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Cães Famosos na História

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GF Platina
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Na história da humanidade, o cão tornou-se um companheiro inseparável do homem, seja por feitos de bravura em guerras, seja por manifestar amor e fidelidade ao dono ou simplesmente como personagens em livros e em filmes. Neste tópico presta-se a justa homenagem aos grandes cães da história da humanidade: aos que foram heróis em guerras; aos que cuidaram de pessoas; aos que salvaram vidas; aos que só existiram nos livros, nos filmes de ficção e nas histórias em quadradinhos. Aos que preencheram a vida de muitas gerações.

Aos amigos fiéis:

"Os espinhos podem magoar-te. Os homens podem abandonar-te. A luz do Sol pode transformar-se em nevoeiro, mas nunca ficarás sem um amigo se tiveres um cão". (Douglas Mallock)
 
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Hachikō (1923-1934)

Hachikō foi um cão da raça akita nascido em 10 de Novembro de 1923 na cidade de Ōdate, na Prefeitura de Akita. É lembrado pela sua lealdade ao seu dono, que perdurou mesmo após a morte deste. Em 1924 Hachikō foi trazido a Tóquio pelo seu dono, Hidesaburō Ueno, um professor do Departamento de Agricultura da Universidade de Tóquio. O professor Ueno, que sempre foi um amante de cães, nomeou-o Hachi (Hachikō é o diminutivo de Hachi) e o encheu de amor e carinho. Hachikō acompanhava Ueno desde a porta de casa até a não distante estação de comboios de Shibuya, retornando para encontrá-lo ao final do dia. A visão dos dois, que chegavam na estação de manhã e voltavam para casa juntos na noite, impressionava profundamente todos os transeuntes. A rotina continuou até Maio do ano seguinte, quando numa tarde o professor não retornou, como de costume. A vida feliz de Hachikō como o animal de estimação do professor Ueno foi interrompida apenas um ano e quatro meses depois. Ueno sofrera um AVC na universidade naquele dia, nunca mais retornando à estação onde sempre o esperara Hachikō. Em 21 de Maio de 1925, o professor Ueno sofreu um derrame súbito durante uma reunião do corpo docente e morreu.

A história diz que na noite do velório, Hachikō, que estava no jardim, quebrou as portas de vidro da casa e fez o seu caminho para a sala onde o corpo foi colocado, e passou a noite deitado ao lado de seu mestre, recusando-se a ceder. Outro relato diz que, quando chegou a hora de colocar vários objectos particularmente amados pelo falecido no caixão com o corpo, Hachikō pulou dentro do caixão e tentou resistir a todas as tentativas de removê-lo. Depois que seu dono morreu, Hachikō foi enviado para viver com parentes do professor Ueno, que morava em Asakusa, no leste de Tóquio. Mas ele fugiu várias vezes e voltou para a casa em Shibuya, e quando um ano se passou, ainda não se tinha acostumado à sua nova casa, e foi dado ao ex-jardineiro do Professor Ueno, que conhecia Hachi desde que era um filhote. Mas Hachikō fugiu daquela casa várias vezes também. Ao perceber que seu antigo mestre já não morava na casa em Shibuya, Hachikō ia todos os dias à estação de Shibuya, da mesma forma como ele sempre fazia, e esperou que ele voltasse para casa. Todos os dias ele ia e procurava a figura do professor Ueno entre os passageiros, saindo somente quando as dores da fome o obrigavam. E ele fez isso dia após dia, ano após ano, no meio dos apressados passageiros. Hachikō esperava pelo regresso de seu dono e amigo. A figura permanente do cão à espera de seu dono atraiu a atenção de alguns transeuntes. Muitos deles, frequentadores da estação de Shibuya, já haviam visto Hachikō e o professor Ueno indo e vindo diariamente no passado. Percebendo que o cão esperava em vão a volta de seu mestre, ficaram tocados e passaram então a trazer petiscos e comida para aliviar sua vigília. Por 10 anos contínuos Hachikō aparecia ao final da tarde, precisamente no momento de desembarque do comboio na estação, na esperança de reencontrar-se com seu dono. Hachikō finalmente começou a ser percebido pelas pessoas na estação de Shibuya. Naquele mesmo ano, um dos fiéis alunos de Ueno viu o cão na estação e o seguiu até a residência dos Kobayashi, onde conheceu a história da vida de Hachikō. Coincidência, o aluno era um pesquisador da raça Akita, e logo após seu encontro com Hachikō, publicou um censo de Akitas no Japão.

Na época havia apenas 30 Akitas puro-sangue restantes no país, incluindo Hachikō da estação de Shibuya. O antigo aluno do Professor Ueno retornou frequentemente para visitar o cão e durante muitos anos publicou diversos artigos sobre a marcante lealdade de Hachikō. A sua história foi enviada para o Asahi Shinbun, um dos principais jornais do país, que foi publicada em Setembro de 1932. O escritor tinha interesse em Hachikō, e prontamente enviou fotografias e detalhes sobre ele para uma revista especializada em cães japoneses. Uma foto de Hachikō tinha também aparecido na enciclopédia sobre cães, publicada no exterior. No entanto, quando um grande jornal nacional assumiu a história de Hachikō, o cão tornou-se uma espécie de celebridade, uma sensação nacional. A sua devoção à memória de seu mestre impressionou o povo japonês e tornou-se modelo de dedicação à memória da família. Pais e professores usavam Hachikō como exemplo para educar as crianças. Em 21 de Abril de 1934, uma estátua de bronze de Hachikō, esculpida pelo renomeado escultor Tern Ando, foi erguida em frente ao portão de bilheteira da estação de Shibuya, com um poema gravado no cartaz intitulado "Linhas para um cão leal". A cerimónia de inauguração foi uma grande ocasião, com a participação do neto do professor Ueno e uma multidão de pessoas. Pelo país afora a fama de Hachi se espalhou e a raça Akita cresceu. Hachi foi convidado várias vezes para aparecer como um convidado em mostras de cães, também miniaturas e cartões postais dele começaram a ser feitos. Porém, mais tarde, a figura e lenda de Hachikō foi distorcida e usada como símbolo de lealdade ao Estado, aparecendo em propagandas que difundiam o fanatismo nacionalista que acabaram levando o país à Segunda Guerra Sino-Japonesa, no final da década de 1930 e também à Segunda Guerra Mundial.

Lamentavelmente, a primeira estátua foi removida e derretida para armamentos durante a Segunda Guerra Mundial, em Abril de 1944. No entanto, em 1948 uma réplica foi feita por Takeshi Ando, filho do escultor original, e reintegrada no mesmo lugar da anterior, numa cerimónia realizada em 15 de Agosto. Esta é a estátua que está ainda hoje na Estação de Shibuya e é um ponto de encontro extremamente famoso e popular. A fama repentina de Hachikō fez pouca diferença para a sua vida, pois ele continuou exactamente da mesma maneira como antes. Todos os dias, ele partia para a estação de Shibuya e esperava lá pelo Professor Ueno para voltar para casa. Em 1929, Hachikō contraiu um caso grave de sarna, que quase o matou. Devido aos anos passados nas ruas, ele estava magro e com feridas das brigas com outros cães. Uma de suas orelhas já não se levantava mais, e ele já estava com uma aparência miserável, não parecendo mais com a criatura orgulhosa e forte que tinha sido uma vez. Ele poderia ter sido confundido com qualquer cão rafeiro. Como Hachiko envelheceu, tornou-se muito fraco e sofria de dirofilariose, um verme que ataca o coração. Na madrugada de 8 de Março de 1934, com idade de 11 anos, ele deu seu último suspiro na rua lateral à estação de Shibuya. A duração total de tempo que ele tinha esperado, saudoso do seu mestre, foi de 9 anos e 10 meses. A morte de Hachikō estampou as primeiras páginas dos principais jornais japoneses, e muitas pessoas ficaram inconsoláveis com a notícia. Um dia de luto foi declarado. Os seus ossos foram enterrados no canto da sepultura do professor Ueno (no Cemitério Aoyama, Minami-Aoyama, Minato-ku, Tóquio), para que ele finalmente se reencontrasse com o mestre a quem ele havia ansiado por tantos anos. Sua pele foi preservada, e uma figura empalhada de Hachikō pode ainda ser vista no Museu Nacional de Ciências em Ueno. Todo dia 8 de Abril é realizada uma cerimónia solene na estação de comboios, em homenagem à história do cão leal. A lealdade dos cães da raça Akita já era conhecida pelo povo japonês há muito tempo. Em uma certa região do Japão, incontáveis são as histórias de cães desta raça que perderam suas vidas ao defenderem a vida de seu proprietários. Onde quer que estejam e para aonde quer que vão, têm sempre "um dos olhos" voltados para aqueles que deles cuidam. Por causa desse zelo, o Akita se tornou Património Nacional do povo japonês, tendo sido proibida sua exportação. Se algum proprietário não tiver condições financeiras de manter seu Akita, o governo japonês assume sua guarda. Devido a todas suas qualidades, uma das províncias japonesas recebe seu nome, Akita-Ken. Em 1987, um filme japonês chamado "Hachikô monogatari", foi lançado e contava a história do famoso cão e seu dono. Uma versão americana foi feita em 2009, intitulada de "Hachiko: A Dog's Story", com a participação do actor americano, Richard Gere, ajudou a popularizar a história do famoso cão no Ocidente.

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Hachiko (1923-1934).
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Estátua de bronze de Hachikō, erguida em frente
ao portão de bilheteira da estação de Shibuya.
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Hachikō no Museu Nacional
de Ciência em Ueno (Japão).
 
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Greyfriars Bobby (1856-1872)

Greyfriars Bobby foi um cão da raça Skye Terrier, que ficou conhecido em Edimburgo, na Escócia, no século XIX, por ter passado 14 anos guardando o túmulo de seu dono, até sua própria morte em 14 de Janeiro de 1872 Um ano após a morte do cão, Lady Burdett-Coutts mandou erguer uma fonte e uma estátua em sua homenagem. Muitos filmes e livros foram baseados na vida de Bobby, incluindo "Greyfriars Bobby", de Eleanor Atkinson e os filmes "Greyfriars Bobby" (1961, Walt Disney Productions) e "The Adventures of Greyfriars Bobby" (2006). Bobby pertencia a John Gray, que trabalhava para a Polícia Civil de Edimburgo, como guarda nocturno, e os dois foram inseparáveis por aproximadamente dois anos. Em 15 de Fevereiro de 1858, Gray morreu de tuberculose. Foi enterrado em Greyfriars Kirkyard, o cemitério que rodeava Greyfriars Kirk, uma igreja na Velha Edimburgo. Diz-se que Bobby, depois da morte do dono, passou 14 anos ao lado de seu túmulo, vivendo com comida e água que o jardineiro do cemitério lhe dava, até sua morte. Uma outra versão mais realista diz que ele passava a maior parte do tempo no túmulo de Gray, deixando-o apenas para comer no restaurante ao lado do cemitério, e possivelmente passava os Invernos mais rigorosos em casas próximas. Em 1867, quando foi dito que um tal cão sem dono deveria ser sacrificado, numa época em que Edimburgo proibia cães sem registo, Sir William Chambers, importante autoridade de Edimburgo e também director de uma sociedade contra a crueldade em animais, pagou pela renovação da licença de Bobby, colocando-o sob responsabilidade da Câmara Municipal. Bobby morreu em 1872, e não pode ser enterrado dentro do cemitério, já que era um lugar consagrado, por isso foi enterrado dentro dos portões da igreja, num pedaço de solo não consagrado, a 70 metros do túmulo de seu dono. Em 15 de Novembro de 1873, uma fonte com uma estátua (esculpida por William Brody) em homenagem à devoção de Bobby foi erguida por ordem da Baronesa Angelia Georgina Burdett-Coutts; Bobby está na ponte George IV e é uma das atracções mais fotografadas de Edimburgo. A estátua originalmente estava voltada para o cemitério e o pub, mas foi virada (por alguém do pub) para que quando fossem tiradas fotografias, o pub aparecesse em segundo plano. Na Igreja, há um retrato de Bobby, pintado por John MacLeod em 1867 (quando ainda estava vivo).

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Greyfriars Bobby.

Um monolito de granito vermelho foi erguido junto ao túmulo de Bobby por The Dog Aid Society of Scotland, e nela podem ser lidas as seguintes inscrições:
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"Greyfriars Bobby que sua lealdade e devoção sirvam de lição a nós todos".
 

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Old Shep

No Verão de 1936 um pastor de ovelhas ficou doente e foi levado a Fort Benton, no Estado do Montana (E.U.A.), para se tratar. Old Shep, seu Border Collie, foi junto com ele, mas o pastor não resistiu e morreu poucos dias depois. O seu corpo foi enviado de volta para seus parentes e Old Shep viu, com muito nervosismo, o caixão ser colocado no vagão de carga do comboio e ir embora. Ninguém se lembra o nome do pastor, mas Old Shep ficou conhecido por todos nos anos seguintes.
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Old Shep.

Nos seus 5 anos e meio de vida depois da morte do pastor, Old Shep montou vigília na estação de comboios, esperando pela volta do seu companheiro, saudando em vão, cada um dos quatro comboios que passavam diariamente por ali.
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Old Shep foi descoberto pelo programa Ripley's "Acredite se Quiser" e se tornou uma sensação durante a Era de Depressão no E.U.A. As cartas chegavam, escolas infantis mandavam presentes de natal, diversos viajantes desviavam-se de seus destinos, apenas para ver aquele sempre fiel cão na estação, esperando pelo pastor, que nunca veio. Tragicamente, em 12 de Dezembro de 1942, um velho e surdo Old Shep, não percebeu que o comboio das 10h17m chegava e acabou escorregando nos trilhos congelados, sem conseguir fugir.

Seu obituário foi transmitido pelas duas agências de notícias e seu funeral foi realizado dois dias depois, na presença de centenas de pessoas, a guarda de honra e uma mortalha onde vinha escrito:
"Louvor a um cão".

Originalmente escrito para um companheiro e bravo cão "Old Drum" e foi lido pelo ministro da cidade. Old shep foi enterrado no morro solitário, olhando para baixo em direcção a estação de comboios. A Great Northern Railroad construiu um pequeno obelisco, com uma placa de madeira onde constava o nome do cão: Shep. Logo abaixo, pedras brancas também com o nome do cão. O obelisco ficava iluminado à noite e os condutores dos comboios apontavam indicando aos seus passageiros, que ali estava enterrado um cão fiel ao homem. Mas a estação logo fechou e os comboios pararam de passar por Fort Benton e a sepultura de Shep virou ruína. Alguns fãs de Old Shep no entanto, motivado por Paul Harvey, em 1988 decidiram reformar e restaurar a sepultura e o monumento. A placa agora é de aço e as luzes funcionam novamente. O local agora é mantido pela Kiwanis Key Club, a Sociedade de Melhorias Comunitárias de Fort Benton e um parque com estacionamento e trilhas para caminhadas, construída em volta do monumento. Agora para visitar a sepultura é fácil.
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Campa de Old Shep em Fort Benton (E.U.A.).
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O Museu do Alto Missouri, mostra
a coleira e a tigela de comida de
Old Shep. É um dos muitos lugares
que vendem as moedas de Shep.
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A canção "Old Shep" foi cantada por Elvis Presley em 1945, no concurso em East Tupelo onde ele ficou com o segundo lugar. É considerada a sua primeira grande interpretação e foi inspirada pela história deste incrível cão.
 
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Heidi

Em 2001, Graham Snell, um escocês reformado, decidiu ir passear com a sua cadela Heidi, pelas encostas de Altnaharra na Escócia. Quando Snell e a cadela não regressaram, as autoridades foram chamadas para descobrir o que se passava. Snell foi encontrado sem vida numa zona de difícil acesso. Acredita-se que terá tido uma queda na vertical de 150 metros. Ao seu lado estava Heidi, a Jack Russel Terrier, que permaneceu junto do corpo durante dois dias, até serem resgatados.
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Balto (1919-1933)

Balto foi um cão rafeiro, metade husky siberiano, metade lobo, conhecido por sua astúcia. Nascido em 1919, vivia na cidade de Nome, no Alasca. Em 1925 houve uma epidemia de difteria em Nome que se alastrou entre as crianças da cidade. Por causa das tempestades de neve, que bloquearam todos os meios de comunicação, era impossível a chegada de medicamentos. A única solução para obter os remédios seria a utilização de um trenó puxado por uma matilha de cães liderado por Balto. O condutor Gunnar Kaasen percorreu 1600 km para chegar a Nenana e voltar com as antitoxinas. Balto morreu no dia 14 de Março de 1933. Uma estátua de Balto foi erguida em Nova Iorque para homenagear todos os cães que participaram da corrida. Em 1995, a Universal Pictures lançou um filme de animação chamado "Balto", inspirado nos acontecimentos de 1925. O filme ainda ganhou duas continuações: "Balto 2: Uma Aventura na Terra do Gelo", e "Balto 3: Nas Asas do Destino", que não são baseados em acontecimentos verídicos, e que saíram apenas em vídeo.
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Estátua de Balto no Central Park de Nova Iorque (E.U.A.).
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Balto empalhado – Museu de História Natural de Cleveland (E.U.A.).
 
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Barry (1800-1814)

Barry foi o mais famoso cão que trabalhou em resgates nas montanhas geladas dos Alpes. Este São Bernardo que viveu de 1800 a 1814, na fronteira da Suiça com a Itália, foi o responsável pelo resgate de 40 a 100 pessoas. Ele se destacava, por sua habilidade em cavar as geleiras e achar a vítima soterrada. Seu caso mais famoso inclusive, foi o salvamento de um menino que estava debaixo de uma espessa camada de gelo, entregue à sua própria sorte. Seria impossível para qualquer homem atingir o ponto exacto para o salvamento, mas Barry driblou todas as adversidades e cavando centímetro por centímetro conseguiu salvar o menino da morte certa. Escavando a neve, ele livrou primeiro a camada de gelo do rosto do menino, mas o que restava de neve era muito pesada ainda e o local, muito difícil de ser escalado. Como não poderia contar com nenhuma ajuda, Barry começou a lamber o rosto do menino, que acordou e passou seus braços em volta do forte pescoço do São Bernardo. O cão puxou-o cuidadosamente e o trouxe para um local seguro, onde o menino foi socorrido e salvo.

Mitos sobre Barry

Não existe nenhum registo que Barry carregava alguma bebida no seu barril, pendurado no pescoço. Os monges dessas montanhas, também negam esta lenda.

Outra lenda ao redor de Barry, é que ele teria sido morto por engano por alguém que o confundiu com um lobo, o que parece improvável, em virtude da sua idade avançada.

Alguns também dizem, que ele foi morto durante o resgate de um prisioneiro fugitivo; ao encontrá-lo inconsciente, Barry deitou-se sobre seu corpo para aquecê-lo, quando acordou, o prisioneiro assustado, teria o esfaqueado, pensando estar sendo atacado.
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O corpo de Barry está preservado no Museu de História Natural de
Berna (Suíça).
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Estátua de Barry no Cemitério
de animais em Paris.

Os cães usados pelos monges do Passo do Grande São Bernardo, são bem diferentes, no formato e na cor, dos São Bernardos actuais. Após um acidente no canil, que matou boa parte dos cães, os monges foram obrigados a cruzar seus São Bernardos com alguns Mastiffs. O que explica o nome "Bäri", como os São Bernardos originais que tinham pelagem escura, não tão clara como os actuais.

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Barry no antigo cartão postal.
 
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Cães na Guerra!

Os cães também se destacaram na frente de combate, tendo participado nas duas guerras mundiais. Alguns foram condecorados pelos seus feitos corajosos.
 

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Sargento Stubby

Sargento Stubby foi o cão militar mais condecorado da história. Serviu durante a Primeira Guerra Mundial e era mascote da Universidade de Georgetown. Nos livros consta que ele era um Pitt Bull que auxiliou na derrota contra os alemães na Primeira Guerra. Ele advertia contra ataques de gás, dava apoio moral às tropas. Ele participou activamente da tomada da cidade de Schieprey, onde feriu sua perna com uma granada atirada pelas tropas do Kaiser enquanto atacava os alemães na trincheira. Stubby, um mestiço de American Pit Bull Terrier, serviu o exército norte-americano na Primeira Guerra Mundial por 18 meses e participou de 17 batalhas. Ele foi um dos 240 cães que regressaram aos Estados Unidos, de um total de 400 que foram enviados para a guerra (onde foram mortos, deixados para trás ou simplesmente comidos). Em Fevereiro de 1918 ele salvou seu regimento de ataques surpresa de gás mostarda. Stubby foi o cão mais condecorado da Primeira Grande Guerra e o único a ser promovido a Sargento em combate. Ele também localizava e confortava soldados feridos, levava mensagens sob fogo cruzado e chegou até a capturar um espião alemão pelas calças ao investigar um barulho vindo de alguns arbustos (e não só o rendeu, como ficou com ele até que seus reforços chegassem). Após a guerra, Stubby tornou-se mascote do time de futebol americano da Universidade de Geogertown quando seu guardião, Robert Conroy, cursou Direito e o levou consigo. Em Abril de 1926, o cão herói morreu de velho, nos braços de seu amigo.

Stubby ganhou uma série de medalhas:
3 Service Stripes.
Yankee Division YD Patch.
French Medal Battle of Verdun.
1st Annual American Legion Convention Medal Minneapolis, Minnesota Novembro 1919.
New Haven WW1 Veterans Medal.
Republic of France Grande War Medal.
St Mihiel Campaign Medal.
Purple Heart.
Chateau Thierry Campaign Medal.
6th Annual American Legion Convention.
O General Blackjack Pershing, supremo comandante das tropas americanas condecora pessoalmente Stubby com a medalha de ouro, após lutar 17 batalhas na Frente Ocidental. Para se ter uma ideia da popularidade de Stubby, o Grand Hotel Majestic de Nova Iorque deixou de lado a sua proibição de hospedar animais para recebe-lo. Ao falecer, seu obituário ocupou quase meia página do The New York Times e ainda hoje seu corpo pode ser visto ostentando suas inúmeras medalhas, conservado no Smithsonian Institute em Nova Iorque.

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Sargento Stubby.
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Stuby condecorado com a medalha de ouro.
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Stuby ostentando suas medalhas (Smithsoniam Institute de Nova Iorque).
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Memorial aos cães da I Guerra Mundial no Hartsdale
Pet Cemitério de Nova Iorque (E.U.A.).
 
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Judy (1936-1950)

Judy, uma cadela da raça Pointer nasceu em Xangai em 1936 e foi uma mascote a bordo do navio da Marinha Real Britânica torpedeado no sudeste da Ásia. Judy ajudou dezenas de homens a sobreviver em campos de prisioneiros japonês em Sumatra, depois de ter sido capturada junto com a tripulação do navio, em 1942. Frank Williams, um aviador britânico preso no campo, fez amizade com a cadela, da raça pointer, e convenceu os oficiais japoneses a regista-la como prisioneira de guerra. Judy sobreviveu a ferimentos de tiros e a mordidas de crocodilo e ajudou seus companheiros prisioneiros a distrair os guardas do campo até o fim da guerra, quando Williams a introduziu no navio de volta para a Inglaterra. Em 1946, Judy foi agraciada com a Medalha Dickin pelo Dispensário Público para Animais Doentes (PDSA, na sigla em inglês), uma organização veterinária de caridade, e tanto a medalha quanto a coleira que usava estão expostas no Museu Imperial da Guerra, no sul de Londres. "Embora eu nunca tivesse conhecido Judy em vida, ela sempre foi como um membro da nossa família que sem hesitação e repetidamente, salvou a vida do meu marido e de seus companheiros prisioneiros durante a guerra", disse a viúva de Williams, Doris. "Era desejo de Frank que a medalha e a coleira de Judy voltassem para o PDSA antes de serem apresentadas ao Museu Imperial da Guerra, onde sua coragem e devoção ao dever serão lembradas pelas próximas gerações", acrescentou. Judy morreu em 1950.
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Judy (1936-1950).
 

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Smoky - Veterano da II Guerra Mundial

Smoky, uma Yorkshire Terrier, nasceu em 1943, mas foi encontrada perdida na floresta da Nova Guiné em 1944. Tudo levava a crer, que ela pertencia aos japoneses, mas ao ser levada à um campo de concentração, não respondia a nenhum comando em japonês, muito menos em inglês. Smoky foi então vendida por 6 dólares e 44 cêntimos (dinheiro este, usado nos jogos de poker), ao cabo William A. Wynne, que servia no esquadrão aéreo de reconhecimento fotográfico. A partir deste dia, eles nunca mais se separaram.
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Smoky no seu uniforme de batalha.

Nos dois anos seguinte, Smoky e William participaram juntos em diversas missões, sobrevivendo às duras condições climáticas da floresta da Nova Guiné e Rock Island. Smoky dormia na tenda junto com William, na mochila preparada para isso e dividiam a ração de comida. Ela não recebia comida especial, nem tratamento médico, no entanto, nunca ficou doente.
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Smoky no capacete do cabo William.

Smoky realizou 12 missões de combate e ganhou 8 estrelas de batalha. Ela sobreviveu a 150 raides aéreos na Nova Guiné e atravessou um furacão em Okinawa. Ela pulou de uma torre de trinta pés, com um para-quedas especialmente feito para ela. Smoky ainda salvou a vida de William e outros soldados ao longo da guerra.
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Smoky saltando de pára-quedas.

Nas horas vagas, Smoky aprendeu vários truques e entretinha as tropas, truques estes, que depois foram usados nos hospitais para animar os pacientes feridos de guerra. Esta nova missão, lhe garantiu da revista Yank Down Unde o prémio de "Mascote Campeã do Sudoeste do Pacífico".
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Smoky fazendo truques para os soldados.

Smoky tornou-se heroína novamente, quando ajudou os engenheiros a construírem a Base Aérea do Golfo de Lingayen, Luzon. Eles precisavam passar um cabo de telégrafo, por uma conduta de 70 pés e penas 8 polegadas de diâmetro, apenas Smoky, com seus 2 kg, poderia realizar o feito. Smoky ajudou também no trabalho de escavação, que iria durar três dias com métodos normais, em apenas alguns minutos, sem por em perigo nenhum soldado, nem a missão de transporte dos caças de reconhecimento. Ao voltar para os E.U.A., Smoky e William, foram saudados como heróis e seus feitos foram divulgados por toda a imprensa, tornando-a famosa pelo país inteiro, tanto que, nos dez anos seguintes, a dupla viajou fazendo apresentações, aparecendo em programas de televisão, divertindo os veteranos de guerra nos hospitais e até participando em filmes.

Após a morte de Smoky, seu obituário foi publicado, contando seus feitos. Foi então que Grace Guderian ligou para William e lhe contou, que em 1944 ela trabalhava como enfermeira na Nova Guiné e havia ganho no Natal uma Yorkshire, chamada Christmas, mas ela havia perdido a cadela, bem próxima do local onde Smoky foi encontrada. Coincidência ou não, Smoky sempre respondia quando ouvia a palavra Christmas.

Segundo investigações do Animal Planet, Smoky foi o primeiro cão terapeuta que se tem registo. O seu trabalho começou em 1944 no 233º Station Hospital na Nova Guiné, onde ela acompanhava as enfermeiras que cuidavam das vítimas da invasão da Ilha Biak. Foram 12 anos de serviços prestados nesta área.


Foi erguido um monumento à Smoky em Eastlake Doggy Park, Cleveland, onde diz:
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"O menor soldado da II Guerra Mundial e o mais famoso cão de guerra".

No Dia do Veterano de 2005, uma nova escultura foi criada em Cleveland Metroparks, na Reserva de Rocky River, em Ohio, esculpida por Susan Bahary perpetua uma famosa foto dela, onde ela está sentada dentro de um capacete de guerra.
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Monumento a Smoky -
- o cão herói.
 
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Cães no Programa Espacial

Os cães além de ser corajosos na frente de combate, e no auxílio dos mais necessitados, enfrentando as forças climáticas, também foram pioneiros no programa espacial. De entre estes heróis destacam-se as cadelas Laica e Strelka e Belka, os primeiros seres vivos a viajar ao espaço.
 

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Laika (1954-1957)

Laika (1954-1957), era uma cadela da raça de cães da Sibéria e norte da Rússia. Foi o primeiro ser vivo terrestre a orbitar a Terra e fez a bordo da nave soviética Sputnik II, em 3 de Novembro de 1957, um mês depois do lançamento do satélite Sputnik I, o primeiro satélite artificial a entrar em órbita da Terra. Laika morreu entre cinco e sete horas depois do lançamento, bem antes do planeado. A causa da sua morte, que só foi revelada décadas depois do voo, foi provavelmente, uma combinação de stress e o aquecimento excessivo ocasionando uma falha no sistema de controle térmico da nave. Apesar do acidente, essa experiência demonstrou ser possível para um ser vivo suportar as condições de ausência de gravidade, abrindo caminho assim para participação humana em voos espaciais. A viagem da Laika fez dela um dos cães mais famosos do mundo. Em vários países criaram-se selos de correio com a imagem da cadela Laika, comemorando seu voo. Marcas de chocolates e cigarros foram nomeadas em sua memória, e uma grande colecção de souvenirs de Laika ainda aparece em leilões actualmente.
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Selo postal da Roménia mostrando a Laika.
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Laika antes da sua viagem espacial.
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Em 11 de Abril de 2008 foi inaugurado um monumento
em honra da cadela Laika no centro de Moscovo.
 

mjtc

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Strelka e Belka

Strelka e Belka foram os dois primeiros seres vivos a ir ao espaço e voltar em segurança à Terra, a bordo do Sputnik 5 em 19 de Agosto de 1960. Além de Strelka e Belka a tripulação do Sputnik 5 incluia um coelho cinzento, 40 camundongos, 2 ratos, algumas moscas, plantas e fungos, após um dia no espaço, todos regressaram em segurança. Após a viagem do Sputnik 5, muitos outros cães foram enviados ao espaço, pelo menos 57 no total, a grande maioria sobreviveu, alguns poucos morreram por problemas técnicos no módulo espacial. Assim como Laika, Belka e Strelka eram cães de rua, que foram recolhidas por abrigos e seleccionadas para o programa espacial soviético. O nome "Belka" em russo significa "esquilo" e "Strelka" significa "pequena flecha". Após voltarem do espaço, as cadelas continuaram sob os cuidados do governo, e quando Strelka teve uma ninhada de seis filhotes, um deles, chamado "Pushinka" que significa "fofinho" foi dado como presente a Caroline Kennedy, filha do presidente John Kennedy por Nikita Khrushchev. Os descendentes de Pushinka ainda vivem actualmente. Após as mortes de Strelka e Belka, os seus corpos foram conservados e estão em exposição.
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Strelka e Belka - Primeiros seres vivos a regressar salvos do espaço.
 

mjtc

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Cães no Cinema e na Literatura

No cinema e na literatura destaca-se alguns dos cães famosos como a famosa Lassie e o saudoso Rin Tin Tin.

Lassie da raça collie, é a cadela mais famosa do mundo, uma personagem de ficção que participou em diversos filmes, séries de televisão e livros durante anos. A personagem de Lassie foi criado pelo autor anglo-britânico Eric Knight em "Lassie Come-Home", publicado como conto no Saturday Evening Post em 1938 e como novela em 1940. Este livro foi adaptado ao cinema em 1943 com o título "Lassie Come Home" e com Roddy McDowall e Elizabeth Taylor como estrelas.

A partir de então filmaram numerosas sequelas e séries de televisão.
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Lassie - a cadela mais famosa do mundo.

"Rin Tin Tin" era um cão da raça pastor alemão que participou em vários filmes do cinema americano, tendo obtido grande sucesso. Nasceu em Lorraine, na França, no dia 10 de Setembro de 1918. No final da Primeira Guerra Mundial, em 15 de Setembro de 1918, o Cabo Lee Duncan, da Força Expedicionária dos E.U.A., sob o comando do Capitão George Bryant, encontrou em Toul-aux-Lorraine, na França, um canil alemão bombardeado, e num buraco, uma cadela com 5 cachorrinhos recém-nascidos. O regimento os adoptou, e quando voltaram para Los Angeles, nos E.U.A., Duncan ficou com 2 filhotes, um macho e uma fêmea, e Bryant com os outros filhotes e a mãe, dos quais não se ouviu mais falar. Duncan chamou os filhotes de Nannette e Rin Tin Tin, o mesmo nome que os soldados franceses davam a uns bonequinhos de boa sorte, que sempre levavam consigo. Nannette contraiu pneumonia e morreu, e Duncan se dedicou a ensinar Rin Tin Tin, desenvolvendo suas habilidades e educando-o por 5 anos. Era um cão de pelo escuro e olhos negros. Apelidado Rinty por seu proprietário, o cão aprendeu truques e podia saltar grandes alturas. Ele foi transformado em cão de shows pelo produtor cinematográfico Charles Jones, que pagou a Duncan para filmar Rinty. O primeiro Rin Tin Tin surgiu nas telas, assim, em 1922, em "The Man From Hell's River", no papel de um lobo. Sua primeira aventura protagonizada no cinema foi em 1923, no filme "Where The North Begins" ("Onde o Norte Começa"), quando contracenou com a actriz do cinema mudo Claire Adams, sob a direcção de Chester Franklyn. Credita-se ao enorme sucesso popular do cão artista, o salvamento da falência iminente da Warner Brothers. Outros filmes foram: "Sombras do Norte" (1923), "Clash of the Wolves" (1925), "A Dog of the Regiment" (1927), "Tiger Rose" (1929). Até 1930, fez um total de 22 filmes. Entre 1930 e 1955, "Rin Tin Tin" (nem sempre interpretado pelo cão original) actuou em 3 diferentes séries de rádio, iniciando em 5 de Abril de 1930, com "The Wonder Dog", em que o Rin Tin Tin original fez os efeitos sonoros até à sua morte, em 1932, quando Rin Tin Tin, Jr. continuou. O seu programa de 15 minutos ia ao ar aos sábados, na Blue Network, passando posteriormente para as quintas-feiras. Após a morte de Rin Tin Tin em 10 de Agosto de 1932, em Los Angeles (nos braços da actriz Jean Harlow, na época vizinha de Duncan), seu proprietário conseguiu que fosse para seu país natal, para ser enterrado no cemitério dos cães, um renomeado cemitério de animais de estimação em Paris, nos subúrbios de Asnières-sur-Seine. Rin Tin Tin morreu aos 14 anos de idade. "Rin Tin Tin" foi homenageado com uma estrela na Calçada da Fama, na 1623 Vine St.
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Rin Tin Tin no cinema de Hollywood.
 
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E eu a pensar que éra mais famoso ,que estes doutores de 4 patas heheheheh
Eu tenho dois um rot e caniche ,a ver se os faço famosos hehehehehe
Vou pô-los á passarinheiro ,com um passaro na boca ,na gaiola claro
Ao menos estes são bem fiéis quando bem tratados
Belo tópico ,não á dúvida ,quando aqui vim estava para aí 4 ou 5 ,mjtc temos que fazer uma casa dos segredos para estes animaizinhos ,bem inteligentes
Está aqui cenas que nem um ser humano fazia ,essa é que é essa ,condecorados ,estátuas ,museus ,brutalize ,é caso para dizer qem me dera ter vida de cão hehehehehehe
:espi28::espi28::espi28::espi28:
 
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GF Ouro
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Hachikō foi um cão da raça akita nascido em 10 de Novembro de 1923 na cidade de Ōdate, na Prefeitura de Akita. É lembrado pela sua lealdade ao seu dono, que perdurou mesmo após a morte deste. Em 1924 Hachikō foi trazido a Tóquio pelo seu dono, Hidesaburō Ueno, um professor do Departamento de Agricultura da Universidade de Tóquio. O professor Ueno, que sempre foi um amante de cães, nomeou-o Hachi (Hachikō é o diminutivo de Hachi) e o encheu de amor e carinho. Hachikō acompanhava Ueno desde a porta de casa até a não distante estação de comboios de Shibuya, retornando para encontrá-lo ao final do dia. A visão dos dois, que chegavam na estação de manhã e voltavam para casa juntos na noite, impressionava profundamente todos os transeuntes. A rotina continuou até Maio do ano seguinte, quando numa tarde o professor não retornou, como de costume. A vida feliz de Hachikō como o animal de estimação do professor Ueno foi interrompida apenas um ano e quatro meses depois. Ueno sofrera um AVC na universidade naquele dia, nunca mais retornando à estação onde sempre o esperara Hachikō. Em 21 de Maio de 1925, o professor Ueno sofreu um derrame súbito durante uma reunião do corpo docente e morreu. A história diz que na noite do velório, Hachikō, que estava no jardim, quebrou as portas de vidro da casa e fez o seu caminho para a sala onde o corpo foi colocado, e passou a noite deitado ao lado de seu mestre, recusando-se a ceder. Outro relato diz que, quando chegou a hora de colocar vários objectos particularmente amados pelo falecido no caixão com o corpo, Hachikō pulou dentro do caixão e tentou resistir a todas as tentativas de removê-lo. Depois que seu dono morreu, Hachikō foi enviado para viver com parentes do professor Ueno, que morava em Asakusa, no leste de Tóquio. Mas ele fugiu várias vezes e voltou para a casa em Shibuya, e quando um ano se passou, ainda não se tinha acostumado à sua nova casa, e foi dado ao ex-jardineiro do Professor Ueno, que conhecia Hachi desde que era um filhote. Mas Hachikō fugiu daquela casa várias vezes também. Ao perceber que seu antigo mestre já não morava na casa em Shibuya, Hachikō ia todos os dias à estação de Shibuya, da mesma forma como ele sempre fazia, e esperou que ele voltasse para casa. Todos os dias ele ia e procurava a figura do professor Ueno entre os passageiros, saindo somente quando as dores da fome o obrigavam. E ele fez isso dia após dia, ano após ano, no meio dos apressados passageiros. Hachikō esperava pelo regresso de seu dono e amigo. A figura permanente do cão à espera de seu dono atraiu a atenção de alguns transeuntes. Muitos deles, frequentadores da estação de Shibuya, já haviam visto Hachikō e o professor Ueno indo e vindo diariamente no passado. Percebendo que o cão esperava em vão a volta de seu mestre, ficaram tocados e passaram então a trazer petiscos e comida para aliviar sua vigília. Por 10 anos contínuos Hachikō aparecia ao final da tarde, precisamente no momento de desembarque do comboio na estação, na esperança de reencontrar-se com seu dono. Hachikō finalmente começou a ser percebido pelas pessoas na estação de Shibuya. Naquele mesmo ano, um dos fiéis alunos de Ueno viu o cão na estação e o seguiu até a residência dos Kobayashi, onde conheceu a história da vida de Hachikō. Coincidência, o aluno era um pesquisador da raça Akita, e logo após seu encontro com Hachikō, publicou um censo de Akitas no Japão. Na época havia apenas 30 Akitas puro-sangue restantes no país, incluindo Hachikō da estação de Shibuya. O antigo aluno do Professor Ueno retornou frequentemente para visitar o cão e durante muitos anos publicou diversos artigos sobre a marcante lealdade de Hachikō. A sua história foi enviada para o Asahi Shinbun, um dos principais jornais do país, que foi publicada em Setembro de 1932. O escritor tinha interesse em Hachikō, e prontamente enviou fotografias e detalhes sobre ele para uma revista especializada em cães japoneses. Uma foto de Hachikō tinha também aparecido na enciclopédia sobre cães, publicada no exterior. No entanto, quando um grande jornal nacional assumiu a história de Hachikō, o cão tornou-se uma espécie de celebridade, uma sensação nacional. A sua devoção à memória de seu mestre impressionou o povo japonês e tornou-se modelo de dedicação à memória da família. Pais e professores usavam Hachikō como exemplo para educar as crianças. Em 21 de Abril de 1934, uma estátua de bronze de Hachikō, esculpida pelo renomeado escultor Tern Ando, foi erguida em frente ao portão de bilheteira da estação de Shibuya, com um poema gravado no cartaz intitulado "Linhas para um cão leal". A cerimónia de inauguração foi uma grande ocasião, com a participação do neto do professor Ueno e uma multidão de pessoas. Pelo país afora a fama de Hachi se espalhou e a raça Akita cresceu. Hachi foi convidado várias vezes para aparecer como um convidado em mostras de cães, também miniaturas e cartões postais dele começaram a ser feitos. Porém, mais tarde, a figura e lenda de Hachikō foi distorcida e usada como símbolo de lealdade ao Estado, aparecendo em propagandas que difundiam o fanatismo nacionalista que acabaram levando o país à Segunda Guerra Sino-Japonesa, no final da década de 1930 e também à Segunda Guerra Mundial. Lamentavelmente, a primeira estátua foi removida e derretida para armamentos durante a Segunda Guerra Mundial, em Abril de 1944. No entanto, em 1948 uma réplica foi feita por Takeshi Ando, filho do escultor original, e reintegrada no mesmo lugar da anterior, numa cerimónia realizada em 15 de Agosto. Esta é a estátua que está ainda hoje na Estação de Shibuya e é um ponto de encontro extremamente famoso e popular. A fama repentina de Hachikō fez pouca diferença para a sua vida, pois ele continuou exactamente da mesma maneira como antes. Todos os dias, ele partia para a estação de Shibuya e esperava lá pelo Professor Ueno para voltar para casa. Em 1929, Hachikō contraiu um caso grave de sarna, que quase o matou. Devido aos anos passados nas ruas, ele estava magro e com feridas das brigas com outros cães. Uma de suas orelhas já não se levantava mais, e ele já estava com uma aparência miserável, não parecendo mais com a criatura orgulhosa e forte que tinha sido uma vez. Ele poderia ter sido confundido com qualquer cão rafeiro. Como Hachiko envelheceu, tornou-se muito fraco e sofria de dirofilariose, um verme que ataca o coração. Na madrugada de 8 de Março de 1934, com idade de 11 anos, ele deu seu último suspiro na rua lateral à estação de Shibuya. A duração total de tempo que ele tinha esperado, saudoso do seu mestre, foi de 9 anos e 10 meses. A morte de Hachikō estampou as primeiras páginas dos principais jornais japoneses, e muitas pessoas ficaram inconsoláveis com a notícia. Um dia de luto foi declarado. Os seus ossos foram enterrados no canto da sepultura do professor Ueno (no Cemitério Aoyama, Minami-Aoyama, Minato-ku, Tóquio), para que ele finalmente se reencontrasse com o mestre a quem ele havia ansiado por tantos anos. Sua pele foi preservada, e uma figura empalhada de Hachikō pode ainda ser vista no Museu Nacional de Ciências em Ueno. Todo dia 8 de Abril é realizada uma cerimónia solene na estação de comboios, em homenagem à história do cão leal. A lealdade dos cães da raça Akita já era conhecida pelo povo japonês há muito tempo. Em uma certa região do Japão, incontáveis são as histórias de cães desta raça que perderam suas vidas ao defenderem a vida de seu proprietários. Onde quer que estejam e para aonde quer que vão, têm sempre "um dos olhos" voltados para aqueles que deles cuidam. Por causa desse zelo, o Akita se tornou Património Nacional do povo japonês, tendo sido proibida sua exportação. Se algum proprietário não tiver condições financeiras de manter seu Akita, o governo japonês assume sua guarda. Devido a todas suas qualidades, uma das províncias japonesas recebe seu nome, Akita-Ken. Em 1987, um filme japonês chamado "Hachikô monogatari", foi lançado e contava a história do famoso cão e seu dono. Uma versão americana foi feita em 2009, intitulada de "Hachiko: A Dog's Story", com a participação do actor americano, Richard Gere, ajudou a popularizar a história do famoso cão no Ocidente.

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Hachiko (1923-1934).
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Estátua de bronze de Hachikō, erguida em frente ao
portão de bilheteira da estação de Shibuya.
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Hachikō no Museu Nacional de
Ciência em Ueno (Japão).


Bem tou tipo burro a olhar para um palácio heheheheh,se dizem que quando um ser humano morre ,reencarna num cão ,esta serve muito bem para provar isso mesmo ,fantástica história real
Vá lá este safou-se e bem aos restaurantes do oriente heheheheh
 
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