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Pop Art

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GF Platina
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A Pop Art, abreviatura de Popular Art, foi um movimento artístico que se desenvolveu na década de 1950, na Inglaterra e nos Estados Unidos. Foi na verdade uma reacção artística ao movimento do expressionismo abstracto das décadas de 1940 e 1950.

Crítica à Cultura de Massa!

Os artistas deste movimento buscaram inspiração na cultura de massas para criar suas obras de arte, aproximando-se e ao mesmo tempo, criticando de forma irónica a vida quotidiana materialista e consumista. Latas de refrigerante, embalagens de alimentos, histórias em quadradinhos, bandeiras, panfletos de propagandas e outros objectos serviram de base para a criação artística deste período. Os artistas trabalhavam com cores vivas e modificavam o formato destes objectos. A técnica de repetir várias vezes um mesmo objecto, com cores diferentes e a colagem foram muito utilizadas.

Materiais usados:

Os materiais mais usados pelos artistas da pop art eram derivados das novas tecnologias que surgiram em meados do século XX. Goma espuma, poliéster e acrílico foram muito usados pelos artistas plásticos deste movimento.

Influências:

A pop art exerceu uma grande influência no mundo artístico e cultural das épocas posteriores. Influenciou também o grafismo e os desenhos relacionados à moda.

Principais Artistas da Pop Art:

- Andy Warhol: maior representante da Pop Art. Além de pintor foi também cineasta.
- Peter Blake: foi o criador da capa do disco Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles.
- Wayne Thiebaud: pintor norte-americano que se destacou na criação de obras com teor humorístico e nostálgico.
- Roy Lichtenstein: pintor norte-americano que trabalhou muito com HQs (histórias em quadrinhos), criticando a cultura de massas.
- Jasper Johns: pintor norte-americano cuja obra principal foi Flag (Bandeira) de 1954.
 
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Andy Warhol (1928-1987)

Andy Warhol, nascido Andrew Warhola nasceu em Pittsburgh, no Estado da Pensilvânia, no dia 6 de Agosto de 1928. Foi um empresário, pintor e cineasta norte-americano, bem como uma figura maior do movimento de pop art.

Era o quarto filho de Ondrej Warhola e Ulja, cujo primeiro filho nasceu na sua terra natal e morreu antes de sua migração para os Estados Unidos. Seus pais eram imigrantes da classe operária originários de Mikó (hoje chamada Miková), no nordeste da Eslováquia, então parte do Império Austro-Húngaro. O pai de Warhol emigrou para os E.U.A. em 1914 e sua mãe se juntou a ele em 1921, após a morte dos avós de Andy Warhol. A família vivia na Rua Beelen 55, e mais tarde na Rua Dawson 3252, em Oakland, um bairro de Pittsburgh. A família era católica bizantina e frequentava a igreja bizantina de São João Crisóstomo em Pittsburgh. Andy Warhol tinha dois irmãos mais velhos, Ján e Pavol, que nasceram na actual Eslováquia. O filho de Pavol, James Warhola, tornou-se um bem sucedido ilustrador de livros para crianças. Nos primeiros anos de estudo, Warhol teve coreia, uma doença do sistema nervoso que provoca movimentos involuntários das extremidades, que se acredita ser uma complicação da escarlatina e causa manchas de pigmentação na pele. Ele tornou-se um hipocondríaco, desenvolvendo um medo de hospitais e médicos. Muitas vezes de cama quando criança, tornou-se um excluído entre os seus colegas de escola, ligando-se fortemente com sua mãe. Às vezes quando estava confinado à cama, desenhava, ouvia rádio e coleccionava imagens de estrelas de cinema ao redor da sua cama. Warhol depois descreveu esse período como muito importante no desenvolvimento da sua personalidade, do conjunto de suas habilidades e de suas preferências.

Aos 17 anos, em 1945, entrou no Instituto de Tecnologia de Carnegie, em Pittsburgh, hoje Universidade Carnegie Mellon, e se graduou em Design. Logo após mudou-se para Nova York, e começou a trabalhar como ilustrador de importantes revistas, como Vogue, Harper's Bazaar e The New Yorker, além de fazer anúncios publicitários e displays para vitrines de lojas. Começa aí uma carreira de sucesso como artista gráfico ganhando diversos prémios como director de arte do Art Director's Club e do The American Institute of Graphic Arts. Fez a sua primeira mostra individual em 1952, na Hugo Galley onde exibe 15 desenhos baseados na obra de Truman Capote. Esta série de trabalhos é mostrada em diversos lugares durante os anos 50, incluindo o MOMA, Museu de Arte Moderna, em 1956. Passa a assinar Warhol. Os anos 1960 marcam uma guinada na sua carreira de artista plástico e passa a utilizar dos motivos e conceitos da publicidade nas suas obras, com o uso de cores fortes e brilhantes e tintas acrílicas. Reinventa a pop art com a reprodução mecânica e seus múltiplos serigráficos são temas do quotidiano e artigos de consumo, como as reproduções das latas de sopas Campbell e a garrafa de Coca-Cola, além de rostos de figuras conhecidas como Marilyn Monroe, Liz Taylor, Michael Jackson, Elvis Presley, Pelé, Che Guevara e símbolos icónicos da história da arte, como Mona Lisa. Estes temas eram reproduzidos serialmente com variações de cores. Além das serigrafias Warhol também se utilizava de outras técnicas, como a colagem e o uso de materiais descartáveis, não usuais em obras de arte.

Em 1968, Valerie Solanas, fundadora e único membro da SCUM (Society for Cutting Up Men - Sociedade para eliminar os homens) invade o estúdio de Warhol e o fere com três tiros, mas o ataque não é fatal e Warhol se recupera, depois de se submeter a uma cirurgia que durou cinco horas. Este facto é tema do filme “Eu atirei em Andy Warhol” dirigido por Mary Harron, em 1996. Andy Warhol também foi financiador e mentor intelectual da banda The Velvet Underground. Em 1967, forçou a entrada de sua amiga Nico, cantora e modelo alemã, para a banda. Houve rejeição e conflito por parte da banda e o nome do primeiro álbum foi “The Velvet Underground and Nico”, excluindo Nico, de certa forma. Logo depois da gravação do álbum “White Light/White Heat”, Andy Warhol se afastou e Nico foi expulsa da banda. Em 1987, Andy Warhol foi operado à vesícula biliar. A operação correu bem mas Andy Warhol morreu no dia seguinte, no dia 22 de Fevereiro de 1987, em Nova Jersey.
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Andy Warhol.

Obras:
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Sir Peter Thomas Blake

Sir Peter Thomas Blake nasceu em Dartford, Kent, no dia 25 de Junho de 1932. É um artista pop, mais conhecido por ter sido o autor da capa do álbum “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band”, dos Beatles. Também desenvolve significativa carreira na pintura, que incorpora imagens da cultura de massa e colagens. De 1946-1951 foi desenhador técnico na Gravesend School of Art. De 1953-1956 estudou no Royal College of Art de Londres. De 1956-1957 interessou-se pela arte popular. Viajou bastante na Europa. Em 1964 começou a ensinar na St. Martin's School of Art de Londres. Pintou colagens com cores vibrantes. De 1969-1979 foi membro da Brotherhood of Ruralists. Em 1981 tornou-se membro da Royal Academy de Londres. Após o seu realismo inicial juntou-se a Hamilton tornando-se uma das figuras chave da Pop Art em Inglaterra.
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Sir Peter Thomas Blake.

Obras:
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Wayne Thiebaud

Wayne Thiebaud (nasceu em 23 de Novembro de 1920), nos Estados Unidos. Como pintor o seu estilo realista e o tema do quotidiano estão associados à Pop art, pois ele celebra o banal com uma mistura ambígua de familiaridade e desinteresse emocional. As cores azul, púrpura e verde são típicas do seu estilo e resultam da luz artificial e da radiante luz do sol da Califórnia onde vive e trabalha. Pintando normalmente o seu tema de memória, Thiebaud cria obras que têm um conteúdo nostálgico e frequentemente um tom humorístico. O seu estilo acessível tem um sentimento particularmente urbano e americano. Antigo pintor de letreiros e cartonista, Thiebaud também tem pintado imagens espirituosas de bolos, máquinas de pin-ball e cachorros quentes, executados com cores luminosas. Em 27 de Setembro de 2010, o Google utilizou uma de suas obras em forma de bolo de aniversário, para comemorar o 12º aniversário da empresa.
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Wayne Thiebaud.

Obras:
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Roy Fox Lichtenstein (1923-1977)

Roy Fox Lichtenstein nasceu em Nova Iorque, no dia 27 de Outubro de 1923, sendo um pintor norte-americano identificado com a Pop Art. Na sua obra, procurou valorizar os clichés das histórias em quadradinhos como forma de arte, colocando-se dentro de um movimento que tentou criticar a cultura de massa. O seu interesse pelas histórias em quadradinhos (banda desenhada), como tema artístico, começou provavelmente com uma pintura do rato Mickey, que realizou em 1960 para os filhos. Nos seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características da banda desenhada e dos anúncios comerciais, e reproduziu à mão, com fidelidade, os procedimentos gráficos. Empregou uma técnica pontilhista conhecida como Pontos Ben-Day para simular os pontos reticulados das histórias. Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto visual. Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas. Os seus quadros, desvinculados do contexto de uma história, aparecem como imagens frias, intelectuais, símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é a combinação de arte comercial e abstracção. Muitas ilustrações de Lichtenstein eram copiadas de artistas de histórias em quadradinhos como Jack Kirby e Russ Heath sem lhes dar créditos. Morreu no dia 29 de Setembro de 1977, em Nova Iorque.
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Roy Fox Lichtenstein.

Obras:

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Bedroom in Arles.
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The Red Horseman.
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Nudes Thinking Nude.
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Crying Girl.
 
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Jasper Johns

Jasper Johns, Jr nasceu em Augusta, no Estado da Georgia, no dia 15 de Maio de 1930, e cresceu em Allendale, na Carolina do Sul, com os seus tios e avós, após a separação dos pais. Foi um pintor norte-americano do movimento Pop Art. Jasper Johns talvez tenha sido um dos mais importantes entre os pioneiros da pop art na América. Começou a pintar objectos tão vulgares como por exemplo as bandeiras, mapas, algarismos. Exemplo de uma das suas principais obras é a "Três Bandeiras".

Jaspers Johns estudou na Universidade da Carolina do Sul entre 1947 e 1948, e em 1949 muda-se para Nova Iorque, ingressando numa escola de arte comercial, a Parsons School of Design. Em 1952 vai para o exército, e é colocado em Sendai, no Japão, durante a Guerra da Coreia, onde fica até 1953. De volta a Nova Iorque, Jasper Johns conhece Robert Rauschenberg, Merce Cunningham, coreógrafo, Marcel Duchamp e John Cage, músico da vanguarda americana. Junto aprofundam a cena da arte contemporânea, ao mesmo tempo que começam a seguir os seus próprios caminhos na arte. Em 1955, pinta o mais famoso, e conhecido dos seus quadros, "A Bandeira Norte-Americana". Os seus quadros são descritos como dada neo-dadaístas, em oposição a Pop Art, embora aqueles incluam, habitualmente, imagens e objectos da cultura popular. Ainda assim, o trabalho de Jaspers Johns é catalogado como pertencendo à Pop Art, devido ao uso artístico da iconografia clássica. Mais tarde, durante a suas exposições em Paris, as suas bandeiras são vistas, por alguns críticos, como divulgação nacionalista.

Os seus primeiros trabalhos tinham por base temas simples, como bandeiras, mapas, alvos, números e letras. O tratamento peculiar dado às suas telas, tem origem numa técnica denominada encaústica, que consiste em diluir a tinta em cera quente. Mais tarde, em 1958, Johns acrescenta relevo aos seus quadros, colocando neles objectos reais, como escovas, latas, pincéis ou letras. O seu trabalho caracteriza-se assim por ser paradoxal, contraditório e problemático, semelhante ao de Marcel Duchamp (associado ao movimento Dada). Para além de quadros, Johns também trabalhou em entalhes, esculturas e litografias. Contrariamente a muitos outros artistas, Johns viu a sua obra reconhecida ainda em novo. Em 1957, expõe colectivamente no Jewish Museum, onde conhece Leo Castelli; no ano seguinte, este organiza a sua primeira exposição individual, na galeria da qual era dono. Ainda em 1958, Johns expõe no pavilhão americano da Bienal de Veneza. No virar da década de 50, Jaspers diversifica o seu trabalho construindo moldes em bronze de objectos quotidianos como o "Bronze Pintado" (1960), que mostra duas latas de cerveja. Participa, com John Cage em decorações de happenings, e nas coreografias de Merce Cunningham.

Os anos 60 representam para Johns o reconhecimento das suas obras na Europa, primeiro em 1961, com uma exposição individual em Paris, e depois em 1964, na Bienal de Veneza. Este reconhecimento a Johns, abre também as portas da Europa à cultura norte-americana. Até ao final dos anos 60, e década de 70, a obra de Jasper Johns mantém os seus habituais motivos de bandeiras, alvos e números. No entanto, em 1967, Johns introduz nos seus quadros o padrão «flagstones», como é exemplo disso "Luz de Harlem", que lembra uma parede pintada de forma irregular. Mais tarde, já nos anos 70, Johns desenvolve esta ideia criando os «crosswatchings» (traços coloridos, paralelos e sobrepostos), de que são exemplo os seus quadros "Mulheres Chorosas" (1975), "A Árvore do Cabeleireiro" (1975) ou "Usuyuki" (1978). Este novo padrão é de alguma forma, uma memória do expressionismo abstracto de gerações anteriores.

Os anos 80, são um misto de regresso às origens, com o seu lado abstracto da década anterior. Os seus quadros apresentam de novo as bandeiras, acompanhadas de colagens e de «crosswatchings», como se vê em "Ventríloquo" (1983), ou no conjunto "As Quatro Estações" (1986), apresentada, e premiada, na Bienal de Veneza em 1988. No ano de 1998, o Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, pagou cerca de 20 milhões de dólares pelo seu trabalho de 1955, "A Bandeira Branca". Em 2006, um grupo de coleccionadores privados adquiriu o quadro "Falsa Partida", de 1959, por 80 milhões de dólares. Ele também fez uma participação especial na série "Os Simpsons". John Jaspers reside actualmente em Sharon, Connecticut, nos Estados Unidos.
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Jasper Johns.

Obras:
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Falsa Partida (1959)
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Bandeira Norte-Americana (1955)
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Três Bandeiras
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As Quatro Estações (1986)
 
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