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Call Of Duty: Modern Warfare 3

eta_frost

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Um enredo repleto de clichés e uma componente online grandiosa!

Em 2003, quando o Call of Duty original foi lançado, os jogos sobre as grandes guerras mundiais ainda eram uma novidade, mas antes sequer de nos saturarmos dessa temática a Infinity Ward começou a preparar um first person shooter passado no presente. Call of Duty : Modern Warfare alterou para sempre a forma como os first person shooters online nas consolas passaram a ser jogados e Modern Warfare 2, a sua sequela directa, esgotou o rol de adjectivos com que o podíamos classificar: Épico, intenso, grandioso, realista mas ao mesmo tempo com um tratamento e interpretação dos eventos totalmente cinematográfica. MW2 transportou-nos directamente para os mais variados cenários de guerra no globo e, se MW1 nos fazia odiar com unhas e dentes a fação terrorista com a qual nos confrontávamos, MW2 não teve qualquer pudor em nos colocar na pele dos próprios terroristas.
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A polémica instalou-se e muita tinta correu sobre este assunto, mas como má publicidade é coisa que não existe, MW2 tornou-se um dos jogos mais vendidos de sempre, o que inevitavelmente abriu portas para uma nova sequela. Estará Call of Duty: Modern Warfare 3 à altura das expectativas que foram criadas ou será uma revisão da matéria dada com as devidas correcções de pormenor aqui e ali que irá encerrar esta trilogia?
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Modern Warfare 3 é uma sequela direta e pega na história exatamente no ponto em que a deixámos ao terminar Modern Warfare 2, o argumento, genérico como seria de esperar, coloca-nos no centro de uma autêntica montanha russa de emoções (piada não intencional) depois da Federação Russa ter declarado guerra aos E.U.A. e à Europa dando início à 3ª Guerra Mundial.
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De regresso estão também algumas caras conhecidas, como o Capitão John "Soap" MacTavish ou o Capitão John Price, e voltamos a assumir o papel de diversos protagonistas na perseguição ao já conhecido antagonista e personificação do mal, o ultranacionalista russo Vladimir Makarov.

A forma como os protagonistas são apresentados, quase genericamente, acaba por prejudicar a nossa ligação e interesse pelos acontecimentos, o mesmo acontecendo com os briefings entre missões, que se limitam a transmitir o mínimo de informação possível, mas que, verdade seja dita, cumprimos quase cegamente como o bom soldado que somos.

A campanha, curta como se tornou apanágio da série (cerca de 5 horas), é tudo menos aborrecida. O jogador é colocado numa variedade de situações capazes de induzir stress pós-traumático após algumas horas de jogo. Situações como colocar explosivos num submarino ou fugir de barco de borracha no meio de uma intensa chuva de balas e explosões são alguns dos exemplos (para não estragar surpresas) que irão colocar o jogador a roer as unhas, tal é o ritmo e a velocidade com que se desenrolam os variados momentos de confronto épico talhados ao milímetro para nos tirarem o fôlego.

Claro que para se criarem tais momentos de intensidade típica de um blockbuster cinematográfico existe um preço a pagar, e esse preço está intimamente ligado à forma como é permitido ao jogador interpretar as batalhas, acabando este por ser quase guiado pela mão ao longo do mapa. A facilidade desta progressão do mapa acaba por prejudicar qualquer tipo de táctica que o jogador possa tentar usar durante o seu avanço na campanha. Raramente há mais que um caminho a seguir.

Novamente, tal como nos jogos anteriores da série, estamos sempre acompanhados pelos nossos companheiros de armas. Infelizmente não nos é possível transmitir ordens de forma a criarmos uma tática de ataque, mas apesar de tudo a inteligência artificial dos nossos companheiros acaba por ser uma boa ajuda e, quando isso falha, o facto de serem autênticas esponjas de balas acaba por equilibrar os acontecimentos.

E se a IA dos nossos companheiros demonstra competência o mesmo não se pode dizer da dos nossos inimigos, que é bastante limitada. Mas o que lhes falta em inteligência é compensado em quantidade, fazendo com que o tempo passado a tentar recuperar a energia enquanto nos escondemos atrás de um qualquer carro em chamas seja quase obrigatório. Mas enganem-se todos os que pensarem que para progredir basta disparar e utilizar a cobertura. Como é apanágio da série, as granadas estão lá para não nos deixar estar muito tempo parados no mesmo sítio e mais facilmente tombamos graças a uma granada atirada sabe-se lá de onde, que de um tiro certeiro.

Graficamente não deixa de ser surpreendente que o mesmo motor de jogo utilizado em MW1 ainda tenha tanto para dar. Estilhaços e balas voam por toda a parte, edifícios explodem à nossa volta, navios gigantescos afundam-se à frente dos nossos olhos enquanto passamos a alta velocidade ao leme de um barco de borracha e nem mesmo a Torre Eiffel é poupada. Apesar de tudo, o peso da idade já se faz notar e o brilho e detalhe que nos surpreenderam aquando do lançamento de MW1 já não são tão notórios, principalmente se nos guiarmos pela bitola gráfica estabelecida por outros lançamentos de topo actuais.

O design sonoro continua a ser exímio, como a série Modern Warfare nos tem vindo a habituar, granadas que explodem longe da vista mas perfeitamente localizáveis espacialmente, balas que dilaceram os corpos inimigos, helicópteros que sobrevoam os céus arrasando tudo à sua passagem, tudo contribui para nos colocar no meio do cenário de batalha. No que a banda sonora diz respeito, MW3 roça a perfeição com peças orquestrais que acompanham e preenchem de forma emocionante (e emocional) todas as batalhas épicas com que nos confrontamos. O voice acting é de altíssima qualidade, outra coisa não seria de esperar tendo em conta os talentos convidados para emprestarem a voz a algumas das personagens do jogo, como é o caso de Kevin McKidd ou Idris Elba.
Parece muita atenção ao pormenor para uma campanha tão curta, o que nos faz pensar se um pouco mais de dedicação a esta componente, no que a argumento e desenvolvimento das personagens diz respeito, não teria dado origem ao que poderia ser um dos mais grandiosos jogos de guerra alguma vez feitos.

Mas não vale a pena partirmos para o queixume quando MW3 tem para nos oferecer mais do mesmo a que já nos habituou. Uma componente online recheada de extras e atenção ao pormenor.

Comecemos por Spec Ops, a componente cooperativa de MW3 que nos permite, com a ajuda de um amigo ou desconhecido, ultrapassar diversas missões com os mais variados objectivos. Ao todo são 16 missões que vão desde o resgate de reféns, stealth ou até mesmo uma espécie de corrida de obstáculos.

Dentro do modo Spec Ops encontramos também a interpretação do já clássico Horde Mode popularizado por Gears of War, aqui chamado de Survival Mode onde os jogadores têm que sobreviver a vagas de inimigos cada vez mais poderosas.

Na outra vertente do online encontramos 20 modos de jogo. De volta estão também os Perks (habilidades) e a evolução de armas baseada em pontos de experiência. Desta vez a acumulação de pontos não é unicamente baseada em Killstreaks, já que foi implementado um novo sistema de pontos, o Pointstreak, que ao invés de se basear unicamente nos inimigos abatidos, usa também outras acções do jogador para acumular pontos, sejam elas desarmar ou colocar bombas, capturar objetivos inimigos ou até assistir os companheiros de batalha, tudo conta para acumular pontos.

As recompensas obtidas com esse acumular de pontos são depois separadas em três secções diferentes chamadas de Strike Packages que favorecem três diferentes classes: Assault, Support e Specialist.

Gameover
 
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