• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Marcha lenta na EN125

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345
Marcha lenta na EN125


Uma marcha lenta de uma dezena de automóveis em protesto contra as portagens na Via do Infante (A22) causou hoje perturbações no trânsito entre Boliqueime e Faro, na EN 125.

Com batedores da GNR a seguir a coluna de automóveis, os manifestantes partiram em direcção a Faro cerca das 17:00 e terminam a Faro cerca de duas horas depois, após uma passagem pelo aeroporto da cidade.

«Esta marcha serve para demonstrar que, mesmo com alguns automobilistas, porque é dia de semana e as coisas não são fáceis, conseguimos entupir EN125 e mostrar que não constitui alternativa à Via do Infante», explicou João Vasconcelos, da comissão de utentes contra as portagens.

O dirigente da Comissão que representa os utilizadores da A22 afirmou que «o Algarve está a viver uma situação dramática, com 50 mil desempregados, muitas empresas a fechar».

«A luta de rua é para continuar e só resta ao governo suprimir as portagens», disse o representante da comissão, que acusou o Governo de estar a «mentir» quando diz que a decisão da Comissão Europeia que questiona as portagens nas antigas SCUT se refere apenas às isenções e descontos.

Presente na manifestação, o inglês Paul Rees disse que «para os britânicos as portagens são mais um imposto e um imposto negativo.

O turismo perde como se pode ver pela não entrada de espanhóis na região e o que se ganha com as portagens perde-se na [reduzida] actividade turística», afirmou.

Residente em Algoz, no concelho de Silves, desde 1972 com a família, o britânico disse que não tem utilizado a via do infante desde a introdução das portagens, a 8 de Dezembro.

«As pessoas chegam ao aeroporto de Faro e não ficam no Algarve, seguem directamente para Espanha», lamentou.

Por seu turno, o dirigente da comissão de utentes falou ainda do encontro que na sexta-feira reunirá a comissão de utentes e associações empresariais, sindicais e autoridades espanholas em Huelva (Espanha) e que surge no seguimento de uma outra reunião, realizada a 10 de Fevereiro em Ayamonte, na qual foi constituída comissão luso-espanhola pela supressão de portagens na A22.

«O encontro levou à elaboração de um manifesto de apoio a uma área transfronteiriça livre de portagens, envolvendo o Algarve e a província de Huelva.

O manifesto prevê um conjunto de iniciativas junto do Governo português, do Governo espanhol, das entidades da Andaluzia e do Algarve, presidente de câmara e de ayuntamientos, para anular as portagens», explicou Vasconcelos.

O representante da Comissão congratulou-se ainda com as declarações do ministro espanhol da Indústria, Energia e Turismo sobre as portagens no Algarve, nas quais afirmou que «são um travão ao desenvolvimento e cooperação económicas, contra os fluxos turísticos».

Esta posição, para o dirigente, «só vem dar mais força à posição da comissão», que está a estudar a hipótese de também avançar com uma queixa em Bruxelas sobre a medida adoptada pelo Governo português em Dezembro passado.

«É uma matéria que os advogados estão a estudar e pode ser empreendida.

Estamos também à espera dos resultados de uma outra acção que a Federação Nacional de Associações de Transportes de Espanha intentou junto da Comissão Europeia», acrescentou.


Lusa/SOL
 
Topo