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Bancos europeus despediram 40 mil trabalhadores só em Agosto

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Bancos europeus despediram 40 mil trabalhadores só em Agosto

Cinco dos maiores bancos europeus anunciaram cortes de pessoal significativos durante o mês de Agosto, num total de 40 mil funcionários, em reflexo da crise da dívida soberana que tem afectado diversos países da Europa.

O último a anunciar uma redução de colaboradores foi o UBS, o maior banco suíço, que na terça-feira revelou que irá cortar 3.500 postos de trabalho, seguindo o trilho aberto pelo HSBC, que no primeiro dia de Agosto divulgou que vai eliminar 30 mil lugares.

Também o Barclays vai reduzir os seus quadros em cerca de 3.000 colaboradores, enquanto o Royal Bank of Scotland eliminará 2.000 postos de trabalho, o mesmo número que foi anunciado pelo Credit Suisse.

O ritmo de eliminação de colaboradores nos bancos europeus supera em seis vezes o dos seus pares norte-americanos, segundo os dados compilados pela agência de informação financeira Bloomberg.

O corte de postos de trabalho na banca europeia está relacionado com a actual conjuntura do sector, particularmente afectado pela última vaga da mais grave crise desde a Grande Depressão da 1929.

"É um banho de sangue. E estimo que as coisas ainda piorem antes de melhorarem", disse à Bloomberg Jonathan Evan, presidente da empresa de caça talentos Sammons Associates, em Londres.

A mesma fonte acrescentou que não espera que muitos daqueles que agora perdem os seus empregos consigam novos trabalhos tão depressa. "Independentemente de quão bom alguém é, ninguém quer nesta altura falar de contratações. A vida vai ser muito difícil durante dois ou três anos", antecipou.

Por seu turno, Andrew Gray, responsável pelo acompanhamento do setor bancário na PricewaterhouseCoopers em Londres, assinalou que é provável que "a perda de empregos na indústria financeira perdure durante o segundo semestre de 2011. A extensão dos cortes é difícil de prever, mas vão haver mais reduções noutras instituições".

Em Portugal, os cinco maiores bancos portugueses, a CGD, o BCP, o BES, o BPI e o Santander Totta, fecharam 85 agências no primeiro semestre, ajustando as suas redes à actual conjuntura do sector bancário, tal como a agência Lusa hoje noticiou.

Tal como os seus pares europeus, os bancos portugueses estão a levar a cabo um processo de desalavancagem (redução do crédito e aumento dos depósitos) devido à crise que afecta o país e o sector em particular, que tem levado a uma diminuição da procura de crédito, que na prática se traduz numa redução do negócio e que leva ao encerramento de balcões.

Ainda assim, os banqueiros portugueses têm realçado que, apesar do esforço de adaptação das redes à realidade económica do país em curso, não têm intenção de executar planos de despedimento significativos, preferindo alocar as pessoas afectadas pelo fecho de balcões noutras agências ou serviços.


Lusa/SOL
 
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