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Pobreza no Mundo!

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Pobreza no continente mais pobre do mundo: África!
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A palavra "pobre" veio do latim "pauper", que vem de "pau" que significa "pequeno", e "pario" que significa "dou à luz" e originalmente referir-se-ia a terrenos agrícolas ou gado que não produziam o desejado. Apesar da pobreza mais severa se encontrar nos países subdesenvolvidos, esta existe em todas as regiões. Nos países desenvolvidos manifesta-se na existência de sem-abrigo e de subúrbios pobres. A pobreza pode ser vista como uma condição colectiva de pessoas pobres, grupos, e mesmo de nações. Para evitar este estigma essas nações são chamadas normalmente países em desenvolvimento.

O Banco Mundial define a pobreza extrema como viver com menos de 1 dólar por dia, e pobreza moderada como viver com 1 a 2 dólares por dia. Estima-se que 1 bilião e 100 milhões de pessoas a nível mundial tenham níveis de consumo inferiores a 1 dólar por dia e que 2 biliões e 700 milhões tenham um nível inferior a 2 dólares.

A percentagem da população dos países em desenvolvimento a viver na pobreza extrema diminuiu de 28% para 21% entre 1990 e 2001. Essa redução deu-se fundamentalmente na Ásia Oriental e do Sul. Na África sub-saariana (parte sul do continente africano) o PIB PER Capita diminuiu 14% e o número de pessoas a viver em pobreza extrema aumentou de 41% para 44% entre 1981 e 2001. Outras regiões conheceram poucas ou nenhumas melhorias. No início dos anos 90 as economias da Europa de Leste e da Ásia Central registaram reduções acentuadas no rendimento. As taxas de pobreza extrema chegaram aos 6% antes de começarem a diminuir no final da década.

Outros indicadores relativos à pobreza estão também a melhorar. A esperança de vida aumentou substancialmente nos países em desenvolvimento após a II Guerra Mundial e diminuíram a diferença face aos países desenvolvidos onde o progresso foi menor. Até na África sub-saariana, a região menos desenvolvida, a esperança de vida aumentou de 30 anos antes da guerra para 50 anos, antes de a epidemia da SIDA e outras doenças a terem feito recuar para o valor actual de 47 anos. A mortalidade infantil, por seu lado, diminuiu em todas as regiões.

A proporção da população mundial a viver em países onde a ingestão média de calorias é inferior a 2200 por dia diminuiu de 56% em meados dos anos 60 para menos de 10% nos anos 90.

Entre 1950 e 1999, o número de pessoas que sabem ler e escrever, aumentou a nível mundial de 52% para 81%, tendo o crescimento da população feminina que sabe ler e escrever, passado de 59% para 80% da masculina, sido responsável pela maior parte melhoria.

A percentagem das crianças fora da força de trabalho passou de 76% para 90% entre 1960 e 2000. As tendências relativas ao consumo de electricidade, aquisição de automóveis, rádios e telefones foram semelhantes, bem como as relativas ao acesso a água potável. Também a desigualdade parece ter vindo a diminuir a nível global.

A pobreza relativa é vista como dependente do contexto social e acaba por em grande medida ser uma medida de desigualdade. Assim, o número de pessoas pobres pode aumentar enquanto que o seu rendimento sobe.

Em muitos países a definição oficial de pobreza é baseada no rendimento relativo e por essa razão alguns críticos argumentam que as estatísticas medem mais a desigualdade do que as carências materiais.

A linha de pobreza nos EUA é mais arbitrária: por exemplo, de acordo com o Gabinete de Censos dos EUA: 46% dos "pobres" desse país têm casa própria, tendo as casas dos pobres, em média, 3 quartos de dormir, 1,5 casa de banho e garagem. Além disso, as estatísticas são normalmente baseadas no rendimento anual das pessoas sem considerar a sua riqueza.
Contudo, mesmo estando a diminuir, a pobreza global é ainda um problema enorme e dramático:
- Todos os anos cerca de 18 milhões de pessoas (50 mil por dia) morrem por razões relacionadas com a pobreza, sendo a maioria mulheres e crianças.
- Todos os anos cerca de 11 milhões de crianças morrem antes de completarem 5 anos.
- 1 bilião e 100 milhões de pessoas, cerca de um sexto da humanidade, vive com menos de 1 dólar por dia.
- Mais de 800 milhões de pessoas estão subnutridas.
Muitas das consequências da pobreza são também causas da mesma criando o ciclo da pobreza. Algumas delas são:
- Fome.
- Baixa esperança de vida.
- Doenças.
- Falta de oportunidades de emprego.
- Carência de água potável e de saneamento.
- Maiores riscos de instabilidade política e violência.
- Emigração.
- Existência de discriminação social contra grupos vulneráveis.
- Existência de pessoas sem-abrigo.
- Depressão.
O combate à pobreza é normalmente considerado um objectivo social e geralmente os governos dedicam-lhe uma atenção significativa.

Medidas para melhorar o ambiente social e a situação dos pobres:
- Planeamento familiar.
- Habitação económica e regeneração urbana.
- Educação acessível.
- Cuidados de saúde acessíveis.
- Ajuda para encontrar emprego.
- Subsidiar o emprego para grupos que normalmente tenham dificuldade em consegui-lo.
- Encorajar a participação política e a colaboração comunitária.
- Trabalho social e voluntário.
- Instituições Sociais de qualificação de mão de obra.
A diminuição da pobreza extrema e da fome são um objectivo de desenvolvimento do milénio. Além de abordagens mais vastas, o Relatório Sachs (do Projecto do Milénio da ONU) propõe uma série de intervenções de ganho rápido, identificadas por especialistas em desenvolvimento, que custam relativamente pouco mas que têm um grande impacto na redução da pobreza. São elas:
- Eliminar as propinas escolares.
- Fornecer fertilizantes a agricultores pobres.
- Fornecer refeições escolares gratuitas.
- Promover a amamentação das crianças.
- Treinar técnicos locais de saúde pública.
- Fornecer redes mosquiteiras.
- Acesso a informação sobre saúde sexual e reprodutiva.
- Acesso a medicamentos para a SIDA, tuberculose e a malária.
- Investir nos bairros de lata e disponibilizar terrenos para habitação pública.
- Acesso a água potável, saneamento básico e electricidade.
- Legislação sobre os direitos das mulheres, incluindo o direito à propriedade.
- Acção contra a violência doméstica.
- Enviar conselheiros científicos aos governos.
- Plantar árvores.
A maioria dos países desenvolvidos enviam ajuda para as nações em desenvolvimento. Sondagens mostram que, em média, os norte-americanos acreditam que 24% do Orçamento Federal se destina ao apoio ao desenvolvimento. Na verdade, menos de 1% tem esse fim. De acordo com o Projecto Borgen, o custo anual de eliminar a fome é de 19 mil milhões de dólares. Por comparação, o governo norte-americano gasta 420 mil milhões em defesa.
 

Anexos

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Pobreza na Europa!

23% dos cidadãos da União Europeia estavam em risco de pobreza ou exclusão social em 2010.

Tanto em 2010 como em 2009, cerca de 23% da população europeia foram considerados em risco de pobreza ou exclusão social, de acordo com a definição adoptada para a estratégia Europa 2020. O indicador de AROPE é definido como a percentagem da população que se encontram em pelo menos uma das seguintes três condições:
1) em risco de pobreza, o que significa abaixo do limiar de pobreza.
2) numa situação de privação material grave.
3) fazer parte de um agregado familiar com baixa intensidade de trabalho.
 
Pobreza cresce na Europa e já atinge 85 milhões de pessoas.

A União Europeia anunciou em Janeiro de 2010, que 17% de sua população ou cerca de 85 milhões de pessoas em 2008 estavam sujeitos à pobreza, um ponto percentual a mais do que no ano anterior ou 5 milhões de novos pobres.

A situação é mais grave ainda no que se convencionou chamar de Europa do Leste, integrada à UE há menos tempo: na Letónia, onde está o maior índice, a pobreza atinge 26% da população; na Roménia, chega a 23%. Crianças são especialmente vulneráveis - um terço dos pequenos romenos é pobre, e no bloco como um todo o índice é de um quinto. O mesmo se dá com os maiores de 65 anos, entre os quais a pobreza atinge 51% na Letónia, por exemplo.


Para a União Europeia (U.E.), é pobre a família com ganhos inferiores a 60% da renda média no respectivo país, levado em conta o custo de vida. Isso significa 13.600 euros ao ano para um pobre norueguês, e 1900 euros anuais se for romeno.

O critério é mais amplo do que o da ONU (para a qual pobre é quem vive com menos de 2 dólares ao dia), mas não deixa de revelar limitações.
 

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Pobreza em Portugal

O Plano de Emergência Social prevê dar respostas às situações de maior carência com que se defronta a sociedade portuguesa. Apesar de ainda haver muita pobreza encapotada, fruto da vergonha que muita gente ainda sente em expor a sua situação, a verdade é que os números oficiais demonstram que é profunda e com tendência a crescer. Mas onde está o grosso dos pobres em Portugal?
1. A taxa de desemprego está nos 14%, o que representa mais de metade dos quais que não tem acesso a qualquer subsídio.
2. Mais de 323 mil pessoas e 126 mil famílias recebem em Portugal o Rendimento Social de Inserção, um número que foi substancialmente reduzido depois da entrada em vigor de regras mais apertadas para a concessão ou manutenção desta prestação social. O valor médio da prestação é de 88,69 euros por beneficiário e 231,75 euros por família.
3. Em apenas um ano, mais de meio milhão de portugueses deixaram de receber abono de família. A maior quebra ocorreu na região de Lisboa onde quase um terço dos beneficiários deixou de ter acesso ao abono.
4. Em Janeiro de 2011, Portugal registava 2.194.611 pensionistas de invalidez e velhice na Segurança Social. A pensão média destes pensionistas era de 391,62 euros, um valor inferior ao limiar da pobreza que era, em 2010, de 406,5 euros. O valor das pensões do regime regulamentar rural era de 227,43 euros, e as do regime de pensão social e do regime rural transitório de 189,52 euros.
5. O número de portugueses que aufere o salário mínimo tem vindo progressivamente a aumentar. Dados ainda relativos a 2009 mostram que mais de 400 mil trabalhadores não auferem mais do que 485 euros mensalmente.
Em 2009, 1.904.274 portugueses encontravam-se na situação de risco de pobreza (quase 2 milhões de pobres nesse ano). No entanto, este total, que já era muito elevado, só era alcançado depois das transferências sociais (em dinheiro e em espécie), pois se não existissem essas transferências sociais, ou se forem eliminadas o numero de portugueses no limiar de pobreza, nesse ano, subiria para 4.617.066 (ou seja, acima dos 4,5 milhões de pobres no nosso país).
 
Entre 2006 e 2009, passou de 4.234.360 para 4.617.066, ou seja, aumentou em 382.706, o que significa que está a crescer, em média, em 127.568 por ano.
2.712.792 só não estão também na situação de pobreza porque recebem prestações sociais, pois se as não tivessem, ou se forem drasticamente reduzidas, como pretende o governo, cairão imediatamente na situação de pobreza.
As prestações sociais são constituídas por espécie:
- Serviços de educação prestado pelas escolas públicas;
- Consultas e operações nos centros de saúde e nos hospitais públicos.
Ou em dinheiro:
- Pensões,
- Subsídios de doença e de desemprego;
- Abonos de famílias,
- Rendimento social de inserção,
- Comparticipação nos medicamentos.
Alguns dados oficiais mostram a importância destas prestações sociais para todos os portugueses, e também provam que a sua eliminação ou mesmo redução, como pretende o governo, tornará a vida muito mais difícil para milhões de portugueses.

Crise fez aumentar a pobreza em Portugal.
O número de pessoas que procura ajuda para comer aumentou entre 20 a 30% em Portugal desde 2008, altura em que a situação económica piorou.
"Apesar de os tradicionais sem-abrigo, que dormem na rua, não terem aumentado, nota-se um aumento grande nas famílias e pessoas carenciadas", avançou Nuno Jardim, vice-presidente do Centro de Apoio aos Sem-Abrigo (CASA). "A maior parte são pessoas que estão sozinhas, perderam os empregos, têm dificuldades financeiras e vão pedir ajuda para tomar uma refeição", explicou.

A região mais afectada é segundo este responsável, o Algarve porque, só por si, já é uma região pobre, sendo que o distrito de Faro foi o que registou um maior crescimento destas situações.

O principal motivo que as pessoas alegam para pedir refeições é o desemprego, mas nem sempre. Há pessoas que têm emprego e um tecto onde viver, mas o dinheiro que ganham vai todo para a casa ou para o quarto e acabam por não ter dinheiro para mais nada.

Também o presidente da Cais, Henrique Pinto, admite não conhecer o número exacto de sem-abrigo em Portugal, até porque muitas vezes a contagem é feita a partir dos albergues e dos quartos pagos pela Segurança Social ou pela Santa Casa da Misericórdia, mas há um grande número de pessoas que vive em casas abandonadas, devolutas e pessoas que vivem de facto na rua. O responsável lembra que no Porto, ao abrigo da estratégia nacional de apoio à população sem-abrigo, conseguiu-se retirar das ruas cerca de mil pessoas nos últimos dois anos.

A classe média é a que mais tem sofrido. Os problemas familiares são também a razão apontada por Isabel Teixeira, técnica da Legião da instituição de solidariedade Boa Vontade, no Porto. "Um dos motivos principais prende-se com problemas familiares, divórcios, morte de progenitores. Há uma rotura com a família", explicou. "Depois não têm rendimentos fixos nem certos, há muitos que fazem biscates ou arrumam carros ou beneficiam do rendimento social de inserção ou de reformas".

Ainda sem números relativos a 2011, a Assistência Médica Internacional (AMI) contabilizou em Portugal 12.383 pessoas em situação de pobreza no ano 2010, o que representa um aumento de 32% face ao ano anterior. Destas, 1821 pessoas encontravam-se na situação de sem-abrigo, mais 13% que em 2009.

A população sem-abrigo divide-se, de acordo com a Federação Europeia de Organizações Nacionais que Trabalham com Sem-Abrigo (FEANTSA), em quatro grandes grupos:
- Sem Tecto (vivem na rua),
- Sem Casa (vivem em habitações temporárias),
- Vivem em habitação precária (foram despejados);
- Vivem em habitação inadequada.
 

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Sem Abrigos no Mundo!

Um relatório das Nações Unidas de 2005 afirma que havia cerca de 100 milhões de pessoas sem-abrigo em todo o mundo e que 1,6 mil milhões não tinha uma habitação adequada.

No Leste europeu os termómetros marcaram no mês de Fevereiro, temperaturas baixas na ordem dos 30º graus negativos. Esta vaga de frio que atingiu o continente foi devastadora para os que não têm abrigo, pois a maioria vivia na rua.

Cada país na Europa tem uma definição própria do termo e um plano de ataque específico para gerir a situação, nenhum é poupado.

O mais afectado, dos 27 membros da União Europeia, é a Polónia. Quando as condições meteorológicas são desfavoráveis, os abrigos sociais nunca são suficientes. Os que conseguem lugar tentam manter-se no interior, procurando uma refeição. Temperaturas rigorosas que fragilizam os mais desunidos, cada vez mais numerosos.

A Ucrânia é o país mais afectado pela vaga de frio que fez com que as temperaturas caíssem para o valor mais baixo dos últimos seis anos, atingindo os 33º graus negativos em algumas regiões. Centenas de sem abrigos morreram vítimas do frio glacial. Muitos dos sem abrigos foram transferidos para abrigos temporários ou tendas com aquecimento.

A crise destruiu 6 milhões de postos de trabalho na Europa: 25% dos europeus correm risco de pobreza e de exclusão social! É difícil conhecer os números exactos, mas haverá cerca de três milhões de pessoas sem abrigo na Europa. O fenómeno afecta todos os países, qualquer que seja a situação económica. Proporcionalmente, é a França que tem mais pessoas nesta situação. Na Grécia, a percentagem também aumentou para 25%, em dois anos. Serão cerca de 20 mil actualmente.

A Grécia é o país mais afectado pela crise europeia. As consequências incluem:
- A perda de emprego;
- As falências pessoais e profissionais;
- O aumento da taxa do suicídio;
- O aumento do consumo de drogas;
- O aumento de pessoas sem abrigo.
Markos Bolaris, ministro grego da Saúde afirmou: "Nos últimos meses juntámos outra categoria à lista: os novos sem abrigo, pessoas desempregadas, que não podem pagar as contas e que são expulsas. Este é o novo perfil na sociedade grega".
Mas o fenómeno dos sem abrigos também existe na Alemanha, principalmente em Berlim, onde diariamente, os centros de acolhimento ficam completos ao fim da tarde.
 

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Crianças Sem Abrigo nos E.U.A. e Reino Unido!

Com a crise Mundial em que os Bancos foram vítimas de operações especulativas da Bolsa, a miséria alastrou até aos países mais desenvolvidos como o Reino Unido e E.U.A.:
- Famílias inteiras despejadas na rua devido à crise do subprime;
- Milhares de pessoas sem poderem pagar o empréstimo da casa ao Banco foram postas na rua a viver de esmolas, esquecidas e ignoradas por uma sociedade sedenta de capitalismo.
No Reino Unido, registou-se a maior população sem-abrigo da Europa sendo que 15% destes sem-abrigo são crianças. As principais causas para isso são:
- O desemprego dos pais;
- Falência de famílias;
- Imigração (legal ou ilegal);
- Casas incendiadas e violência doméstica.
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Nos E.U.A., na cidade de Los Angeles estima-se que 16.000 crianças
vivam sozinhas na rua.




 
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Famílias a viverem nos seus carros!

Nos E.U.A. existem famílias a viverem em carros, em túneis e estações de comboio desocupadas.

O mais incrível: pessoas a viver em esgotos como ratazanas!

Em Santa Barbara, no Estado da Califórnia, é cada vez mais evidente o aumento do número de sem-abrigo. Muitos que tentam sobreviver à crise, são obrigados a dormir dentro dos seus automóveis.
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Americana mostra como vive no seu carro na cidade de Los Angeles,
no Estado da Califórnia; a crise acabou com milhares de habitações
populares.

Em Nova York são 41 mil pessoas, o número dos que vivem em abrigos, sendo que a maioria é profissional, usando roupas boas e de marcas e usam também smartphones.
 
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Pobreza nos Estados Unidos da América (E.U.A.)

Apesar da prosperidade do país, 15% dos americanos são pobres ou seja, cerca de 46 milhões.

Os serviços de recenseamento dos Estados Unidos revelaram que 15% dos americanos são pobres. São um pouco mais de 46 milhões de pessoas. O número de pobres nos Estados Unidos foi calculado com base em dados de recenseamento e representa um aumento de quase 1% em relação a 2010.

Os dados do recenseamento identificaram 46,2% americanos a viver abaixo do chamado nível de pobreza. Esse nível é definido com base no rendimento: oficialmente, um pobre americano vive com menos de 465 dólares por mês.

Segundo um estudo da Universidade de Indiana (E.U.A.), o número de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza nos E.U.A., aumentou em 27%, chegando a 46 milhões.

Uma nova pesquisa do National Poverty Center traz alguns números que pintam o retrato da pobreza nos Estados Unidos:
- 1,4 milhão de famílias estão vivendo com menos de dois dólares por dia, ou 60 dólares por mês – o número é mais que o dobro do registado em 1996.
- 2.8 milhões de crianças fazem parte desta estatística.
- 866 mil famílias viviam em condições de pobreza extrema.
- 45,2 milhões de pessoas recebiam benefícios do Programa de Assistência à Nutrição Suplementar (SNAP, na sigla inglês), que aprova cupões de alimentação para as famílias de baixa renda, em 2011.
O número é quase o dobro do registado em 1996:
- 25% das famílias vivendo em pobreza extrema são afro-americanas e 22% hispânicas. Embora não sejam a maioria, estes grupos foram os mais penalizados nos últimos 15 anos. O crescimento dos dois grupos foi de 182,7% e 131,9%, respectivamente, enquanto, entre as famílias brancas, o aumento foi de 109,9%. Entre crianças negras, a taxa de pobreza chega a 39%, mais de três vezes maior do que a registada entre crianças brancas (12,4%).

A pobreza nos Estados Unidos está mais concentrada no Sul, em Estados como o Mississippi, Louisiana, Geórgia, Novo México e Arizona. O Estado com menos pobreza é o New Hampshire, no Norte, com 6%, onde se situam, em geral, os estados menos pobres.

Bruce Meyers, um especialista universitário em questões sociais, afirma que o elevado desemprego provocado pela crise económica está na origem do aumento da pobreza. Ele crê que a pobreza vai aumentar, com o aumento do chamado desemprego a longo prazo, que atinge actualmente 6 milhões de americanos.

O desemprego fez aumentar, para 50 milhões, o número de americanos sem acesso a serviços de saúde.

Os Estados Unidos não têm um serviço nacional de saúde, e quase todo o sistema de clínicas e hospitais é privado, pelo que as pessoas devem ter um seguro médico.

Mas esses 50 milhões de pessoas não têm acesso ao seguro médico, por ser muito caro – e quem não tem seguro furta-se aos cuidados de saúde porque estes também são caros no sector privado.

Muitos seguros são proporcionados pelas entidades patronais e o desemprego quase sempre acarreta o fim desse seguro. O Presidente Obama conseguiu fazer aprovar um programa de reforma da saúde para providenciar seguros médicos acessíveis a todos, mas a bancada parlamentar republicana, reforçada nas eleições legislativas de 2011, quer fazer descarrilar o plano contra o qual foram apresentados cerca de 30 processos judiciais.
 
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E.U.A.: Pobreza aumenta a níveis nunca vistos!

[video=youtube;phpS-wyat_I]http://www.youtube.com/watch?v=phpS-wyat_I[/video]
 
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BBC visita acampamentos pobres nos E.U.A.

A BBC visitou nos Estados Unidos alguns acampamentos de sem tecto, cada vez mais numerosos no país desde o início da crise económica que explodiu em 2008.
[video=youtube;M2cHfHqY5PY]http://www.youtube.com/watch?v=M2cHfHqY5PY[/video]
 
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E.U.A.: Região Sul é considerada a mais pobre do País!

Segundo o último censo, o sul dos E.U.A. é a região mais atingida pela pobreza. No país são considerados pobres aqueles que recebem menos de 22.000 dólares por ano e que sobrevivem com o necessário. Cerca de 67 milhões de pessoas vivem em regiões de pobreza. As zonas turísticas estão rodeadas de pobreza.
[video=youtube;oSQoGk5i3ZU]http://www.youtube.com/watch?v=oSQoGk5i3ZU[/video]
 
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Pobreza na Grécia!

A recessão na Grécia fez aumentar o número de pobres e quase desaparecer a classe média. Há muita gente, sobretudo profissionais liberais e empresários, que diz estar a passar pelo que nunca imaginou. Sem emprego e com pouco dinheiro recorrem a apoios que só conheciam pela televisão.

No primeiro empréstimo à Grécia de cerca de 110 biliões de euros, só ficou no país apenas 22 biliões de euros: o resto foi para os credores, Bancos, hedge funds, e outros investidores. A Grécia foi apenas o ralo por onde aqueles biliões se escoaram para o saco sem fundo dos mercados financeiros.

Enquanto isso, a Grécia vive uma situação dramática: Atenas tem um pouco mais do que 3 milhões de habitantes e 25 mil moradores de rua - 28% dos cidadãos gregos vivem abaixo da linha da pobreza.

A situação agrava-se ainda mais, com a percentagem a cair provavelmente para 8,5%, se incluirmos além da renda, o acesso a saúde, educação, saneamento, etc. Agrava a situação grega o facto de que um grande número daquela população ter vivido em condições razoáveis de emprego, moradia, saúde, até à 4 anos atrás.

Na Grécia existe um número de telefone: 1018, para as pessoas poderem chamar se sentirem tentadas a cometer um suicídio. Em 2010, houve 2500 chamadas; em 2011, 5 mil chamadas. A taxa de suicídios na Grécia subiu para 6% anuais para cada 100 mil habitantes.

 

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Familias Desesperadas pela Crise na Grécia!

A crise financeira grega causou tamanho desespero em algumas famílias que estão a abandonar os seus próprios filhos por falta de condições, segundo reportagem da rede BBC.

Uma professora pré-primária em Atenas, contou que encontrou um bilhete que dizia respeito a uma de suas alunas de quatro anos:
- "Não voltarei para buscar Anna hoje, porque não tenho dinheiro para cuidar dela. Por favor, tome conta dela. Desculpe. Sua mãe".

Nos dois últimos meses, o padre Antonio, que dirige um centro de juventude para a população carente, encontrou quatro crianças na sua porta – entre elas, um bebé com menos de um mês de idade.

"No último ano, recebemos centenas de casos de pais que querem deixar seus filhos connosco. Eles dizem que não têm dinheiro, abrigo ou comida para suas crianças".

Outra organização não governamental teve de atender um casal cujos bebés gémeos estavam hospitalizados, sendo tratados por desnutrição. Isso porque a mãe, também desnutrida, não conseguia amamentá-los. Casos como estes estão chocando um país em que laços familiares são bastante valorizados.

Fonte: Jornal Destak RJ
 

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Situação dos Menores na Grécia!

Duas em cada dez crianças até aos 17 anos vivem em pobreza na Grécia, o que corresponde a 23% da população menor do país, revela uma pesquisa do Centro Nacional Grego de Estudos Sociais, de acordo com a agência Lusa.

Pelo menos 450 mil crianças na Grécia, ou seja, 23,3% da população menor do país, vivem em pobreza, realça aquele estudo, referindo ainda que 14,6% das crianças gregas não terminam a escola secundária e que esse número sobe para 71,2% quando se trata de crianças pobres.

Por outro lado, os dados oficiais revelam que mais de 20 mil gregos menores trabalham de forma ilegal, mas o provedor de Justiça grego, George Moschos, alertou que o verdadeiro número poderá ser cinco vezes superior, uma vez que aqueles trabalhadores não são declarados às autoridades.
 

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Europa Descobre Seus Novos Pobres!

Panos, operário do sector de construção civil, nunca pensou que depois de levantar tantos novos prédios durante o boom imobiliário grego no início da década, viveria no centro social, sem casa e sem renda. Depois de perder seu emprego em 2009, e o seu subsidio de desemprego em 2010, ficou sem renda. O operário foi obrigado a devolver a casa que havia comprado a um banco e buscar refúgio. "Era para ser algo temporário. Mas já faz quase dois anos que estou aqui e não consigo sair ", disse ao Estado.

Se nos países emergentes o surgimento dos novos ricos é considerado como um dos fenómenos mais relevantes do crescimento económico dessa região, na periferia da Europa o continente descobre seus novos pobres.

A previsão de académicos é de que a Grécia terá sua maior taxa de desemprego em exactamente 50 anos. No início dos anos 60, milhares de pessoas perderam seus trabalhos no campo quando a Grécia introduziu a agricultura mecanizada. Desde 2008, a taxa de desemprego já dobrou, e institutos de pesquisa alertam que a taxa de desemprego em 2012 é de 23%.

Outro drama é que, ao contrário de países como Alemanha ou França, o subsidio de desemprego já dá sinais de fadiga. Pela lei, o governo garante 500 euros por pessoa desempregada. Mas apenas por um ano. Hoje, mais da metade dos desempregados já não encontram trabalho há mais de um ano. Na prática, estão sem renda. Isso sem contar com cerca de 280 mil pessoas que não conseguiram receber o que tem direito porque o estado está falido.

Um dos resultados imediatos é a explosão das pessoas sem capacidade para pagar as suas rendas, hipotecas e mesmo alimentos. Só em Atenas, esse número subiu 25% num ano.

"Construí casas para centenas de pessoas. Agora, não tenho a minha", diz Panos. "Dizem que essa é uma crise mundial e que há gente em outros lugares vivendo o mesmo problema. Como é que chegamos a isso se tudo parecia ir tão bem. Para onde foi todo aquele dinheiro", pergunta. Ele enviou sua mulher e duas filhas de volta para o vilarejo no interior da Grécia, onde contam com a ajuda de parentes. Panos ficou para encontrar trabalho. No centro social mantido pela entidade Kalimari, as assistentes sociais confirmam que nunca trabalharam tanto.

Além do desemprego, a elevação de impostos teve um impacto devastador. Hoje, um grego paga a terceira maior taxa de impostos do continente. Projecções feitas pelo académico Savas Robolis, da Universidade Pateion, apontam que, até 2015, quando todas as medidas de austeridade estarão implementadas, o nível de vida dos gregos que ainda conseguirão trabalhar será 40% inferior ao que era em 2008, às vésperas da crise. A pobreza, que a Grécia pensava que havia superado nos anos 80, desembarca com força.

Quem também alerta para a explosão da pobreza é a Igreja Ortodoxa de Atenas. Costis Dimtsas, porta-voz da Igreja, explica que desde 2011, vem registando um número cada vez maior de pessoas que batem à porta dos centros religiosos em busca de comida, remédio e um tecto. "Há um tsunami vindo e 2012 verá resultados desastrosos no campo social", disse. Dimtsas conta que a rede de distribuição de alimentos não está a ter capacidade de sustentação, para suportar tantas pessoas em dificuldades. "Antes, tínhamos esse serviço basicamente para os imigrantes. Hoje, 60% dos que pedem comida são gregos", disse o porta-voz da Igreja Ortodoxa. "Hoje, a Igreja Ortodoxa está sendo obrigada a substituir em parte o estado. Estamos alimentando a cada dia, 10 mil pessoas", disse.

No centro de Atenas, um dos bancos de alimentos montados pela Igreja mostra o tamanho do desespero. Por vezes, duas horas antes da abertura da distribuição de alimentos, a fila formada chega a dar a volta ao quarteirão. Em apenas 30 minutos, os religiosos e assistentes sociais entregaram 1,2 mil pacotes de alimentos. Mais da metade da fila ficou sem acesso, por não chegar para todos. Quem teve sorte não esperou nem mesmo deixou o local da igreja para devorar o pacote de batatas, pão e salada, além de um iogurte.

Longe das filas de europeus desesperados, o ministro do Trabalho e braço direito de George Papandreou, George Kutrumanis, mantinha um tom messiânico ao conversar com o Estado: "Todos nossos esforços são na direcção de garantir o bem-estar da população. A história nos julgará", concluiu.

Fonte: ABC
 

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Quem Governa a Grécia: Banqueiros que põem Pobres contra Pobres!

Quem irá beneficiar com o novo pacote de medidas de austeridade para a Grécia, que teve uma violenta reposta da parte do seu povo? Adrian Salbuchi, escritor e consultor, fala à RT, sugerindo que os principais responsáveis pela recessão económica são os banqueiros.
[video=youtube;-vil82ksKYQ]http://www.youtube.com/watch?v=-vil82ksKYQ[/video]
 
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Pobreza e Exclusão Social na Europa!

Quase 1 em cada 4 pessoas na União Europeia foi ameaçada pela pobreza ou exclusão social em 2010.

Esta é a conclusão de um relatório oficial que a Comissão Europeia apresentou em Dezembro de 2010.

Segundo o relatório, 115 milhões de pessoas, ou 23% da população da UE, foram consideradas pobres ou socialmente desfavorecidas.

As principais causas foram:
- O desemprego;
- A idade avançada;
- Os baixos salários.
Com mais de 8% de todos os trabalhadores da Europa agora pertencendo ao grupo de trabalhadores pobres.

Famílias de mães ou pais solteiros, imigrantes e jovens são os mais afectados.

Entre os jovens, o desemprego é mais do que o dobro do que entre os adultos:
- Cerca de 21,4% de todos os jovens da UE não tinham nenhum trabalho em Setembro de 2011.
- A Espanha lidera todos os países da UE com uma taxa de desemprego entre os jovens de 48%.
- Na Grécia, Itália, Irlanda, Lituânia, Letónia e Eslováquia, o desemprego dos jovens está entre 25% a 45%.
Em países como Alemanha, Países Baixos e Áustria, as taxas de desemprego entre os jovens são menores apenas porque a formação escolar leva mais tempo e muitos jovens desempregados estão "estacionados" em empregos sem carteira assinada, facto que os exclui das estatísticas oficiais. Mas mesmo nesses países a oportunidade de conseguir um emprego com remuneração decente está diminuindo. Cerca de 50% de todos os novos contratos de trabalho na UE são contratos de trabalho temporários. Para os trabalhadores com idade entre 20 e 24 anos, a proporção é de 60%.

O crescimento da pobreza e da exclusão social não é simplesmente um resultado da crise económica, mas sim o resultado de uma política deliberada por parte dos governos europeus e da União Europeia. Apesar dessas estatísticas alarmantes, as autoridades continuam a cortar os gastos sociais, a aumentar a idade da aposentadoria, a eliminar empregos no sector público e a expandir o sector de baixos salários - todas medidas que ampliam e aprofundam a pobreza.

Após a Segunda Guerra Mundial, quando o desemprego e a pobreza se generalizaram pela Europa, mesmo governos de direita se sentiram obrigados a prometer um futuro melhor e mais próspero. Hoje, todos os governos europeus não têm nada para oferecer à classe trabalhadora além de sacrifícios e privações.

A alegação de que as medidas de austeridade estão sendo usadas para resguardar os tesouros nacionais é uma mentira descarada. As finanças públicas estão insolventes porque elas têm sido saqueadas pela mesma elite financeira que agora é beneficiada pelas medidas de austeridade. Impostos sobre os lucros, a propriedade, e a alta renda têm sido repetidamente reduzidos. Muitos países do Leste Europeu, onde a pobreza é particularmente elevada, introduziram um imposto fixo de menos de 20%. Três anos atrás, triliões em fundos públicos foram transferidos para os cofres dos bancos para cobrir suas perdas especulativas.

O relatório da UE documentando o crescimento da pobreza também contém dados sobre o crescente fosso entre ricos e pobres:
- Na Alemanha, o país mais rico, 1% da população possui 23% de toda a riqueza e os 10% mais ricos controlam 60%.
- Metade da população alemã possui apenas 2% de toda a riqueza.
O relatório diz: "Uma estrutura em que os pobres possuem menos de 5%, as classes médias 30%/35%, e os ricos mais de 60% representa um padrão típico que pode ser encontrado na maioria dos países europeus".
 
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Desemprego e Pobreza na Europa

No momento em que o Lehman Brothers faliu, em Setembro de 2008, governos europeus se apressaram em declarar que não havia oportunidade de que o Velho Continente fosse afectado. Quatro anos depois, não só a crise ainda não foi superada como a Europa redescobre seus pobres. Em apenas quatro anos, dados oficiais mostram que o desemprego é recorde, a renda principalmente da população na periferia do continente desabou e o número de pobres aumenta.

Segundo investigadores, é a primeira vez desde o pós-guerra que a Europa regista um aumento real no número de pobres, pelo menos na parte Ocidental. A classificação de pobre usado na Europa não é a mesma da ONU, que colocou a taxa de miséria com uma renda de 1,25 dólar por dia. Na Europa, a taxa varia dependendo do país e é estabelecida com base num salário que mantenha uma família de forma adequada.

Estudos publicados pela União Europeia (UE), pelos governos nacionais e entidades de pesquisa revelam o que já vem sendo chamado de nova pobreza: Centenas de empresas fecharam as portas. Mas foram os cortes drásticos nos investimentos dos governos que aprofundou ainda mais a recessão social.

Portugal

O desemprego oficial em Portugal atinge 15%, a maior taxa em 30 anos. Estão inscritos nos centros de empregos do país, para obter ajuda social, mais de 771 mil desempregados registados, e 1 milhão de portugueses estão sem emprego. Hoje, um quinto dos portugueses vive com menos de 360 euros por mês - no total, esse universo abrange quase 2 milhões de pessoas. Uma fatia de 4% não tem condições financeiras para fazer uma refeição a cada dois dias com carne ou peixe. Os dados oficiais da UE apontam que o risco de pobreza em Portugal, que em 2008 atingia 18% da população, seja actualmente de 23%.

Espanha

A expansão da pobreza também é uma realidade para os espanhóis. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística da Espanha, 800 mil espanhóis passaram à situação de exclusão social severa desde 2007. Hoje, a pobreza relativa chega a 20,8% da população, quase 10 milhões de espanhóis. O desemprego passou de pouco mais de 11% em 2008 para 21% em 2011. A taxa de desemprego em Espanha atingiu o valor recorde de cerca de 24,4% no primeiro trimestre de 2012. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística espanhol, mais de 5,6 milhões de espanhóis não tem trabalho. Diante das dificuldades em voltar a trabalhar, 500 mil pessoas não recebem a ajuda social do Estado. Cerca de 2,2 milhões de crianças vivem abaixo da linha da pobreza em Espanha. Trata-se de 205.000 menores a mais em relação a 2010/2011. É o que emerge no relatório sobre a infância na Espanha 2012-2013 apresentado pelo Unicef España, advertindo que pela primeira vez os menores formam o grupo mais pobre e mais afectado pela crise económica. A pobreza infantil ultrapassou 26%.

Grécia

A crise na Grécia foi sentida de forma ainda mais forte e fez o país perder dez anos pelo menos no seu progresso social. No índice estabelecido pela UE para determinar a disparidade social dentro do bloco, os números desde 2007 mostram uma queda importante na renda grega.

Pelo índice, o número 100 é considerado como a média da UE. Em 2008, a Grécia estava com 94 pontos, abaixo já da média do bloco. Apenas três anos depois, a taxa caiu para 89 pontos, situação equivalente ao que estava nos anos 90. O índice ainda mostra que a renda de um grego é hoje metade do que ganha um norueguês. Em 2011, um terço dos gregos ganhava menos de 470 euros por mês.

De acordo com números divulgados pelo Elstat, o serviço local de estatística, a taxa de desemprego na Grécia atingiu 21,7% em Fevereiro de 2012. Um aumento de cinco décimas comparativamente a Janeiro. Os números são ainda mais preocupantes quando se considera o desemprego jovem, que atingiu 54%. Um em cada dois jovens está sem trabalho. Em cerca de dois anos, devido à crise e instabilidade governativa, o desemprego praticamente duplicou. Pior que a Grécia, na zona euro, só mesmo Espanha. As estimativas indicam que a economia grega terá encolhido cerca de 20% entre 2008 e 2012, naquela que é a maior e mais profunda recessão desde o período do pós-guerra

Irlanda

A queda da renda do irlandês também é evidente. Entre 2008 e 2009, a renda semanal foi reduzida em 12%. Segundo o Escritório Central de Estatística, 25% das famílias estavam com pelo menos uma de suas contas atrasadas. Em 2008, esse número era de apenas 10%.

Para os especialistas, o mais preocupante é a falta de perspectiva de melhoria na situação da periferia da Europa. Para Sha Zukang, vice-secretário-geral da ONU, o desemprego na Europa voltará às taxas de 2007, apenas em 2015. O brasileiro Otaviano Canuto, vice-presidente do Banco Mundial para o combate à pobreza, também aponta um cenário pouco animador para a Europa nos próximos anos. "Veremos um crescimento apenas modesto da economia europeia por algum tempo ainda", alertou Canuto, em declarações ao Estado. "O número de pessoas abaixo da linha da pobreza aumentará por alguns anos mais", alertou o professor de Economia da Universidade de Barcelona, González Calvet.
 
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Pobreza em Espanha!

A cada ano que passa os espanhóis ficam cada vez mais pobres e endividados. Em Espanha, 21,8% da população já vive abaixo do limiar da pobreza. Os dados foram publicados pelo Instituto Nacional de Estatística de Espanha e revelam um panorama desolador para o país vizinho. Em Dezembro de 2011, já se tinha registado 10 milhões de espanhóis a viveram em situação de pobreza relativa, com uns 500 euros por mês. Cerca de 2 milhões de espanhóis vivem em pobreza severa, com rendimentos de 300 euros por mês.

Segundo o documento:
- 36% das famílias espanholas não tem capacidade de suportar gastos imprevistos;
- 26% chegam ao fim do mês com grandes dificuldades;
- 6% tem rendas, contas de electricidade ou gás em atraso;
- Quatro em cada dez espanhóis não consegue sequer passar uma semana de férias por ano.
As regiões espanholas mais afectadas pela pobreza são:
- A Estremadura (38% das pessoas abaixo do limiar da pobreza;
- As Canárias (com 31%).
As regiões menos afectadas são Navarra (com 7,3%), o País Basco (11,6%) e as Astúrias (12,3%).

Para fugir ao desemprego, centenas de espanhóis emigram para a Noruega, à procura de trabalho. Poucos tiveram sorte, e muitos só encontraram desemprego, frio e desespero.
 

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Emigração em Massa do Sul da Europa para a Noruega!

Ao terminar a época áurea no Sul da Europa, muitos dirigem o seu olhar para o Norte. O desemprego juvenil no Sul da Europa é extraordinariamente elevado, atingindo 40% em certos países. Actualmente, 5,5 milhões de europeus com idades compreendidas entre os 16 e os 24 anos estão desempregados. A taxa de desemprego juvenil entre os 27 Estados da Europa situa-se em 22%, mais do dobro da taxa de desemprego geral. Há o risco de toda uma geração ser desperdiçada.

A Noruega, porém, é uma terra prometida para aqueles que desejam trabalhar. Com uma taxa de desemprego juvenil de 7% e uma taxa de desemprego geral de 2,8%, a Ministra do Trabalho deseja atrair trabalhadores qualificados para a Noruega. Em Janeiro de 2012, havia mais de 25.000 postos de trabalho vagos, o que representa um aumento de 12% desde Janeiro de 2011.

Segundo estatísticas oficiais, o número de imigrantes gregos registados pelas autoridades fiscais norueguesas como estando empregados aumentou 82% desde 2011, o de espanhóis 33% e o de italianos 6%.

"Muitos trabalhadores gregos e espanhóis contactaram-nos para pedir informações sobre eventuais oportunidades na Noruega. Isto nunca aconteceu antes", disse Almedina Jahre, um gestor da Administração do Trabalho e Assuntos Sociais da Noruega ao jornal Aftenposten.

Após vários anos daquilo que Kjell Gunnar Salvanes, professor de economia na escola norueguesa de gestão NHH , descreve como "imigração em massa", 15% da população activa da Noruega em 2011 eram cidadãos estrangeiros, segundo números oficiais. Prevê-se que esta percentagem continue a aumentar no futuro.

Mas embora muitos gregos, espanhóis e italianos tenham ido para a Noruega, nem todos têm uma oportunidade de usar o seu cartão de contribuinte. Muitos ficam desempregados durante vários meses.

"A realidade é muito diferente", diz o espanhol Gonzalo Marina, citado pela agência noticiosa norueguesa NTB. Marina deixou a mulher e dois filhos para procurar um emprego na Noruega depois de ter perdido o emprego em Espanha. No entanto, não fala norueguês e sobrevive vivendo na rua, beneficiando das refeições distribuídas gratuitamente pela Robin Hood House e pela Church City Mission da cidade de Bergen.

Desde Março do ano passado, a Robin Hood House acolheu outras 250 pessoas que se encontravam numa situação idêntica. Algumas têm um nível elevado de educação, outras são trabalhadores qualificados, outras ainda trabalhadores não qualificados.

"Houve um rapaz espanhol que dormiu na rua durante três semanas no Outono. Um homem da Alemanha dormiu numa gruta debaixo de uma ponte, afirmou Marcos Amano, Director Executivo, na fundação Robin Hood House, na cidade de Bergen.

Marcos Amano salientou que o mercado de trabalho norueguês exige conhecimentos da língua norueguesa, qualificações formais, certificados e referências. "São poucos os empregos para os quais se possa entrar directamente", acrescentou.

A Ministra do Trabalho, Hanne Bjurstrom (Partido Trabalhista) quer que trabalhadores qualificados de toda a Europa se candidatem a empregos na Noruega, mas também salientou que aqueles que não conseguirem obter um emprego na Noruega devem voltar para o seu país.

"Fazem parte do mercado de trabalho livre europeu. Isto significa que as pessoas têm a liberdade de viajar em busca de emprego. Mas se não forem bem sucedidas, dizemos que não temos nenhuma obrigação para além de garantir que os cidadãos da UE que aqui procurem emprego não passem por situações angustiantes. Na minha opinião, estarão melhor no seu país do que a ter de usar água fria na Noruega", disse Hanne Bjurstrom aos jornalistas na Noruega.

María Fernandéz, de Madrid, Espanha, está agora a fazer um esforço para aprender a língua e adaptar-se ao clima. Com a sua experiência anterior e formação está à procura de um emprego no sector petrolífero. "Os meus amigos do secundário foram para o Reino Unido, a Alemanha, França ou os Países Baixos à procura de um emprego. Só uma minoria ficou em Madrid e muitos deles estão a fazer estágios mal remunerados e a viver em casa com os pais", disse Maria Fernandéz ao jornal E24.no.

Os seus amigos ficaram chocados e perguntaram-lhe por que razão queria mudar-se para um país frio e pouco amigável como a Noruega. "Sei, graças ao meu programa de intercâmbio em Oslo, que os noruegueses são simpáticos e que não há muitos dias com menos 15º C", disse Maria Fernandéz ao E24.no.

Francisco Zamora, de 44 anos, natural de Alcantarilla (Múrcia), é um homem tranquilo. Usa um cachecol enrolado três vezes à volta do pescoço para se proteger do frio intenso. É formado em electrónica, tem experiência na construção e em fábricas. Chegou a ganhar 3000 euros por mês. Mas há três anos, tudo isso ficou para trás. Como ele, centenas de espanhóis desempregados durante meses, partiram da Espanha em crise e rumaram a um dos países mais ricos do mundo; a escolha não podia ser outra. Contudo, quando lá chegaram, o mito caiu por terra. Sem qualificações ou conhecimento de línguas, as portas fecham-se. As autoridades não querem saber deles. Alguns gastaram as suas poupanças e vivem com grandes dificuldades, inclusive dormindo na rua.

O Modelo Nórdico!

Os países nórdicos caracterizam-se há muito por uma gestão eficaz do risco social, o que envolve uma rede de segurança feita de apoios à educação e ao desemprego e conduziu a níveis elevados de competitividade económica, coesão social e bem-estar entre os nórdicos. As crianças norueguesas aprendem na escola que a Noruega era uma dos país mais pobres da Europa em 1905. Passados cem anos, os cinco países nórdicos constituem um grupo económico com níveis de vida semelhantes e com a Noruega à cabeça. A Noruega tem a sorte de possuir uma grande diversidade de recursos naturais. Mas apesar de todo o petróleo, gás, recursos hidroenergéticos e peixe, as pessoas são na realidade, o seu maior recurso. Calcula-se que a mão-de-obra representa 90% do património nacional da Noruega.

A prosperidade norueguesa e também os programas "Espanhóis no Mundo", tendo as suas três últimas edições dedicadas à Noruega uma audiências entre os 3,5 e os 2,8 milhões de telespectadores, exerceram o efeito de canto da sereia para um número cada vez maior de espanhóis. Embora muitos não se registem, o número de espanhóis inscritos na embaixada de Espanha passou de 358, em 2010, para 513, em 2011.

Mas chegados ao país, depararam com uma barreira intransponível constituída por três elementos: o frio polar, a língua e os preços exorbitantes (o aluguer de um quarto custa 600 euros; um pacote de leite, dois euros).

Apesar de ter recusado fazer parte da União Europeia, a Noruega assinou o acordo de Schengen, que dá livre entrada no seu território aos cidadãos da UE. No entanto, o país não dispõe de infra-estruturas públicas de apoio àqueles que lá foram parar sem nada. O Governo não lhes oferece alojamento, nem dinheiro, nem ajudas. Isso fica nas mãos da Caritas, da Cruz Vermelha ou do Exército de Salvação.

Os órgãos de informação locais não tardaram a recolher histórias destes novos imigrantes. Num país com apenas cinco milhões de habitantes, a notícia teve algum impacto. Em Bergen (260 mil habitantes), uma cidade próspera onde quase não há mendigos, os jornais e as cadeias de televisão dedicaram-lhes várias reportagens.

O testemunho de Tuna, uma das funcionárias da Cruz Vermelha de Bergen, ilustra o modo como alguns noruegueses estão a encarar o caso. "Dantes, vinham aqui sobretudo polacos. Mas de repente, começaram a chegar espanhóis. Não têm comida nem trabalho e pedem ajuda. Temos ajudas para os refugiados políticos mas não para aqueles que vêm de forma voluntária". Trata-se de uma situação angustiante nunca vivida na Noruega.
 

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Lista de Casos de Pobres da Caritas International

A Caritas Internacional (Caritas Internationalis) é uma confederação de 162 organizações humanitárias da Igreja Católica que actua em mais de 200 países. Colectiva e individualmente a sua missão é trabalhar para construir um mundo melhor, especialmente para os pobres e oprimidos.

Aqui vai casos problemáticos de pobreza apresentada pela Cáritas Internacional:
http://www.caritas-europa.org/module/FileLib/ZeroPovertyPartBPORTUGUESEfinal.pdf
 
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