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Notícias Breves dos Pobres Portugueses em Portugal e no Estrangeiro!

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Retratos de um Portugal descontente segundo o New York Times!

The New York Thimes mostra Portugal como um país desolador!
[video]http://www.tvi24.iol.pt/videos/video/13751289[/video]
Um país em que 21% dos idosos vive na pobreza.
Dos 1,4 milhões de desempregados, apenas 370.000
recebem apoios mensais do Estado, referem o
The New York Thimes sobre Portugal.​
 

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SOS Contra a Fome!

Este Natal a Rádio Renascença lança um SOS Contra a Fome. Contamos consigo para nos ajudar a alimentar milhares de portugueses que nesta altura não conseguem comprar comida:
- Quase 400 mil pessoas recorrem a diversas instituições para poderem alimentar a sua família.
- Preparar um lanche para os filhos, dar uma sopa aos pais, cozinhar o jantar são tarefas rotineiras para a maioria dos portugueses.
- Mas para outros tantos a realidade é uma despensa vazia.
Perante isto a dúvida "Não sei o que fazer para o jantar" ganha um significado bem diferente.

Para garantir que nessas casas haja pelo menos, 6 produtos essenciais, este ano participe na Campanha de Natal da Renascença. Os donativos irão chegar a mais de duas mil instituições por todo o país - através da rede da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, e vão alimentar muitas famílias.

Bastam 7€, por exemplo, para comprar os seis produtos mais necessários:
- leite, azeite, salsichas, óleo, atum e açúcar. Mas é claro, todos os donativos contam e o seu vai ser essencial!

SOS Contra a Fome é a sua oportunidade de contribuir. Com o seu apoio temos a certeza que muitas famílias serão ajudadas.

Pode deixar o seu contributo na conta Renascença Solidária:

NIB: 0007 0000 00124832405 23

Multibanco: opção Pagamento de Serviços, os campos entidade e referência devem ser preenchidos repetindo o número 7

Entidade: 77 777

Referência: 777 777 777

Esta conta está aberta no BES, por isso, também pode fazer o seu donativo em qualquer balcão deste banco.

Se até costuma tratar dos seus assuntos bancários on-line, aproveite que está ao computador e utilize o NIB para fazer uma transferência para a conta Renascença Solidária.

A nós só nos resta agradecer a sua contribuição, seja ela de que tamanho for, pode ter a certeza que vai mesmo fazer a diferença na vida de alguém.

SOS Contra a Fome « grupo r/com
 
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Contra a Fome não é só o Banco Alimentar!

Há muito que aqui defendemos o fim da expansão urbana, nomeadamente sobre férteis terrenos agrícolas. Infelizmente não são só as teorias e práticas que vêm lá de fora a dar razão a esta teoria, é também a crise económica, onde o facto de ter uma pequena parcela de terreno permite cultivar, não só um precioso suplemento alimentar, como uma importante auto-estima.

Por cá, temos autarquias que já atingiram essa importância. Neste último mês de Dezembro, a autarquia de Cascais e a de Loures inauguraram a criação/entrega de espaços destinados a hortas urbanas.

Também na última semana a Câmara de Lisboa divulgou que em Chelas, está em construção o maior espaço urbano do país criado para albergar hortas, um projecto que contempla acções de formação para munícipes.

Trata-se de um Parque agrícola com 15 hectares dos quais 6,5 destinados a hortas. Serão criados 400 talhões de 150 metros quadrados.

Pela Margem Sul, ocupam-se os terrenos independentemente das suas apetências agrícolas, ocupando o betão antigas Quintas o que traduz a realidade da destruição a que assistimos impávidos e serenos até que a fome nos desperte.

a-sul: CONTRA A FOME NÃO É SÓ O BANCO ALIMENTAR
 
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Cenário Fatal Portugal - 2013

A Central Sindical (CGTP) denunciou que existem quase 1,5 milhão de desempregados superior ao avançado pelo Instituto Nacional de Estatisticas (INE). A CGTP calcula este valor baseado no número de desempregados que não estão inscritos no Centro de Emprego, e os que estão à procura de trabalho; além daqueles que tem trabalho em regime de Part-Time.

Os últimos dados do Instituto Nacional do Desemprego (INE), indicam:
- 870.000 desempregados, sendo 500.000 de longa duração;
- A taxa de desemprego dos jovens ronda os 40%: mais de 25.000 jovens sem trabalho no último trimestre.
- No ano 2012, foram destruidos quase 200.000 empregos.
O desemprego afecta sobretudo os menos jovens na casa dos 40 anos, que são despedidos da construção civil, restauração e pequenos negócios.

Com os salários a dimunuir, os preços a aumentar, a maioria das pessoas que têm emprego não conseguem pagar todas as despesas fixas.

A pobreza afecta 3 milhões de portugueses!

Além do resgate financeiro, a recessão económica, o aumento dos impostos, e do desemprego, apercebem-se do impacto das medidas nos rostos dos novos pobres:

- Aumenta o número de pessoas famintas na fila para receber um prato de sopa e um pouco de comida.

- Onde antes havia drogados e os tipicos sem abrigos, juntam-se famílias para alimentar os seus filhos.

- Na Avenida da Liberdade, em Lisboa, multiplicam-se o número de papelões usados pelos novos sem abrigos.

- Uma senhora de 63 anos, tenta vender um velho casaco por apenas 2 euros. Motivo: não tem dinheiro para comer, e passa fome.

Muitos dos clientes do Pingo Doce compra apenas 60 gramas de presunto, o que equivale a apenas duas fatias.

"A carne bovina foi sendo substituida pela carne de porco, e depois pelo frango, e agora por salsichas", comenta Alexandre Soares dos Santos, Presidente do Pingo Doce.

Na Feira da Ladra, onde se vendem peças usadas e roubadas, aumenta o número de jovens que vendem a sua roupa, especialmente de marca.

Sapatos velhos, roupa usada, livros antigos, fazem parte da imagem da Feira da Ladra. Pessoas desesperadas tentam vender os seus bens para poder alimentar-se.
 

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Reportagem de Portugueses em dificuldades!

[video=youtube;M4WPVk5_MIU]http://www.youtube.com/watch?v=M4WPVk5_MIU&feature=youtube_gdata_player[/video]
Um País com 10 milhões de habitantes e 3 milhões de pobres.
 

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Doentes Oncológicos sem Dinheiro para comer!

A União Humanitária dos Doentes com Cancro alertou para a existência de doentes oncológicos sem dinheiro para comer, uma situação que agrava a sua condição física já debilitada pela doença e pelos efeitos dos tratamentos. O alerta da associação surge a propósito do Dia Mundial da Alimentação, assinalado a 16 de Outubro de 2012, que lembra ainda a importância da alimentação na prevenção do cancro e na melhoria do prognóstico do doente oncológico.

"Muitos doentes têm dificuldades económicas. O pouco apetite que têm, não têm dinheiro para comer", disse à agência Lusa Cláudia Costa, psicóloga da associação. "Estamos a passar uma fase muito complicada e as pessoas não têm dinheiro para se alimentar e os doentes oncológicos precisam mais ainda, de uma alimentação mais equilibrada e uma vida saudável", sustentou.

Cláudia Costa contou à Lusa que já foi a casa de vários doentes levar comida, mas está a ser cada vez mais difícil porque cada vez há menos donativos para associação de solidariedade social e de beneficência, sem fins lucrativos, mas tentam sempre ajudar quando pedem ajuda. "Há outro tipo de doentes que não têm dificuldades económicas, mas não têm apetite devido à doença e aos tratamentos", comentou. Cláudia Costa lembrou que os doentes oncológicos têm de ter muito cuidado com a alimentação. "O cancro e a malnutrição são duas condições que estão frequentemente associadas, seja pelas alterações fisiológicas resultantes da doença, seja pelos efeitos colaterais do tratamento, como a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia, sendo fundamental realizar uma adequada intervenção nutricional - factor que deve ser encarado como um complemento fundamental ao tratamento", explicou.

Uma alimentação correcta pode prevenir o desenvolvimento de certos tipos de cancro e aumentar a capacidade de resposta do organismo e contribuir para a evolução positiva da doença, após diagnóstico. "É pois fundamental um estado nutricional adequado que ajude a prevenir complicações e outras doenças, a optimizar a qualidade de vida do doente nos vários estádios da doença, a aumentar a resposta e tolerância aos tratamentos e a obter alta hospitalar mais cedo. Verifica-se que, na maior parte dos casos, as necessidades nutricionais dos doentes oncológicos são superiores às da população em geral", acrescentou Cláudia Costa.

Dados mostram que a desnutrição afecta 40% a 80% dos doentes oncológicos, e que a maioria dos familiares e amigos destes pacientes, não sabem como lidar com o problema, apesar de reconhecerem que as carências alimentares, decorrentes do cancro, são graves ou muito graves.
 
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Há Portugueses a receberem Salários de 350 Euros!

O sindicato luxemburguês OGB-L denunciou no dia 16 de Março de 2013, que há trabalhadores recrutados em Portugal para trabalhar na construção no Luxemburgo que recebem salários de 350 euros/mês, nalguns casos a trabalhar sete dias por semana e 14 horas por dia.

"As pessoas têm contractos que na aparência estão correctos, com o salário mínimo luxemburguês, mas depois descontam-lhes o transporte, o alojamento e a comida, o que é ilegal, e acabam a ganhar um salário de 500 ou 400 euros por mês, em alguns casos até 350 euros", disse à Lusa Stefano Araújo, secretário-central adjunto do departamento da construção da central sindical OGB-L.

Segundo o responsável sindical, os trabalhadores são recrutados por subempreiteiros em Portugal para trabalhar em empresas no Luxemburgo, em regime de destacamento, mas a lei comunitária que obriga a empresa a pagar o salário mais vantajoso dos dois países não é respeitada.

"As pessoas chegam a trabalhar 14 horas por dia, de segunda a sábado, e às vezes domingos e feriados, para receberem muito abaixo do salário mínimo no Luxemburgo", diz o responsável sindical. "Pela lei luxemburguesa, deviam receber 13,44 euros por hora, cerca de 2.325 euros brutos por mês se trabalharem oito horas por dia e 40 horas por semana. Mas em vez disso recebem 4 a 5 cinco euros brutos por hora e não lhes pagam as horas extra", acrescentou.

O sindicalista diz que há vários portugueses nesta situação, mas também emigrantes da Ucrânia, Angola e Moçambique a viver em Portugal. São alojados em França, na fronteira com o Luxemburgo, e transportados diariamente para o Grão-Ducado, o que dificulta a fiscalização da Inspecção do Trabalho.

"Estão isolados em França e é difícil identificá-los, porque mudam frequentemente de local de trabalho e não têm contacto com trabalhadores luxemburgueses", explica o sindicalista, realçando: "Quando a inspecção fiscaliza, as pessoas desaparecem de um dia para o outro. Metem-nos num autocarro para Portugal e desaparecem". Além de serem pagos muito abaixo do mínimo e não receberem horas extra, os trabalhadores são alojados em locais sem nenhumas condições, denuncia o sindicalista. "Há casos em que não têm água nem aquecimento", diz Stefano Araújo, explicando que isto obriga os trabalhadores a lavarem-se em bacias nos estaleiros de construção. O sindicato tem reunido provas desde que os casos começaram, há cerca de ano e meio, e já transmitiu informação à Inspecção do Trabalho luxemburguesa (ITM).
 
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Redução Salarial: Há Pessoas a passar fome na Carris!

As condições salariais na transportadora Carris foram reduzidas de tal forma que já há situações de fome entre os funcionários, segundo o Sindicato Nacional dos Motoristas (SNM). «Informámos o grupo parlamentar de que na Carris já há situações de fome. Há motoristas que desfaleceram de fraqueza, por não conseguirem comprar comida», disse Manuel Oliveira, do SNM.

O sindicalista falava à Lusa na sequência de uma reunião que o sindicato, a Comissão de Trabalhadores da Carris, o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA) e a Associação Sindical dos Trabalhadores do Tráfego da Carris (ASPTC) tiveram na quinta-feira, dia 14 de Março de 2013, com os grupos parlamentares de Os Verdes e do CDS-PP.

Sindicato diz que motoristas desfaleceram de tanta fraqueza. Estão o dia inteiro com um iogurte e um pão com manteiga no estômago. Segundo Manuel Oliveira, há casos de motoristas da Carris (empresa de serviço rodoviário na Grande Lisboa) que estão o dia inteiro com um simples iogurte e um pão com manteiga no estômago, e cerca de 500 têm os vencimentos penhorados porque não conseguem fazer face às despesas. E há também casos de outros que têm o ordenado penhorado por os descendentes terem entrado em incumprimento. Para que os filhos não percam as casas, os pais estão com uma carga horária sobrecarregada, acrescentou Manuel Oliveira. O sindicalista frisou que esta é uma situação bem real e transversal no sector empresarial do Estado. À reunião com os grupos parlamentares, aqueles órgãos representativos dos trabalhadores levaram temas que os têm preocupado, como os cortes salariais e a perda do direito ao transporte pelos trabalhadores e familiares, medidas já concretizadas.

«Este foi um direito adquirido, foi negociado e os trabalhadores prescindiram de aumentos salariais em troca deste direito. No caso dos reformados, muitos dos que saíram com rescisão amigável, saíram com indemnizações inferiores, tendo em conta que o passe era garantido», explicou Manuel Oliveira. Manuel Oliveira mostrou-se preocupado com a intenção do Governo de reduzir para menos de metade o valor do subsídio de alimentação, afirmando que, se se concretizar, os trabalhadores podem enfrentar cortes na ordem dos 50%.

Cortes chegam aos 35%

«Os trabalhadores na área dos transportes já sofreram cortes salariais na ordem dos 15% e com o corte do subsídio de almoço, chegam aos 35%. Se acrescentarmos mais um corte decorrente da compra do passe, podemos estar a falar de um corte na ordem dos 50%», frisou Manuel Oliveira.

Contactado, o deputado Artur Rego, do CDS-PP, que recebeu aquelas organizações, disse que se comprometeu a levar as preocupações dos trabalhadores ao ministro da Economia e ao secretário de Estado dos Transportes. Por seu lado, a dirigente de Os Verdes, Manuela Cunha, disse que o partido vai dar voz às preocupações dos trabalhadores e criticou o Governo por acabar com seu direito ao transporte. «É uma medida de ganância incomportável. Esse direito ao transporte não tem custos para a empresa e era uma compensação pelos baixos salários que têm. Ao ser retirado, os trabalhadores levam a uma redução salarial na ordem dos 130 euros por mês, o que é inaceitável», frisou Manuela Cunha. Manuela Cunha defendeu ainda ser inaceitável num Portugal pós-25 de Abril, que os trabalhadores estejam numa situação de debilidades alimentares.
 
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A Fome em Portugal é uma Invenção!

A Fome em Portugal é uma Invenção!

Portugal segue as pisadas da Grécia?

Chego ao carro na manhã de segunda-feira e dou com ele arrombado. Nada de grave, apenas uma fechadura forçada. Para trás ficava uma das noites mais frias e chuvosas da semana. E eu só pensava que aquela não era, de todo, a melhor maneira de começar a semana. Com olhos de falcão faço uma radiografia ao meu velho boguinhas para perceber os danos. E foi aí que me bateu uma angústia das fortes.

No porta-luvas, a carteira dos documentos (que eu insisto em deixar lá por pura inconsciência) permanecia intacta. O auto-rádio que andava à solta no porta-bagagens - à espera de um dia ser montado, também. Os meus sapatos do tango - que poderiam render uns belos trocos, diga-se de passagem! – também lá estavam. Mas o que roubaram deixou-me o estomago às voltas: um cobertor, a chapeleira do porta-bagagens e o forro que o separava do pneu suplente.

Era fácil chegar a uma conclusão: quem me roubou não queria fazer dinheiro. Queria proteger-se do frio. Sinais dos tempos. Da miséria que se vive. Da fome e do frio que se passa nas nossas ruas. Das muitas pessoas que já fazem delas a sua casa. Isto faz-me pensar no rumo que o nosso lindo rectângulo, à beira-mar plantado, está a levar. E nas muitas pessoas que preferem criticar quem sai à rua em protesto, alegando que a pobreza que se está a instalar é um género de mito criado pela comunicação social. Gente a passar fome? Sinceramente, só não a vê quem não quiser.

Quanto vale uma sopa nos dias que correm?

Falo por mim: vivo num bairro bem simpático, no centro de Lisboa. Daqueles com prédios bonitos, árvores que dão um certo charme à zona, vizinhança de classe média que, à partida, não parece passar dificuldades. Mas há uns tempos, ia na rua e ouvi uma conversa que até hoje ando a tentar digerir. À porta de um destes simpáticos prédios, um senhor com idade para ser meu pai, perguntava a uma senhora na casa dos quarentas se já tinha "conseguido encontrar alguma coisa". Ela, com olheiras profundas e uma criança pequena agarrada às pernas, disse-lhe que não. Continuava "a procurar emprego". O senhor fez uma festa à criança e respondeu: "Hoje vou ao supermercado com a minha mulher e batemos-lhe lá à porta para lhe levar umas comprinhas. Tenha calma". Segui caminho e esta frase veio comigo. Tal como também veio comigo a velhinha que vende salsa da sua horta à porta do supermercado, porque "a reforma mal dá para pagar os medicamentos, quanto mais para comer".

Também há uns tempos cruzei-me com a Patrícia Vasconcelos, mentora do projecto Desperdício Zero; Portugal não se pode dar ao Lixo que se dedica a recolher os desperdícios de estabelecimentos como restaurantes e hotéis e os distribui por pessoas carenciadas. Contou-me que cada vez mais lhes chegam pedidos de famílias que há um ano viviam sem dificuldades e que agora enfrentam, em muitos casos, situações de inesperado desemprego. Prolongado. Desesperante. "Não são poucas as vezes que alguém chora quando lhe entregamos uma caixa com sopa e restos de arroz". Mais uma frase que veio para casa comigo.

"Onde não há pão não há sossego"

Todos os dias vejo também engrossar a fila de gente que recorre às carrinhas de distribuição de comida. Por defeito (ou feitio) profissional, já parei para os observar. Muitas daquelas pessoas são o espelho da (em vias de extinção) classe média portuguesa. Muitas, de cabeça baixa, trazem no rosto a vergonha que sentem por ali estarem. Muitas delas podiam ser amigos ou familiares de tantos de nós. E será isto fruto da minha imaginação de jornalista? Ou será que estas pessoas comeram demasiados bifes no passado e que agora só estão a pagar as (merecidas) favas?

Todas a noites também vejo aumentar a quantidade de sem-abrigos que dormem no jardim ou em entradas de prédios lá da zona. Alguns embrulhados em cobertores imundos e tapados com caixas de cartão. Rostos já sem vergonha, mas também sem esperança. Resignados. Muitas vezes incapazes de fazer o caminho de volta. Quem sabe se não terá sido um deles a roubar o meu carro para conseguir suportar o frio. Espero, sinceramente, que lhe tenha sido útil o que levou. Tal como cantava Zeca Afonso, "onde não há pão não há sossego". E ao contrário do que alguns dos que vão enchendo os bolsos à conta de uma nação a caminho de faminta - que já não acredita no significado da palavra justiça - o povo não aguenta. Ai não aguenta, não.

Paula Cosme Pinto, in Expresso.
 
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Famílias Vivem sem Luz, Água e Gás apesar dos Apoios Sociais!

O presidente da Sociedade São Vicente Paulo, uma das instituições que gere o Fundo Social Solidário (FSS) criado pela Igreja Católica, disse que em Fátima há muitas famílias a viverem sem água, sem luz e sem gás. António Correia Saraiva sublinhou que os problemas relacionados com a habitação representam a maior fatia do FSS e que são mais visíveis em dioceses como as de Vila Real, Porto e Guarda. O responsável da instituição salientou, no final de uma reunião que juntou em Fátima as entidades que gerem o FSS, que 75% das solicitações feitas ficaram sem resposta, já que em 2012 a verba pedida pelas famílias portuguesas rondou 1,8 milhões de euros, mas o valor transferido foi de 469 mil euros.

No caso da habitação, foram registados 1979 pedidos de ajuda relacionados com o pagamento do empréstimo da casa, renda, água, electricidade e gás, tendo sido apoiadas 982 famílias.

"Isto não significa que as pessoas sejam abandonadas, uma vez que são ajudadas numa fase posterior ou reencaminhadas para outras instituições", explicou António Correia Saraiva.

A maioria dos pedidos são oriundos das dioceses de Vila Real, Setúbal, Porto, Guarda, Aveiro e Beja. O presidente da Sociedade São Vicente Paulo criticou o Governo porque não está a encarar a pobreza como um problema efectivo e que pode trazer graves problemas à sociedade e alertou para o facto de os donativos estarem a diminuir consideravelmente.

António Correia Saraiva expressou ainda a sua convicção de que 2013 vai ser um ano muito difícil e pediu ao povo português que seja solidário para com as instituições sociais que estão no terreno.

Fonte: Público – 1/02/2013.
 
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Grupos Excluídos da Sociedade Portuguesa!

Pobreza Infantil!

Segundo o Eurostat, mais de meio milhão de crianças portuguesas estão em risco de pobreza ou exclusão social. Em cada casa, em cada família onde reina o desemprego e salários muito baixos, há seguramente crianças pobres. O desemprego, a precariedade de emprego, salários que não permitem uma vida digna às famílias são as causas que precisam de ser revistas, são problemas que devem mobilizar a sociedade. Há crianças que chegam doentes ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, por terem fome, porque os seus pais estão desempregados e não têm dinheiro para comida, nem para medicamentos.
[video=youtube_share;W2bwSmPVa98]http://youtu.be/W2bwSmPVa98 [/video]
Este vídeo contém imagens chocantes das famílias que perderam tudo, devido ao agravamento do estado de
pobreza a que chegaram, em consequência das medidas de austeridade do governo, que insiste em sacrificar
os mais desprotegidos, especialmente casos de crianças a passar fome em Portugal.

Imigrantes Romenos e Búlgaros passam dificuldades em Portugal!

A partir dos anos 90 com a entrada milhares de ciganos romenos no nosso país, muitos deles sendo ciganos e de pouca instrução, não conseguem arranjar trabalho, dedicando-se à mendicidade e vivendo na pobreza. Muitos deles usam crianças e deficientes para pedir esmolas as pessoas.
[video=youtube_share;P-8niX2SGGo]http://youtu.be/P-8niX2SGGo [/video]
Neste vídeo aborda-se as dificuldades de imigrantes romenos e búlgaros em Portugal.
 
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Idosa de 99 anos de idade pede esmola em Portugal para ajudar família!!!

[video=youtube_share;Rw4LywsufLg]http://youtu.be/Rw4LywsufLg[/video]
 

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Mães Desempregadas!

Susana, Ana Paula e Adriana são mães e desempregadas. Três casos que são o retrato de milhares de mulheres em Portugal. Estas são as histórias das mães coragem do século XXI. Estas são mães heroínas, longe de guerras, mas que travam uma luta diária: pôr comida na mesa para os filhos!

A voz doce de Susana!

A voz doce de Susana é talvez, reflexo de quem trabalhou muito tempo com crianças. Exerceu a actividade de Educadora de Infância, e está há três anos afastada da profissão. O desemprego cresceu a par com a filha, Rafaela. Depois de ter trabalhado em várias creches e jardim-de-infância, Susana Santos, actualmente com 37 anos de idade, viu o contrato acabar e não lhe ser renovado. A notícia foi chocante, pelo facto de ter sido despedida de uma instituição católica. Susana, grávida de sete meses e meio, estava internada quando foi despedida. Entretanto, conseguiu arranjar um emprego no aeroporto em part-time, que durou até Janeiro de 2013.

Hoje vive com 419 euros de subsídio de desemprego e 35 euros do abono da filha, que tem que chegar para pagar os 250 euros da renda da casa, mais água, luz e gás.

Como o pai da Rafaela também não pode ajudar muito, vai-lhe valendo o avô da Rafaela que é um santo, e que não deixa que falte nada à neta de dois anos, mas a mãe tem pena de não poder variar mais na alimentação da menina, de não ter oportunidade de comprar borrego, por exemplo, que é mais caro.

Susana recebe ainda a ajuda da Instituição de Solidariedade Ajuda de Mãe. Nesta instituição de solidariedade de Lisboa, em 2012, foram apoiadas 1126 mães, 571 estavam desempregadas, mas há ainda uma fatia de cerca de 20% com vínculos de grande precariedade.

Dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) referentes ao mês de Março de 2013, mostram que estavam inscritas nos centros de emprego 368.174 mulheres:
- 59.291 mulheres têm o ensino superior, mais 33% por cento do que em Março de 2012, altura em que 44.500 mulheres licenciadas procuravam emprego.

Nascida no pós-25 de Abril, Susana Santos olha o futuro com apreensão: «Não vejo grandes perspectivas em Portugal, e não fosse a Rafaela ser tão pequenina e tão ligada à família, e fazia as malas rumo ao estrangeiro. Voltámos muitos anos atrás na educação, na saúde. Isto tem que levar uma volta grande, e tem que começar a haver emprego». Por agora, Susana vai mandando currículos enquanto espera pela acção de formação do IEFP.

Empregada de limpeza desempregada

Mãe solteira com uma menina de 8 anos e um menino de 13 anos, Ana Paula Guedes, de 47 anos de idade, quase perdeu a conta ao tempo que está desempregada. Este foi o corolário de uma situação que já vinha sendo precária, porque quando ficou grávida da pequenina, perdeu o posto de trabalho de empregada de limpeza. Contas feitas, Ana Paula está desempregada há cerca de quatro anos.

As contas lá em casa são outras:
- Recebe 200 euros do Estado;
- Soma 80 euros dos abonos;
- 47 euros das limpezas a trabalhar meia hora por dia num centro comercial de Bragança.
Já as despesas são muitas, desde alimentação, água, luz, gás e os 11 euros de renda da habitação social.

«Estico, estico, até não dar mais». E muitas vezes não dá: «Às vezes, faltam aquelas pequeninas coisas, como o pacote do leite ou o iogurte», conta Ana Paula Guedes, mas os filhos não passam fome. «Tiro muitas vezes de mim para dar a eles», diz.

Mulher polivalente!

Palavras que parecem tiradas da boca de Adriana Silva, 40 anos de idade, a morar na Serra das Minas, em Sintra. De quem Adriana nunca se esquece é das filhas, de 13 anos e 15 anos de idade, que deixou na Baía com os avós. Nunca mais esteve com elas, vai fazer seis anos, quando saiu do Brasil com um sonho, de conseguir uma vida melhor. Mas a vida complicou-se. Uma gravidez não planeada trouxe-lhe o Pedro, agora com 4 anos de idade, mas deitou o sonho por terra. Ganhou outra vida, sem esquecer a vida que ficou para trás.

Desempregada há mais de dois anos, com os mesmos 200 euros de rendimento social de inserção que Ana Paula, Adriana contribui com 180 euros para a renda da casa de uma portuguesa que a acolheu. Este mês de Maio de 2013, vai receber 45 euros de abono do Pedro, ao fim de dois anos. O pai do filho em nada contribui.

Por isso, faz milagres, fazendo brigadeiros, bolos e salgados, e alguns trabalhos esporádicos em empresas de catering que lhe vão dando para mandar dinheiro para o Brasil. «Tenho que ajudar os três. Ninguém dá trabalho a uma mulher de 40 anos», diz.

As histórias de Ana Paula e Adriana não vêm descritas nos quadros do Instituto Nacional de Estatística. Lá são só números. E há milhares de números com histórias como estas. Mulheres, mães e desempregadas.

Segundo os dados do Censos 2011, há 416.343 mulheres a viverem sozinhas com os filhos. Destas, 41.000 estão desempregadas.

Uma realidade que as instituições de solidariedade social conhecem bem:
- A Cáritas de Bragança apoia 133 famílias de mães divorciadas ou solteiras, em que a maioria está desempregada ou com trabalhos muito precários.
“Todos os meses temos novos casos de famílias que não conseguem pagar as contas”, diz Joaquina Ramos. Estas mulheres pedem ajuda para pagar luz, água, gás, medicamentos. É por isso que Joaquina Ramos não tem dúvidas em chamar-lhes heroínas, umas lutadoras que passam por muito sofrimento e muita angústia.

O filho de Adriana Silva frequenta o jardim-de-infância do Centro Comunitário e Paroquial do Alto do Forte, e faz lá grande parte das refeições. Pode faltar dinheiro às mães, mas a coordenadora Lídia Leal, não tem dúvidas em afirmar que estas crianças não têm carências afectivas. São crianças bastante cuidadas, de mães que se preocupam e acompanham os filhos. Mulheres que são uma força da natureza. São Mães Coragem!

Fonte: TVI 24
 
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Lamentos de um Desempregado!

Eu tenho a solução para a crise 2012-2013

Portugal, estou a falar sério, encontrei a saída para crise porque a necessidade me obrigou a pensar como sair do poço, e no dia 15 de Setembro assisti ao presente no futuro: os portugueses em 2030, acima de tudo vi no dia 15 de Setembro, um povo revoltado, angustiado, sufocado com as austeridades, com a maldita crise.

No dia 15 não tinha o que comer, frigorífico estava vazio, fui para a cama e não conseguia dormir, talvez com fome ou talvez com medo do que tinha para dar de comer aos meus filhos, não conseguia deixar de pensar, o sono não veio e eu pensava, e confesso eu chorava e pensava, tenho que dar comer aos meus filhos, tenho que arranjar trabalho, mas como se este pais esta em crise de tanto pensar fui iluminado com uma solução para a crise, sério mesmo.

EU TENHO A SOLUÇÃO PARA A CRISE UMA FÓRMULA QUE A PARTIR DO FINAL DO ANO 2013 ESTAMOS FORA DESTA CRISE.

Depois pensei como fazer chegar a solução para a crise aos nossos políticos, a televisão ao povo, A TODO PORTUGAL.
Eu não estou a procura de nada mesmo, não quero dinheiro, fama ou protagonismo, só quero encher meu frigorífico com comida e arranjar trabalho.
Mas acima de tudo quero que PORTUGAL SAIA DA CRISE E EU TENHO A SOLUÇÃO PARA ATÉ AO FINAL DE 2013 PORTUGAL ESTEJAM FORA DA CRISE, E OS PORTUGUESES TENHAM UM SORRISO NA CARA E ORGULHO DE VIVER EM PORTUGAL.
Para fazer chegar a mensagem, claro pensei no Facebook, espero que seja PELO MENOS OUVIDO E MESMO VIVENDO NO INTERIOR DE PORTUGAL TENHA A OPORTUNIDADE DE PASSAR A PORTUGAL A SOLUÇÃO PARA ESTA CRISE.

Esta conta foi criada para Portugal sair do POÇO!!!

Poço que o nosso governo ainda anda a escavar, acreditem o rumo que este pais leva nem daqui a 10 anos estamos fora da crise, pelo menos os pobres, porque neste andar daqui a 10 anos a classe média desapareceu e só existirá 3% de MUITO RICOS e 97% de POBRES, esta crise está acabar com o povo, esta crise esta a ser paga com nosso suor, com nosso sangue, com nossa fome, esta crise esta a ser paga por nós, vai ser paga por nossos filhos e muito provavelmente por nossos netos!!!

NÃO, NÃO QUERO VIVER ASSIM!!!

Esta conta foi criada porque eu tenho a fórmula para Portugal sair da crise até ao final de 2013, e tenho obrigação de ajudar este povo, este pais que vive governado por uma serie de governos consecutivos acumulando erros que mandato após mandato, dia após dia, acabam com nossas casas com nossas famílias com nossas vidas!!!

NÃO, NÃO QUERO VIVER ASSIM!!!

O povo esta a vender as casas, os carros, o ouro, os bens pessoais para comer, para dar de comer aos filhos, porque este pais não tem trabalho, porque este pais não tem dinheiro!!!!!!!!

ONDE ESTÃO OS CULPADOS????? ONDE ESTÃO????

QUEM ESTA A PAGAR COM AUSTERIDADE SOMOS NÓS, MAS QUEREMOS SABER ONDE ESTÃO OS CULPADOS?????????

NA CAMPANHA ELEITORAL, BLÁ...BLÁ...BLÁ...

CAMPANHA COM BEIJINHOS E ABRAÇOS AO POVO, MUITAS PROMESSAS, MUITOS COMPROMISSOS, POR UM PORTUGAL MELHOR, BLÁ...BLÁ...

SENHOR 1º MINISTRO ESTE POVO QUE CUMPRIMENTOU ESTA A PASSAR FOME E CONTINUA O BLÁ ...BLÁ...

Senhor 1º ministro Passos Coelho desde já peço minhas DESCULPAS, você é o visado nos meus comentários, mas o mundo que vivo não sabemos os nomes de todos os ministros, nem todos os ministérios que financiamos esta conta é minha e eu só tenho a 4ª classe (MAS TENHO A SOLUÇÃO PARA A CRISE).

Também foi você que me apertou a mão aqui no comício e dizia PORTUGAL VAI FICAR MELHOR COMIGO NO GOVERNO, por isso e por confiarmos nossas vidas em você, eu vou falar para o nosso 1º ministro Passos Coelho.

Austeridade ++++austeridade em 2013 ++++austeridade em 2014 \2015.

Blá ...Blá ...mas vamos entrar nos mercados em 2013 ++++++austeridade.

Vamos começar a crescer ++++ austeridade e ainda em 2013 vamos ter melhores carros ++++austeridade +++++austeridade.

MAS VAMOS TER QUEM???????

Já percebi, em 2013 os 3% dos ricos vão voltar aos mercados, vão começar a crescer, vão ter carros melhores, E NOS 97% VAMOS TER +++++AUSTERIDADE ++++AUSTERIDADE +++FOME+++ MISÉRIA +++IMPOSTOS -----DINHEIRO----TRABALHO-----SAUDE----EDUCAÇÃO-----ESPERANÇA.

NÃO, NÃO QUERO VIVER ASSIM!!!

PORTUGUESES EU DISSE QUE TENHO A SOLUÇÃO PARA A CRISE E É VERDADE. IREI APRESENTAR AO PAIS NO DIA 5 DE OUTUBRO.

Mas quero lançar um desafio as televisões 3 canais (RTP1, SIC,TVI), ao nosso primeiro ministro Passos Coelho, aos Portugueses e também a Igreja Católica, para estarem disponíveis no dia em que Portugal vai começar a caminhar para sair desta crise sufocante, desta crise que Portugal esta metido, nesta crise que nos meteram e agora vamos ter que paga-la e que não temos culpa !!!

Parabéns aos portugueses que tem aguentado tanta austeridade tantos sacrifícios tanta miséria, PARABÉNS MESMO!!!

Parabéns porque aguentamos durante tanto tempo de austeridade, atras de austeridades sem perder a dignidade, os bons princípios a educação.

PARABENS MESMO !!!..........NAÇÃO VALENTE. NOBRE POVO.

Mas eu tenho FOME, não tenho trabalho, vivo com 175 euros. Tenho certeza que os políticos não SABEM O QUE O POVO ESTA A PASSAR. Afirmo isto porque se realmente tivessem a certeza da realidade, tivessem que numa família com 2 adultos, 2 crianças de 3 anos e 11 meses e vivessem com 175€ por mês, eles faziam o trabalho de casa e inventavam a saída da crise, melhor ainda nunca deixavam um pais chegar a este ponto !!!

Governo e Oposição, Ministros e deputados deste pais: OS PORTUGUESES NÃO MERECEM ISTO!!!

Por vossa CULPA ESTOU A PASSAR FOME, SEM TRABALHO, SEM DINHEIRO, SEM PERSPECTIVAS DE FUTURO.

Por isso, EU SOU O ROSTO DA CRISE, EU SOU A CRISE:
- Procurei trabalho, nada,
- Subsídios, nada,
- Apoios, nada,
- Fui à Segurança Social, Centro de Emprego, NADA,
- Instituições de caridade e solidariedade (Cáritas, rosto) e só ali encontrei um apoio: uma cesta básica por semana, uma roupa para vestir o meu filho de 11 meses que a roupa não dura mais de 3 meses.
Não posso aceitar isto, o povo como eu que trabalhamos que descontamos, não pode viver assim!!! Não podem viver de ESMOLAS!!!

NÃO, NÃO QUERO VIVER ASSIM!!!

Se nossos governantes vivessem um ano com o nosso ordenado mínimo 485€ mês , nunca que iam fazer politica desta maneira nunca iam CASTIGAR O POVO COM ESTAS AUSTERIDADES TODAS E TÃO INJUSTAS.

PRIMEIRO MINISTRO, Senhor Passos Coelho, o povo esta a passar fome! Eu estou a passar fome, meus filhos vivem de cesta básica, eu quero trabalhar, eu quero dar comer aos meus filhos!!!

SENHOR 1º MINISTRO ONDE VAMOS PARAR???

SENHOR 1º MINISTRO, CHEGA, EU NÃO QUERO VIVER ASSIM, OS PORTUGUESES NÃO MERECEM VIVER ASSIM!!!

Senhor 1º ministro Passos Coelho , se eu aqui e agora apresentar uma medida sem austeridade nenhuma para o povo e fizer o governo , o país, melhor os contribuintes não gastarem, pouparem 200M€ por ano, você comprometesse comigo com os portugueses a aceitar meu desafio e estar presente no dia 5 de Outubro , quando Portugal ficar a saber a solução para a crise, compromete??????.................................

Eu vou deixar uma medida simples que sendo aplicada em Portugal poupamos mais de 200M€ por anos.

Senhor 1º ministro, se uma rotunda com um jardim cheio de flores , um bonito relvado e ainda com uma cascata de água bem iluminada deve custar aos contribuintes por ano entre despesas de agua luz e manutenção 3\4\5 M€ , quantas rotundas temos em Portugal assim ???? CENTENAS delas!!!

Uma rotunda com despesas anuais de 2000€ x100 rotundas=200000€.

Está aqui como poupar 200M€ aos contribuintes, mas temos mais de 100 rotundas Senhor 1º ministro, temos mais de 1000 rotundas com uma despesa brutal para inglês ver....

Para quê? Para o povo estar a passar fome, vem o turista e diz que bonito, tudo verde, a relva bem aparada, e logo ao lado temos a miséria, um sem-abrigo à fome.

Senhor 1º ministro, uma rotunda com calçada portuguesa, uma caravela bem no meio dura uma vida, não tem manutenção, se quiser eu apresento mais de 20\30 exemplos de rotundas sem despesas adicionais e sem manutenção.

Senhor 1º ministro quer poupar dinheiro, acabem com parte dessas rotundas desnecessárias e dispendiosas!!! Quer começar a ganhar dinheiro com as rotundas ? Quer mesmo?

Eu ensino, venda ou alugue o espaço temporariamente e faça contractos com os pneus Michelin, Goodyear, com a Continental, com os Donuts, com o Mac Donalds, ou com as bolachas Maria, e aproveitem para a publicidade e decoração das cidades se não gosta da ideia pinte só no chão um circulo com cores bem fortes, mas não gastem o dinheiro dos contribuintes só por caprichos de ter uma simples rotunda toda enfeitada. Na Inglaterra, parte das rotundas são pintadas no asfalto, fazem uma simples bolacha e pintam com um circulo amarelo, quando à acidente, as ambulâncias passam por cima sem ficar presas no transito e sem manutenção!!! Isto é um pequeno exemplo de como poupar 200M€ ano.

Tenho mais medidas, SEM AUSTERIDADE PARA O POVO, comprometo com os Portugueses a apresenta nesta conta várias e simples medidas que aplicadas vamos poupar 200M€ ano.

Este é o 1º desafio que faço ao povo Português, mostrem aos nosso governo que temos ideias, soluções e vontade de fazer este pais poupar 200M€ ano. Só servem ideias que realmente façam poupar €€€€€€, SEM AUSTERIDADES!

Vamos falar da iluminação de Natal, na fortuna que é gasta todos os anos mesmo quando temos o povo com fome. Primeiro a paz, alegria, Família a Ceia de Natal, e depois sim as luzes o pisca-pisca, as árvores cheias de cerejas coloridas, isso não é fruta da época, época de austeridade. É bonito mas NÃO MATA A FOME, NÃO AJUDA NAS AUSTERIDADES!!!

Senhor 1º ministro deixe o povo iluminar as cidades, com um sorriso, com um isqueiro, uma vela com felicidade, com uma lanterna, com muita alegria. Senhor 1º ministro o povo queria as luzes apagadas, mas com o subsidio de natal no bolso. EU QUERIA TANTO COMPRAR UM PRESENTE PARA MEUS FILHOS.

QUERO PEDIR DESCULPAS DA MINHA LINGUAGEM, POIS SOU DE UMA FAMÍLIA POBRE, COM POUCOS ESTUDOS E MORO NUMA ALDEIA DO INTERIOR DE PORTUGAL, MAS SOU HONESTO, TRABALHADOR, SOU PAI, MARIDO, UM CIDADÃO REVOLTADO QUE VIVE DE CESTA BÁSICA E PROCURA TRABALHO PARA DAR DE COMER AOS SEUS FILHOS. UM CIDADÃO QUE ESTÁ DESEMPREGADO À 3 MESES E NÃO TEM APOIO DO ESTADO, 3 MESES SEM NADA, MAS NO 1º DIA DE TRABALHO COMECEI A DESCONTAR, ISTO É MISERÁVEL SENHOR 1º MINISTRO, OS MEUS DIREITOS ???????

NÃO, NÃO QUERO VIVER ASSIM!!!

Desculpem por estar sempre a falar de fome, mas estou mesmo com fome, hoje só comi 2 pães de trigo e uma tigela de azeitonas, estou magrinho, magrinho.

POR FAVOR ALGUÉM ME ARRANJA UM TRABALHO????

ESTA CONTA ESTA EM ACTUALIZAÇÃO

https://www.facebook.com/cristinaferreiratvi/posts/426469520744999
 
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RAI mostra Portugal da Austeridade, dos Pobres e dos Ricos!

Portugal visto de fora: RAI Tre mostra o país da pobreza e das desigualdades, dos desalojados às casas de luxo, dos hospitais sem medicamentos e dos salários em atraso! O Negócios Online participa na reportagem da televisão italiana, em que Mário Soares acusa a Alemanha de esquecer-se de duas guerras mundiais que provocou. Retrato de um país entristecido!

"Presa Diretta" é um programa semanal de reportagem de grande audiência da estação italiana RAI Tre. Esta semana, o programa incluiu uma reportagem em Portugal, que a jornalista Lisa Iotti visitou no início do mês de Março de 2012, visitando praças, a Feira da Ladra, restaurantes, lojas de ouro, Alfama, casas de pobres, casas de ricos, hospitais, os escritórios de Mário Soares e também a redacção do Negócios. "A feira da ladra será o último negócio a falir em Portugal", diz um feirante. A reportagem reúne testemunhos de pobreza, de austeridade, de fábricas vazias na margem sul do Tejo, da fila enorme para pedir subsídio na Segurança Social, de cantinas, do Banco Alimentar contra a Fome, dos salários em atraso de quem, assim, não paga a renda e será despejado. "Há em Portugal mais de 1 milhão de famílias em risco de perder as suas casas", diz Romão Lavadinho, presidente da Associação de Inquilinos Lisbonense. É também o retracto da desigualdade, dos portugueses riquíssimos, das moradias de luxo de Cascais e da Quinta da Marinha, dos campos de golfe.

Hospitais sem dinheiro

No Hospital de Santa Maria, a médica Ana Moleiro diz que o número de doentes está a aumentar, por exemplo, na unidade de doenças respiratórias, porque as pessoas não têm dinheiro para comprar medicamentos. Além do aumento do número de doentes, há uma alteração nos horários das urgências, que deixou de ser homogéneo, relata. Há doentes que só vão às urgências depois do horário de trabalho, porque têm medo de perder o emprego. Já João Álvaro Correia da Cunha, presidente do Centro Hospitalar Lisboa Norte, fala do corte de fornecimento de medicamentos a crédito por uma farmacêutica, que não identifica mas que é conhecida (a Roche). "É uma forma de pressão sobre o Governo para pagar a dívida", diz. "É um problema. Se não tivermos estes medicamentos não poderemos curar os pacientes, sobretudo na área oncológica", afirma. "Eu não sou político, não conheço os segredos das negociações entre o Governo e a Troika. Mas sei que o sistema nacional de saúde é a maior conquista da sociedade portuguesa dos últimos 50 anos", conclui.

Soares e a Ameaça à Paz

No final da reportagem, em entrevista, Mário Soares diz que Portugal não pode pagar sozinho a crise internacional. E desenvolve: "A União Europeia rege-se pela solidariedade entre países ricos e países pobres, entre grandes e pequenos. O projecto europeu é um projecto de paz, antes de tudo, um projecto de democracia, um projecto de bem-estar social e tudo isso está a desaparecer, sobretudo o princípio da solidariedade entre os povos da Europa. Se nós perdemos a solidariedade é a paz que está em jogo". É por isso que Soares considera muito perigosa a política de Angela Merkel. "Sobretudo para a Alemanha. Os povos não esquecerão a situação. A Alemanha esqueceu-se que a Grécia, como Portugal, como os espanhóis e todos os outros [deram apoio] para que a Alemanha voltasse a ser uma só. Quem pagou a reunificação da Alemanha? Fomos nós, europeus". E agora, prossegue Soares: "Esquece-se que se deve ajudar. A Alemanha é responsável por duas guerras mundiais e agora vamos para outra guerra mundial? Mas a União Europeia nasce para conseguir o oposto, para alcançar a paz", acrescenta Mário Soares. Que conclui: "A mim o que me interessa são as pessoas, não os mercados".

Fonte: Negócios Online.

[video=youtube_share;boYEdRzTjpE]http://youtu.be/boYEdRzTjpE [/video]
[video=youtube_share;1JwauRlFYgM]http://youtu.be/1JwauRlFYgM[/video]



 
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Televisão Italiana retracta um Portugal em Crise e com Fome!

Um ano e meio depois, a Rai Tre voltou a Portugal. Desta vez, além de um país entristecido, feito de contrastes entre pobres e ricos, a estação de televisão italiana diz ter encontrado um país desiludido, sem esperança, e muitas vezes, sem ter o que comer. O programa de reportagens "Presa Diretta", emitido na RAI TRE e apresentado por Riccardo Iacona, quis avaliar a evolução portuguesa desde a última reportagem feita há cerca de um ano e meio, e passados dois anos e meio desde a chegada da Troika a Portugal. As reportagens de investigação levadas a cabo por este programa não se coíbem de assumir uma posição ideológica perante os factos relatados.
[video=vimeo;75026605]https://vimeo.com/75026605[/video]
A matéria reportada pela jornalista Lisa Iotti, depois da visita em Maio de 2013, indicia uma crescente preocupação e alarme entre os portugueses. Desde manifestações dos CTT e dos estivadores, passando pelas filas sem fim dos centros de emprego e da segurança social, até às conversas com figuras conhecidas ou meros anónimos, as imagens transmitidas há poucos dias em Itália transparecem um país depauperado onde a fome vai substituindo paulatinamente a revolta.

O programa emitido pela Rai tem uma duração de duas horas, chama-se "Basta d'austerity" e descreve a situação que se vive em vários países, incluindo Alemanha, França e algumas zonas de Itália, além de Portugal. Na introdução à peça sobre Portugal, o apresentador Riccardo Iacona previne sobre aquilo que se seguirá: "Vamos ver como os nossos irmãos portugueses estão a passar pelo inferno da austeridade". A surpresa da jornalista ao mostrar os salários entre 400 e 500 euros, publicitados nos escaparates de um centro de emprego na Amadora, é o lado mais positivo da reportagem.

Apesar de possuir casa própria, as dificuldades de um casal cinquentenário, que vive com 25 euros por semana, justificam a vergonha de sair à rua. Será a vergonha de estar desempregado que leva centenas de portugueses por dia ao consulado de Angola. Lisa Iotti conta que as ex-colónias são o destino de muitos portugueses, onde se contam muitos licenciados.

Fome

O fundador da AMI, Fernando Nobre, revela que "nos primeiros três meses deste ano tivemos o mesmo número de pessoas, nos nossos centros, que tínhamos tido no primeiro semestre de 2012". O cenário adensa-se quando Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar, revela que mais de 10% da população passa fome. Milhares de pessoas, em Portugal, não comem, pelo menos, um dia por semana, porque não têm dinheiro. Muitas crianças só comem uma vez por dia. Uma idosa diz que almoça nestes centros de apoio e sempre que não consegue guardar os restos para o jantar, espera até ao dia seguinte para voltar a comer. "Estamos muito preocupados porque se continuarmos assim, em poucos meses, não vamos ter capacidade de resposta a todos aqueles que a solicitarem", lamenta Fernando Nobre.

Privatizações e Troika

O conselheiro de Estado Bagão Félix garante que as privatizações não resolvem os problemas económicos e ainda enfraquecem a soberania do país. Um trabalhador dos CTT, filmado durante um protesto, considera que em Portugal se foram os anéis e os dedos. "No momento em que, por exemplo, as águas saiam do controlo do Estado em direcção a investidores estrangeiros, o país perde toda a capacidade estratégica para precaver o seu futuro", explica o antigo ministro das Finanças do Governo de Santana Lopes. Pedro Santos Guerreiro, director do Negócios, considera que os elogios da Troika à política económica nacional são muitas vezes ouvidos como um insulto em Portugal e acrescenta que onde a troika vê a taxa de juro baixar, os portugueses só vêem a pobreza e o desemprego crescer. O ex-sindicalista Carvalho da Silva observa que a fuga dos jovens portugueses para o estrangeiro irá criar uma ruptura entre gerações da qual nunca conseguiremos recuperar. "Portugal foi a cobaia para uma experiência que não funcionou, mas o mais grave é a falta de esperança", conclui Santos Guerreiro.

Quando o apresentador Riccardo Iacona fala no liberalismo desenfreado que está por detrás destas políticas, aproxima-se da ideia defendida por Carvalho da Silva, quando afirma que estamos perante uma situação extremamente subversiva. O antigo Presidente da República, Mário Soares, que também fora entrevistado aquando da reportagem anterior do programa "Presa Diretta", sublinha a importância da Europa acabar com esta fixação pela austeridade. Depois de se classificar como um europeísta avisa que ou a Europa muda de política ou acaba no abismo. Bagão Félix insiste numa ideia, muitas vezes repetida pela esquerda portuguesa, quando afirma que a cura está a matar o doente.

Fonte: Negócios Online.
 
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Fome em Portugal

A humanidade atravessa uma das suas piores crises, sobretudo a dos valores e por isso estamos muito próximo de uma espécie de crepúsculo do humanismo, terá inevitavelmente custos muito elevados, onde a dor, fome e a morte estarão permanentemente presentes.
[video=youtube_share;GS1barEAtHI]http://youtu.be/GS1barEAtHI [/video]

Cada vez mais famílias assumem que passam fome em Portugal


Está a aumentar o número de famílias que recorre ao Banco Alimentar e que confessam que passam fome em Portugal. Um relatório revela agora que 14% dos que pedem ajuda têm fome pelo menos uma vez por semana. E quase 40% destas pessoas passam pelo menos um dia inteiro sem comer por falta de dinheiro.[video=youtube_share;DkhgSJgz7hE]http://youtu.be/DkhgSJgz7hE [/video]

Famílias dividem casa para lutar contra a crise.
[video]http://videos.sapo.mz/HjDyO2dQkblzDlYfqJtR [/video]
 
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Quem Ganha com a Fome em Portugal?

A continuação e o aprofundamento da crise económica não afectam somente as dinâmicas económicas da agricultura e os hábitos alimentares dos Portugueses. A crise económica resulta igualmente numa profunda crise alimentar e a crise alimentar por sua vez afecta profundamente as relações políticas e sociais. Afinal, como afirmou Kissinger, "Quem controla a comida, controla as pessoas". E o aumento da fome em Portugal beneficia várias entidades e serve sobretudo os interesses de quem controla o fluxo dos alimentos, assim como as entidades cujo poder depende da existência de fome e subnutrição.

Desde a Antiguidade as crises alimentares demonstram a capacidade de transformar as relações de poder. Desde a génese dos impérios o fluxo de alimentos é capaz de produzir conflitos, e desde o começo da hierarquização social extrema a distribuição de comida é utilizada para apaziguar populações e recrutar seguidores.

Lembremos alguns exemplos:
- O primeiro grande império, a Babilónia, devia o seu poder à sua supremacia agrícola, e o pagamento em géneros alimentares era prevalente.
- Marco António como líder do Egipto chantageou Roma com a retenção dos embarcamentos de cereais, precipitando uma crise alimentar em Roma e obrigando esta a declarar a guerra.
Resumindo: a alimentação e a fome são temas inevitáveis e inerentemente políticos.

As crises alimentares são propícias para que aqueles agentes e instituições que possuem a capacidade de produzir e distribuir comida possam consolidar e estender a sua área de influência. Podemos verificar esta mesma tendência em Portugal desde o começo da crise económica de 2008.

Neste contexto, identificamos, na Europa e em Portugal, uma trindade de agentes que beneficiam com a fome:
- Primeiro, o próprio Estado e a União Europeia;
- Segundo, a Igreja Católica e as suas ordens religiosas;
- Terceiro, os grandes Vendedores de Alimentação.
São estes os principais actores da política da fome.

Comecemos com os grandes vendedores de alimentação:

Estes vêem os seus lucros aumentar cada vez mais numa fase em que a fome cresce exponencialmente em Portugal:

- O Pingo Doce anunciou em Julho de 2012 um aumento de lucros na ordem dos 5.6%, enquanto o grupo Jerónimo Martins a que pertence o Pingo Doce vê igualmente os seus lucros aumentarem por 20%, em grande parte por causa da subida de vendas na Polónia.

- O Continente também vê os seus lucros aumentarem em 6%, ajudando assim o grupo Sonae a manter os seus altos lucros.

Um estudo mais aprofundado sobre este assunto pode ser lido na edição de Outono de 2012 da revista Rubra.

Por sua vez, as instituições supostamente caritativas como o Banco Alimentar também vêem a sua esfera de influência crescer:

O seu poder não pára de aumentar desde o começo da crise:

- Em Maio de 2012, as doações de géneros alimentares subiram 18% em relação ao ano anterior, tendo conseguido recolher 600 toneladas de alimentos no primeiro dia de recolha.

Afirma a sua presidente, em declarações à Agência Lusa, que um quinto da população portuguesa vive abaixo do limiar da pobreza, e que sem prestações sociais como a do Banco Alimentar, esta taxa seria de 40%. Estima-se que pelo menos 300.000 portugueses não têm acesso a nutrição suficiente. À medida que a fome aumenta, aumenta igualmente a capacidade ou potencial para a extensão da influência de instituições como o Banco Alimentar, e o consenso entre estas instituições é o seguinte: a fome não tem parado de aumentar desde o começo da crise. Devemos igualmente considerar que por detrás de instituições como o Banco Alimentar residem interesses políticos estabelecidos e teias de poder ocultas.

Voluntários do Banco Alimentar

Os três directores executivos desta instituição são Isabel Jonet, José Manuel Simões de Almeida e Sérgio Augusto Sawaya, os três católicos devotos. Por sua vez, a criação do Banco Alimentar teve a profunda influência do padre António Vaz Pinto, membro da maior ordem católica, a Companhia de Jesus. O Banco Alimentar menciona que a sede social da nova instituição foi instalada, provisoriamente, no Centro Universitário Padre António Vieira, sendo este último um famoso membro da Companhia de Jesus, mais conhecido como um dos enunciadores do Quinto Império. Isabel Jonet afirmou numa entrevista às Selecções do Reader’s Digest que o Banco Alimentar é uma grande empresa e tem que ser gerido como uma grande empresa. Por sua vez, a distribuição de alimentos é feita por mais de um milhar de associações, a maioria das quais ou têm fortes ligações ou são directamente ligadas à Igreja Católica. Sendo que o negócio liderado por Jonet está em clara ascensão, é compreensível que a canção “What a Wonderful World”, de Louis Armstrong, seja a sua canção favorita.

A directora do Banco Alimentar, Isabel Jonet.

O Banco Alimentar por sua vez vive ora das doações do público, ora do investimento do Estado e de agentes privados. Tem igualmente uma associação com a Universidade Católica.

A ligação entre instituições religiosas e a produção e disseminação de comida não é um fenómeno moderno. Na Antiguidade como no presente, ordens religiosas e templos controlam vastas áreas de terra arável, sendo estas fundamentais para a preservação do seu poder, representando nomeadamente uma fonte de rendimento indispensável. Nos tempos modernos, a única inovação é a elevada complexidade dos mecanismos de poder. A posse de terra pelas ordens religiosa é complementada pela influência que estas têm sobre o mundo da finança. A influência do Estado sobre a população na sua condição de distribuidor de alimentos é complementada com elevadas somas em subsídios e programas de caridade. Mas mesmo se podemos dizer que a forma muda, a essência sem dúvida permanece: com o aumento da fome e da pobreza, constatamos a expansão e consolidação da área de influência de estruturas de poder e de certas instituições religiosas. Assim sendo, podemos facilmente concluir que em tempos de crise económica e carências alimentares, aqueles que controlam a comida veem-se numa posição privilegiada.

Existem vários projectos em Portugal que tentam lutar contra a fome assim como lidar com o tema da alimentação de maneiras inovadoras.

Entre os mais interessantes estão:
- O Projecto 270, que lida com a soberania alimentar;
- O Projecto Veggiesbox que tenta levar os alimentos directamente dos locais de produção até ao consumidor sem por isso ter de passar por intermediários;
- O Portal da Agricultura Urbana e Peri-Urbana que tenta cultivar a coordenação entre as hortas urbanas de Portugal.

NOTA ADICIONAL (7 de Novembro de 2012):

Uma semana depois deste artigo ser publicado, Isabel Jonet vem confirmar algumas das críticas que nele constam ao criticar o consumismo dos portugueses:

O seu argumento final é que não há dinheiro. Ler isto e estudar mais sobre a moeda fiat para se poder perceber a que ponto é que tal afirmação é falaciosa. O problema não é nem nunca será a falta de dinheiro porque o dinheiro hoje em dia é emitido sem valor adicionado, sendo portanto dinheiro simbólico que se pode emitir arbitrariamente, sendo a inflação excessiva o único verdadeiro entrave. O problema de pobreza advém da má distribuição de riqueza e de poder político.

João Silva Jordão.
 
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Pobres Licenciados Portugueses!

Pouco Risco de Pobreza para Licenciados em Portugal

Portugal surgia, em 2011, entre os países europeus com menor risco de pobreza para a população licenciada, segundo dados do gabinete de estatística da União Europeia (Eurostat). Espanha, por seu lado, surge como o país da União Europeia (UE) onde existia, naquele ano, maior percentagem de pessoas com estudos superiores em risco de pobreza. Enquanto a média europeia se situa em 7,3% para este indicador, em Espanha 10% dos licenciados estava em risco de pobreza. Os países que se seguem são o Reino Unido e a Dinamarca, com 9,4% em ambos os casos.

Fonte: Diário de Notícias.

Quase 5% dos Sem-Abrigos de Lisboa são Licenciados

São homens, portugueses e solteiros. Metade não consome álcool nem drogas. É o que diz um levantamento feito pela Santa Casa da Misericórdia
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A cidade de Lisboa contava, em Dezembro de 2013, com 852 sem-abrigos, na sua maioria homens, portugueses, solteiros e sem fontes de rendimento, segundo um levantamento cujos resultados são apresentados pela Santa Casa da Misericórdia. Na contagem, realizada a 12 de Dezembro de 2013, foram sinalizados 509 sem-abrigos na rua e 343 destes dormiram em Centros de Acolhimento nessa noite. As freguesias de Santa Maria Maior e do Parque das Nações registaram a maior concentração, com 83 pessoas cada, seguidas de Santo António, com 64 pessoas.

A operação teve a participação de mais de 800 voluntários que percorreram todas as ruas da capital e foi o culminar do trabalho desenvolvido pelo «Programa Intergerações InterSituações de Exclusão e Vulnerabilidade Social» que de Abril a Dezembro de 2013, contactou com 649 sem-abrigos, dos quais 454 responderam a um inquérito. Segundo a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, na origem da situação de exclusão estão na maior parte dos casos, conflitos familiares e relacionais, o desemprego e a doença física ou mental.

Dos 454 inquéritos feitos:
- 30,6% dos sem-abrigos está na rua há menos de um ano;
- 17% entre um a três anos;
- 15%, entre três a seis anos;
- 5% encontra-se há mais de duas décadas em situação de vulnerabilidade.
Surgiu um caso de uma pessoa que vive na rua há 40 anos.

A grande maioria dos sem-abrigos inquiridos são:
- Homem (87%),
- Tem entre 35 e 54 anos (48%),
- Seguido pelo escalão 55-64 anos (20%).
A pessoa mais nova contactada tem 16 anos e a mais velha 85 anos.

Os sem-abrigos inquiridos são:
- Maioritariamente solteiros (44,5%),
- Portugueses (58,4%);
Tendo sido registados 14,3% sem-abrigo pertencentes a outros países da União Europeia, alguns dos quais querem apenas um bilhete que lhes permita regressar a casa.

Quanto à educação:
- Um terço concluiu o ensino secundário, técnico ou superior;
- 4,6% têm qualificações superiores;
- 7,7% não sabe ler nem escrever.
A grande maioria (71,8%) não tem actualmente qualquer fonte de rendimento e 68,9% recebe apoio na alimentação.

Muitos preferem também dormir na rua por considerarem que os centros de acolhimento nocturno não são adequados, quer pelo elevado número de pessoas seguidas, quer pelo «desfasamento de horário com as suas rotinas de higiene, levantam-se entre as 4h e as 7h, mas estes espaços só abrem às 9h, ou mesmo depois», indica a Santa Casa. Apenas 36,3% dos sem-abrigos recorre àqueles centros de acolhimento.

Dos inquiridos:
- 54,2% dizem ter filhos;
- 36,2% não mantêm contacto em eles;
- 13,8% afirmam ter contacto diário ou quase diário;
- 66,8% tem contactos frequentes com outros familiares.

A nível de saúde, apesar de 45,2% ter problemas de saúde, a maior parte não frequenta regularmente o médico ou outras entidades promotoras de saúde.

Dos inquiridos:
- Apenas 15,4% revelaram sinais de desorganização mental;
- Quase metade (48,5%), afirmaram nunca ter tido consumos aditivos de álcool (contra os 30,4% que ainda têm problemas desta natureza);
- 63,9% disseram nunca ter consumido estupefacientes (face aos 8,8% que têm problemas a este nível).

Após a análise destes dados, a Santa Casa da Misericórdia lança o apelo aos organismos públicos e privados para concertarem «estratégias para mudar o paradigma de intervenção junto dos sem-abrigos, evoluindo da assistência para a reintegração social». A Santa Casa sublinha ainda a urgência de se adaptarem as respostas existentes, «permitindo o acesso a cuidados de saúde e adequando os horários e serviços dos espaços de acolhimento às reais necessidades desta população».
 
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A Vivência da Pobreza: Como se sentem os Pobres?

A maioria das pessoas em situação de pobreza não se revê nessa realidade, identificando-se antes com uma classe social superior. Segundo o estudo apresentado pela AMI, apesar de 88% dos entrevistados terem um rendimento per capita inferior a 421 euros, apenas 48% consideravam estar em situação de pobreza. Os dados foram recolhidos ao longo de 2012 nos Centros Porta Amiga da AMI e trabalhados em 2013.

As conclusões mostram que, apesar de 88% dos entrevistados possuírem um rendimento per capita inferior a 421 euros:
- 48% muito pobre e 40% pobre, valor considerado como limiar da pobreza, apenas 48% se auto-avaliam como estando numa situação de pobreza, considerando os restantes que estão numa classe superior, que pode oscilar entre pobre e média-baixa.

"Quase todas as pessoas tendem a fugir da classe muito pobre e a auto projectarem-se em classes sociais mais elevadas porque para eles muito pobres são as pessoas que não têm casa, dormem na rua e são pessoas que não têm comida", explicou a directora do departamento de Acção Social da AMI e orientadora do estudo, Ana Martins, acrescentando que o facto de ainda terem casa e irem buscar comida à AMI ou a outras instituições, tira-as na opinião dos inquiridos, da classe social muito pobre. Paradoxalmente, quando questionadas sobre a existência ou não de pobreza em Portugal, 64% referem que mais de metade da população está em situação de pobreza. De acordo com esta investigação, a postura optimista entre a classe social real e a percepcionada pelos próprios é ainda maior se projectarmos para um futuro a cinco anos: 60% imagina-se na classe média e média-baixa e apenas 36% diz que daqui a cinco anos continuará a ser pobre ou muito pobre.

A classe social definida pelo estudo como muito pobre corresponde a 48% da amostra e diz respeito a pessoas que, em 2012, viviam com rendimentos até 189 euros. Neste grupo apenas 14% se vê como muito pobre. Já a classe social pobre representa 40% da amostra e diz respeito a pessoas que vivem com um rendimento entre 190 a 421 euros. Neste grupo, 34% vê-se como pobre.

Para este estudo foram feitas 50 entrevistas a 26 mulheres e 24 homens em vários pontos do país, num universo de 31.842 beneficiários da acção social da AMI em Portugal, mas Ana Martins ressalva que os instrumentos estatísticos utilizados permitem fazer uma leitura global acerca da percepção da pobreza.

Mulher e desempregada

O perfil dominante da pessoa em situação de pobreza apontado inclui, entre outras características:
- Ser mulher;
- Viver com alguém;
- Estar desempregada;
- Ter entre 40 e 59 anos;
- Escolaridade entre o 2º e 3º ciclo do ensino básico;
- Ter carências a nível de alimentos e dinheiro;
- Rendimentos inferiores a 150 euros per capita.
É ainda uma pessoa solidária, receosa e triste que considera que o rendimento adequado, para dois adultos e duas crianças, situar-se-ia entre os 251 e os 312 euros ou acima dos 312 per capita.

Apesar de serem as mulheres que se mostram mais optimistas, os dois sexos evidenciam de forma geral um sentimento de acomodação e optimismo, o que somado à falta de percepção sobre a própria realidade em que vivem, dificulta imenso o trabalho de todas as organizações: Inibe o sentimento de indignação e revolta no sentido construtivo, o direito à indignação que permita a pró-actividade, diz o presidente da AMI, Fernando Nobre. Apesar deste sentimento de optimismo, Fernando Nobre garante que os técnicos da AMI lidam com a revolta das pessoas no terreno: "As pessoas estão cansadas e fartas", diz, ressalvando que as entrevistas do estudo foram feitas em 2012, não reflectindo ainda o sentimento das pessoas em relação às mais recentes medidas de austeridade.

Fernando Nobre diz que é urgente assumir de uma vez por todas que há fome em Portugal e lançar uma causa nacional de luta contra a pobreza e exclusão social, juntando esforços de cidadãos, instituições, empresas, juntas de freguesia, câmaras municipais, e Estado central. "Nós estamos perante uma vergonha nacional que não é de hoje mas que, enquanto portugueses que somos, deixa-nos numa situação em termos europeus nem sempre a mais vantajosa", ressalva.

Também Ana Martins sublinha que Portugal é o país da Europa com mais reprodução de pobreza, onde é mais difícil filho de pai pobre sair da pobreza: O ciclo de pobreza é o mais duradouro. E isto cria problemas grandes ao nível da alteração de comportamentos, de maneira de pensar, e de trabalhar a pobreza, porque efectivamente em termos práticos é muito mais difícil para um filho de um pobre ascender, sair do ciclo da pobreza, do que na maior parte dos países europeus, diz salientando que esta é uma realidade agravada pela crise.

Fonte: Público.
 
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