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PM paquistanês ouvido pelo Supremo Tribunal em caso de corrupção contra presidente
O primeiro-ministro paquistanês, Yousuf Raza Gilani, foi esta quinta-feira ouvido no Supremo Tribunal por ter protegido o presidente Asif Ali Zardari quando se recusou a reabrir o antigo caso de alegada corrupção de que era alvo.
A acusação contra Gilani pode custar-lhe uma pena de prisão até seis meses e a exoneração do cargo.
Em causa está uma ordem do Supremo Tribunal no ano de 2009 para o governo escrever uma carta às autoridades suíças pedindo-lhes para reabrirem o caso de corrupção contra Zardari, que remonta à década de 1990.
O governo, dirigido por Gilani, desafiou a referida ordem, alegando pensar que o presidente gozava de imunidade no exercício do mandato.
Zardari e a sua falecida esposa, a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, foram considerados culpados à revelia por um tribunal suíço, em 2003, devido à lavagem de milhões de dólares de empresas suíças quando ainda estavam no governo.
Mas o casal recorreu da acusação e as autoridades suíças abandonaram o caso a pedido do governo paquistanês.
A história de Zardari e da sua mulher, juntamente com outros tantos milhares, acabou por cair como resultado de uma amnistia que permitiu a Bhutto regressar do exílio e concorrer a novas eleições em 2008.
Terá sido aí que começou a guerra com o Supremo Tribunal paquistanês, que considerou a amnistia inconstitucional.
Além de não ter permitido a reabertura do processo, o primeiro-ministro terá também ignorado a chamada do Supremo para discutir o argumento da imunidade, possivelmente porque diversos membros do partido no poder encararam as acções do Tribunal como uma campanha desencadeada com o propósito de derrubar o presidente Zardari.
Na audiência desta quinta-feira, que durou pouco mais de uma hora, Gilani fez um discurso de cerca de 10 minutos onde expressou «respeito» pelo tribunal, dizendo que nunca pretendeu «ridicularizar» os juízes.
Defendeu-se acrescentando que acreditava que Zardari «tinha imunidade total dentro e fora do país» e que foram por essa razão que não dera cumprira a ordem do tribunal.
A posição de cooperação do governo irá, «certamente, contribuir para reduzir a tensão» com o Supremo Tribunal, adiantou o analista político Hasan Askari Rizvi, alertando contudo que os juízes ainda podem tentar «dificultar a vida» ao presidente acusado de corrupção.
AP/SOL
O primeiro-ministro paquistanês, Yousuf Raza Gilani, foi esta quinta-feira ouvido no Supremo Tribunal por ter protegido o presidente Asif Ali Zardari quando se recusou a reabrir o antigo caso de alegada corrupção de que era alvo.
A acusação contra Gilani pode custar-lhe uma pena de prisão até seis meses e a exoneração do cargo.
Em causa está uma ordem do Supremo Tribunal no ano de 2009 para o governo escrever uma carta às autoridades suíças pedindo-lhes para reabrirem o caso de corrupção contra Zardari, que remonta à década de 1990.
O governo, dirigido por Gilani, desafiou a referida ordem, alegando pensar que o presidente gozava de imunidade no exercício do mandato.
Zardari e a sua falecida esposa, a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, foram considerados culpados à revelia por um tribunal suíço, em 2003, devido à lavagem de milhões de dólares de empresas suíças quando ainda estavam no governo.
Mas o casal recorreu da acusação e as autoridades suíças abandonaram o caso a pedido do governo paquistanês.
A história de Zardari e da sua mulher, juntamente com outros tantos milhares, acabou por cair como resultado de uma amnistia que permitiu a Bhutto regressar do exílio e concorrer a novas eleições em 2008.
Terá sido aí que começou a guerra com o Supremo Tribunal paquistanês, que considerou a amnistia inconstitucional.
Além de não ter permitido a reabertura do processo, o primeiro-ministro terá também ignorado a chamada do Supremo para discutir o argumento da imunidade, possivelmente porque diversos membros do partido no poder encararam as acções do Tribunal como uma campanha desencadeada com o propósito de derrubar o presidente Zardari.
Na audiência desta quinta-feira, que durou pouco mais de uma hora, Gilani fez um discurso de cerca de 10 minutos onde expressou «respeito» pelo tribunal, dizendo que nunca pretendeu «ridicularizar» os juízes.
Defendeu-se acrescentando que acreditava que Zardari «tinha imunidade total dentro e fora do país» e que foram por essa razão que não dera cumprira a ordem do tribunal.
A posição de cooperação do governo irá, «certamente, contribuir para reduzir a tensão» com o Supremo Tribunal, adiantou o analista político Hasan Askari Rizvi, alertando contudo que os juízes ainda podem tentar «dificultar a vida» ao presidente acusado de corrupção.
AP/SOL