a fazer lóbi junto dos líderes rebeldes para manter a sua liderança como produtor de energia na Líbia após o fim do regime de Muammar Kadhafi, segundo a agência de informação financeira Bloomberg.

A Eni tem estado em contacto com os grupos rebeldes durante todo o conflito para garantir que não vai perder terreno para as empresas francesas, inglesas e norte-americanas que têm tentado tirar vantagem junto dos rebeldes pelo facto de os seus países estarem a ajudar a derrubar o regime de Kadhafi, há 42 anos no poder, disse uma fonte com conhecimento da estratégia da empresa, que pediu anonimato.

A francesa Total, que consegue 2,5 por cento da sua produção global na Líbia, é vista como uma ameaça à Eni devido ao papel da França na liderança da comunidade internacional pela causa rebelde, acrescentou a mesma fonte.

A Eni está na Líbia desde 1959. Antes do conflito, 13 por cento da sua receita tinha origem naquele país.

«Quando a Líbia se abrir para o negócio outra vez, a Eni precisa de estar bem posicionada», disse Patrizio Pazzaglia, chefe de investimentos financeiros no Banco Insinger de Beaufort NV, em Roma, que detém acções da Eni.

«O crude da Líbia de alta qualidade foi um trunfo importante para a empresa e tenho certeza que vai trabalhar no duro para o manter», acrescentou.

A França, que foi o primeiro país a reconhecer os líderes da oposição da Líbia e cujos esforços levaram a NATO a lançar ataques aéreos contra Kadhafi, também tem feito lóbi junto das forças rebeldes para garantir que as suas empresas não são esquecidas assim que os novos contratos começarem a ser atribuídos.

«Sarkozy investiu muito nesta empreitada e agora precisa de mostrar aos seus eleitores que França vai tirar alguma vantagem. As preocupações da Eni vieram daí», disse Nicolo Sartori, analista de energia e de defesa no Instituto de Roma para Assuntos Internacionais.

«Eu não acho que ninguém vai tocar nos antigos contratos porque a lei internacional protege-os, mas os novos têm de ser ganhos», acrescentou

O presidente da Eni, Giuseppe Recchi, disse terça-feira em entrevista que estava confiante de que o novo governo vai honrar os acordos pré-existentes. Incapaz de dizer quando a produção será retomada, Recchi afirmou ainda assim que o fim ao conflito com Kadhafi será «muito positivo».

A empresa adiantou que pode demorar cerca de um ano para restaurar plenamente a produção de petróleo da Líbia e dois ou três meses para regressar à normalidade no fluxo de gás.

A italiana Eni tem 33,34 por cento do capital social da Galp, exactamente a mesma participação da Amorim Energia.


Lusa/SOL
 
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