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Após 14 anos de obras, Barragem do Alqueva abastece quase 200 mil pessoas

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Após 14 anos de obras, Barragem do Alqueva abastece quase 200 mil pessoas

Após 14 anos de obras e um investimento superior a 1,8 mil milhões de euros, Alqueva rega quase 30 mil hectares, produz energia e pode abastecer 200 mil habitantes, mas há dúvidas sobre a data de conclusão do projecto.

O projecto Alqueva, que arrancou no terreno em 1997 com a construção da barragem, prevê um investimento total de 2.563 milhões de euros, dos quais 1.845 milhões de euros já foram investidos nas valências agrícola, hidroeléctrica e de abastecimento público de água.

A albufeira de Alqueva, localizada no «coração» do Alentejo, no rio Guadiana, começou a encher a 8 de Fevereiro de 2002 e atingiu a capacidade máxima (cota de 152 metros) e iniciou descargas controladas a 12 de Janeiro de 2010.

O anterior Governo PS e a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA) anteciparam a conclusão do projecto para 2013, depois de prevista para 2025 e revista para 2015.

Entretanto, a ministra da Agricultura do novo Governo PSD/CDS-PP, Assunção Cristas, já disse que «não é possível» concluir o projecto em 2013, mas prometeu «grande empenho» para o terminar «tão cedo quanto possível», «desejavelmente até final de 2015», mas «depende das condições de financiamento do Estado».

Dos 110 mil hectares de regadio previstos no projecto global, estão instalados cerca de 52 mil, dos quais 21 mil estão a ser regados por agricultores e aos quais somam-se 8.041 hectares de regadios por captação directa autorizados pela EDIA no âmbito da concessão do domínio público hídrico.

Os hectares instalados dividem-se pela Infra-estrutura 12 (Ferreira do Alentejo), pelo bloco de rega da Aldeia da Luz (Mourão) e por nove aproveitamentos hidroagrícolas, oito no distrito de Beja e um no de Évora.

No âmbito da rede secundária, estão em construção três aproveitamentos hidroagrícolas (Loureiro/Alvito, Alvito e Aljustrel) e quatro blocos de rega, dois do aproveitamento hidroagrícola de Pedrógão e outros dois do de Selmes, num total de 14 mil hectares.

Segundo a EDIA, para concluir o projecto falta construir 44 mil hectares de regadio e outras infra-estruturas da rede primária e são necessários 200 milhões de euros da parte da comparticipação nacional, que é assegurada pelo Estado.

Em 2010, a EDIA terminou as ligações entre a albufeira «mãe» e as albufeiras de abastecimento público de água abrangidas pelo projecto, que já pode «reforçar» o abastecimento a cerca de 200 mil habitantes nos distritos de Beja e Évora, sempre que as albufeiras apresentem necessidade de água.

Na valência de energia, além das centrais de Alqueva e do Pedrógão, concessionadas à EDP, a EDIA terminou este ano a instalação das cinco centrais mini-hídricas, localizadas junto às barragens de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa, no distrito de Beja, e que juntas irão produzir 30 gigawatts de energia em ano médio.

O projecto obrigou à construção de uma nova povoação para alojar os habitantes da antiga aldeia da Luz, submersa pelas águas da albufeira, e Alqueva já é o maior lago artificial da Europa, com uma área de 250 quilómetros quadrados e cerca de 1 160 quilómetros de margens.


Lusa/SOL
 
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