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BdP já não vê retoma em 2013, mas Governo mantém confiança

florindo

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BdP já não vê retoma em 2013, mas Governo mantém confiança


O Banco de Portugal (BdP) reviu hoje em baixa as suas previsões económicas para 2012 e 2013, e espera agora que haja estagnação no próximo ano, mas o Governo considera que a actividade económica vai recuperar.

No seu Boletim Económico de primavera, o Banco prevê que o PIB português encolha 3,4 por cento este ano, e que tenha uma variação nula em 2013. Na edição anterior do Boletim, o BdP projectava uma quebra do PIB de 3,1 por cento em 2012, e um crescimento de 0,3 por cento em 2013.

O Governo não considera que esta revisão implique que a 'luz ao fundo do túnel' se tenha extinguido.

«Se a seguir a uma contracção de mais de três por cento em 2012 tivermos um crescimento positivo ou nulo em 2013, será sempre verdade que a recuperação da actividade económica estará confirmada, e que a actividade estará a recuperar relativamente aos níveis mais baixos que atingirmos no decurso de 2012», disse hoje o ministro das Finanças, Vítor Gaspar.

O primeiro-ministro considerou que as previsões do BdP «não são muito distintas das do Governo» (que espera uma contracção de 3,3 por cento do PIB este ano). Pedro Passos Coelho disse que os números do BdP confirmam que a economia portuguesa não vai cair numa «recessão prolongada».

O BdP sugere que a contracção adicional da economia pode implicar mais austeridade: «Uma deterioração do cenário macroeconómico poderá conduzir à necessidade de adopção de medidas adicionais que garantam o cumprimento do objectivo orçamental», lê-se no boletim. Essas medidas poderão ser aumentos nos «impostos indirectos e preços administrados».

O primeiro-ministro rejeita, no entanto, essa possibilidade, pelo menos para já: «Se as coisas não correrem tão bem quanto estamos a esperar e for preciso corrigir alguma coisa, nós corrigiremos, mas não vou estar a anunciar medidas de correcção que não são nesta altura antecipáveis nem necessárias», disse.

Pela oposição, o PS vê as previsões do BdP como demonstração de que o Governo está no «caminho errado».

«Cada vez que temos novos dados de previsões de crescimento económico temos a prova de que a austeridade provoca recessão.

Ainda ontem tivemos o primeiro-ministro a dizer que no final deste ano já se previa uma recuperação e que 2013 era um ano de crescimento económico», disse o deputado socialista Pedro Nuno Santos.

O principal motivo que justifica a revisão em baixa do BdP é um maior pessimismo relativamente ao comércio internacional.

O Banco prevê que as exportações portuguesas cresçam 2,7 por cento este ano, e que continuem a ganhar quota de mercado, particularmente em novos mercados fora da União Europeia (Angola, por exemplo).

No entanto, este ritmo de crescimento é muito inferior ao registado no ano passado (7,4 por cento), e está abaixo do previsto inicialmente.

Desta forma, o Banco passa também a prever que só em 2013 é que Portugal volta a ter uma balança comercial sem défice. Este ano e no próximo as exportações continuarão a crescer, embora com um «abrandamento acentuado», enquanto as importações continuarão a diminuir.

Mesmo este cenário é rodeado de um «contexto de elevada incerteza». Ou seja, é possível que a situação económica internacional se degrade ainda mais que o previsto e que a procura externa relevante para Portugal diminua adicionalmente, ou que os preços do petróleo subam acima do esperado.

Certo é que 2012 será um ano difícil para os portugueses. O BdP prevê para este ano uma redução de 7,3 por cento no consumo privado.

Lusa/SOL
 
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