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Literatura Financeira dos Portugueses!

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GF Platina
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Fev 10, 2010
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Banco de Portugal faz Inquérito à Literacia Financeira dos Portugueses!

O problema da maioria dos portugueses não está na forma como ganha ou pode ganhar dinheiro, mas sim o modo como o gasta. Constata-se que existe um défice de literacia financeira, um problema intrínseco à sociedade actual. No âmbito da suas recentes competências de supervisão comportamental o Banco de Portugal (BdP) contratou à Eurosondagem um inquérito realizado porta-a-porta com o ambicioso objectivo de aferir o estado da literacia financeira entre os portugueses: Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa 2010.
No documento divulgado pelo Banco de Portugal em que foram entrevistadas 2000 pessoas, pode ler-se:
De idade igual ou superior a 16 anos, que foram estratificados de acordo com cinco critérios: género, idade, região NUTS II (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo, Algarve, Açores e Madeira), situação laboral (activo ou não activo) e nível de escolaridade.
As entrevistas basearam-se num questionário composto por 94 questões de escolha múltipla, que incidiram sobre cinco áreas temáticas:
1. INCLUSÃO FINANCEIRA;
2. PLANEAMENTO DE DESPESAS E POUPANÇA;
3. GESTÃO DE CONTA BANCÁRIA;
4. ESCOLHA DE PRODUTOS FINANCEIROS;
5. COMPREENSÃO FINANCEIRA.
O documento contém alguns dados que demonstram, que o Banco de Portugal, CMVM e Instituto de Seguros Portugal (ISP), bem como os respectivos supervisionados e sistema educativo em geral, tem ainda um longo caminho a percorrer para dotar o país de um grau de literacia financeira minimamente decente. A iniciativa de dar a conhecer e reconhecer o estado da literacia financeira é um primeiro passo indispensável para acções futuras neste domínio. Destaco algumas frases chave do inquérito:
- Dos inquiridos que dizem fazer poupanças, a maioria (54%) considera como poupança o dinheiro deixado numa conta à ordem para gastar mais tarde. A prática de deixar os recursos excedentários numa conta à ordem poderá indicar alguma inércia quanto à poupança, o que normalmente decorre da falta de sensibilizada à sua importância ou do desconhecimento sobre as possíveis aplicações.
- Finalmente, as decisões quanto à poupança são determinadas também, em grande medida, por restrições financeiras: a maioria dos inquiridos que não poupam (88%) referem rendimentos insuficientes como principal razão.
- De entre os critérios de escolha do crédito à habitação, apenas 4% dos inquiridos indicam a taxa anual efectiva (TAE) – medida que engloba todos os encargos obrigatórios associados ao crédito – e 18% mencionam a taxa de juro.
- No caso dos detentores de cartões de crédito, dos 43% que não pagam a totalidade do saldo em dívida no final do mês apenas 22% dizem saber qual o valor exacto da taxa de juro associada ao cartão.
- Questionados sobre o conceito de Euribor, apenas 9% dos inquiridos respondem com rigor e apenas 17% revelam saber o significado do spread que incide sobre uma taxa de juro de referência.
- Embora a maioria dos inquiridos (73%) saibam correctamente identificar o saldo num extracto de conta, apenas 46% demonstram saber calcular esse saldo após uma simples operação de débito da conta ou têm noção do conceito de descoberto bancário. Os resultados são também menos positivos na avaliação do grau de risco de produtos financeiros.

Artigo de Marília Teixeira (6 de Novembro de 2010)

Literacia Financeira da População Portuguesa!

O Banco de Portugal divulgou, o Relatório do Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa, realizado em 2010, depois de à cerca de um ano o mesmo banco ter divulgado os resultados preliminares do Inquérito à Literacia Financeira: Banco de Portugal foi a casa de 2000 portugueses! O Governador do Banco de Portugal alerta que existem “importantes assimetrias nos níveis de literacia financeira de diferentes grupos populacionais”. Jovens e desempregados são os casos mais preocupantes. Em matéria de literacia financeira, o cenário traçado pelo Banco de Portugal não é dos mais favoráveis. A escassez de formação e de informação por parte dos clientes bancários criou uma bola de neve que se chama crédito malparado. Desconhecem o que seja um “spread” e ignoram outros custos associados aos empréstimos que se propõem, e conseguem contrair:
- 32% dos portugueses têm cartões de crédito.
- 37% dos portugueses têm seguros. Estes são os produtos bancários a que os portugueses mais aderem.
- 31% da população nacional escolhe os depósitos a prazo como destino para as suas poupanças.
- 26% dos portugueses comprou casa recorrendo ao crédito à habitação.
- 25% dos portugueses recorre ao descoberto bancário (contas ordenado) para fazer face a dificuldades.
- 16% dos portugueses recorre aos planos de poupança para alcançar algum objectivo, nomeadamente para a reforma.
- 4% dos portugueses gosta de arriscar e aplicar o seu dinheiro em acções.

Artigo de Rosário Santos (8 de Novembro de 2011)
 
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