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Alemanha: Ministério Público pediu suspensão da imunidade
Corrupção força Wulff a demitir-se
O presidente alemão, Christian Wulff, aliado e homem de confiança da chanceler Angela Merkel, apresentou a demissão e deixa o cargo envolvido em sucessivos casos de corrupção. A decisão do chefe de Estado foi precipitada por um pedido de suspensão da imunidade, avançado pelo Ministério Público de Hannover.
Wulff alega inocência mas admite não poder continuar no cargo
"Os desenvolvimentos das últimas semanas mostraram que a confiança do povo alemão ficou abalada, e isso pôs em causa o desempenho do meu cargo", afirmou o pre-sidente. Horas depois, Merkel veio a público agradecer o seu trabalho e disse aceitar a demissão "com respeito e tristeza".
Refira-se que o escândalo estalou em Dezembro, quando o jornal ‘Bild’ lembrou um caso de 2008. Wulff era então 1º ministro da Baixa Saxónia e recebeu um empréstimo privado de 500 mil euros, abaixo das taxas de mercado, que escondeu das autoridades fiscais. Para agravar o escândalo, fez um telefonema ameaçador ao editor-chefe do jornal, algo encarado como atentado à liberdade de imprensa.
Mas Wulff cedeu depois de os investigadores de Hannover pedirem a suspensão da imunidade para poderem investigar "indícios concretos e suficientes" de delito num outro caso, de 2006, ano em que fez férias com um empresário beneficiado antes com um empréstimo de 4 milhões de euros do governo da Baixa Saxónia.
REVÉS PARA MERKEL
A demissão de Wulff, após somente 598 dias no cargo, é um duro golpe para a chanceler Angela Merkel, que em 2010 enfrentou aliados e opositores para impor o nome do então primeiro-ministro da Baixa Saxónia para o cargo de presidente alemão. O impacto negativo da queda de Wulff é agravado pelo facto de ser a segunda demissão de um presidente num único mandato de um chanceler. Em 2010, tinha saído Horst Köhler, zangado com a reacção pública às suas críticas à presença militar alemã no Afeganistão. A humilhação para Merkel ficará consumada se a oposição conseguir agora impor, por seu lado, o candidato rejeitado em 2010, Joachim Gluck, líder da oposição da antiga Alemanha de Leste. *Com agências
C.da Manha
Corrupção força Wulff a demitir-se
O presidente alemão, Christian Wulff, aliado e homem de confiança da chanceler Angela Merkel, apresentou a demissão e deixa o cargo envolvido em sucessivos casos de corrupção. A decisão do chefe de Estado foi precipitada por um pedido de suspensão da imunidade, avançado pelo Ministério Público de Hannover.
"Os desenvolvimentos das últimas semanas mostraram que a confiança do povo alemão ficou abalada, e isso pôs em causa o desempenho do meu cargo", afirmou o pre-sidente. Horas depois, Merkel veio a público agradecer o seu trabalho e disse aceitar a demissão "com respeito e tristeza".
Refira-se que o escândalo estalou em Dezembro, quando o jornal ‘Bild’ lembrou um caso de 2008. Wulff era então 1º ministro da Baixa Saxónia e recebeu um empréstimo privado de 500 mil euros, abaixo das taxas de mercado, que escondeu das autoridades fiscais. Para agravar o escândalo, fez um telefonema ameaçador ao editor-chefe do jornal, algo encarado como atentado à liberdade de imprensa.
Mas Wulff cedeu depois de os investigadores de Hannover pedirem a suspensão da imunidade para poderem investigar "indícios concretos e suficientes" de delito num outro caso, de 2006, ano em que fez férias com um empresário beneficiado antes com um empréstimo de 4 milhões de euros do governo da Baixa Saxónia.
REVÉS PARA MERKEL
A demissão de Wulff, após somente 598 dias no cargo, é um duro golpe para a chanceler Angela Merkel, que em 2010 enfrentou aliados e opositores para impor o nome do então primeiro-ministro da Baixa Saxónia para o cargo de presidente alemão. O impacto negativo da queda de Wulff é agravado pelo facto de ser a segunda demissão de um presidente num único mandato de um chanceler. Em 2010, tinha saído Horst Köhler, zangado com a reacção pública às suas críticas à presença militar alemã no Afeganistão. A humilhação para Merkel ficará consumada se a oposição conseguir agora impor, por seu lado, o candidato rejeitado em 2010, Joachim Gluck, líder da oposição da antiga Alemanha de Leste. *Com agências
C.da Manha