• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Brasil: Salvo pelo elevador e telemóvel em desabamento de prédio

R

RoterTeufel

Visitante
Operário foi resgatado dos escombros horas depois de prédio cair
Brasil: Salvo pelo elevador e telemóvel em desabamento de prédio

Operário da construção civil ficou duas horas preso sob os escombros de prédio.
Dentro do elevador, usou o telemóvel para ligar a um amigo e pedir ajuda.

“Foi esse telefone que me salvou”, disse à Globo Alexandro da Silva Fonseca Santos, operário da construção civil de 31 anos, mostrando o telemóvel à saída do Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, após receber alta pouco depois das 9h00 locais.

Alexandre Santos é um dos sobreviventes do desabamento de três edifícios no centro do Rio de Janeiro, na noite de quarta-feira. Três feridos permanecem internados.

“Quando olhei pela janela, comecei a ver o reboco caindo. A primeira coisa que pensei foi entrar no elevador”, contou Alexandre Santos à Globo. O homem trabalha numa obra no 9º andar do Edifício Liberdade, no número 44 da Avenida Treze de Maio. “Quando entrei, o elevador despencou. Só pensava na minha família e que iria morrer”, disse Alexandre Santos.

No interior do elevador, Alexandre Santos contou que ligou para um amigo, que estava fora do prédio. “De dez em dez minutos eu falava com ele”, lembra. “Até que ele me colocou para falar com um dos bombeiros”, diz.

O homem ficou nos escombros durante cerca de duas horas, até ser resgatado. “Não tive um machucado, nem um arranhão”, disse Alexandre Santos à saída do hospital.

O sobrevivente explicou que, por volta das 21h00 de quarta-feira, chegou ao 9º andar do edifício. “O prédio parecia estar desmanchando. Começou a cair de cima para baixo”, recorda. De imediato, o operário voltou a correr para dentro do elevador.

Alexandre Santos disse que se lembra de ter visto mais quatro pessoas dentro do edifício no momento do desabamento ­- dois colegas de trabalho, perto de um vigilante do prédio e outro vigilante, morador, de acordo com o sobrevivente, do 18º andar do prédio. “Já falei com meus amigos, e eles estão bem. Mas não sei como estão os zeladores (vigilantes) ”, explicou Alexandre Silva


“Os bombeiros gritavam: ‘Tem alguém aí?’ E eu respondia, de dentro do elevador: ‘Estou aqui!’”, contou o operário.

“Quando me acharam, cortaram um ferro na parte de cima do elevador. Eu, que sou magrinho, consegui sair por ali”, recorda. “Quando me pegaram, já me deram uma máscara para eu respirar melhor. Eu estava calmo”, explica.

Alexandre Santos afirmou que nunca sentiu cheiro a gás enquanto trabalhava na obra do prédio. “Também não ouvi nenhum explosão, somente o barulho do prédio caindo”, acrescentou.

“É difícil explicar o que aconteceu”, disse. “Eu pedi muito a Deus. Orei muito. Tenho quatro filhos e minha esposa, e agora só quero abraçá-los. Além do meu aniversário, no dia 13 de Fevereiro, agora tenho que comemorar o dia de ontem, quando nasci de novo”, concluiu com um sorriso no rosto.


C.da Manha
 
Topo