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Notícias Breves dos Pobres Portugueses em Portugal e no Estrangeiro!

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Classe Média Portuguesa em Decadência!

O jornal i dá destaque à pobreza envergonhada. Escreve que é o desmoronamento da classe média. A classe média portuguesa conhece o amargo da pobreza. Há fome não assumida e um índice preocupante de suicídios. São fruto do desemprego e do endividamento crescentes. O alarme vem das instituições de solidariedade social, como a Cáritas ou o Banco Alimentar, ouvidas pelo i.

Pobres Imigrantes Portugueses em Londres!

Numa cidade onde já vivem perto de 200 mil portugueses, a nova vaga de emigrantes enfrenta muitas vezes grandes dificuldades. Há quem se aproveite do calor dos autocarros para se aquecer e há quem tenha de rapar os pratos que encontra para se alimentar.

Passam fome, procuram restos de comida, pedem ajuda à polícia e à Igreja, dormem nos autocarros e nos albergues dos sem-abrigo. É o retrato da nova vaga da emigração portuguesa em Londres, onde a renda de um quarto chega a custar 500 euros por mês e um simples café 1,40 euros.

Os novos emigrantes têm pela frente dias difíceis. Sentem-se enganados quando chegam a esta terra sem uma resposta a nível de alojamento e a nível de emprego.

Pobres Imigrantes Portugueses na Suíça!

O número de pedidos de ajuda à Igreja de emigrantes portugueses na Suíça aumentou 80% nos últimos dois anos, alerta o padre Aloísio Araújo, coordenador nacional da Pastoral das Missões Católicas naquele país. "Todos os dias, temos gente a bater à porta das missões e já há compatriotas nossos a dormir nas grandes estações de comboios, nos abrigos comunais", relata o padre Aloísio Araújo.

A Suíça é o destino da Europa para onde os portugueses mais emigram. Só em 2011, 11 mil portugueses partiram para aquele país, onde a comunidade lusa ronda as 200 mil pessoas.

"As leis da imigração na Suíça são bastante rígidas e o mercado de trabalho está saturado. Quando todas as portas se fecham, as da Igreja continuam abertas para fazer o possível", diz o padre Aloísio Araújo, coordenador nacional da Pastoral das Missões Católicas na Suíça.

Os pedidos de ajuda visam as necessidades mais básicas. O Governo reconhece que sozinho não consegue dar repostas às situações de carência que vão surgindo nas comunidades portuguesas no estrangeiro.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, afirma que quem emigrar deve fazê-lo sempre com contratos de trabalho que lhes dêem algumas garantias. Apela ainda para que não se deixem iludir com promessas fáceis.

Pobres Imigrantes no Luxemburgo!

Há cada vez mais portugueses a chegar ao Luxemburgo à procura de trabalho. Neste pequeno país europeu em que um quarto da população é lusa, a crise também já se faz sentir e arranjar emprego é uma tarefa quase impossível, sobretudo não dominando o francês e o alemão e quando não há qualificações.

O presidente da Confederação das Comunidades Portuguesas no Luxemburgo, José Coimbra de Matos, diz que estes emigrantes recém-chegados não passam fome, porque a protecção social existe, mas acabam por dormir dentro dos carros. "O número é bastante grande e as dificuldades são maiores", constata José Coimbra de Matos, explicando que "há pessoas a dormir em carros". "Agora fome propriamente dita não, porque além de haver um esquema de segurança social no Luxemburgo bastante evoluído, a solidariedade social também existe", acrescenta. "Uma pessoa que se dirija a uma instituição, mesmo não estando declarada no país, terá sempre algo para comer", refere José Coimbra de Matos.

Despesas elevadas.

O Luxemburgo é visto como um país de sucesso e onde se pode ganhar bem. Esta é uma face da moeda, porque o nível de vida é muito elevado. Quem chega não está preparado para as despesas, nomeadamente com o alojamento.

É por isso que muitas pessoas procuram os albergues da Cáritas, nomeadamente aquele em que trabalha a assistente social Stefanie Silva. "A maior parte dos portugueses que vem cá não têm possibilidades para alugar um quarto e pagar. Aqui, para alugar um quarto acima de um café, custa 500 ou 600 euros e é muito dinheiro. A maior parte das pessoas que chega aqui só tem 20 euros, 100 euros com eles, e não chega", conta Stefanie Silva.

Mas só de Dezembro a Março é que os centros podem fornecer abrigo durante a noite. Depois, as pessoas têm que ficar na rua, porque um tecto é um produto de luxo e os emigrantes não estão preparados.

É com tristeza que Stefanie Silva vê que entre os que pedem ajuda estão cada vez mais mulheres - uma novidade deste ano, confessa à Rádio Renascença. "O que é triste é que este ano é a primeira vez que vejo situações em que são mulheres que vêm de Portugal à procura de trabalho, que deixaram os filhos em Portugal. Já faz oito anos que trabalho com os sem-abrigo e é a primeira vez que vejo que esta situação acontece."

As associações ajudam os portugueses como podem, mas José Coimbra de Matos alerta os que querem emigrar: não vão à aventura, informem-se bem sobre as condições de trabalho e de vida no país. De contrário, "ainda podem agravar mais" a sua situação.



 
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Imigrantes Portugueses Passam Fome na Alemanha e França!

Há casos de fome entre imigrantes portugueses recém-chegados a França e Alemanha!

A denúncia é feita pela Missão Católica em Augsburgo, na Alemanha, e pela Misericórdia de Paris, em França.

Emigram em busca de uma vida melhor, mas nem sempre a encontram. Há emigrantes portugueses recém-chegados a França a pedir ajuda. «Vêm e não conhecem ninguém, mas têm a coragem de tentar mudar a situação deles. Alguns conseguem rapidamente resolver a situação, outros têm mais dificuldades», explicou o provedor da Misericórdia de Paris, à Rádio Renascença. «A França também está em crise. Como se sabe, há muito desemprego em França», acrescenta, Joaquim Silva Sousa.

Mas outros pedidos de ajuda, tem sido feitos por quem bate à porta das instituições católicas. Neste caso, existem portugueses que têm de optar entre comer ou ter aquecimento em casa no Inverno. Entre os idosos reformados, alguns optaram por não efectuar descontos e agora as reformas são baixas para fazer face a todas as despesas. «Temos situações de pessoas que têm de viver com 600 euros. Têm 300 para pagar a renda e outros 300 para aquecer a casa e alimentarem-se e não dá, têm de fazer opções: ou se alimentam ou aquecem a casa», salienta o provedor.

Todas as semanas aparecem duas ou três novas situações, diz Joaquim Silva Sousa. Desde o início de 2012, a Misericórdia de Paris já ajudou mais de uma centena de famílias. «Já ajudámos 125 famílias com alimentos. Outra é ver como as podemos encaminhar para as estruturas francesas, acompanhar, fazer os currículos, procurar emprego», frisa o responsável.

A Missão Católica em Augsburgo regista situações muito difíceis. Na cidade alemã vivem dois mil emigrantes portugueses e aparece uma nova vaga de emigração a precisar de ajuda. São sobretudo portugueses e sem formação, adianta o responsável pela Missão Católica. «É gente que em Portugal não tem grandes habilitações e depois vêm para aqui e não dá nada, claro. A maior parte não sabe uma palavra de alemão», refere.

José Cabaceira explica que a Igreja dá uma primeira resposta: comida ou sítio para pernoitar. Uma situação difícil em que ficam muitos emigrantes portugueses e que para o responsável resulta do facto de serem vítimas de redes de trabalho ilegal. «Tenho quase a certeza que há gente a tentar estas coisas e a receber dinheiro e depois as coisas correm mal». A denúncia de emigrantes portugueses a passarem fome na Alemanha e França segue-se a uma outra de que há portugueses na Suíça, em igual situação.
 

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Gráficos que Ilustram a Situação Económica Actual do País!

1) A média do crescimento económico é a pior dos últimos 90 anos:
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2) A dívida pública é a maior dos últimos 160 anos:

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Dívida pública portuguesa em % do PIB, 1850-2010!

3) A dívida externa é no mínimo, a maior dos últimos 120 anos (desde que o país declarou uma bancarrota parcial em 1892):
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Dívida externa bruta em % do PIB, 1999-2010!

4) O desemprego é no mínimo, o maior dos últimos 80 anos. Temos 610 mil desempregados, dos quais 300 mil são de longa duração:
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Taxa de desemprego em Portugal, 1932-2010!

5) Voltámos à divergência económica com a Europa, após décadas de convergência:
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PIB per capita português em % do PIB per capita da Europa Avançada!

6) Vivemos actualmente a segunda maior vaga de emigração dos últimos 160 anos:
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Emigração portuguesa (milhares de pessoas), 1850-2008!

7) Temos taxa de poupança mais baixa dos últimos 50 anos:
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Taxa de poupança bruta, 1960-2010!



 
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Quem São os Pobres em Portugal?

O Plano de Emergência Social prevê dar respostas às situações de maior carência com que se defronta a sociedade portuguesa. Apesar de ainda haver muita pobreza encapotada, fruto da vergonha que muita gente ainda sente em expor a sua situação, a verdade é que os números oficiais demonstram que é profunda e com tendência a crescer. Mas onde está o grosso dos pobres em Portugal?

1) A taxa de desemprego está nos 12,2%, o que representa cerca de 700.000 individuos, mais de metade dos quais (54%) não tem acesso a qualquer subsídio.

2. Mais de 323 mil pessoas e 126 mil famílias recebem em Portugal o Rendimento Social de Inserção, um número que foi substancialmente reduzido depois da entrada em vigor de regras mais apertadas para a concessão ou manutenção desta prestação social. O valor médio da prestação é de 88,69 euros por beneficiário e 231,75 euros por família.

3. Em apenas um ano, mais de meio milhão de portugueses deixaram de receber abono de família. A maior quebra ocorreu na região de Lisboa onde quase um terço dos beneficiários deixou de ter acesso ao abono.

4. Em Janeiro de 2011, Portugal registava 2.194.611 pensionistas de invalidez e velhice na Segurança Social. A pensão média destes pensionistas era de 391,62 euros, um valor inferior ao limiar da pobreza que era em 2010, de 406,5 euros. O valor das pensões do regime regulamentar rural era de 227,43 euros, e as do regime de pensão social e do regime rural transitório de 189,52 euros.

5. O número de portugueses que aufere o salário mínimo tem vindo progressivamente a aumentar. Dados ainda relativos a 2009 mostram que mais de 400 mil trabalhadores não auferem mais do que 485 euros mensalmente.
 
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Pobreza em Portugal Não Pára de Aumentar!

Mais de 14 mil pessoas pediram ajuda à AMI em 2011

Os pedidos de ajuda aos serviços sociais da Fundação AMI não param de aumentar, tendo atingido em 2011, o valor mais elevado de sempre.

Dados provisórios relativos a 2011, apontam pela primeira vez para mais de 14 mil pessoas apoiadas.
 
Se recuarmos até 2008, o total de casos atendidos pela AMI rondava os 7 mil/ano. A partir de então registou-se um aumento acelerado. Em 2009 subiu para 9.370; em 2010 para 12.380 e finalmente em 2011, o valor atingiu 14.240 pedidos de ajuda. Comparando o ano de 2008 com 2011, estamos perante uma subida de 85% de pessoas apoiadas.

A nível geográfico, no Grande Porto (Porto e Vila Nova de Gaia) a pobreza mais do que duplicou (109%) entre 2008 e 2011, enquanto na Grande Lisboa (Almada, Cascais, Chelas e Olaias) registou-se um aumento de 71%.

A maioria das pessoas que frequenta os serviços sociais da AMI encontra-se em idade activa. São sobretudo cidadãos de nacionalidade portuguesa com habilitações literárias, de um modo geral, baixas: o 1ºciclo ou menos.

Em 2011, e de acordo com o verbalizado em entrevistas de atendimento social, os principais recursos de subsistência destas pessoas são:
- O Apoio de Familiares ou Amigos (43%) o que sublinha o importante papel que as redes primárias de solidariedade desempenham;
- Seguido do Rendimento Social de Inserção (28%);
- Subsídios e Apoios Institucionais (24%).
Destaca-se que 20% desta população tem rendimentos fruto do trabalho, embora sejam insuficientes. Podemos assim concluir que nem sempre ter trabalho é garantia de não necessitar de recorrer a serviços e apoios sociais.

A situação profissional também tem vindo a agravar-se desde 2008. Não só o número de desempregados aumentou em 56%, como também as pessoas com trabalho precário registaram um crescimento de 43%. A busca de apoio na inserção profissional aumentou 89%.

No que diz respeito a pessoas em situação de sem-abrigo, a população feminina tem sido particularmente atingida:
- Em 1999 as mulheres representavam 13% dos novos casos de sem-abrigo, tendo passado em 2008 para 22% e em 2011 para 31%, ou seja um aumento anual da ordem dos 10%.

Em 2011 os serviços mais procurados na AMI continuam a ser o apoio em géneros alimentares (66%) e o apoio social (61%).

Só em géneros alimentares, no âmbito do Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados (PCAAC), a AMI já distribuiu, desde 2002, cerca de 6630 toneladas de alimentos. Só no ano de 2011, foram fornecidas pela AMI mais de 1100 toneladas em géneros alimentares, o que representa mais 716 toneladas do que em 2008.

Já o número de pessoas apoiadas passou de 6062 em 2008 para 6786 em 2011, o que representa um total de 20.141 pessoas.

Desde 1994, ano em que abriu o primeiro centro Porta Amiga da AMI nas Olaias, até 2011, os serviços sociais da Fundação apoiaram 49.625 pessoas em situação de pobreza.
 
Actualmente, a AMI coloca ao serviço da população mais carenciada:
- Nove centros Porta Amiga;
- Um programa de apoio domiciliário;
- Duas equipas de rua;
- Dois abrigos nocturnos;
- Uma Residência Social.
Parece-nos urgente acompanhar a evolução desta subida vertiginosa de modo a podermos entender as suas reais causas e pensarmos na melhor forma de intervir ao nível da mitigação dos danos que estas provocam nas vidas destes milhares de homens e mulheres de todas as idades, com quem e para a Fundação AMI trabalha.

Fundação AMI Departamento de Informação e Comunicação - 4 Janeiro de 2012
 
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Emigrantes Portugueses Pobres e Velhos

É um drama que se agudiza nas comunidades de emigrantes portugueses no estrangeiro, principalmente na África do Sul e Venezuela, mas também nos países europeus como Inglaterra, França e Alemanha.

Os países de acolhimento estão a atravessar um período negro na sua economia e finanças e a comunidade imigrante é sempre a que mais sofre.

Na África do Sul e na Venezuela há milhares de emigrantes portugueses, entre os quais muitos milhares são oriundos da ilha da Madeira, a viver na extrema pobreza e em idade avançada (velhos), sem alternativas, valendo-se das acções de solidariedade social.

Há emigrantes a viver como escravos e a serem muito maltratados. O governo português, nos seus palácios em Lisboa, feche os olhos a esta realidade e incentiva os nossos jovens a emigrar, uma atitude extremamente reprovável.
 

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Portugueses Mais Pobres na África do Sul

O número de portugueses em situação de pobreza e exclusão social tem crescido significativamente na África do Sul, garantem organizações de solidariedade social e responsáveis consulares, escreve a Lusa.

Em Joanesburgo, a maior cidade do país e sua capital económica, são cada vez mais os portugueses, particularmente os mais idosos, emigrantes de primeira geração, a recorrer a ajudas da sociedade civil e a requerer apoio ao Estado português.

Muitos dos novos carenciados, alguns em situação desesperada, são vítimas das novas realidades sócio-económicas sul-africanas e não necessariamente da crise financeira global.

«Em muitos casos são idosos cujos filhos e netos voltaram a emigrar da África do Sul para outras paragens. Os mais velhos, que muitas vezes não descontaram para a segurança social portuguesa e na África do Sul não têm protecção, ficam a viver em bairros que entretanto se degradaram e são hoje perigosos, sem qualquer fonte de rendimento», revela a responsável pelos serviços sociais do Consulado-geral de Portugal em Joanesburgo, Madalena Páscoa.

O chamado Grupo de Bem-Fazer, composto por 14 associações de solidariedade social de Joanesburgo e Pretória, que se reúne regularmente nas instalações consulares para coordenar acções e acudir a pedidos desesperados, resolve muitas das situações graças a donativos próprios ou de empresários de origem portuguesa sensíveis ao sofrimento dos seus compatriotas.

Madalena Páscoa recorda que recentemente foi descoberto sem vida num quarto alugado da cidade, um idoso português que vivia em situação de pobreza extrema e que só não foi sepultado numa vala comum graças à intervenção do Grupo de Bem-Fazer. A associação «Lusito» suportou os custos do funeral.

Desde 1989, o Grupo Madre Teresa, sediado na igreja de St. Patrick no bairro de La Rochelle, a sul de Joanesburgo, cozinha e distribui uma refeição quente, acompanhada de fruta, e nos meses de Inverno, de cobertores, pelos sem-abrigo do centro da cidade, que são milhares.

Em La Rochelle há cerca de 20 anos a maioria dos residentes eram portugueses, mas hoje é um bairro degradado onde até andar a pé é perigoso depois do pôr do sol. Para os voluntários do Grupo Madre Teresa, no entanto, a palavra «receio» não consta do seu vocabulário, correndo todos os riscos necessários, em vários pontos da cidade, para alimentar e aconchegar crianças, mulheres e homens atingidos pelo desemprego e pela exclusão, muitos deles imigrantes de países vizinhos da África do Sul.

Na mesma igreja está baseado um outro grupo, que se dedica especificamente aos mais desesperados da comunidade portuguesa. E os seus responsáveis não têm mãos a medir.

Carminda Ribeiro, do Grupo de La Rochelle, fala em «20 famílias, mais em alguns períodos, menos noutros», a quem o seu grupo distribui ajuda financeira e em forma de alimentos e outros bens de primeira necessidade com regularidade semanal.

«São quase todos idosos, muitas viúvas, a quem os maridos não deixaram qualquer forma de rendimento, para além de casos excecionais que resolvemos em conjugação com outros grupos aglutinados no consulado-geral», refere Carminda Ribeiro.

60 portugueses da zona consular de Joanesburgo recebem apoio social do ASIC, mas muitos pedidos estão em estudo e o número poderá aumentar substancialmente, garantem os responsáveis.
 

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Há Emigrantes Portugueses Sem Abrigo em Diversos Países da Europa

A realidade dos emigrantes portugueses nos países europeus com forte tradição migratória tocou os extremos: há emigrantes "sem abrigo, em condições muito complicadas", e outros que mantém elevados rendimentos, mas que "estão a ser incentivados pelos bancos a transferir verbas dos bancos portugueses para offshores", denuncia Manuel Beja, líder de uma organização que acompanha as comunidades lusas no mundo.

Em declarações à Antena 1, Manuel Beja faz uma denúncia para os casos de pobreza extrema que afeta alguns emigrantes portugueses e lança um alerta ao Banco de Portugal e ao Estado, para que analises a transferência de verbas dos emigrantes portugueses, que estão a transferir as suas poupanças para paraísos fiscais.

O líder da Comissão Permanente de Assuntos Sociais e Fluxos Migratórios do Conselho das Comunidades Portuguesas, Manuel Beja, revela que tem testemunhado casos de pobreza elevada ao limite, em países com forte fluxo de emigração.

"Estamos a atravessar uma crise muito complicada... Tenho andado pela Europa fora e tenho visto portugueses sem abrigo. Não apenas na Suíça, mas em França, Luxemburgo e Inglaterra", alerta Manuel Beja, em declarações à Antena 1.

"É difícil apontar o montante em causa", segundo sustenta, mas, "era bom que o Banco de Portugal e as entidades que têm balcões na suíça controlassem esta situação", que é lesiva para os interesses portugueses.

Muitas das remessas de dinheiro que teriam como destino as contas bancárias "acabam por ser desviadas pelos próprios bancos para contas offshore. Esta é a realidade. Espero que o Estado aprofunde esta questão", diz Manuel Beja, àquela rádio.

Outro dado relativo à emigração provém de casos de emigrantes portugueses na Alemanha que "estão a ser incentivados a não enviar verbas para os bancos portugueses, e mesmo para retirar as verbas que têm", como forma de "protesto contra medidas do Governo, como o encerramento de serviços consulares".

Manuel Beja não dá credibilidade ao número de novos emigrantes adiantado por José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. Não há um registo fiável de portugueses que partem para o mundo à procura de uma oportunidade, porque "o Estado português nunca fez o recenseamento de emigrantes". Nesse sentido, indica, "o número 100 mil portugueses que emigraram não corresponde à verdade".
 

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Dez Empresas fecham por dia em Lisboa!

"A nível nacional estão a fechar diariamente 100 empresas. Em Lisboa, que é um dos grandes centros, desde o início de 2012, que têm vindo a fechar 10 a 12 empresas por dia. Temos muitas empresas com 50 e 60 anos que, com esta quebra drástica, estão muito preocupadas com o futuro", afirmou à agência Lusa a presidente da UACS de Lisboa, Carla Salsinha. Esta responsável recordou que as empresas vivem das vendas. Se não há clientes para fazerem compras, os comerciantes não terão capacidade para cumprir os compromissos assumidos.

Fonte: Diário de Notícias
 
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Número de Imigrantes Sem Trabalho Dispara no 1.º Trimestre!

Cerca de 26,5% da população activa imigrante está desempregada. Falta de meios para sobreviver leva estrangeiros a regressar às origens. Programa de Retorno Voluntário recebe uma média de 193 pedidos por mês.

São mais de 48 mil os estrangeiros desempregados em Portugal no primeiro trimestre de 2012, 26,5% da sua população activa, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).

No final de 2011 representavam 19,6% dos activos estrangeiros, percentagem que aumentou significativamente. Nos três primeiros meses de 2012, mais 11 mil imigrantes perderam o emprego, situação que tem levado muitos a abandonar o País, mesmo que tenham de pedir dinheiro.

Portugal deixou de ser um destino atractivo para imigrantes à procura de emprego.

Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística apontam para um aumento significativo do desemprego imigrante apesar de muitos estarem a regressar ao país de origem, nomeadamente ao Brasil e a Angola. Registam 181.500 activos no primeiro trimestre de 2012, quase menos 40 mil do que em igual período de 2011.

É preciso ter em conta que 47.281 estrangeiros adquiriram a nacionalidade portuguesa no último ano e deixaram de fazer parte das estatísticas da imigração, no entanto, muitos aproveitam o facto de terem uma cidadania europeia para trabalharem em outros países da União Europeia. Faltam os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras para perceber a real dimensão da população estrangeira no País.

O desemprego e as dificuldades económicas de Portugal, associados à melhoria das condições de vida no Brasil e em Angola, são apontados como as causas principais da saída de imigrantes. Até porque estão entre os grupos mais desfavorecidos da população, sublinham as associações que com eles trabalham.

No serviço de atendimento na Casa do Brasil há cada vez mais pessoas a pedir apoio e o mesmo se passa no Serviço de Jesuítas aos Refugiados, por exemplo. E o Banco Central do Brasil registou uma diminuição das remessas dos brasileiros em 2011, recuando para valores de 2002.

Em Portugal, as condições financeiras degradam-se de tal forma, que muitos estrangeiros pedem apoio para voltarem a casa, pedidos que também têm aumentado:
- A Organização Internacional para as Migrações (OIM) pagou as despesas de viagem a 222 cidadãos nos três primeiros meses do ano, o que representa já 37,4% do total de 2011.
- Registaram 578 inscrições para ajuda monetária, uma média de 193 por mês, mais 17 do que em 2011. Se esta média se verificar, os números do Programa de Apoio de Retorno Voluntário serão bem superiores.

"A nossa previsão é que haverá um aumento significativo no final do ano. O desemprego e o trabalho precário – sem um contrato de trabalho não se conseguem renovar a autorização de residência – são as principais razões que os levam a inscrever-se. Brasil e Angola são economias emergentes e têm registado uma melhoria das condições e pensam que poderão ter um melhor nível de vida se regressarem", explica Luís Carrasquinho, o responsável pelo programa.

Apoiaram 199 brasileiros (89,6% do total) e sete angolanos (3,2%) nos primeiros três meses. Continuam a ser os imigrantes recentes e sós a procurar ajuda, mas há cada vez mais famílias e com muito tempo de imigração a bater à porta da Organização Internacional para as Migrações.

Fonte: Público.
 

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Desemprego Aumentou 15,3% em Março de 2012

O Eurostat divulgou um novo valor recorde para o desemprego em Portugal, de 15,3% em Março, mais três décimas do que em Fevereiro e o terceiro mais alto na UE, apenas abaixo dos valores da Espanha e da Grécia.

O Eurostat regista uma tendência de forte subida do desemprego no país há pelo menos um ano, e o valor hoje conhecido fica substancialmente acima do dado mais recente do INE, que só divulga dados trimestrais: 14% entre Outubro e Dezembro do ano passado. É possível que os valores do Eurostat de Janeiro a Março sejam ainda revistos, em função do número que o INE divulgar para os primeiros três meses do ano.

O nível de desemprego em Portugal continua assim a afastar-se da média da zona euro, que subiu uma décima em Março, de 10,8% para 10,9%, e da UE, onde se manteve em 10,2% – o que representa respectivamente cerca de 17,4 milhões e 24,8 milhões de pessoas sem trabalho.

A subida da taxa de desemprego relativa a Espanha foi também de três décimas entre Fevereiro e Março, para 24,1%. No caso da Grécia, o último valor divulgado é de 21,7%, mas ainda relativo a Janeiro. A subida registada em Março em Portugal resulta sobretudo do aumento do desemprego jovem, cuja taxa terá passado para 36,1, face a 35,4 em Fevereiro. Entre os homens terá subido 0,4 pontos percentuais, para 15,5%, e entre as mulheres 0,3 pontos, para 15,1%.

Quer os valores do INE quer os do Eurostat baseiam-se num critério de desemprego bastante restritivo.

Contabilizando também os trabalhadores desencorajados (que não procuram emprego continuadamente e por isso são considerados inactivos) e os que trabalham muito poucas horas, o número de desempregados no país sobe para mais de um milhão e a taxa de desemprego para mais de 18%, segundo cálculos com base nos valores mais recentes do INE.

Os dados do Eurostat diferem do INE, que é quem fornece a informação de base, porque são calibrados também com informação do IEFP. Além disso, enquanto o INE calcula apenas taxas trimestrais, o Eurostat avança com valores mês a mês – que são por isso frequentemente sujeitos a revisão em função dos dados que o INE depois divulga, pois é quem faz a recolha directa da informação.

A subida do desemprego em Portugal está prevista pelo Governo e pelas instituições que fazem previsões e é de esperar que vá batendo sucessivos recordes pelo menos durante este ano. O valor avançado pelo Eurostat constitui um novo recorde desde que há valores do desemprego para Portugal – 1983 no caso do INE e 1953 no caso das séries longas do Banco de Portugal.

Fonte: Público.
 

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Nível do Desemprego Jovem vale 70% do Espanhol

Nível do desemprego jovem já vale 70% do espanhol. Eurostat indica que já existem 811 mil sem trabalho em Portugal, algo nunca visto. Desses, 153 mil têm menos de 25 anos. Taxa dos jovens é a que mais sobe na Europa em Fevereiro

Espanha tem sido, nos últimos anos, um dos países europeus com piores registos nos fenómenos do desemprego jovem e total. Mas Portugal está a aproximar-se perigosamente dessa realidade. A grande subida deu-se nos últimos 12 meses, mostra o Eurostat.

A incidência do desemprego jovem em Portugal já vale cerca de 70% do nível registado em Espanha.

No desemprego total nacional, a situação é parecida.

Segundo o Instituto Estatístico Europeu, que divulgou os dados ajustados sobre o desemprego nos 27 países da Europa até Fevereiro:
- 35,4% dos jovens portugueses (menos de 25 anos) está sem trabalho. Em Espanha, esta taxa ronda 50,5%. Ou seja, a força do desemprego jovem em Portugal (pessoas desempregadas em função da população activa total) já equivale a 70% da espanhola.
Ainda segundo o Eurostat, os últimos 12 meses foram marcados por um agravamento acelerado desta situação.

Desde o início de 2008, já a crise financeira tinha começado, Portugal "ganhou" 43 mil jovens desempregados. Desses, cerca de 33 mil entraram nas fileiras do desemprego no último ano.

As contas do Eurostat mostram que havia 153 mil pessoas com menos de 25 anos sem trabalho e que o total nacional já superava os 811 mil casos. Isto significa que a taxa de desemprego total fixou-se em 15% em Fevereiro, número nunca visto na história da democracia portuguesa.

Segundo os dados, o desemprego jovem português registou a segunda maior subida da União Europeia, logo a seguir a Holanda, que registou um agravamento de 29% face a Fevereiro de 2011, embora a taxa deste país seja muito mais reduzida, cerca de 9%. Em Portugal, o aumento foi de 28% no contingente de jovens sem trabalho, ao passo que a taxa saltou 8,5 pontos percentuais, o maior agravamento da Europa em Fevereiro. Cerca de 60% dos jovens com emprego ganha menos de 600 euros mensais.

Em Espanha, país com um historial muito desfavorável em matéria de trabalho, o desemprego jovem aumentou, mas menos do que em Portugal: mais 7% para 928 mil casos, enquanto a taxa se agravou em seis pontos percentuais.

O Governo reconhece que há uma situação grave por resolver. Em Fevereiro, o ministro Miguel Relvas avançou com a coordenação de uma comissão para estudar medidas de combate ao problema, recuperando uma ideia antiga de Durão Barroso. De entre várias ideias, o Executivo propôs a Bruxelas a medida "passaporte emprego", para ajudar entre 35,5 mil a 91 mil jovens com "bolsas de apoio" para as empresas que os contratarem. Tudo dependerá da generosidade da Comissão, se liberta 140 milhões ou 335 milhões de euros para o efeito.

Para os ministros das Finanças e da Economia, a principal causa do desemprego jovem está na rigidez do mercado de trabalho, que protege os empregos dos mais velhos.

Vários observadores queixaram-se de que o maior problema está na falta de iniciativas para promover o emprego e a recuperação das empresas, designadamente mecanismos que libertem crédito bancário.

Fonte: Diário de Notícias.
 

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Portugal Tem 1,2 Milhões de Trabalhadores Pobres!

Incidência da pobreza entre empregados por conta de outrem é a terceira maior da União Europeia.
A taxa de risco de pobreza dos empregados por conta de outrem, em Portugal, é a terceira maior da União Europeia. E está a subir.

Cálculos do DN/ Dinheiro Vivo, com base em dados do Eurostat e do INE, mostram que o número de trabalhadores pobres – que vivem com menos de 434 euros por mês – aumentou quase 12% de 2009 a 2010. São mais 124 mil casos que engrossam assim um contingente total de empregados pobres de 1,2 milhões de pessoas.

Apesar dos apoios sociais atenuarem o fenómeno da pobreza (das pessoas em actividade e das inactivas, como reformados e crianças), Portugal compara bastante mal com os restantes países europeus no capítulo dos empregados:
- Em 2010, quase 31% dos empregados foram considerados pobres ou em risco de o serem.
- É a terceira pior marca da Europa a seguir à da Roménia (50%) e de Espanha (41%).
O Eurostat não tem dados anteriores a 2009.

Os últimos dados são de 2010, mas de então para cá o contexto financeiro e económico está a evoluir negativamente por causa das medidas de austeridade (aumento de impostos, restrições ao subsídio de desemprego e a outros apoios, mais desemprego) e deverá fazer aumentar este número.

Vários especialistas como Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, que descreveu o ano de 2011, registam um fluxo cada vez maior na procura de ajuda social, seja de pessoas com trabalho seja de outras. O padre diz que "muitas instituições estão no limite" e que, apesar da vontade, não podem fazer mais. "É um número demasiado gritante e que nos envergonha a todos", disse Isabel Jonet, do Banco Alimentar, citada pela Lusa.

O fenómeno da pobreza até estava (tendencialmente) a aliviar desde 2004, mas agora volta a mostrar os dentes.

Entre os idosos, por exemplo, grupo em que mais de 1 milhão de pessoas vivem com pensões mínimas e de miséria (na ordem dos 200 e 300 euros), o fenómeno agravou-se muito.

Segundo o Eurostat, há 400 mil idosos na pobreza, cerca de 21% do total, o sétimo pior registo europeu em 2010, depois daquele que foi o maior salto anual (0,9 pontos percentuais) de todos os países analisados (29).

Fonte: Diário de Notícias.
 

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Movimento Zero Desperdício

Cerca de 360 mil portugueses passam fome. Enquanto isso, estima-se que todos os dias, 50 mil refeições são desperdiçadas de norte a sul do país, acabando diariamente no lixo dos restaurantes de todo o país.

O movimento Zero Desperdício está a aproveitar os bens alimentares que antes acabavam no lixo:
- Comida que nunca saiu da cozinha;
- Comida cujo prazo de validade se aproxima do fim;
- Comida que não foi exposta nem esteve em contacto com o público.
Toda esta comida chega as pessoas que dela necessitam.

Ao entrar num estabelecimento com o selo Zero Desperdício, tem a certeza de que todas essas refeições são aproveitadas e encaminhadas para a mesa de alguém. Uma iniciativa em que os estabelecimentos e os clientes participam sem gastarem um cêntimo.

Zero Desperdício Portugal não se pode dar ao Lixo
 
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Crise Aumenta Número de Viciados no Jogo em Portugal!

A crise económico-financeira tem potenciado o número de viciados em jogo, que acreditam que aí encontrarão o milagre para as dívidas, podendo haver já cerca de 100 mil dependentes em Portugal.

Pedro Hubert, terapeuta, afirmou à Lusa que, no total da população portuguesa, haverá perto de 1% de viciados no jogo, número que poderá não reflectir com exatidão a realidade, já que não existem estudos sobre a prevalência da doença. Ainda assim, Pedro Hubert acredita que a realidade em Portugal será semelhante à dos restantes países europeus, apontando que há uma variação entre os 0,6% da população adulta no Reino Unido ou 1,5% em Itália ou França.

"Mas supondo que seja 1% da população adulta, estamos a falar à volta de 100.000 pessoas, e estamos a falar mesmo de patologia, ou seja, de dependência, porque depois há todos aqueles que têm um problema de abuso, que têm problemas, mas ainda vão gerindo a sua vida", revelou Pedro Hubert.

De acordo com o terapeuta, o número de viciados no jogo tem vindo a aumentar dramaticamente, principalmente por causa dos jogos disponíveis na Internet, que facilitou o acesso a todo o tipo de apostas desportivas, campeonatos de póquer e casinos virtuais, que têm todos os jogos que existem nos casinos.
 

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Opinião Sobre Portugal de Eça de Queiróz (1845-1900)

Portugal Está a Atravessar a Pior Crise.

Que fazer? Que esperar?
Portugal tem atravessado crises
igualmente más: - mas nelas nunca nos
faltaram nem homens de valor e carácter,
nem dinheiro ou crédito.
Hoje crédito não temos, dinheiro também não
- pelo menos o Estado não tem:
- e homens não os há, ou os raros que há
são postos na sombra pela Política.
De sorte que esta crise me parece a pior - e sem cura.

Eça de Queirós, in "Correspondência" (1891)
 
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Nós Estamos Num Estado Comparável à Grécia!

Nós estamos num estado comparável, correlativo à Grécia:
mesma pobreza, mesma indignidade política, mesmo
abaixamento dos caracteres, mesma ladroagem pública,
mesma agiotagem, mesma decadência de espírito,
mesma administração grotesca de desleixo e de confusão.
Nos livros estrangeiros, nas revistas, quando se quer falar
de um país católico e que pela sua decadência progressiva
poderá vir a ser riscado do mapa, citam-se ao par a
Grécia e Portugal. Somente nós não temos como a Grécia
uma história gloriosa, a honra de ter criado uma religião,
uma literatura de modelo universal e o museu humano
da beleza da arte.

Eça de Queirós, in "Farpas" (1872)
 
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Situação Actual dos Portugueses!

A crise está a obrigar as famílias portuguesas a mudar os hábitos de consumo. Compram cada vez mais marcas brancas nos super e hipermercados, optam pelos iogurtes, bolachas e cereais básicos e trocam a cerveja, o vinho e os refrigerantes pela água.

Em época de crise, os portugueses estão a comer mais arroz, atum enlatado e salsichas. Os artigos alimentares mais básicos e baratos têm mais procura, em detrimento de produtos mais caros. Venderam-se mais ovos, salsichas e legumes secos embalados nos supermercados.

Na mesa dos portugueses há menos leite e bacalhau: o volume de leite caiu 4,5% nos últimos três meses de 2011, enquanto as despesas com o bacalhau baixaram para 1,4% o ano anterior, em relação ao mesmo período do ano de 2010.

Mas é na carne que os números são surpreendentes: os portugueses consomem menos carne de vaca e apostam mais nas menos dispendiosas, como o porco e as aves. Em 2010, o consumo de carne fresca aumentou 4,8%, com destaque para o porco com 9,1% e para as aves com 6,5%. A carne de bovino manteve os mesmos valores do último trimestre de 2010, ao subir apenas 0,8%. Os portugueses compram em cada vez menor quantidade, optando por uma alimentação mais à base de sopas e produtos mais baratos

No que toca ao peixe, aumentou a procura de peixes mais baratos, como o carapau, a cavala ou a sarda. Espécies que segundo os armadores são boas para a saúde e muito capturadas na costa portuguesa.

Para fugirem à Troika e tentarem alhear-se da crise, os portugueses têm investido mais nos seus gostos culturais e de lazer. E algumas áreas da indústria do entretenimento, como os museus, media ou eventos desportivos, aplaudem.

Os museus, concertos e jogos de futebol são os escapes preferidos. As operadoras de televisão também têm ganho com a mudança de hábitos dos portugueses roubando clientes ao cinema.

O Museu Calouste Gulbenkian, por exemplo, nos primeiros cinco meses de 2012, contou com mais 40 mil visitantes face ao ano anterior. Tendência partilhada pelo Centro Cultural de Belém e pelo Museu Bernardo.

Os espectáculos ao vivo, como o teatro, a música ou a dança, também têm sido refúgios de eleição dos portugueses.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o números de espectadores está estável desde 2009, cifrando-se em 10 milhões. Dentro desta categoria, os festivais de Verão parecem ser os eventos com mais procura, pelo menos a avaliar pela última edição do Rock in Rio que teve casa cheia quase todos os dias, ou pelo Optimus Alive, que já vendeu mais de metade dos bilhetes.

Outra das mudanças comportamentais dos consumidores em períodos económicos complicados prende-se com a alteração dos conteúdos que vêem nos media. Como os portugueses estão fartos de ouvir falar da crise, optam por programas de entretenimento, como filmes e séries, em vez de informação.

Neste campo, as operadoras de televisão saem a ganhar, enquanto as salas de cinema vivem um filme dramático, com as receitas a caírem quase um milhão de euros nos quatro primeiros meses do ano 2012, segundo dados do Instituto do Cinema e do Audiovisual.

Como todos os tostões fazem a diferença, os portugueses têm optado por ficar em casa e alugar filmes através dos serviços do videoclube das operadoras de televisão.

A Vodafone Casa, por exemplo, teve um aumento de 40% do consumo do videoclube em Abril de 2012, face ao período homólogo. E fonte oficial da PT adianta também que o crescimento do Meo videoclube tem estado alinhado com o crescimento do próprio serviço e que os filmes mais procurados são os grandes sucessos comerciais dos maiores estúdios americanos.

Para mais de metade dos portugueses, viajar não faz actualmente, parte dos seus planos. Um estudo do Turismo de Portugal mostra que as questões económicas são a principal razão a levar as pessoas a evitar viagens. E que, mesmo os que se deslocam, escolhem ficar em território nacional, em casa de familiares e amigos. Quando optam pelo estrangeiro, a maioria não vai além de Espanha e França.

O turismo português viveu em 2009, um ano negro:
- Em 2009, apenas 40,1% dos portugueses realizaram, pelo menos, uma viagem, dentro e fora do país.
- O lazer foi o principal motivo que levou os portugueses a viajar em 2009, seguindo-se a religião e a saúde.
- Pouco mais de metade das pessoas que viajaram estavam em situação activa, sendo que destes 5% se encontravam desempregados.
- Dos 4,3 milhões de turistas nacionais, 78,4% escolheram ficar em território nacional e apenas 7,9% se deslocaram ao estrangeiro. Havendo uma fatia de 13,7% das pessoas que se deslocaram a ambos.

Dentro do território nacional, foram efectuadas 16 milhões de viagens, lideradas pela:
- Região Centro (30,7%);
- Norte do país (19,6%)
- Área de Lisboa (17,8%).
Estas deslocações foram maioritariamente feitas através de transporte terrestre (97,3%), com o automóvel a liderar as escolhas.

O estudo revela que os turistas nacionais optaram, em 2009, por soluções mais económicas, já que 42,9% ficou em casa de familiares e amigos, o que faz com que a maioria das viagens (80%) tenha sido realizada sem efectuar reservas, deixando apenas 4% do total para a intermediação das agências de viagens. A segunda escolha recaiu sobre as segundas residências (24,1%), deixando uma menor percentagem para os estabelecimentos hoteleiros (14,5%).

Uma minoria dos portugueses deslocou-se em 2009, ao estrangeiro, realizando um total de dois milhões de viagens ao exterior. Os países da zona euro foram os principais eleitos nestas viagens, com primazia para Espanha e França, que em conjunto, representaram 73,1% das deslocações totais.

Outros países foram os seguintes:
- Reino Unido (6,9%);
- Alemanha (4,9%);
- Itália (4,5%).
Foram os destinos que se seguiram na lista de preferências.

Nestes casos, o avião ganha mais relevância, passando a representar 65,5% das opções de meio de transporte. Seguiu-se o automóvel (19,1%), e com apenas 1,4%, o barco. O papel das agências de viagens também saiu reforçado, aumentando para 46% o recurso a intermediários na organização das deslocações. No entanto, houve também uma fatia importante de portugueses (40%) que fez as marcações directamente junto das companhias de aviação e dos hotéis, por exemplo, o que confirma a tendência de autonomia dos consumidores face ao turismo.

O facto de estarem no estrangeiro também aumentou para 46,3 por cento a percentagem de pessoas que optou por ficar alojada em estabelecimentos hoteleiros. A segunda opção recaiu sobre alojamento fornecido por familiares e amigos (37,6 por cento), que mantém, ainda assim, um peso considerável.

Os gastos dos portugueses, quando se deslocam para o estrangeiro, são mais elevados do que quando viajam dentro de território nacional. Também a duração da estadia aumenta fixando-se, respectivamente, em 5,9, 7,3 e 16 dias.

Num ano de 2012 sem subsídios de Férias e Natal para funcionários públicos e pensionistas, apenas 28,9% dos inquiridos de um estudo dizem que vão passar férias fora de casa. Os portugueses vão de férias mas escolhem destinos mais baratos. Algarve, Madeira e Açores são alguns dos mais concorridos. Em vez de duas ou três viagens por ano, as famílias só fazem um período fora de casa.

Na hora de escolher, tudo é levado em conta: portagens, combustível, operadores low cost e até o custo de vida local, por exemplo, nas compras e restauração. Por esse motivo, os portugueses procuram férias mais baratas trocando até hotéis por casas. Um apartamento custa em média 700 euros por semana. A dividir por sete pessoas, dá 100 euros por pessoa. Num hotel, chega-se a pagar isso por um quarto numa noite.

De acordo com uma sondagem realizada pela Universidade Católica Portuguesa, a maioria dos portugueses (62%) não vai fazer férias no ano de 2012.

Segundo o estudo:
- 24% afirmam que vão fazer férias em Portugal e só 6% admitem viajar para o estrangeiro, sendo que a percentagem dos portugueses que conta fazer férias em Portugal e no estrangeiro não vai além dos 3%.
O motivo apontado para tal decisão são as dificuldades económicas que a população nacional atravessa:
- Um em cada cinco portugueses tem apenas 300 euros disponíveis para as férias;
- 28% deverá gastar entre 301 e 600 euros.
- Apenas 20% dos portugueses conta gastar entre 605 e 995 euros, tal como os que esperam gastar mais de mil euros.
Entre os portugueses que vão fazer férias este ano:
- 10% afirmam que vão optar por ficar alojados em casa de familiares ou amigos;
- 5% em casa própria;
- Diminui também a percentagem dos que contam gastar mais que no ano passado, que é agora de apenas 2%; Enquanto 16% vão gastar o mesmo e 14% quer gastar menos.
 

mjtc

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Crianças Portuguesas Emigram Para Trabalhar!

O Comissário do Conselho da Europa para os Direitos Humanos alertou em Julho de 2012, que há crianças portuguesas a emigrar para trabalhar por causa da crise e famílias a retirar idosos das instituições para beneficiar das suas reformas.

Os alertas do comissário Nils Muiznieks surgem num relatório que resulta de uma visita a Portugal, entre 7 e 9 de Maio, durante a qual se debruçou sobre o impacto da crise e das medidas de austeridade sobre os direitos humanos.

«Durante a sua visita, o comissário foi informado de que, desde o início da crise, tem havido casos de crianças a migrar por motivos de trabalho para outros estados-membros da UE», pode ler-se no relatório de 18 páginas.

O documento acrescenta, citando especialistas, organizações da sociedade civil e sindicatos ouvidos pelo comissário, que «a crise financeira, o aumento do desemprego e a diminuição das fontes de rendimento das famílias devido às medidas de austeridade levaram as famílias a fazer novamente uso do trabalho infantil, nomeadamente no sector informal e na agricultura».

Recordando que o país já regista uma elevada taxa de abandono escolar, o comissário apela às autoridades portuguesas que monitorizem a evolução deste problema e que não descontinuem programas que visam prevenir o trabalho infantil.

O responsável refere, por exemplo, ao Programa Integrado de Educação e Formação, que visa prevenir o trabalho infantil, alertando ter sabido, durante a sua visita, de que este «poderá ser descontinuado».

Nils Muiznieks manifesta também preocupação com relatos de que a pobreza infantil está a aumentar em Portugal, como consequência do aumento do desemprego e das medidas de austeridade, nomeadamente os cortes nos abonos de família.

O comissário teme que as medidas de austeridade dos últimos dois anos ameacem seriamente as melhorias alcançadas na última década e apela às autoridades que tomem particular atenção ao possível impacto da crise no trabalho infantil e na violência doméstica contra as crianças.

Isto porque «uma situação socioeconómica cada vez mais difícil para as famílias, que são sujeitas a elevados níveis de stress e depressão, pode resultar em sérios riscos de violência doméstica contra as crianças».

O risco de violência doméstica afecta também os idosos, alerta o responsável, que diz ter tido conhecimento de que muitos casos de violação dos direitos humanos, incluindo violência, «resultam de famílias que estão a retirar os idosos das instituições e a levá-los para casa para poderem beneficiar das suas pensões».

«Interlocutores do comissário que trabalham com idosos relataram um aumento dos casos de extorsão, maus-tratos e por vezes negligência depois de idosos com problemas de saúde serem retirados das instituições», especifica o texto, que cita números da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima que atestam um aumento de 158% no número de casos de violência contra idosos entre 2000 e 2011.

O comissário reconhece que o programa de emergência social, lançado pelo governo no ano passado, inclui uma série de medidas que visam mitigar os efeitos da austeridade nos idosos, mas considera que sozinhas, estas medidas «podem não ser suficientes para responder de forma abrangente às crescentes dificuldades que enfrentam muitos idosos».

Fonte: Lusa/SOL
 
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