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Rei Ghob começa a ser julgado
O Tribunal de Torres Vedras dá início hoje com tribunal de júri ao julgamento do Rei Ghob, o homem acusado de quatro homicídios, que deverá continuar sem prestar depoimento em tribunal.
A juiz-presidente do processo, Maria Domingas, agendou para hoje o início do julgamento com a leitura da acusação pelo Ministério Público (MP) e o alegado depoimento do arguido.
O Diário de Notícias, citando fonte judicial, revelou que o arguido Francisco Leitão não deverá prestar declarações, mantendo a estratégia adoptada quando foi detido pela Polícia Judiciária e, dias depois, durante o interrogatório do juiz de instrução criminal.
Além do colectivo de juízes, o julgamento conta com tribunal de júri, para o qual foram seleccionados quatro cidadãos eleitores no concelho de Torres Vedras.
O sucateiro foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) a 20 de Julho de 2012, após uma investigação que decorria há mais de um ano e que em Março de 2010 foi intensificada após o desaparecimento da última vítima.
Desde essa altura, o arguido aguarda julgamento em prisão preventiva, que pode chegar até ao máximo de dois anos e seis meses sem condenação, depois de em Janeiro de 2011 o juiz de instrução criminal ter atribuído especial complexidade ao processo, como prevê o Código do Processo Penal.
O arguido é acusado de quatro homicídios e de quatro crimes de ocultação de cadáver, um de falsificação de documentos e outro de detenção de arma proibida.
Francisco Leitão terá matado as duas raparigas, de 16 e 27 anos, por questões passionais, porque eram namoradas de jovens com quem o alegado homossexual queria ter um caso amoroso, um dos quais Ivo Delgado, outra das vítimas, alegadamente morto depois do Rei Ghob perceber que, mesmo após a morte da namorada, não pretendia ter qualquer envolvimento amoroso com ele.
Os três desapareceram em Março de 2010 e Junho de 2008, não tendo os corpos sido ainda encontrados.
A quarta morte é a de um idoso, conhecido por 'Pisa Lagartos', dado como morto em 1995 após o arquivamento de um inquérito por alegado homicídio, no qual Francisco Leitão chegou a ser ouvido.
Francisco Leitão está também indiciado de vários crimes de abuso sexual, cujo processo está em segredo de justiça no Tribunal da Lourinhã, e é suspeito de fraude fiscal, crime cometido em 2010 em que já terá sido constituído arguido, segundo declarações dadas em Junho pelo seu advogado, Fernando Carvalhal.
No Tribunal do Cartaxo está ainda um inquérito por crime de furto, cuja queixa foi apresentada por Leitão.
No passado já foi condenado pelos crimes de detenção de arma proibida, simulação de furto, falsificação de documentos, burla qualificada e emissão de cheque sem provisão, segundo o seu registo criminal conhecido até Junho e lido durante um outro julgamento no Tribunal de Peniche, em que foi arguido.
Leitão, a residir na localidade de Carqueja, concelho da Lourinhã, auto-intitulava-se 'Rei Ghob, futuro governante da nova era' e publicava vídeos que anunciavam o fim do mundo.
Lusa/SOL
O Tribunal de Torres Vedras dá início hoje com tribunal de júri ao julgamento do Rei Ghob, o homem acusado de quatro homicídios, que deverá continuar sem prestar depoimento em tribunal.
A juiz-presidente do processo, Maria Domingas, agendou para hoje o início do julgamento com a leitura da acusação pelo Ministério Público (MP) e o alegado depoimento do arguido.
O Diário de Notícias, citando fonte judicial, revelou que o arguido Francisco Leitão não deverá prestar declarações, mantendo a estratégia adoptada quando foi detido pela Polícia Judiciária e, dias depois, durante o interrogatório do juiz de instrução criminal.
Além do colectivo de juízes, o julgamento conta com tribunal de júri, para o qual foram seleccionados quatro cidadãos eleitores no concelho de Torres Vedras.
O sucateiro foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) a 20 de Julho de 2012, após uma investigação que decorria há mais de um ano e que em Março de 2010 foi intensificada após o desaparecimento da última vítima.
Desde essa altura, o arguido aguarda julgamento em prisão preventiva, que pode chegar até ao máximo de dois anos e seis meses sem condenação, depois de em Janeiro de 2011 o juiz de instrução criminal ter atribuído especial complexidade ao processo, como prevê o Código do Processo Penal.
O arguido é acusado de quatro homicídios e de quatro crimes de ocultação de cadáver, um de falsificação de documentos e outro de detenção de arma proibida.
Francisco Leitão terá matado as duas raparigas, de 16 e 27 anos, por questões passionais, porque eram namoradas de jovens com quem o alegado homossexual queria ter um caso amoroso, um dos quais Ivo Delgado, outra das vítimas, alegadamente morto depois do Rei Ghob perceber que, mesmo após a morte da namorada, não pretendia ter qualquer envolvimento amoroso com ele.
Os três desapareceram em Março de 2010 e Junho de 2008, não tendo os corpos sido ainda encontrados.
A quarta morte é a de um idoso, conhecido por 'Pisa Lagartos', dado como morto em 1995 após o arquivamento de um inquérito por alegado homicídio, no qual Francisco Leitão chegou a ser ouvido.
Francisco Leitão está também indiciado de vários crimes de abuso sexual, cujo processo está em segredo de justiça no Tribunal da Lourinhã, e é suspeito de fraude fiscal, crime cometido em 2010 em que já terá sido constituído arguido, segundo declarações dadas em Junho pelo seu advogado, Fernando Carvalhal.
No Tribunal do Cartaxo está ainda um inquérito por crime de furto, cuja queixa foi apresentada por Leitão.
No passado já foi condenado pelos crimes de detenção de arma proibida, simulação de furto, falsificação de documentos, burla qualificada e emissão de cheque sem provisão, segundo o seu registo criminal conhecido até Junho e lido durante um outro julgamento no Tribunal de Peniche, em que foi arguido.
Leitão, a residir na localidade de Carqueja, concelho da Lourinhã, auto-intitulava-se 'Rei Ghob, futuro governante da nova era' e publicava vídeos que anunciavam o fim do mundo.
Lusa/SOL