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Não doi, não tem preço e transforma tudo.

VitimaDaTroika

GF Bronze
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Set 13, 2011
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Por muitas birras que façamos por um apetecível pedaço de solidão, somos seres sociais. Quem sou eu para contestar que momentos a sós não são necessários como o respirar mas sobreviver sem contacto humano está a modos como imaginar que o corpo esteja vivo sem que o coração bata.
Falando pela minha pessoa, tenho momentos (como o dia de hoje) em que não me apetece ter género. O factor ser mulher ou homem e abordar os outros, obedecendo automáticamente em certos aspectos ao incutido de uma espécie "recusa ou avança" porque assim está programado pelo politicamente correcto, é uma treta pegada.
A campanha "Abraços Grátis" começou em 2004 por um australiano conhecido pelo pseudonimo "Juan Mann" em Sydney, Austrália e lembro-me de ficar siderada com a ideia tão simples, limpida e básica como a de abraçar os outros simplesmente pelo que vale.
Já pensaram como se tornou problemático e quiçá anormal, a mais simples das atitudes entre seres humanos?
Que diabo aconteceu no chip implantado em todos nós com o historial dos ancestrais e à humanidade para desenvolver perímetros de segurança, com raios de alcance cada vez mais vastos e reforçados com sinais "Nem tentes que estou a ver-te" e "Sorria, que está a ser filmado e o cão está atrás de si"?
Admito que não sou diferente de ninguém e se alguém vier abraçar-me vindo do nada, sei que os primeiros pensamentos não são famosos mas reflectindo sobre o assunto, entristece-me. Tudo o que é simples e vale pelo que vale está a desfalecer nos nossos braços, o "Obrigada" e o "Por favor" estão cancerosos e só teimamos em reanimar os "Ses", "Mas" ou os "Aqui tem coisa" já não falando do aclamado "Tenho direito" para o topo dos tops .
Andamos tão individualistas nos contactos com os outros que até parecemos presentes de natal embrulhados, que não se querem tocados para não amachucar o papel antes da hora certa.
Como o cliché afirma : O Natal é quando a malta quiser. Portanto, canalizemos as energias para algo bonito, deixem que desembrulhem um bocadinho as ricas prendas que somos e mostrem a este mundo (por vezes um bocado cão) que apesar dos ambientes de cortar à faca e a vida aclamar parentesco de madrasta, nada pode apagar o que de melhor temos em nós.
Comportamento gera comportamento, não é o básico de que tanto falam?

Então, permitam-me que pergunte : Já abraçou alguém hoje?




Bom fim de semana a todos :spi70[1]:
 
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