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Teoria Musical

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Fev 29, 2008
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Primeiramente o conceito de Musica é formada por três elementos: Harmonia, Melodia e Ritmo.

Harmonia: Manter em ordem sons tocados juntos, através de acordes e sobreposições de notas. Mantendo a fluência e respeitando algumas regras de acordo com a tonalidade e a escala utilizada.

Melodia: São as frases e idéias de melodia presentes na musica. Esta deve estar fluindo naturalmente com os acordes executados respeitando a harmonia do som. A melodia transmite a idéia e o sentimento buscado na musica.

Ritmo: Seria um acontecimento sonoro que mantém regularidade de acordo com o padrão musical Utilizando, alem de uso de dinâmica unindo sons fortes e fracos.

Alem destes, há as propriedades do som que não podemos esquecer que seriam a Altura, Intensidade e Timbre.

Altura: Onde determinamos a nota a ser executada.

Intensidade: Indicando como a nota é executada, se o som será executado forte, fraco, alto ou baixo. Onde executamos as Dinâmicas na musica.

Timbre: É a propriedade sonora que faz nosso ouvido diferenciar um instrumento de outro. Você pode ouvir dois instrumentos tocarem simultaneamente as mesmas notas na mesma altura e mesma intensidade porem será função do timbre diferenciar a sonoridade em nosso ouvido. Como por exemplo, você ouvir um Piano e uma guitarra tocarem, por exemplo, um Lá Central do Piano. Ambos executaram a mesma nota na mesma altura. Mas nosso ouvido diferenciara os instrumentos pelo timbre.

Com isto em mãos, vamos entender as notas musicais. Um pouco sobre Historia da musica.

Inicialmente, nos primores da musica eram executadas as melodias a uma só voz e não havia uma grande divisão de notas, sendo, por exemplo, na musica oriental a musica composta por Cinco notas. Pitágoras descobriu que, se uma corda gerava uma nota "x" e fosse dividida ao meio, geraria a mesma nota, porém uma oitava acima, ou dividida em 3 gerando outro intervalo harmônico e assim sucessivamente. Porem somente no século XVIII, com a exploração do Órgão de Pedaleira que começamos a encontrar as notas musicais como executamos hoje. Nesta época, utilizavam apenas as sete notas naturais em sua tonalidade maior, porem um Compositor chamado Johann S. Bach explorando o Órgão começou a experimentar executando as notas em intervalos (Distâncias) de quintas, partindo da nota Fá, onde encontramos todas as notas da escala Maior natural. Fá, Lá, Do, Sol, Re, Lá, Mi e Si. Porem Executando a mesma idéia a partir do Si, Bach não encontrou uma nota que mantivesse essa progressão, seria algo entre a nota Sol e a nota Lá, era uma nota encontrada por "Acidente". Então mantendo este raciocínio ele localizou cinco acidentes q conseguiram ele retornar a nota Fá novamente. Que seriam o Fá Sustenido, Do Sustenido, Sol Sustenido Re Sustenido e Lá Sustenido. Com isto, encontramos 12 notas musicais a serem trabalhadas com os cinco novos acidentes. Por este motivo que se repararmos não há acidente entre as notas Mi e Fá (onde se iniciou o ciclo) e as notas Si e Do (onde iniciou os acidentes). Começando a partir dai a musica no ocidente.

Então saindo um pouco da historia da musica, nos temos 12 notas musicais, cinco acidentes e 7 notas naturais. DO RE MI FA SOL LA e SI. Estes acidentes possuem Duas nomenclaturas: Sustenido (#) e Bemol (b). Sendo que ambos são a mesma nota, porem um representado quando usamos no sentido Ascendente e o outro Descendente.

Ex: Do a Do# de Re a Reb. Ou seja, Do Sustenido e Re Bemol são as mesmas notas, porem seu nome se altera dependendo o sentido utilizado. Ao iniciar os estudos de escala este assunto do "Porque Existe sustenido e Bemol para a mesma nota?" Será Explicado.

Mas, durante o período clássico da musica (voltando a historia...rs)em alguns paises europeus, em contra partida aos compositores alemães, austríacos e italianos que sempre utilizavam em suas notações musicais DO RE MI e assim por diante, começaram a modificar e partindo do Lá central do piano (que a maioria dos instrumentos tem esta nota na sua extensão) foi iniciada pela letra A sua notação, a nota Lá. E prosseguindo assim por diante, as notas ficaram assim:

A - Lá
B - Si
C - Do
D - Re
E - Mi
F - Fá
G - Sol

Hoje em dia, em qualquer Software de criação musical este sistema é utilizado. No Brasil, usualmente usamos este método para cifragens de musicas, onde eles representam Acordes.

Compasso: É uma forma de dividir de maneira uniforme em grupos os sons de uma composição musical, com base em pulsos e repousos. Esta foi uma forma encontrada para conseguir dividir a musica em pequenos trechos iguais, facilitando a divisão em musicas com muita variação de tempo.

Pausa e Ponto de Aumento: Indica silencio. Durante as escritas musicais, sendo em partitura ou em qualquer programa de edição musical, sempre que determinar Silêncio você deve indicar usando sinais de pausa. O ponto de aumento seria um ponto colocado no lado direito da nota indicando que a sua duração terá a Metade a mais que o tempo indicado. Ex: Uma Semínima um tempo, com um ponto de aumento sua duração seria de Um tempo e meio, ou seja, Juntando uma Colcheia a esta Semínima.

Unidades de tempo e Divisão: Com certeza ao iniciar este assunto e a palavra PARTITURA muitos me chamarão de louco ou aparecerá um medo terrível, mas fiquem calmos porque o diabo não é tão feio assim. Indiretamente, muitos de vocês trabalham com as divisões usadas normalmente em partituras porem não aplicam a nomenclatura correta ou até mesmo não as conheciam. Então ai vai.
Pensemos em um compasso, ao executarmos uma única nota que preencha todo o período chamamos de Semibreve ou 1/1 como você pode encontrar em alguns programas.
Dividindo ele pela metade, teríamos Mínima que seria 1/2 (metade) da unidade de medida. Continuando a divisão à próxima seria Semínima 1/4, a Colcheia com 1/8 e a Semicolcheia indicando 1/16.
Ate esta divisão normalmente executamos em um instrumento e tocamos tranqüilamente, existem ainda a Fusa 1/32 e a Semifusa 1/64, porem menos utilizadas devido a sua dificuldade de execução em Instrumentos, sendo executada em perfeição por grandes virtuoses.

Se você reparar bem, todas as divisões foram por números pares certo? Porém há ainda a divisão em números impares, ou seja, ela faz a divisão tornar um pouco mais "Achatada", como tentar colocar três notas onde só cabem duas. Isto são as Tercinas (Triplets). Ou seja, Se você precisa encaixar três notas de Colcheia em um espaço q só cabem uma Semínima, você utiliza a divisão das três notas em Colcheia tercinada. Sonoramente a nota ficara um pouco mais rápida que a colcheia normal, porem mais lenta que a semicolcheia. Partindo deste principio nos encontraremos as Tercinas (por 3), Quiálteras (por 5), Sextina (por 6). Ha outros acima, porem não muito utilizados.

Intervalos: A Base para qualquer estudo teórico são os intervalos, que nada mais são que a Distancia entre notas. Mentalize a seqüência das 12 notas musicais como uma Escada, e partindo do chão (pode ser qualquer nota) cada degraus desta escada dariam um nome diferente. Este nome será utilizado sempre, então a partir de uma vez explicado ele será abordado, então não prossiga no estudo sem entendê-los. Não peço para decorá-los de imediato, pois isto vem naturalmente com o tempo, mas pelo menos entender o que se trata quando eles forem abordados.

Vamos Exemplificar pela nota Do (C*)

* A partir de agora todas as notas serão indicadas por suas respectivas cifras, caso tenha duvidas busque novamente a informação acima.

de C a C#, um passo na escada, teremos o intervalo de Segunda Menor, ou SEMITOM
de C a D, dois passos na escada, teremos uma Segunda Maior ou simplesmente TOM
de C a D#, três passos na escada, teremos uma Terça Menor
de C a E, quatro passos na escada, terão uma Terça Maior
de C a F, cinco passos na escada, teremos uma Quarta Justa
de C a F#, seis passos na escada, teremos a Quinta Diminuta (Ou quarta Aumentada)
de C a G, sete passos na escada, teremos uma Quinta Justa
de C a G#, oito passos na escada, teremos Sexta Menor
de C a A, nove passos na escada, teremos uma Sexta Maior
de C a A#, dez passos na escada, teremos uma Sétima Menor
de C a B, onze passos na escada, teremos uma Sétima Maior
de C a C, doze passos na escada, teremos uma Oitava, ou Uníssono.

Prolongando acima, teremos os intervalos compostos, ou seja, de C a D, porem este D uma oitava acima, não teremos uma Segunda Menor, e sim uma Nona Menor, e assim por diante.

Algumas nomenclaturas usuais em intervalos:

M (Maior)
m (menor)
+ (Aumentado)
º (Diminuto)
Ø (Meio Diminuto)

PS: Quando trabalhamos intervalos para montar escalas, usamos somente a numeração do intervalo indicando o intervalo exemplo 3 (Terça maior). Intervalo sem nenhuma alteração como descrito acima, indica intervalo maior.

Escalas: Outro assunto interessante que eu adoro e muitos acabam tendo um pouco de medo. Mas tentarei abordar bem claramente e de maneira fácil a todos entenderem. Escala nada mais é que uma seqüência de notas ordenada de tons pela freqüência vibratória de sons. Ou seja, O Ato de você sequenciar notas musicais de maneira uniforme, iniciando e terminando na mesma nota (Exceto a Escala Dominante-Diminuta DON-DIN que abordaremos mais adiante que possui 8 notas) já é uma escala. Porem o que classifica basicamente o uso de uma escala ou o MODO que você a executa é somente uma coisa: Sonoridade.

A escala mais comum utilizada é a "Escala Maior Natural". Em um piano, executando as notas brancas, que como expliquei anteriormente as notas naturais, entre Dó a Dó você executara a escala de Do Maior (Ou C). Juntamente e se eu tocar, por exemplo, de Mi ate Mi, tocando somente as notas brancas, ainda será a escala de Do Maior, somente estarei tocando ela em outro MODO. Aos amigos que já tocaram guitarra este são os famosos "Modos Gregos". Neste caso seria a escala de Mi Menor Frígio. (Acalme-se que abordaremos mais sobre modos gregos posteriormente).
O que classifica e determina a nomenclatura de uma escala são seus intervalos. Numa escala maior, seus intervalos são:

T (Tônica) 2 3 4 5 6 7m

Ou seja, seguindo por qualquer nota, mantendo o intervalo marcado teremos sua ESCALA MAIOR.

Ex: G (Lê-se Sol Maior)

T 2 3 4 5 6 7 T
G A B C D E F# G

Escala Menor

Neste caso, encontramos a escala menor de duas maneiras:
1 Partindo da Sexta nota da escala maior e simplesmente copiando as notas. Pior Exemplo na escala de G vista acima. Copiando as notas a partir do sexto grau (E) teremos a escala de Em (Lê-se Mi Menor) com as Seguintes notas: E F# G A B C D.

2 Seguindo os Intervalos da escala, executando de uma maneira mais "Decorando" os intervalos da escala. Neste caso um Exemplo da escala de Am.

T 2 3m 4 5 6m 7m
A B C D E F G


Bom, agora que vocês aprenderam a montar suas escalas, com isto podem escrever suas melodias sem medo de errar. Primeiro passo é Escolher a Tonalidade. Apos escolher ela, faça sua escala e verifique as notas pertencentes a ela. Combinado?

Fonte: electrohousebeat.blogspot.com/
 
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