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Os Feiticeiros e Feiticeiras da História e Lenda

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A Feitiçaria designa a prática ou celebração de rituais, orações ou cultos com ou sem uso de amuletos ou talismãs (objectos ao qual são atribuídos poderes mágicos), por parte de adeptos do ocultismo com vista à obtenção de resultados, favores ou objectivos que regra geral, não são da vontade de terceiros. Pode estar relacionada com cultos às forças da natureza ou aos antepassados já falecidos, sendo que está também frequentemente relacionada com o uso de artes consideradas mágicas, à invocação de entidades, como por exemplo, espíritos, deuses, génios ou demónios, ou o emprego de diversas formas de adivinhação.

Os praticantes e líderes da feitiçaria, designados de feiticeiros, gozavam de uma considerável influência social em diversas comunidades, sendo encarados como líderes religiosos ou conselheiros. O termo grego usado para feitiçaria é farmakía, que significa "drogueadores", no sentido de preparadores de drogas com fins terapêuticos a partir de plantas. Para além da intenção de curar, os feiticeiros também usavam drogas para induzir estados alterados de consciência para acender ao Mundo dos Espíritos.
 
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São Cipriano "O Mago dos Magos"

São Cipriano, o Mago dos Magos, o santo de Deus, de seu nome verdadeiro, Tascius Caecilius Cyprianus, nasceu na cidade de Antioquia. Historicamente, há quem defenda que São Cipriano, Bispo de Cartago, (Cartago, o coração do grande império fenício que existiu no Norte de África e que rivalizou com o império romano pelo controlo do Mediterrâneo) e São Cipriano de Antioquia,(de cognome «O Feiticeiro», ou «O Mago dos Magos»), nascido na cidade que existiu na zona entre Turquia e Síria, e que era chamada «a mais bela cidade do oriente», são figuras históricas totalmente distintas. Ao contrario, muitas outras fontes afirmam que São Cipriano, o Bispo de Cartago, e São Cipriano «O Feiticeiro», se tratam da mesma figura histórica, sendo que por motivos de ocultação da vida pecaminosa de São Cipriano antes da sua conversão, se procurou criar a ideia que o São Cipriano santificado era uma figura totalmente distinta do São Cipriano, o bruxo, assim retirando de São Cipriano, o Bispo e o Santo, a pesada macula de todos os seus anteriores pecados. São teses históricas, umas mais defensáveis que outras, mas que de qualquer das formas são unânimes em confirmar a existência de São Cipriano. Cremos pessoalmente, que tal como afirmam as mais ilustres obras que versam sobre São Cipriano, que Cipriano, o Bispo de Cartago, e Cipriano, o Bruxo, são a mesma pessoa.

Antioquia era a terceira maior cidade do império romano, conhecida pela sua depravação. Nesta metrópole conhecida por "Antioquia, a Bela", ou a "Rainha do Oriente", (tal era a beleza da arte romana e do luxo oriental que se fundiam num cenário deslumbrante), a população era maioritariamente romano-helénica, e o culto dos deuses era a religião oficial. Alguns dos cultos religiosos estavam associados a deusas do amor e da fertilidade, pelo que a lascívia, perversão e a libertinagem era famosas nesta cidade. Foi neste ambiente religioso e cultural que Cipriano nasceu, havendo sido admitido num dos templos sagrados da cidade para realizar os seus estudos sacerdotais e místicos. Cipriano nasceu em 250 D.C, e era descendente de uma próspera família e filho de pais abastados e crentes das divindades pagãs, que cedo o entregaram ao sacerdócio de Deuses. Filho de Edeso e Cledónia, Cipriano nutria uma verdadeira vocação e gosto pelos estudos místicos e religiosos, entrando assim em contacto com as ciências ocultas, e aprofundando afincadamente os seus estudos de feitiçaria, rituais sacrificiais e invocações de espíritos, astrologia, adivinhação, etc. Cipriano não se limita aos seus estudos no sacerdócio em Antioquia, e desejando aprofundar os seus estudos ocultos, viaja pelo Egipto e pela Grécia, angariando conhecimento com vários mestres e sacerdotes místicos; ele estuda desde as mais ancestrais técnicas astrológicas, à numerologia hebraica, e demais artes místicas.

Assim, Cipriano dedicou a sua vida ao estudo das ciências ocultas, sendo que ficou conhecido pelo epíteto de o «Feiticeiro». Cipriano alcançou grande fama e foi reconhecido como um poderoso feiticeiro capaz de grandes prodígios. São Cipriano ficou famoso tanto pela sua vida de escândalos e luxúria, como pela pratica da mais poderosa bruxaria, que aprendeu tanto nos templos das Deusas da fertilidade, como com a famosa Bruxa Évora, como pelos muitos milagres que fez depois de se converter ao cristianismo, (o que o levou a ser um dos mais bem sucedidos evangelizadores do seu tempo), e por ultimo pela sua morte como mártir em nome da fé. Contam as lendas que São Cipriano, através dos conhecimentos obtidos com a Bruxa Évora, terá feito um pacto com um demónio. Por causa desse pacto, São Cipriano ter-se-ia entregue a uma vida de luxúria e pecado, por forma a satisfazer o demónio, entregando belas mulheres à perdição e perversão das seduções carnais. Desse pacto demoníaco celebrado por São Cipriano, conta-se que lhe advieram os extensos poderes mágicos com os quais o bruxo realizou incontáveis trabalhos místicos, que lhe renderam uma fama sem precedentes. Dizem algumas fontes, que os manuscritos de São Cipriano ainda existentes (que podem ser usados tanto para o bem, como para o mal), encontram-se conservados na Biblioteca do Vaticano, e que os livros que presentemente existem no mercado são excertos retirados dessas obras originais. Nos saberes de São Cipriano, é claro que embora Cipriano haja renunciado à prática das artes da feitiçaria, ele por vezes podia ensina-la a quem se encontrava em perigo ou tormentos, a fim de auxiliar essa pessoa, se assim fazendo-o então o santo conquistasse mais uma alma para a salvação da cristandade, o que apenas atesta que magia usada para operar em Deus e a bem da salvação de uma alma cristã, é uma coisa boa e virtuosa. Seja como for, São Cipriano é um Santo e Bruxo milagreiro, cujas as graças já favoreceram milhares de sofredores por todo o mundo, em todo o tipo de situações mais desesperadas. O dia de São Cipriano é celebrado a 2 de Outubro.
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Salomão - O Sábio!

Salomão, filho do Rei David com Bate-Seba, tornou-se no terceiro rei de Israel (reino ainda unificado) e reinou durante 40 anos. O nome Salomão ou Shlomô , que em hebraico deriva da raiz Shalon, que significa "paz", tem o significado de "Pacifico". Foi adicionalmente chamado de Jedidias pelo profeta Natã, nome que em hebraico significa "Amado de IHVH" (II Samuel 12:24, 25). Foi ele quem ordenou a construção do Templo de Jerusalém, também conhecido como o Templo de Salomão. Salomão notabilizou-se pela sua grande sabedoria, prosperidade e riquezas abundantes, bem como um longo reinado sem guerras. Salomão sucedeu a seu pai, David, no trono de Israel, em cerca de 997 A. C.. Depois de guiar o seu povo com grande sabedoria, e depois de construir o grande Templo de Jerusalém, (do qual nos dias de hoje resta apenas um muro, chamado «muro das lamentações»), Salomão foi um grande praticante de magia negra. Há relatos que indicam que Salomão, no seu tempo, terá sido o rei mais rico à face da terra e que, ainda hoje e em termos comparativos, seria muito mais rico e poderoso que qualquer chefe de estado existente. Há quem afirme que a sua enorme fortuna advém do poder de Deus, enquanto que outros defendem que advém do seu profundo conhecimento de magia negra e demoniologia, sendo que teria sido do controlo sobre os demónios que Salomão ganhou a sua incomensurável riqueza. O Rei Salomão prestou culto e praticou artes magicas ligadas a Deuses que mais tarde vieram a ser classificados como demónios, tais como os Astarote (dos sidónios), Moloque (dos amonitas), e Camós (dos moabitas), aos quais edificou altares e santuários no Monte das Oliveiras (I Reis 11:1,2; Neemias 13:26). Salomão prestou culto e praticou artes magicas relacionadas com Astarte, uma Deusa reconhecida pelos fenícios, sidónios, sumérios acádios, e mesmo egípcios e gregos. Os seus rituais desta deusa a que Salomão cedeu a sua devoção e artes de magia, eram múltiplos, passando por ofertas corporais de teor sexual, libações, e também a adoração das suas imagens ou ídolos. O seu principal culto ocorria no equinócio da Primavera e era altura de grandes celebrações à fertilidade e sexualidade. A sexualidade e o erotismo ligados à pratica do seu culto fazia dela uma deusa muito adorada entre os povos da altura, e o rei Salomão acabou por adorar esta deusa (1Reis 11:15), contrariando o seu Deus.
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Miriam "A Judia" - Irmã de Moisés!

Miriam "A Judia", uma das mais famosas bruxas dos tempos antigos. Irmã de Moisés, dizia-se que fora instruída pelo próprio Deus. Muitos trabalhos importantes de alquimia são atribuídos a ela. Também conhecida pelo nome de Maria "A Profetisa". Segundo consta era uma antiga filósofa grega e famosa alquimista que viveu no Egipto por volta do ano 273 A.C. Miriam terá sido uma das parteiras que se recusou a cumprir as ordens do faraó (deitar ao Nilo todos os meninos hebreus recém-nascidos). É a primeira mulher referida na Torah como profetisa (ha-Naviá ) e é-lhe atribuído um papel fundamental na sobrevivência do povo de Israel, no Egipto, tendo participado também na travessia do Mar Vermelho. Alguns a situam-na na época de Aristóteles (384–322 A.C.), uma vez que a concepção aristotélica dos quatro elementos formadores do mundo (o fogo, o ar, a terra e a água) condiz bastante com as ideias alquimistas de Maria.
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Merlim - Mestre da Magia!

Merlim é considerado um dos maiores sábios magos que já existiram na história. A sua vida confunde com a lenda. Terá existido? Dizem que foi conselheiro dos reis britânicos Vortigern, Uther Pendragon e Artur. Embora a lenda possa ter-se baseado em alguém que tenha existido de facto, o Merlim que conhecemos é uma personagem tirado da fantasia. Por exemplo, alguns dizem que foi ele quem colocou no lugar as pedras de Stonehenge. Outros dizem que ele possuía o dom da profecia porque vivia ao contrário, do futuro para o passado, e portanto já tinha visto o futuro. Merlim é mais conhecido como o mentor do rei Artur, tendo-o protegido.
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Morgana - A Poderosa Feiticeira!

Morgana foi uma feiticeira poderosa da mitologia britânica, especialmente dotada nas artes da cura. Merlim foi seu tutor e algumas vezes, é dito que ela era meia-irmã do rei Artur. Apesar disso, sempre rivalizou com Artur, roubando sua espada, Excalibur, ou mesmo tramando sua morte. De acordo com algumas lendas, ela viveu no Estreito de Messina. Uma corrente incomum que atravessa aquela região puxa as criaturas fosforescentes das profundezas para a superfície, criando a impressão de estranhas luzes ou de objectos flutuando sobre a água. Essas figuras são chamadas de Fata Morgana, sendo que Fata em italiano significa Fada
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Circe - A Poderosa Feiticeira da Antiguidade!

Da mitologia grega, feiticeira, filha do deus Hélio e da nereida Perseis. Vivia na ilha de Eéia, que possivelmente ficava na costa oeste da Itália. Com poções e encantamentos, Circe era capaz de transformar seres humanos em animais.
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Cliodna - Deusa dos Mares!

Cliodna, na mitologia irlandesa, desempenha diversos papéis, de deusa da beleza a mandatária da Terra Prometida - a vida após a morte. Ela é também a deusa dos mares. Alguns dizem que seu rosto surge nas praias a cada 9ª onda que se quebra no litoral. Ela tinha três pássaros encantados que curavam os enfermos.
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Hengisto de Woodcroft

Hengisto de Woodcroft, este mago era o próprio rei ou recebeu seu nome em homenagem ao rei saxão da Inglaterra. O rei Hengisto e seu irmão Horsa - seus nomes vêm de palavras em alemão para "garanhão" e "cavalo" - chegaram à Inglaterra em 449 A.C., com mercenários, para ajudar o rei Vortigern a derrotar a rebelião dos Pictos e dos Celtas da Escócia. No entanto, começaram sua própria rebelião. Hengisto fundou o reino de Kent. É provável que o nome Woodcroft seja simplesmente um dos que a J.K. descobriu num mapa e gostou. Em Peterborough, na Inglaterra, ao Norte de Kent, existe o Castelo Woodcroft, lugar famoso por seus assassinatos e fantasmas.
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Cláudio Ptolomeu (100?-170?)

Cláudio Ptolomeu (100?-170?), astrónomo e matemático, cujas teorias e explicações astronómicas dominaram o pensamento científico até ao século XVI. Também é famoso por suas contribuições em matemática, óptica e geografia. A primeira e mais famosa obra de Ptolomeu é conhecida simplesmente como "Almagesto". Ela propõe uma teoria geométrica para explicar matematicamente os movimentos e posições aparentes dos planetas, do Sol e da Lua.
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Alberico Grunnion

Alberico Grunnion, este nome deve ter sido inspirado pelo de Alberico, o poderoso bruxo do poema épico germânico "Nibelungenlied" (A Canção dos Nibelungos). O poema é um registo mítico de um evento histórico - a vitória dos Hunos sobre o reino da Burgundia (hoje parte da França), em 1437. Na versão de Wagner "O Anel dos Nibelungos", Alberico é o rei dos duendes, cheio de ódio em ambição. Quando descobre um tesouro em ouro, guardado por donzelas inocentes, faz de tudo para obtê-lo, até mesmo renunciar para sempre ao amor. Ele usa o ouro para fazer um anel que lhe dá grande poder. Quando o anel é roubado, Alberico joga sobre ele uma maldição. Todo aquele que o usar padecerá enormes sofrimentos.
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John Dee - Mago/Cientista!

John Dee viveu no Século XVI/XVII, foi conselheiro particular da rainha Isabel I, e também exerceu vários ofícios científicos: foi Matemático, Astrónomo, Astrólogo, Geógrafo. Contudo, John Dee ficaria famoso pelos seus trabalhos no campo da Alquimia e do Oculto. Ele foi um dos homens mais cultos e instruídos do seu tempo, e antes dos 30 anos já era professor na Universidade de Paris. Dee, de forma muito revolucionária, (até para os dias de hoje), trabalhou tanto no mundo da ciência como na arte da magia. Dee, ultrapassando o pudor que os cientistas geralmente revelam relativamente ao mundo espiritual, acreditava que tanto a ciência como a magia eram formas diferentes e válidas de abordar e estudar a mesma realidade: toda a criação de Deus, desde o mundo terreno às esferas celestiais. Este brilhante cientista estava profundamente imerso na Filosofia Hermética e na chamada Magia Angélica e devotou a última terça parte de sua vida quase que exclusivamente a este tipo de estudo. John Dee deu inicio a um processo mediúnico com a finalidade de contactar e falar com anjos através do uso de um "scryer" ou um cristal, que agisse como um intermediário entre ele e os anjos. Dee teve sucesso nessa tentativa de comunicação, e segundo disse, os anjos ditaram-lhe muitos livros que escreveu sobre o assunto. Segundo Dee, os anjos transmitiram-lhe uma língua angélica que na falta de melhor palavra, ele denominou Enochiana. Dee sujeitou muitos voluntários às suas sessões de comunicação com os anjos, contudo logo descobriu que este tipo de comunicação podia ser perigosa, pois muitas das pessoas que entraram em contacto com as esferas celestes através dos cristais, ou se fecharam nas suas casas para nunca mais sair, ou simplesmente enlouqueceram completamente. Aparentemente o elevado grau de consciência das entidades angélicas, pode afectar uma mente humana normal danificando-a. É no fundo um risco que este tipo de operação podia acarretar, pois colocar um espírito angélico em contacto directo com uma mente humana é como tentar enfiar um elefante por um buraco de uma agulha e a mente humana corria o risco de não suportar o grau de impacto advindo da assimilação de inteligências tão mais vastas. Dee assim descobriu que este tipo de comunicação apenas poderia ser praticada directamente por fortes médiuns e não por pessoas comuns.
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Heinrich Cornelius Agripa - Grande Mago Renascentista!

Heinrich Cornelius Agripa foi um mago que viveu na Renascença. Nascido Heinrich Cornelius, perto de Colónia, na Alemanha, em 1486. Adoptou o nome de Agripa em homenagem ao fundador da sua cidade natal. Trabalhou como médico, advogado, astrólogo e com curas através da fé. Mas fez tantos inimigos quanto amigos e foi acusado de feitiçaria. Em 1529, publicou um livro chamado Sobre a Filosofia Oculta, valendo-se de textos hebraicos e gregos para argumentar que a melhor maneira de chegar a conhecer a Deus era por meio da magia. A Igreja declarou-o um herético e prendeu-o. Morreu em 1535. Agripa foi uma das inspirações de Wolfgang Goethe para escrever a peça Fausto, na qual um homem de ciência faz um pacto com o diabo - semelhante ao pacto entre Voldemort e seus seguidores. O seu nome é também um termo para designar um livro de magia muito especial, cortado em forma de pessoa.
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Paracelso (1493-1541)

Paracelso, pseudónimo de Theophrastus Bombastus von Hohenheim (1493-1541), médico e químico suíço. Recusou as crenças médicas de sua época, afirmando que as doenças se devem a agentes externos ao corpo e que poderiam ser combatidas por meio de substâncias químicas. Identificou as características de várias doenças como o bócio e a sífilis, e usou ingredientes como o enxofre e o mercúrio para combatê-las.
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Francis Bacon (1561-1626)

Francis Bacon (1561-1626), Filósofo, Jurisconsulto e Estadista inglês. Um dos fundadores do Método Experimental. Foi ao mesmo tempo, um importante ocultista, na figura de uma das principais figuras da Autêntica Ordem Rosa-Cruz.
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Marie Laveau - Rainha do Vodu!

Marie Laveau foi a mais famosa rainha Vodu da América do Norte. Ela e a sua filha, Marie Laveau II, foram as figuras mais poderosas e influentes do mundo oculto em Nova Orleães durante os séculos XIX e XX. Marie Levaeu ensinou e praticou a sua religião vodu, fazendo uso de poderes mágicos para tratar de assuntos de amor, questões sociais, assuntos de negócios, problemas com inimigos e questões sexuais. Marie Laveau era filha ilegítima de Charles Laveau e Marguerite Darcantrel, tendo nascido em Nova Orleães em 1794, e foi considerada uma mulher de cor livre. Marie não era negra, era uma bela mulata ou crioula, descendente de uma mistura de sangues negros, brancos e indianos. Marie Laveau casou-se a 4 de Agosto de 1819 com Jacques Paris, um rico agricultor que era também um homem de cor livre. Eles viveram numa casa que era parte do dote de Charles Laveau, seu pai. Contudo, Paris acabou abandonando Marie e retornando a Saint Dominique. Marie Leveau ultrapassou o abalo, socialmente adoptou o titulo de viúva Paris e arranjou emprego como cabeleireira. Nessa profissão, trabalhou para as mais ricas mulheres, tanto brancas como crioulas de Nova Orleães. Não se pode negar que nessa altura, talvez tenha ficado a saber de alguns dos mais íntimos segredos da alta sociedade branca e crioula, o que a muito ajudou na sua carreira de sacerdotisa Vodu.

Em 1826, Marie junta-se a Christopher Duminy de Clapion, que tal como o seu primeiro marido, era também de Saint Dominique. Embora nunca tenham casado, Marie teve 15 filhos deste relacionamento. Foi então que abandonou a carreira de cabeleireira, e dedicou-se inteiramente ao sacerdócio Vodu. Ela dedicou todos os seus esforços para ser a Rainha Vodu de Nova Orleães. Rapidamente circularam rumores de rituais vodu secretos, em que se adorava uma serpente chamada Zombie, e nos quais se praticavam danças, se realizavam orgias nas quais abundavam a bebida e o sexo. Tais rumores apenas atraíram ainda mais o numero de frequentadores dos cerimoniais Vodu. Curioso é que um terço, ou mais dos adoradores desta religião eram brancos, que frequentavam os rituais e procuravam Marie desejosos de poder para reaver um amor perdido, para ter um novo amante, para levar uma nova mulher ao leito, para eliminar um sócio nos negócios, ou mesmo para destruir um inimigo.

Em meados de 1830, haviam inúmeras rainhas vodu lutando entre si para serem a rainha do Vodu e assim ganharem controlo sob todo o movimento religioso da área. Mas Marie Laveau arrasou com toda a concorrência. Uma das suas vantagens, era que Marie era Católica, e integrou vários elementos da religião cristã nos seus rituais, o que lhe permitia apresentar espectaculares cerimoniais que conquistavam seguidores tanto entre negros, como entre crioulos, como entre brancos. Marie chegou mesmo a abrir as suas cerimónias ao público. Marie também convidou inúmeras pessoas e instituições a assistir aos rituais, tendo-o feito com a imprensa, a policia, etc. Ela chegou mesmo a abrir portas a todos os sedentos de sensações proibidas, cobrando pelo acesso, o que tornou o Vodu bastante lucrativo pela primeira vez. Diz-se que o espírito empreendedor de Marie foi ainda mais longe, quando chegou a organizar rituais secretos onde se realizavam orgias para homens ricos que procuravam belas negras, voluptuosas crioulas e lindas mulatas. A seu tempo, o seu acesso aos mais íntimos segredos da alta sociedade conseguidos através das suas orgias, aliado à sua grande sabedoria mística e conhecimento sobre feitiços, em combinação com a sua grande beleza, reconhecida fogosidade e personalidade marcante, fizeram de Marie Leveau a mulher mais poderosa de Nova Orleães. Brancos de todas as classes procuravam a ajuda dela para todo o tipo de assuntos, enquanto que muitos na comunidade negra e crioula viam-na como uma líder. Juízes e políticos brancos chegaram a pagar-lhe mais de 1000 dólares, (uma grande soma de dinheiro, na altura), para ganhar eleições, enquanto que brancos de outras condições sociais mais modestas lhe pagavam 10 dólares por um pó de amor. Aos negros, ela ajudava livremente. Visitar Marie Laveau tornou-se moda, era «chique».

Em 1869, aos 70 anos, Marie anunciou que se iria reformar. A sua filha, continuou a sua obra, sob o nome de Marie Laveau II, sendo que a seu tempo, a lenda da mãe e da filha acabaram por misturar um pouco, devido à fenomenal semelhança física entre ambas. Foi a continuação de uma dinastia que a sua filha, Marie Laveau Clapion optou por fazer perpetuar de sua livre vontade, seguindo assim os passos da sua mãe.
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Eliphas Lévi (1810-1875)

Eliphas Lévi, de seu nome verdadeiro, Alphonse Louis Constant, Zahed, (1810-1875), esotérico, cabalista e autor francês. Chegou a ser diácono, porém foi expulso do seminário, devido às suas tendências e condutas demasiadamente liberais, assim como por demonstrar um invulgar interesse pelas ciências ocultas. Foi iniciado da Societas Rosicruciana in Anglia. Esteve ligado a vários movimentos de natureza maçónica, onde chegou a mestre.
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Franz Hartmann (1838-1912)

Franz Hartmann (1838-1912) Ocultista, Teosofista e Médico alemão. Eminente membro da Santa Igreja Gnóstica da Alemanha. Depois de viajar pela Europa e a América, desenvolveu suas faculdades psíquicas com a paranormal Katie Wentworth. Depois, uniu-se com Helena Blavatsky, de quem foi discípulo na Sociedade Teosófica. Em 1888 fundou na Alemanha a Ordem Rosa-cruz Esotérica.
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Papus (1865-1916)

Papus, de seu nome verdadeiro, Gerard Anaclet Vincent Encausse, mais conhecido pelo pseudónimo de Papus, nasceu em Corunha, a 13 de Julho de 1865, vindo a falecer em Paris, a 25 de Outubro de 1916. Foi um Médico, Escritor, Ocultista, Rosacrucianista, Cabalista, e Mação. Fundou o Martinismo moderno.
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Aleister Crowley - O Ocultista Controverso!

Aleister Crowley nasceu a 12 de Outubro de 1875, e faleceu no dia 1 de Dezembro de 1947. Foi um controverso ocultista britânico, fundamentalmente conhecido pelo tarot que chama pelo seu nome. Mas muito mais que isso, Aleister foi o fundador da doutrina de Thelema. Conheceu Fernando Pessoa, comummente reconhecido como brilhante poeta, contudo outro grande astrólogo e ocultista. O trabalho de Crowley influenciou Paulo Coelho. Edward Alexander Crowley nasceu quase à meia-noite do dia 12 de Outubro de 1875, em Warwickshire, na Inglaterra, filho de um rico cervejeiro, membro fervoroso de uma seita cristã, das mais puritanas e que impunha à família toda a austeridade e o rigor de uma educação fundamentalmente religiosa. Aos 4 anos, Crowley lia a Bíblia, e aos 6 anos, era um exímio jogador de xadrez. Ingressou no Trinity College, onde aprendeu hebraico, grego e latim, demonstrando um elevado intelecto. Na mesma época, começou a interessar-se por ocultismo. Abandonou o colégio em 1898, ano em que foi admitido na Ordem Hermética do Amanhecer Dourado, onde foi iniciado em Magia Cerimonial e Cabala. Aleister publicou entretanto vários textos e poemas que foram considerados ofensivos e pornográficos. Essas publicações escandalosas, a sua vida sexual publicamente desregrada e a inveja provocado pela sua rápida ascensão da Aurora Dourada valeram-lhe muitos conflitos, antipatias e conflitos pessoais. Aleister adquiriu um apartamento em Londres usando o nome de Conde Vladmir Svaref, onde construiu um Templo.

Diz a lenda, que certa noite, no Templo Negro, Aleister, envergando trajes cerimoniais, invocou espíritos utilizando o pentagrama mágico com seu círculo traçado no chão. Dizem que 316 demónios apareceram a Aleister. De todos os livros que entretanto escreveu até 1911, destacou-se o "Liber 333", que impressionou o líder da Ordo Templi Orientis (O.T.O.), na Alemanha, ordem que se auto-proclamava legítima herdeira dos Cavaleiros Templários. Crowley foi nomeado representante da Ordo Templi Orientis para os países de língua inglesa. Em 1920, fundou a Abadia de Thelema, na localidade de Cefalu, na Sicília, Itália. Em breve, suspeitas de actividades escandalosas e boatos sobre missas negras e orgias de sangue levaram a sua expulsão do local, por Mussolini, em 1923. Crowley não só envolveu-se com mulheres, mas também com diversos homens. Viveu com um dos seus colegas de universidade uma relação que ele mesmo reconheceu ser similar à de "marido e esposa", mas acabou optando pelo caminho da busca do conhecimento mágico em detrimento da amizade em questão. O envolvimento de Crowley com drogas deu-se, a princípio, por conta do consumo de morfina para fins terapêuticos, uma vez que ele sofria de asma. Incentivado por Alan Bennett passou a utilizar drogas para finalidades ritualísticas, uma dependência que apenas no fim da sua vida acabou por superar.

Outro aspecto marcante de sua biografia refere-se à vida sentimental. Na sua vida existiram duas esposas oficiais e muitas amantes, as chamadas mulheres escarlates, todas elas parceiras de Crowley e sacerdotisas nas suas operações mágicas. Crowley utilizava as mulheres como médiuns, como ponte entre este mundo e o mundo dos espíritos. Dos seus filhos, somente a primeira, do primeiro casamento, sobreviveu. O seu nome era Nuit Ma Ahathoor Hecate Sappho Jezebel Lilith Crowley, um panteão que reúne alegorias representativas de Justiça, Amor, Beleza, Face Negra da Lua, Poetisa, Adoradora de Ba'al e Rainha dos Demónios e dos Mundos Infernais. Quando Crowley morreu, Lilith recusou o legado literário ocultista de seu pai. Entre outros epítetos, todos auto-atribuídos, Crowley foi chamado: "Perdurabo" (em latim, "Eu perdurarei até ao fim"), "Parzival", "Baphomet", "Deus est Homo", "O Mago das Mil Faces", "A Grande Besta", ou ainda, como queriam seus detractores, "O homem mais perverso do mundo".

De acordo com a filosofia thelêmica de Aleister, o ser humano possui uma condição divina, condição da qual foi afastado. Os gnósticos defendem que o homem foi afastado dessa condição pela encarnação, ou seja, desde o momento em que o homem foi forçado a encarnar num corpo físico. Ao contrário, Crowlley defende que o homem apenas foi afastado dessa condição por via da não-conscientização dessa natureza. Essa falta de consciência seria mantida por uma série de condicionalismos inibidores, entre os quais podem-se citar o conceito de pecado enquanto restrição artificial dos impulsos naturais. Assim, cabia ao ser humano caminhar num processo de profunda auto-consciência, até entrar em contacto com o mundo divino e assim reassumir a sua verdadeira natureza. Segundo Crowley um dos caminhos desta busca pelo auto-conhecimento passava pela experimentação dos próprios limites. Mas essa experimentação, que para muitos podia ser vista como mera libertinagem ou imoralidade. Para Crowley, a magia é «a arte e a ciência de causar mudanças com o desejo».
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